POV Harry

Não pude conter o sorriso a hora em que ela me ligou confirmando o nosso encontro. Eu não sei o que estava acontecendo comigo, eu simplesmente gostei dela desde a primeira vez que a vi, senti que ela era diferente das outras garotas que conheci.
Não demorei muito para chegar a casa dela. Era uma casa simples, apenas um andar, branca. Buzinei

POV Alice

Senti meu coração pular no peito a hora em que ouvi a buzina. Fui até o quarto da minha mãe e sentei ao seu lado

- Estou indo, qualquer coisa me liga que eu venho correndo – eu beijei a sua mão

- Capaz minha filha, vai lá, se divirta... E não se esqueça... Seja verdadeira, sincera, não omita nada – ela beijou minha testa

- Vou tentar mamãe, eu juro.

- Vai logo – levantei da cama e fui até a porta

- Te amo mamãe

- Eu também minha princesa

Então eu saí e lá estava ele encostado ao lado do carro, que por sinal era lindo, até me senti envergonhada

- Oi – ele sorriu encantador

- Oi – retribui o sorriso

- Você está linda – ele abriu a porta do passageiro para mim

- Obrigada – ele deu a volta e entrou no carro, deu a partida. O silêncio no carro era constrangedor, mas graças a Deus chegamos logo à sorveteria

- Fiquei muito feliz de você ter aceitado o meu convite – ele sorriu e puxou a cadeira para que eu me sentasse

 - Obrigada. Eu estava mesmo precisando sair de casa, minha mãe não me agüentava mais – eu ri um pouco envergonhada e ele sorriu

- Quer sorvete do que? Eu pego para você – ele era tão encantador... Foco Alice, foco.

- Melancia se tiver, por favor. Se não pode ser de flocos – sorri e ele foi buscar. Não demorou muito e ele voltou com dois sorvetes na mão

- Não tinha de melancia – ele riu – na verdade a garota até me olhou como se fosse louco, então, eu trouxe de flocos

- Normal, quando vou a lugares e peso sorvete melancia, ele dificilmente tem – eu ri – é que a minha mãe faz um muito bom e eu tenho mania de achar que só por que ela faz, os outros têm que fazer

- Tudo bem – ele riu e se sentou na minha frente. Eu peguei um pedaço do meu sorvete – e aí, você ta... Hm’ Namorando? – confesso que me senti desconfortável com essa pergunta, queria contá-lo à verdade, mas ainda não era o momento

- Não – disse apenas – e você?

- Ainda não – ele sorriu de canto. Não sei se foi uma indireta ou não, mas resolvi tentar algo

- Harry – comecei – você me promete uma coisa?

- Claro o que quiser

- Me promete que não vai se apaixonar por mim, que seremos apenas amigos, nada mais que isso – ele pareceu confuso e pode ser impressão minha, mas pude ver seus olhos perderem um pouco do brilho

- Tudo bem... Mas... Eu não entendo, por quê? – ele perguntou com um tom de decepção na voz

- Vai por mim, vai ser melhor assim para nós dois – eu sorri e ele abaixou a cabeça

Ficamos ali um bom tempo conversando sobre várias coisas e então ele me levou para casa, já era noite quando chegamos

- Eu vou te ligar pra gente sair de novo – ele sorriu

- Pode ligar – fiz o mesmo – obrigada pela tarde perfeita

- Que nada – ele beijou a minha testa – boa noite, se cuida

- Você também – saltei do carro e entrei em casa. Ouvi seu carro dar a partida. Fechei a porta atrás de mim e escorreguei pela mesma. Coloquei minha cabeça entre as mãos e deixei algumas lágrimas escorrerem

- Alice? É você? – ouvi a voz da minha mãe do seu quarto. Levantei, limpei as lágrimas e fui até ela.

- Oh minha filha – ela estendeu o braço para mim me deitar com ela. Eu o fiz e coloquei minha cabeça em seu pescoço, comecei a chorar enquanto ela afagava os meus cabelos – calma minha princesa, tudo vai ficar bem

- Eu... Não tive coragem de contar mamãe – ela apenas afagava os meus cabelos – eu to com tanto medo

- Calma meu amor. Tudo vai ficar bem, amanhã nós vamos ao médico e vemos os resultados, agora acalme-se, vá dormir, amanhã cedo nós vemos o que faremos caso tudo se confirme

- Como você consegue ser tão forte? – perguntei olhando para ela que sorriu fraco e limpou meu rosto

- E quem disse que eu sou forte? Hoje à tarde quando você não estava aqui, eu chorei tanto, mas tanto... Chorei mais que no dia em que seu pai morreu... Eu não consigo imaginar minha vida sem você minha princesa, você é tudo pra mim, a razão para eu ainda estar aqui, a razão para eu continuar lutando – eu a abracei e chorei até adormecer em seus braços