One Piece - A Jornada Ao Passado escrita por Onishounen


Capítulo 2
Capítulo 2 - O Poder de um Usuário




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Uma simples noite, de repente foi totalmente iluminada pela luz das chamas que devastava as humildes casas, o som de disparos sobressaia os gritos, uma pequena frota de navios piratas ataca a ilha sem qualquer pudor, às balas de canhões varriam as casas e seus moradores juntos, não havia como saber o objetivo de tais pessoas, era simplesmente inexplicável.

Após ser resgatado do mar, o rapaz desconhecido e seu novo conhecido tentaram escapar correndo dos disparos de uma caravela que estava próxima, a maior parte do píer fora destruído por disparos anteriores, o rapaz não conseguia se locomover direito, pois havia acabado de ser resgatado, e assim acabou virando um peso a mais para o velho, porém a fuga não iria ocorrer, pois ao olharem para trás, conseguiam ver duas balas voando exatamente em suas direções.

O velho no mesmo momento soltou o rapaz e cobrindo a cabeça com as mãos e fechando os olhos com força se agachou.

__ Fim da linha! Acabou para nós!

O rapaz por reflexo abraçava o velho agachado deixando as costas livres para o impacto, mesmo sabendo que tal reação seria totalmente inútil e que ambos seriam dizimados pelo impacto da explosão.

__ Hã? __ O velho abria de leve os olhos tentando entender __ Morremos?

Ele estava exatamente como antes, inteiro, sem nem mesmo um rasgo a mais em suas roupas.

Totalmente confuso notava o rapaz lhe abraçando e com uma forte expressão de dor nas costas, se colocava de pé e segurando o rapaz pelos ombros o chacoalhava de leve.

__ Rapaz? Você esta bem?

Com o chacoalhar, ocorreu logo atrás do rapaz um baque surdo na madeira do píer, estranhando o som, o velho olhava para trás do rapaz e notava as duas balas de canhões antes disparadas caídas ali em sua frente.

Sem entender o que havia ocorrido o velho notava o rapaz balbuciar algumas palavras.

__ Essa merda doeu muito!

O mesmo caia ajoelhado no chão e agora eram visíveis dois buracos em suas roupas chamuscadas pelo calor das balas, e duas marcas redondas brancas e brilhantes que lentamente voltavam a ser sua pele.

__ Acho que já entendi! __ O velho levantava ele pelo braço novamente e começava a puxá-lo para fora do píer. __ Temos que tira-lo daqui enquanto eles pararam de disparar! Acho que eles estão tão confusos quanto eu fiquei!

O velho o arrastava por entre os becos das casas, mas logo o rapaz lhe parava e encostava-se a uma parede.

__ Não precisa me puxar! Já estou melhor! __ Com uma respiração muito forte, falava bem lentamente dava uma breve olhada para o céu. __ Tenho que voltar na casa daquela mulher! Preciso saber como ela está!

__ Que mulher?

__ Não sei o nome dela!

__ Assim fica difícil! _ O velho enquanto conversava com ele, olhava de um lado para o outro tentando saber melhor o que acontecia em sua volta. __ Lembra de nada em respeito a ela?

__ Thomas!

__ Quem?

__ Thomas, é o nome do filho pivete dela!

__ Um pirralho loiro?

__ Sim! Este mesmo!

__ Sei bem aonde aquele ladrãozinho mora! Venha!

__ Ladrãozinho?

__ Depois explico!

Caminhavam a passos largos entre os barracos e via vários homens correrem armados com pedaços de madeira, inchadas, foices camponesas e todo tipo de coisa que pudesse ser letal! Raramente se via alguma arma de fogo entre eles.

Os gritos de uma batalha corpo a corpo logo chegavam aos ouvidos de ambos os homens que seguiam pelas sombras dos becos, quando se tinha visão das ruas principais, normalmente se via os moradores tentando resistir inutilmente contra os piratas, suas armas eram facilmente quebradas pelas espadas de fortes homens acostumados com a guerra.

Logo o velho se joga bruscamente para o lado puxando o rapaz junto para trás de umas caixas velhas que ali estavam empilhadas.

__ O que foi?

O rapaz perguntava sem entender.

__ Olhe! __ O velho apontava e pouco tempo depois um grupo de homens armados com rifles e espadas caminhavam por uma das ruas principais que adentrava mais na humilde vila. __ Vamos ter que esperar! Eles estão indo exatamente na direção em que precisamos ir!

__ Merda! Vamos ter que ficar aqui sentados esperando mesmo?

__ Olha, eu sei que você aguentou dois tiros de canhão nas costas rapaz, mas ainda n sabemos exatamente o porquê! Mesmo que seja um usuário, ainda não sabemos o que você pode ou não fazer, então melhor não arriscar!

__ Usuário?

O velho olhava para ele e logo abaixava a cabeça como se lamentasse.

__ Esqueci que você não tem mais nada dentro disso que chama de cabeça!

__ Ei! Olha como...

O velho tapava a boca dele e se abaixava mais atrás da caixa.

Com o dedo sobre a própria boca, o velho fazia um sinal de silêncio e logo depois dois homens armados chegavam à entrada do beco e o olhava rápido sem se importar muito.

O rapaz ficou ali sentado durante muito tempo, era agonizante para ele ficar parado ouvindo gritos que aos poucos diminuíam a frequência após o som dos rifles.

Algumas horas depois, o som da batalha já não era mais ouvido, os piratas não haviam saído da ilha, porém não estavam mais vagando por ela e matando qualquer um, as ruas já se encontravam mais vazias exceto pelas pilhas enormes de corpos de moradores. Estava raro ver um pirata patrulhar a área, mas não era impossível, o velho começava a sair do beco com cautela e olhava em toda sua volta, ao notar o caminho livre com um sinal de mão ele e o rapaz cortavam a rua rapidamente para se infiltrar em outro beco, a vila não era grande, porém tinham que seguir por caminhos alternativos, desviando de inimigos, de casas em chamas.

Naquele momento tudo parecia lhes atrasar, mas logo o rapaz reconheceu a humilde casa em que se encontrava anteriormente, a porta estava aberta e seu interior estava totalmente escuro.

Sem pensar duas vezes o rapaz seguiu correndo para o interior do local seguido pelo velho, o pouco que tinha dentro da casa havia sido revirado e no meio da casa uma sobra chorosa soluçava de nervosismo, o rapaz se abaixava ao lado da mulher.

__ O que aconteceu aqui?

__ Eles levaram meu filho! __ A mulher falava enquanto soluçava e escondia o rosto em suas mãos. __ Levaram as crianças das vilas... E as mulheres mais belas, novas e saudáveis.

__ Mas para o que eles iriam querer um garoto?

O rapaz estava confuso tentando entender, mas logo foi respondido, porém desta vez pelo velho.

__ Garoto, o mercado escravo é um fim extremamente lucrativo!

__ Mercado escravo? Isso não deve ser Ilegal?

__ É ilegal, porém a marinha, a tal “justiça” que nasceu para nos proteger, muitas das vezes está envolvida indiretamente com esse tipo de coisa!

__ Marinha? Tal justiça? Então eles que deveriam manter a ordem?

__ Disse certo! Deveriam, porém para os mais patenteados, tomar conta de uma ilha como esta, não gera lucro nenhum! Então eles preferem abandoná-la e receber uma gorda parte do dinheiro arrecadado com as pilhagens e com a escravidão.

__ Acho que entendo. Senhora, você ainda não me disso seu nome!

__ Se... Segawa!

__ Então senhora Segawa, espere aqui! Se a justiça não faz nada, farei eu mesmo! __ O rapaz retirava o bracelete de ouro que tinha e entregava a Segawa. __ Percebi que vocês queriam isto de mim! Tome, não tem significado nenhum mesmo! Ao menos não que eu lembre!

__ Você é louco?

O velho falava em alto tom com o rapaz enquanto a senhora olhando para o rapaz aceitava o presente.

__ O que tem demais? É apenas um bracelete!

O rapaz falava sem entender muito a reação do velho.

__ Não falo disso seu garoto burro! Você sozinho vai enfrentar todos aqueles piratas? Quer morrer? Já disse que é muito arriscado, você desconhece os poderes de sua Akuma no mi!

Um clarão de entendimento parecia surgir pela reação do rapaz.

__ Sim! Porém eu prefiro morrer lutando aqui sem sequer conhecer quem eu sou, do que viver e futuramente ter minhas memórias de volta e também ter a lembrança de que virei às costas para alguém que me ajudou quando eu não conhecia a mim mesmo!

O velho perdia as palavras e logo olhando para baixo com um sorriso no rosto.

__ Você é mesmo um idiota!

__ Antes idiota novo do que velho ranzinza!

A mulher continuava sentada no chão com o rosto molhado e observava atentamente a discussão dos dois.

O abaixado ao lado dela falava em um tom calmo.

__ Eu trarei ele de volta, não se preocupe! Ta bom?

Segawa balançava a cabeça como se estivesse tudo bem e logo se levantava e saia caminhando para a rua.

__ Velho, cuide dela! E Segawa! __ Ela olhava para ele ao escutar o nome. __ Não fique desmaiada perto deste velho!

O rapaz passava pela porta desta vez correndo deixando ambos para trás, enquanto corria, ainda pode ouvir os baixos resmungos do velho devido o que havia falado.

O rapaz corria em direção ao porto da vila onde os navios estavam parados, ao fazer uma curva enquanto corria se deparava com dois piratas que logo o percebiam e o tinham na mira.

__ Parado! Nem se quer um passo!

Os piratas davam a ordem e o rapaz olhando para eles não parava de correr!

__ Não tenho tempo para isso!

Sem saber o que poderia acontecer no calor do momento continuava a correr em direção aos dois que como um sinal de defesa, iniciavam os disparos com seus rifles.

A mira estava bem no rapaz, mas não importava o quanto eles disparavam o mesmo não parava de se aproximar, quando estava bem perto, os soldados puderam notar algumas balas passarem direto pelo seu corpo e outras ficarem presas nele, novamente os locais de impacto se tornavam brancos e sem escorrer sangue voltavam a se tornar pele.

__ Uma logia! Corra e avise o chefe!

Antes mesmo de tentar correr, ambos eram atingidos, o rapaz lhes acertava cada um com uma mão e sem muito esforço os derrubavam inconscientes e seus rostos socados tinham o mesmo vestígio branco de onde as balas acertaram o rapaz.

Ele continuava a correr em direção ao porto, não entendia o porque, mas sabia que as balas dos inimigos não estavam lhe causando dano, a cada rua que passava um pequeno numero de soldados armados ficavam para trás desmaiados com partes do seu corpo branco pelo pó brilhante.

Enquanto corria, uma dor muito forte no seu estomago lhe fez parar, assim que se curvou com a mão na barriga, acabou vomitando no chão alguma coisa sólida, havia saído de seu interior e ao observar melhor era reconhecível varias balas, as mesmas que não havia lhe atravessado, agora tinham sido regurgitadas.

__ Que bizarro! Esse negócio tem um gosto horrível!

Com uma careta de nojo, ele seguia seu caminho, mas logo avistava uma linha inteira de atiradores que fechava sua passagem à frente, seu primeiro ato foi parar a corrida, mas no momento em que parou seus pés ele escutou o engatilhar de armas as suas costas também, ao olhar, outra linha de atiradores fechava sua retaguarda para lhe cercar, havia caído em uma emboscada, às linhas eram compostas por muitos homens e ele era o alvo.

__ Balas de novo não! Elas têm um gosto horrível!

As armas começavam a ser disparadas de cima para baixo e de baixo para cima, assim evitando que as balas atingissem a linha do outro lado, seu corpo estava sendo totalmente perfurado por ambos os lados, mas não importa aonde era atingido ele acabava se recompondo.

__ Isto está me atrasando muito!

Com um tom impaciente, olhava para uma das linhas e começava a correr para cima dela e ao chegar próximo do primeiro homem, desferia um soco em sua direção, porém o golpe não tinha sido como os anteriores.

Seu punho era coberto pelo pó branco e era possível senti-lo gelado, logo ele triplicava seu tamanho e saia da mão do rapaz como uma rajada, era sólida como pedra e facilmente acertava o pirata e lhe jogava para trás com mais metade da linha de tiro.

O rapaz sem entender o que havia acontecido e olhava para o próprio punho bastante impressionado.

__ Wow! Isso sim foi legal!

A linha de tiro agora desordenada disparava desesperadamente em cima do rapaz, porém como antes era sem qualquer efeito, o rapaz parava de olhar para o punho e voltava sua atenção para os atiradores, poucos restavam de pé e a sua volta e a linha de tiro do outro lado havia cessado devido a proximidade dos aliados, sem pensar duas vezes o rapaz tentava executar o golpe novamente, porém desta vez foi menos eficiente e não causou muito estrago.

Ao cair do ultimo soldado, os piratas da linha de tiro do outro lado voltavam a disparar desesperadamente ao notar o olhar do rapaz voltado para eles.

__ Vamos tentar uma coisa nova!

O rapaz tentava repetir o golpe com as duas mãos juntas, e a rajada branca era expelida novamente, agora com mais volume e mais força, a linha era novamente derrubada com facilidade.

Seguindo seu caminho, notava que todos os piratas derrubados estavam com aquele pó branco em todo seu corpo, ou estavam totalmente encharcados de água, sem entender muito continuava a seguir.

Rua após rua, os inimigos um a um eram derrubados, balas e espadas passavam direto pelo seu corpo, linhas de tiro e grupos de espadachins não conseguiam lhe parar, a sua frente o porto estava visível, um grupo muito maior de piratas que os anteriores criavam uma enorme linha de tiro.

Não havia casas a sua volta, apenas piratas e lixo, as ruas haviam ficado para trás e com a pressa que ele corria mal pode perceber que havia sido totalmente cercado, ele se encontrava no centro de um grande circulo formado por piratas armados.

__ Acho que me meti em uma tremenda merda.

Olhava para todos a sua volta e depois para seu corpo, ele estava intacto, porém suas roupas estavam totalmente perfuradas e cortadas, sua camisa não passava de retalhos de panos pendurados em seu corpo e sua calça se tornou algo bem próximo de um short.

__ E para piorar a situação estou quase nu!

Impaciente olhava para todos a sua volta e se preparava para soltar seus golpes a todos os lados possíveis quando foi interrompido por uma vós atrás de todos.

__ Calma ai picolé! Melhor não pensar em fazer nada agora!

Os homens logo se tratavam de se afastar para abrir caminho, um homem surgia caminhando entre eles, era alto, porém muito magro, vestia-se com um sobretudo negro com botões e detalhes dourados, cabelos lisos e esverdeados penteados para trás, a cor de seus olhos combinava com seus cabelos e sua pele era amarelada, parecia mais uma pessoa extremamente doente, porém era visível que ele era o capitão de todos aqueles piratas.

__ Picolé?

O rapaz não entendia o porquê do apelido.

__ Pensei que havia morrido na batalha!

__ Batalha?

__ Não se faça de louco! Sabe muito bem que há uma semana seu navio foi cercado pela frota da marinha e facilmente destruído pelos canhões.

Os flashes da batalha no navio voltavam a sua cabeça, um pouco mais claro, porém ainda não completo.

__Quando recebi um relatório de que um louco estava vindo nesta direção derrubando cada um de meus soldados com ataques congelantes e que balas e nem espadas o paravam, a primeira pessoa que pude pensar era em você!

O rapaz no centro de tudo ouvia atentamente, de alguma forma aquele homem conhecia seu passado, e ele queria saber mais.

__Foi difícil acreditar, estava duvidando que fosse você mesmo, mas agora com você aqui na minha frente! Era bom demais para ser verdade, mas a inútil da marinha com uma frota inteira conseguiu devastar todo seu navio com o bando dentro, porém o capitão sobreviveu e fugiu bem debaixo dos narizes do governo, teria sido ótimo se o meu grande inimigo tivesse morrido junto!

__Bando? Navio?Inimigo?

__Sim! Os piratas do inverno foram totalmente destruídos e agora eu Satoru irei completar o serviço que os inúteis cães do governo não conseguiram! __ Satoru sacava uma espada de madeira de sua cintura e apontava para o rapaz. __ Ta na hora de limpar a sujeira que restou! Pirata Hiro da Nevasca!


Continua...









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Notas finais do capítulo

Peço perdão por qualquer erro de formatação, escrita ou da própria história, caso encontrem algum, avisem pelos comentários para que eu possa não comete-lo novamente em capitulos futuros.
Aguardo comentários!



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