Harry PDV

Alice colocou as mãos no rosto e ficou de joelhos na minha frente, chorando. Eu a abracei com toda a força que tinha, beijei sua cabeça enquanto ela soluçava.

- Eu te amo tanto – falou entre os soluços – queria que tivéssemos mais tempo juntos, queria que nada disso estivesse acontecendo, eu não sei o que seria de mim sem você. Eu te amo, eu te amo.

- Eu também meu amor, eu também – abracei-a mais forte – mas... então – eu a encarei, você aceita sem casar com esse bobo apaixonado aqui? – sorri sem graça

- É claro que sim – ela passou a mão em meu rosto e beijou suavemente meus lábios. Coloquei a aliança em seu dedo, ela sorriu e me abraçou novamente. Peguei-a no colo e a deitei na cama. Beijei seu pescoço, seu colo, seu queixo e antes de beijar seus lábios, a olhei e perguntei:

- Está pronta para ser somente minha? Está pronta senhorita Styles? – ela sorriu e me beijou... Essa noite ela era somente minha e de mais ninguém, eu iria ama - lá como nunca amei alguém, queria faze - lá a mulher mais feliz do Universo, a minha mulher.

-x-

No outro dia acordei cedo, Alice ainda dormia abraçada ao meu corpo. Retirei seus braços com cuidado e levantei. Vesti minhas roupas e fui até a cozinha, preparei nosso café da manhã e levei até o quarto em uma bandeja, coloquei com cuidado em cima da cama e caminhei até ela, que dormia tranquilamente. Beijei seu pescoço, depois seu rosto. Sorri ao ver a carinha de sono dela.

- Bom dia futura senhorita Styles – sorri ao lembrar-me de ontem à noite. Ela ficou vermelha e sorriu tímida. Era encantador o modo como ela me tinha nas mãos só ao sorrir, com um simples olhar, com certeza aquela era a mulher da minha vida.

- Bom dia – ela falou ainda sonolenta se cobrindo com o lençol – o que é isso?

- É nosso café da manhã – falei sorrindo e lhe entregando uma camiseta minha. Ela a vestiu rapidamente, ri da careta que ela fez ao ver que a camiseta havia ficado grande demais – está perfeita, tudo fica perfeito em você – ela abaixou a cabeça envergonhada. Eu peguei seu rosto levemente e selei nossos lábios.

Assim que terminamos nosso café, fomos até sua casa onde contamos sobre o casamento, a mãe de Alice ficou muito feliz por nós, desejou o melhor, e me fez prometer que cuidaria de sua filha.
Seguimos até a casa dos meninos

- Então... – comecei de frente a eles, segurava a mão de Alice – nós vamos nos casar

- Casar? – Louis quase se engasgou com a pipoca – vocês não acham que é um pouco cedo? – Alice abaixou a cabeça e respirou fundo, eu apertei sua mão já sabendo o que ela iria fazer

- Eu tenho leucemia, tenho pouco tempo de vida, e eu amo o Harry, ele apenas está realizando um dos meus sonhos. Eu quero aproveitar tudo o que eu puder, não quero perder nada, quero passar o pouco tempo que me resta ao lado de quem eu realmente amo – quando ela terminou os meninos a olhavam. Eu a abracei com força e beijei seu rosto

- Sinto muito – Louis comentou – nós não...

- Está tudo bem – ela sorriu fraco – contanto que você e a Eleanor sejam nossos padrinhos

- Com a maior honra do mundo – ele sorriu e a abraçou – cuida bem do meu marido, ta bom? – ela riu

- Com certeza – ela me olhou, sorriu e segurou forte minha mão. Deus, como eu amava aquela mulher, como eu iria suportar viver sem ela? Sem o sorriso dela? Quando a conheci, eu me imaginava ao seu lado na cama, no fim do dia, planejando nosso futuro, cuidando dos nossos filhos... Meu coração aperta só de pensar que em pouco tempo tudo que planejei ao lado dela irá se perder. Agora, é pensar no presente e passar todo o tempo que puder ao lado da mulher da minha vida, ao lado da minha mulher. My Angel, my Broken Angel.

Os dias foram ficando cada vez mais difíceis para ela, Alice pouco saia de casa, e quanto mais o tempo passava, mais ela emagrecia e menos tempo eu tinha com ela.
Nosso casamento seria dali a duas semanas e eu ficava mais apreensivo, ficava com medo de não dar tempo de nos casarmos... E então, o que eu temia aconteceu, Alice teve um desmaio repentino no meio da semana e teve que ser levada as pressas para o hospital. Meu coração batia mais fraco só de pensar que cada vez que ela ia ao hospital, ela tinha chances de não sair mais de lá.

- Meu amor – eu falei entre lágrimas enquanto passava minha mão em seu rosto pálido – agüente, por favor, eu não vou conseguir viver sem você, ainda não, não estou pronto para te ver partir, não quero que você saia agora da minha vida. Segurei sua mão com força e fechei meus olhos. Senti uma mão tocar meu ombro

- Querido... – sussurrou a mãe de Alice – vá para casa, descanse um pouco, você precisa dormir

- Não, por favor, deixe-me ficar com ela, pelo menos mais um pouco – falei olhando-a, já com os olhos vermelhos e inchados. Ela respirou fundo

- Tudo bem... – e saiu. Eu sei que ela é a mãe de Alice, que ela tem direito de ficar com a filha, mas no momento eu não conseguia deixar a minha pequena, nem por um instante, não enquanto ela estivesse aqui. Eu prometi que nunca a abandonaria, e não irei.
Senti sua mão apertar a minha, de leve. Levantei a cabeça e olhei para ela, ela sorria fraco

- Meu amor... – falei e passei a mão por seu rosto – que bom que você acordou

- Você... Não me... Deixou – ela falou com dificuldades

- Eu te amo, e eu nunca vou te deixar meu amor, minha pequena – dei um leve selinho em seus lábios – logo você saíra daqui, estará boa, e nós iremos nos casar... Falta tão pouco... Aguente firme meu amor

- Estou tentando...