POV Rachel

-No-Noah! – Falei quando nos separamos – O que está acontecendo?

-Como assim? – Ele se aproximou

-Isso – Fiz sinal apontando para ele e para mim – Não éramos amigos?

-Somos.

-Então explica porque estamos nos pegando?

-Porque você tem a melhor boca do mundo. Agora vem cá! – Ele me puxou para mais um beijo.

-Noah! Temos que resolver isso.

-Argh tabom. Mas eu não sei explicar, eu sei que depois de ontem, ficar perto de você é muito tentador. Agora mesmo estou trabalhando muito no meu auto-controle. Eu só não consigo ficar longe de você, é como se meu corpo pedisse por você.

-Eu não gosto de você assim, nunca gostei.

-Nem eu, mas quando eu chego perto de você.. O que você sente? – Fechei os olhos em êxtase, respirei fundo tentando me controlar. – Você fica doidinha né?

-É.. NÃO! – Abri os olhos – Isso não está certo. Olha, eu também não entendo, então até isso acabar. Fique pelo menos a três metros de distancia de mim.

            Ele começou a rir da minha cara, chegamos na escola e eu sai imediatamente do carro dele, quanto menos a tentação, melhor. O dia passou lento demais, as aulas chegavam a ser torturantes, eu só conseguia pensar na boca dele, no beijo dele..

-Ei Barbra! – Kurt falou e me deu uma baita susto – No mundo da lua?

-Não, desculpa. Só.. viajando. Como você está ?

-Estou ótimo, então me conta!

-Contar o que?

-Conta logo, ele beija bem? – Arregalei os olhos, como ele sabia?

-Ele.. Quem?

-Vai continuar mentindo pra mim!? O Finn né! Ele falou que ia devolver seu casaco, mas ele passou a manhã perguntando sobre você. Ele está interessado. Então conta, como foi?

-Ahh, o Finn. Nada demais, ele me chamou para darmos uma caminhada, depois ele tentou me beijar e eu não deixei. Mas ainda assim ele me deu um selinho.

-Ah, que decepção. Achei que tivesse rolado tudo. – Comecei a rir do Kurt

-Bom, ele me chamou para sair qualquer dia desses. – Kurt ficou radiante

-Sabia, ele está totalmente na sua!

            Tentei dar um sorriso de animação, se eu soubesse disso há dois dias atrás eu pularia de alegria, meus sentimentos por ele não mudaram, meu coração chamava por ele. Mas meu corpo, meu corpo queria se perder em um cara de moicano. Depois Kurt começou a falar coisas, e isso me ajudou a desligar um pouco o cérebro. Eu precisava de uma distração. Depois das aulas decidi ir para casa andando, o dia estava lindo, ia ser bom caminhar. O caminho de volta foi tranqüilo, foi renovador. Consegui colocar meus pensamentos e lembranças em ordem. Estava decidido, eu não tenho nada com o Puck e não gosto dele. Eu ia terminar isso hoje. Cheguei em casa e fui tomar banho, depois deitei um pouco na cama, sabia que Puck iria aparecer mais tarde. Depois de meia hora ele apareceu na árvore, pedindo permissão para entrar.

-Pode vir Noah – Ele desceu e veio em minha direção. Droga! – 3 metros Noah, distancia por favor.

-Porque? – Indagou

-É melhor.

-Melhor pra quem?

-Para a nossa amizade.

-Então você vai ter que me desculpar.

-Por que? – Nesse momento ele avançou contra mim, me agarrou e me beijou. Tudo estava perdido. Me pressionou na parede, dessa vez ele foi mais urgente, desceu os beijos para o meu pescoço e começou a levantar minha blusa. Eu sabia o que ele queria, mas talvez depois disso esse desejo por ele vá embora.

POV Narrador

Rachel e Puck estavam se atracando no quarto dela, ele sentia um desejo enorme por ela. Ele tirou a blusa dela sem nenhum impedimento da parte dela. As mãos dela já estavam urgentes para tirar a dele também. Ela queria sentir aquele corpo musculoso que ela conhecia tão bem. Ele já começava a acariciá-la por cima do sutiã, ele mesmo tirou a blusa. Ele desceu suas mãos até a coxa de Rachel que instintivamente subiu para a cintura dele. Ela estava excitada, não tanto quanto ele. Já dava para sentir o volume pela posição que ela estava.

POV Rachel

Quando senti Puck totalmente excitado, eu voltei à realidade, lutei contra mim mesma, meu desejo era terminar aquilo, mas minha primeira vez seria por amor, não por desejo.

-Noah – Saiu quase como um gemido – Noah! Eu não vou transar com você.

            Ele parou confuso e me olhou incrédulo.

-Você devia ter pensado nisso antes de ter começado.

-Você começou, sério, me solta. – Ele me colocou no chão. Minhas pernas estavam bambas.

-Você é inacreditável Berry – Ele falou com raiva. Ele foi em direção a árvore

-Não vá embora Noah, ainda não resolvemos. Eu só não vou transar com você.

-Vou ser direto. Você está apaixonada por mim?

-Não

-Ótimo, nem eu. Você quer parar?

-Não. – Ele deu um sorriso safado

-Ótimo, nem eu. – Voltamos a nos beijar.

-Então o que é isso? O que estamos fazendo? – Ele perguntou

-Não faço a menor idéia. Vamos fazer um trato?

-Qual?

-Vamos continuar até um de nós não quiser mais. Você não quer, ponto final, eu não quero, fim de papo.

-Promessa de fidelidade? – Ele perguntou meio assustado

-Não, eu conheço você. Infidelidade é seu nome do meio. Entãão.. Amigos?

-Amigos. – Ele disse por fim e me abraçou. Me soltei dele e coloquei minha blusa, ele fez o mesmo. Ele me beijou mais uma vez e foi embora. Eu podia muito bem me acostumar com isso.