E Que A Sorte... escrita por Juh11


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, esse capítulo veio rapidinho, certo? Estou tão entusiasmada em escrever que já até escrevi partes de futuros capítulos, acho que vocês vão gostar. Particulamente, acho esse capítulo meio monotono, mas ele serve para tirar algumas duvidas inclusive uma que estava em um dos reviews...



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Capítulo 20 – Por Juliet


Segundo dia de arena.

Eu e Amber resolvemos explorar o local aos poucos enquanto os Idealizadores não resolviam “animar” os Jogos, dez mortes de tributos em apenas dois dias, a qualquer momento poderiam vir atrás da gente.

–Precisamos procurar por água novamente – falou Amber – Nossa reserva está acabando. Vamos tentar ser silenciosas para não nos verem.

E então fomos andando pé ante pé para não emitir nenhum som, incrivelmente eu era boa nisso e Amber também, até que meu pé esquerdo resolveu criar vida própria se virando sozinho e me fazendo cair.

–Juliet, você está bem? – Amber me perguntou enquanto me levantava, a pancada havia doído, mas nada insuportável

–Foi apenas uma queda – eu falei, ela parecia preocupada demais - Vamos continuar – e assim continuamos

Sempre achei os Jogos uma tremenda de uma palhaçada. Matar adolescentes para demonstrar que você ainda tem poder sobre os distritos, só mesmo o povo com cérebro de ervilha da Capital para inventar isso, tenho certeza que se os Distritos escolherem se rebelar, eles conseguem. Mas como se já não bastasse isso, o pior era ter que morrer de tédio antes de morrer realmente. Não estou dizendo que preferia estar matando outro tributo ou estar sendo torturada, mas digamos que estar aqui é realmente monótono. Talvez seja o fato de eu ter adorado observar a vida apressada da Capital e depois vir para essa arena no meio do nada.

Chegamos a um pequeno riacho por ali e aproveitamos para nos lavar. Penteei meus cabelos molhados com os dedos e coloquei a fita de Isis como uma faixa. Descobri que usar o cabelo solto na floresta não seria uma boa idéia, muitos galhos grudavam ali, porem eu tinha que esperar ele secar para prender.

BOOM. Outro tributo morto. Amber olhou para mim para ver minha reação, ela estava pensando o mesmo do que eu, que poderia ser Caius, tentei parecer tranqüila para não preocupá-la, mas eu estava mesmo nervosa.

–Vamos descansar um pouco e montar um novo acampamento, você parece cansada – ela falou colocando a mão em meu ombro. Nós nos afastamos do riacho (ele confunde um pouco sua audição) e montamos nosso acampamento.

–Quem você acha que foi hoje? – eu perguntei a ela enquanto nós preparávamos outra refeição

–Não sei – Amber me respondeu – Talvez o garoto do 6 ou a garota do 12

–Talvez. Quem mais ainda está vivo? – perguntei tentando lembrar

–Todos os Carreiristas, seu irmão, eu, você, o garoto e a garota do 6, o garoto do 7, a garota do 10, Naran e a garota do 12 – ela respondeu contando nos dedos

–Naran? É seu parceiro de distrito?

–Sim, mas nós não nos conhecíamos. O distrito 11 é bem grande e é dividido por partes. Naran morava numa das partes nobres – ela explicou, não aprendemos sobre os outros distritos no colégio, só a parte essencial, o que cada um fornece para a Capital

–Você acha que ele tem alguma chance? – perguntei, era bom ter alguma informação sobre algum outro tributo

–Acho que não, essas pessoas que foram criadas com boas refeições e ensinadas a comer com talheres quase nunca têm chances, normalmente morrem de causas naturais porque são muito frescos, claro, com exceção dos Carreiristas – essa doeu, sei que ela não falou para me ofender, mas eu me encaixava no que ela havia dito, indiretamente ela dizia que eu não teria chances na arena. Depois disso eu fiquei quieta

O símbolo nacional apareceu seguido pelas fotos do garoto do 7 e da garota do 10. Já estava em tempo de um dos Carreiristas morrerem.

–Começarei com a guarda hoje – falou Amber encostando-se a uma das árvores. Até quando poderíamos nos dar esse luxo?

E sem que ela precisasse dizer alguma coisa, adormeci. Como sempre estava tendo pesadelos, porem algo me fez acordar antes do horário. Vozes. Eu estaria ficando louca? Estava ouvindo vocês que não eram dos meus sonhos, pareciam vir de perto. Seria Amber? Talvez, mas com quem ela estaria conversando? Abri os olhos discretamente e visualizei minha aliada com uma figura perolada.

A figura era extremamente parecida com Amber exceto o formato do nariz e então me passou pela cabeça que talvez pudesse ser o fantasma da sua irmã que morreu nos Jogos. Fiquei deitada em meu saco de dormi apenas escutando

–Talvez você devesse tentar – a fantasma falou – Sabe isso não é ruim

–Não acho isso certo – Amber respondeu e pude notar que sua voz era apreensiva - Ela não iria entender e talvez pudesse ir junto

–Ela não faz idéia do que tem veneno ou não. E se ela fosse ir junto seriam duas a menos nesse pesadelo – eu não fazia idéia de quem era “ela”, mas algo dizia que poderia ser sobre mim

–Mamãe também não aceitaria – Amber contrapôs, sobre o que as duas estavam falando?

–Claro que aceitaria, ela iria entender o motivo e superaria – sua irmã respondeu

–Ela não superaria – Amber respondeu continuando com a discussão

–Claro que mamãe irá superar – a irmã de Amber respondeu

–Ela ainda não superou a sua morte, você acha que superaria a minha? Ela entraria em depressão se perdesse mais uma filha para os Jogos, foi a última coisa que ela me disse. Sinceramente, Mitchie, eu tentarei ganhar isso daqui. – Amber falou com um tom baixo, mas também desesperado

–Você terá pesadelos para sempre – falou Mitchie, então era sobre isso que elas estavam falando, se era melhor Amber permanecer viva ou cometer logo o suicídio

–Eu sei disso, mas se eu ganhar, nossas irmãs nunca mais terão que assinar pelas tésseras, seria menos uma de nós nesse pesadelo – Amber argumentou

–Decida-se, preciso ir agora. – Mitchie disse se levantando – Estarei te esperando caso seja esse o caso, mas caso queira tentar vencer, repense um pouco sobre suas alianças, se aliar com uma garotinha de 13 anos nunca é uma coisa boa. – e então Mitchie sumiu

Fantasmas na arena lhe pedindo para cometer o suicídio e quebrar suas alianças, isso me parece suspeito. Amber olhou na minha direção e fechei os olhos torcendo para que ela não visse que eu estava acordada. Se ela conseguiu reparar ou não, eu ainda não sei, apenas sei que minutos depois eu estava adormecendo e apenas acordei com Amber me dizendo que estava na hora da minha vigília.

–Está tudo bem? – perguntei, eu sabia os motivos, mas o rosto dela estava abalado

–Apenas sono – ela falou da mesma maneira que costuma fala com as câmeras, direta e fria, deitou no saco de dormir e pude notar que demorou alguns minutos para adormecer

E então, voltei aos tempos de tédio. Dei os nós na minha corda para formar minha armadilha e então eu a armei, com sorte pegaríamos um coelho gordo novamente. Pensei um pouco mais sobre o fantasma que apareceu para Amber, será que seria um truque dos Idealizadores? Colocarem na sua cabeça a idéia de suicídio? Talvez, era a resposta, qualquer um para sei Idealizador dos Jogos precisaria ter um pensamento direcionado para confundir os tributos, mas isso só funcionaria de uma única maneira, se cada tributo tivesse algum parente que tivesse ido aos Jogos.

Então devia ser isso, talvez tenha sido assim que a Capital manipulou a edição desse ano, colocando nomes extras nos nomes de todos que tiveram um parente que tivesse sido tributo. Se isso fosse verdade, estaria explicado porque eu e Caius fomos sorteados, filhos de vitoriosos com uma tia que morreu em uma edição deveriam ter mais fichas do que os maiores assinantes das tésseras.

Isso também significava uma coisa, que tia Nina pode aparecer a qualquer momento em forma de fantasma para confundir eu ou Caius.



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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? E para a felicidade geral do povo, terá o capítulo extra o/
Só não sei quando postarei, isso vai ser surpresa :P
Temo só poder postar o próximo capítulo semana que vem, as provas do colégio estão tensas. Então vejo vocês nos reviews e claro, permaneçam vivos.



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