Tale As Old As Time. escrita por Jajabarnes


Capítulo 41
Appear!


Notas iniciais do capítulo

Divirtam-se!



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Susana

Acordei com o balaço de meu corpo, ao abrir os olhos senti uma dor forte na cabeça, mas mesmo um pouco tonta, eu consegui sentar. Aos poucos assimilei estar dentro da cabine de uma carruagem em movimento. Assustando-me internamente ao ver, pela janela, passar um bosque escurecido pela noite, surpreendendo-me por ter ficado tanto tempo adormecida.

Olhei em volta e percebi Dash sentado ao meu lado, notando que estava deitada em seu colo.

–Não devia levantar tão rápido. - disse ele. Deslizei para o outro lado do banco acolchoado tentando manter-me o mais afastada possível dele.

–Dash, o que... O que você fez...! - minha voz falhou lembrando de ter minha casa invadida e então a escuridão. - Você perdeu completamente o juízo! Pare já essa carruagem, Dash, eu quero descer!

–Isso não vai ser possível, Su, estamos bem longe de qualquer vilarejo. - disse ele.

–Por que está fazendo isso? É loucura, Dash!

–Estou salvando você! - disse ele, irritado. - Salvando! E você ainda vai me agradecer.

–Agradecer? Você me raptou! - acusei. Fiz uma pausa. - O que aconteceu com aquele Dash gentil, doce, carinhoso...?

–Continua aqui. - respondeu, sério. - Tentando proteger você.

–Proteger de quê? Dash, eu estava voltando para Londres, vão me procurar.

–Caspian não vai se expôr, ninguém vem atrás de nós.

–Ele faria isso por mim. - resmunguei. - Eu quero voltar.

–Já disse que não será possível. - olhou-me severo. - Não se preocupe, vai ficar tudo bem.

–Se você não me deixar descer, eu desço por mim mesma. - falei firme.

–Não há como descer sem parar a carruagem... - começou ele, mas sua voz se perdeu enquanto ele olhou-me um pouco receoso, compreendendo o que eu ameaçava fazer, ao mesmo tempo em que eu o encarava firmemente. - Nem pense em fazer isso, pode matá-la... Quero que fique bem, que não se machuque...

–Se me quisesse bem não teria me tirado de lá à força. - retruquei. - Pare a carruagem.

–Quando vai entender que o melhor para você é se manter bem longe dele?!

–Acho que cabe apenas a mim decidir pelas melhores escolhas! - anunciei em alto e bom som, a brindo a porta e sentindo um frio subir pela barriga ao ver o bosque passando rapidamente, coberto de neve.

–Você tem escolhas! - berrou, para que o vento não levasse sua voz, desesperado por ver-me prestes a saltar da carruagem. - Pode vir comigo e ser feliz ou voltar para arriscar sua vida vivendo ao lado de um assassino!

–Caspian não é um assassino! - protestei, gritando, sentindo o vento frio bagunçar meus cabelos. - Eu o amo, Dash, entenda isso!

–Ele é um monstro! Se soubesse o que ele fez não arriscaria a vida por ele!

–O que quer que tenha acontecido não foi culpa dele, ele não tinha o controle! - argumentei. - Pare essa carruagem!

–Não! Você não sabe o que está fazendo!

–Argh! - desisti, posicionando-me à porta.

–Saia daí, estamos chegando à ponte! - gritou ele, mas foi inútil.

Estava sentindo vento frio do inverno contra meu rosto e fechei os olhos pronta para pular, mas um solavanco atirou-me para dentro contra a parede do outro lado. Dash também fora jogado, caindo bruscamente contra o chão.

Antes que pudéssemos nos erguer outro solavanco nos jogou ao chão novamente. Havia alguma coisa errada, a carruagem estava desgovernada. Ouvimos o relincho dos cavalos e logo o som abafado deles caindo contra o chão coberto de neve ao mesmo tempo que a vista através da porta aberta passou do bosque para o horizonte distante, com o rio congelado bem abaixo de nós. Estávamos sobre a ponte.

Com os cavalos no chão, a cabine tombou e deslizou sobre a superfície gelada da ponte, jogando-nos contra a parede da porta aberta (porta que fora arrancada ao bater numa árvore). Quando a cabine parou de escorregar pela ponte, houve silêncio e só consegui distinguir o som de passos, correndo para longe, mais tarde, cheguei a pensar que era quem guiava a carruagem.

Ergui-me nos cotovelos devagar com a cabeça latejando ainda de joelhos, levei minha mão até tocar o ponto que doía em minha testa e junto com meus dedos veio sangue.

Foi quando ouvimos uma voz, que gritava furiosa. “DASH!”

Meu coração acelerou ao reconhecer a voz de Caspian, tomada de ira.

–APAREÇA!


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Notas finais do capítulo

Foi um pouco curto, não foi? Mas, necessário. As revelações vão começar a bombar a partir dos próximo capítulo!
Reviews!
Beijokas!!