Throw Away escrita por Amis


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu percebi que recebi mais uma indicação hoje. E bem, como prometi, aqui está o capítulo.
Presente para a querida Paloma Riddle. Obrigado pela recomendação, você nao sabe o quão feliz fiquei.
Leitores novos, me deixem reviews, ok?



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Apoiei minhas costas no azulejo gelado do banheiro da Murta e respirei fundo, tentando concentrar em algo que não saísse do foco ou girasse em minha frente.

Já havia se passado duas semanas e como a Lufa-Lufa queria ganhar a competição de quadribol, Erik havia colocado todo o time para treinar. E estávamos indo muito bem, por sinal.

Estávamos, com exceção de mim, é claro. A cada treino eu sentia algumas tonturas leves e dores de cabeça, que não me impediam de ter um bom desempenho, mas quase me levavam a cair da vassoura algumas vezes.

No segundo dia de treino então eu havia aprendido uma tática. Era simples e funcionava bem. Eu repetia meu expurgo de alimento sempre que necessário, mas alguns minutos antes do treino começar, eu comia uma barra de chocolate pequena, o suficiente para dar energia ao meu corpo.

Isso não impedia, mesmo assim, que a noite, eu sentisse as tonturas da falta de energia que meu corpo insistia em consumir.

Era por este motivo que estava no banheiro novamente. Dafne havia me obrigado a comer, e eu acabei comendo, mesmo já sentindo o peso na consciência de ter comido a barra antes.

Não foi preciso nem pensar duas vezes. Depois de ter comido um pouco, o suficiente para deixar minha amiga satisfeita e ela voltar a atenção para o namorado, eu sai correndo para o banheiro.

Meu mundo girou novamente e eu fechei os olhos, me odiando por ter feito aquilo novamente. Estava começando a ser atingida pela sensação de estar suja por causa daquilo.

Eu respirei fundo e deixei as lágrimas virem. Ninguém me encontraria lá, eu poderia chorar rios.

Os soluços já escapavam dos meus lábios quando escutei alguns passos pelo piso frio da banheiro. Rapidamente parei de chorar e tirei minha varinha de dentro da bota. Aquele local não tinha uma boa fama, não me surpreenderia se visse um basilisco, como tio Harry contava, passando por algum canto da pia.

Mas acho que preferiria um basilisco.

Scorpius Malfoy andava com seu passo arrogante e confiante em minha direção, com seus olhos prata me fitando friamente.

–Chorando, Weasley? – perguntou parando na minha frente.

Respirei fundo. Merlin me odiava.

–Não que seja da sua conta. – disse secando minhas lágrimas rapidamente e me colocando de pé. – Agora, o que faz aqui no banheiro feminino? – perguntei tentando escapar de mais perguntas.

O loiro deu de ombros.

–Estava fazendo ronda e quando passei por aqui, escutei um barulho. Meu dever checar. – respondeu sem emoção.

Suspirei. Os azulejos do banheiro começaram a sair de foco e com medo de cair, me apoiei na parede rapidamente. Não podia parar na enfermaria, algo me dizia que um feitiço e eles já saberiam o meu segredo. Eu já evitava dentistas porque eles desconfiam a partir do esmalte dos dentes. Imagina pessoas com magia?

–Bom trabalho, quantos pontos vai retirar de mim? – disse brigando comigo internamente. Será que minha cabeça podia parar de girar?

Ele deu de ombros, mas não retirou o olhar de mim.

–Nenhum. Apenas vá para seu dormitório. – disse e antes que pudesse reprimir, senti meu queixo cair de descrença. Scorpius Malfoy, aquele poço de frieza, estava fazendo vista grossa para uma Weasley?

O mundo vai acabar.

O garoto, percebendo minha reação, riu baixinho.

–Sabe, Dominique, posso até ser uma cobra, mas isso não me impede de ter um coração. – disse e por um minuto eu pude jurar que vi algo além da frieza passar pelos seus olhos.

Assenti e já estava quase saindo do banheiro, quando senti ele me segurar pelo braço.

–Se algum dia quiser falar o motivo de seu choro, eu estou disposto a escutar, ruiva. – disse sem emoção alguma.

Eu sorri e tentei me soltar de seu aperto, mas ele não me soltou.

–E Dominique, você não é uma perdedora. – acrescentou, passando por mim rapidamente. – Aliás, coloque um pouco de sal nessa língua antes que você passe mal de vez e não tenha ninguém para te ajudar. Posso jurar que a qualquer momento você vai desmaiar. – e sumiu no corredor.

Arregalei meus olhos, mas não pude deixar de sorrir.

Até as cobras tinham coração.

*_*

Passei pela entrada do salão comunal e sorri para meus amigos, que estavam jogando algo que não reconheci. Dafne deu um gritinho, alegando que Nate estava roubando, mas Ana, uma menina morena e de olhos verdes que geralmente estava andando conosco, negou com a cabeça.

Erik, provavelmente cansado da briga dos dois, largou suas cartas para Ana e correu em minha direção, sorrindo durante todo trajeto.

Sorri de volta e me sentei em um dos sofás, sendo acompanhada pelo mesmo.

–Onde você estava? – me perguntou pegando em minha mão delicadamente.

Estranhei o comportamento, mas não retirei minha mão.

–Passeando por ai. – respondi vagamente.

Erik assentiu e soltou minhas mãos, enfiando as suas dentro do bolso da calça, em uma atitude de nervosismo.

–Aconteceu alguma coisa? – perguntei preocupada com meu amigo, uma vez que ele só ficava nervoso em momentos sérios.

Ele assentiu.

–Hum... Domi, eu estive pensando... – ele me olhou novamente com os seus olhos claros nervosos. – Bem, eu acho que já nós conhecemos há muito tempo e a cada dia você se torna uma menina linda e... – ele fez uma pausa para tomar coragem e eu comecei a rezar para qualquer deus que quisesse me ouvir que não fosse o que estava pensando. – Você quer namorar comigo? – perguntou.

Meu coração pulou algumas vezes e eu senti a adrenalina correr as minhas veias.

Na pior das hipóteses eu poderia dizer não e perder um grande amigo. E eu não queria aquilo, não quando minha amizade se tratava de Erik, Nate ou Dafne. Eles eram tão importantes para mim que eu seria capaz de enfrentar Hogwarts inteira por eles.

Ou eu poderia dizer sim e deixa-lo feliz. Eu poderia dizer sim e me corroer pela culpa de não ser a namorada que o ama.

Eu não queria dizer nenhum dos dois. Simplesmente eu fiz a coisa mais idiota que alguém poderia fazer.

Eu sorri e encarei a lareira durante longos minutos.

–Domi, me diz logo. – ele pediu começando a ficar receoso.

Eu suspirei.

–Eu não posso, Erik. Eu vou estragar tudo e acabar com nossa amizade. – disse sincera. – Eu preciso me focar em algumas coisas antes de decidir namorar qualquer um. – completei sem olhar para ele em nenhum momento. E eu não estava mentindo em nenhum momento. Eu precisava emagrecer, precisava me sentir segura, precisava fazer a Lufa-lufa ser alguma coisa...

Erik me olhou com aqueles olhos doces e assentiu, me fazendo sentir culpada por não ter dito sim.

Rapidamente ele se levantou, dando alguma desculpa, e subindo para seu quarto rapidamente.

Eu tinha estragado tudo e eu tinha certeza disso.

Era nesses momentos que eu realmente me sentia uma perdedora.


Teaser...

-Bom pessoal, alguém já viu o placar da taça das casas? – perguntei calmamente.

Alguns assentiram cautelosamente.

-E adivinhem... A nossa casa está em último. – disse sem muito humor. – Por isso eu tive uma ideia. – acrescentei quando vi alguns fecharem a cara.




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Notas finais do capítulo

Bem, para aqueles que desejaram ser James, guys, sorry. Ele vai ser importante na fic, mas mais pro meio.
Para aqueles que AMAM a família Malfoy, bem participação do meu loirinho nela. RSRSR.
E para aquelas que se apaixonaram pelo Erik como eu, não me matem. Quem sabe mais para frente?
Deixem-me reviews e indicações. Como sempre digo: se aparecer mais uma indicação eu dou um capítulo mais rápido.
Ps: Hum, qual será a ideia da Dominique?