Acordei sentindo beijinhos sobre o meu rosto.

- Mamãe acorda – dizia Dan – Vamos ... a vovô está chamando para o café.

- Aaahhh – gritei agarrando ele e fazendo cócegas.

- Hahahah ... mamãe ... hahahah ...  para – falava ele entre risadas.

- Só se você dizer as  palavras mágica – falei fazendo mais cosquinha.

- Eu ... amo ... você – disse ele entre arfadas.

- Também amo você – falei olhando nos seus lindos olhos castanhos iguais aos meus – Sempre.

Todos estavam na mesa para o café, eu só comi frutas e torrada integral.

- Mamãe podemos cavalgar depois¿ - perguntou Dan sentando ao meu lado.

- Claro filho – falei – Preciso dar um oi pra o Black.

- Acho que ele senti sua falta querida – falou papai – Ele está muito temperamental desde que você se foi.

- Depois eu lá dar uma palavrinha com ele – disse.

- Então Loise como é a escola¿ - perguntou Alan.

- Rigorosa – falei suspirando – Nós temos que tomar café na escola para eles ficarem de olho na alimentação das alunas e são sete andares que você tem subir de escadas para não deixar a preguiça tomar conta de você.

- Nossa – disse Higor – Se fosse eu já tinha desistido.

- É por que você é um fracote – disse debochada.

- Quer tomar outro banho de lama Loise¿ - perguntou ele.

- Tenta – desafiei.

- Podem parar os dois – disse papai se levantando – Vamos rapazes temos um monte de animais para vacinar hoje. Tchau pessoal.

- Tchau – respondemos.

- Dan querido vai tirar o pijama e vista uma roupa grossa para não assar esse bumbum lindo – falei.

- Tá mamãe – disse ele levantando a saindo correndo.

- Querida você quer conversar¿ - perguntou a minha mãe.

- Sobre o quê¿ - perguntei.

- Sobre essa tristeza escondida nos seus olhos – disse ela.

Eu nunca consegui esconder nada da minha mãe.

- Eu conheci uma pessoa ... um rapaz – falei olhando para os desenhos no bule de café.

- E ele decepcionou você – afirmou ela.

- Bom ... sim – falei suspirando – mais acho que eu decepcionei a mim mesma.

-  Continue – disse ela me incentivando.

- Sabe mamãe ele é exatamente um garoto da cidade – falei um pouco grossa – Só quer ficar com uma garota por uma noite, não dar a mínima pro que nós sentimos e só querem ... sexo.

- E ele conseguiu¿ - perguntou ela.

- Sim ... mais é que sei lá eu ... – eu suspirei – Olha eu conheci ele num restaurante no nosso primeiro dia em Leipzig, mais nós nem conversamos direito, só pedi desculpas por esbarrar nele, então no outro dia maia fugiu e entrou na casa do vizinho e o vizinho era ele, depois nos encontramos numa boate onde aconteceu o acidente com a minha lingua, a partir da daí ele ficou indo lá em casa pra saber como eu tava e tal, então um dia agente acabou trasando e ele não me procurou mais, o que me leva a crer que ele não tem mais por que me procurar já que ele conseguiu o que queria.
Depois de desabafar com a minha mãe eu me senti melhor, como seu eu tivesse tirando um caroço que estava entalado na minha garganta desde do dia que eu fui pra cama com ele.

- Bom querida eu sinto muito mais não posso lhe dizer nada que possa fazer para resolver isso – disse levantando e sentando na cadeira ao meu lado – Acho que só o que você pode fazer é ver como as coisas se desenrolam.

- Mamãe to pronto – disse Dan voltando a mesa, vestido numa calça jeans, uma blusa preta e botas de montar.

- Muito bem amor – falei levantando – Vamos. Tchau mamãe.

- Não eu vou com vocês – disse ela levantando também – Deixa eu pegar a câmera.

- Você e o papai são viciados nesse troço – falei indo pra sala.

Ela pegou a câmera em cima da mesa da sala e fomos para o estábulo.