Throw Away escrita por Amis


Capítulo 26
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Bem, demorei pq fiquei desmotivada com a quantidade de reviews do capítulo passado. Mesmo assim, não achei justo deixar quem deixou um review, na mão.
Mas gente, por favor, deixem reviews nesse capítulo. Escrever Throw away está sendo dificil para mim e eu só não desisti pq vcs estão gostando e lendo. Então valorizem meu esforço, please...
Deixem reviews...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/190602/chapter/26

Olhei para as bolhas de detergente que se formavam na pia de mármore branco e suspirei. Já era meu segundo dia na casa de Vick e eu tinha me esquecido o quão bom era passar tanto tempo com minha irmã.

O domingo de natal foi perfeito. Almocei na mansão Malfoy e me diverti muito. Jogamos quadribol, adultos contra adolescentes, e por incrível que pareça, os adultos ganharam. O Sr. Malfoy era um ótimo apanhador, apesar da idade.

Scorpius assumiu a todos que estávamos namorando, para minha surpresa e a alegria de Astória, que me abraçou tão apertado que duvidei ter restado alguma costela inteira. O Sr. Malfoy ficou feliz, dizendo que pelo menos eu seria uma boa influencia para seu filho, da mesma forma que Astória fora para ele, e quanto ao resto da família, todos pareceram aceitar bem.

Lívia, a mais animada do grupo, acabou me convidando para passar alguns dias na casa dela quando pudesse, dizendo que eu era muito engraçada e divertida. Nunca imaginara que uma Parkson, filha da Pansy da qual sempre escutei coisas horrorosas, seria tão simpática e animada. E a Sra. Pansy Vich também não fora chata ou prepotente. Elogiou minhas roupas e até disse que aprovava meu namoro com Scorpius.

Não tinha do que reclamar da pequena família do Scorpius. Nenhum deles fora frio, mal educado ou falso comigo. Todos me trataram de uma forma tão generosa que desejei fazer parte daquela família. Ela não era gigante igual a minha, nem tão barulhenta, mas me trazia um conforto que eu pouco senti entre os Weasley depois que entrei na Lufa-Lufa. De repente eu era diferente demais do resto.

E naquele natal, junto com eles, eu não me senti assim.

-Dominique, deixe esses pratos para lá. Hoje é dia do Teddy lavar a louça... – Vick me disse, tirando a luva de borracha das minhas mãos.

Sorri para ela e depois lancei um olhar divertido para o Teddy, que nos olhava incrédulo.

-São três mulheres dentro dessa casa e eu vou ter que lavar a louça? Malditos movimentos feministas do século 20! – disse brincalhão, se levantando e pegando as luvas da mão da esposa.

Vick deu uma piscadela e se dirigiu para Margot, que estava sentada na cadeirinha, brincando com a colher de bebê.

-Mamãe vai para a academia, você vai ficar bem com o papai? Vai tomar conta dele? – perguntou, passando as mãos pelos cabelos delicados dela de forma carinhosa.

Margot assentiu.

-Oui, mere. (Sim, mãe) – ela respondeu delicadamente, sorrindo logo depois.

Teddy bufou e Vick, achando aquilo engraçado, sorriu para mim.

-É assim que se trata um homem, irmãzinha. Com a coleira bem curta, se não pega liberdade demais. – comentou brincalhona.

Sorri.

-Vou lembrar, Vick, pode deixar. – respondi.

Vick gargalhou.

-Você vem comigo, Dominique. Depois da academia nós podemos passar em alguma loja de roupas e assistir algum filme no cinema. O que acha? – me perguntou animada.

Assenti.

-Tudo bem, vai ser legal... – disse.

-Aham, vai ser muito legal. Enquanto as princesas Delacour brincam de menina, eu fico em casa, feito a Gata Borralheira cuidando de tudo. – Teddy resmungou enquanto enxaguava alguns pratos.

Nós duas reviramos os olhos e em um consentimento silencioso, corremos para nosso respectivos quartos, para nos trocarmos. Com rapidez, tranquei a porta do meu e peguei um vestido de lã preto, indo para meu banheiro me arrumar.

Ao chegar lá, senti automaticamente meu estomago se revirar. Meu almoço começou a subir pela garganta, e desesperada, corri em direção á privada, para vomitar tudo que tinha comido. Minha garganta arranhou e um pouco de sangue saiu misturado junto a comida, enquanto uma tortura fraca me atingia.

Suando frio, me sentei na no chão gelado e encaixei minha cabeça entre os joelhos, tentando fazer com que tudo parasse de girar. Droga, tinha que vomitar justo agora?

Comecei a me despir para tomar um banho rápido, sentindo nojo e raiva de mim mesmo ao mesmo tempo, e me enfiei de baixo do chuveiro, passando as minhas unhas cumpridas sobre minha pele já sensibilizada. Estava me sentindo mais suja que uma poça de agua lamacenta.

-Dominique, eu não quero me atrasar para a aula de Pilates! – Victorie gritou do outro lado da porta e suspirando, desliguei o chuveiro.

Não havia como ter começado melhor meu dia.

*_*

Andei pelo vestiário da academia, explorando o local com curiosidade, enquanto esperava a aula de Pilates da minha irmã acabar. Ela malhava três vezes por semana, desde que tivera a Margot, e ela não estava disposta a sair da rotina mesmo na semana de folga.

Talvez, quando eu terminasse Hogwarts, eu fizesse que nem ela.

Sai do vestiário e me sentei em um banco de madeira que ficava em um belo jardim de inverno da academia, que servia para exercícios perto da natureza, como Yoga e alongamento. Como estava quase vazio, me permiti relaxar mais e colocar as pernas sobre o banco, alongando minhas pernas.

Senti alguém pigarrear ao meu lado e olhei para cima, encontrando um jovem muito malhado e alto olhando para mim calmamente.

Sorri e tirei minhas pernas do banco, dando espaço para que ele se sentasse também.

-Esque ce je peaux me.. (Eu posso me...) – ele começou a me perguntar em um francês com sotaque inglês, mas sentindo sua dificuldade em continuar a frase, suspirei.

-Se sentar aqui? – completei sua frase em inglês, sorrindo.

Seu rosto se iluminou e ele assentiu.

-Claro. – afirmei, dando de ombros.

Ele se sentou.

-Inglesa ou francesa? – perguntou levemente curioso.

-Os dois. – respondi calmamente. – Filha de uma francesa com um inglês, nascida em Paris, mas criada em Londres. – expliquei.

Ele sorriu.

-Inglês tentando aprender francês. Prazer. – ele disse divertido, estendendo a mão para me cumprimentar.

Apertei sua mão educadamente e depois disso um silencio confortável recaiu sobre nós. Não sei quanto tempo passou, mas depois de um tempo, percebi que o garoto tirava algumas pílulas de sua mochila e as tomava rapidamente, engolindo-as a seco.

Olhei para ele confusa e curiosa, e percebendo meu olhar, ele suspirou.

-Não conte a ninguém, está bem? – pediu, olhando para os lados desconfiado.

Olhei mais confusa ainda para ele.

-Para que eram aquelas pílulas? – perguntei.

Ele abriu um sorriso nervoso.

-Bem, são umas drogas...

-Todo remédio é uma droga. – afirmei.

-Sim, mas esses não bem remédios. Eles me ajudam a aumentar a força, me tornam mais rápido, mais potente, mais concentrado...

Arregalei os olhos. Isso existia?

-Elas fazem isso tudo mesmo? – perguntei espantada.

Ele assentiu.

-Sim. Na verdade muitos atletas usam, mas são proibidas entre competições, então se pegarem no doping, ferrou. – disse rápido. – Mas como eu não sou profissional, não corro o risco de me dar mal usando-as...

Olhei para sua mala, encantada com aquela informação. Se eu pudesse usar aquela coisa e fornecer para meus amigos do time de quadribol, supriríamos tudo que faltou no ultimo jogo. Força, rapidez, concentração e agilidade!

-E isso funciona com você? – perguntei ainda olhando para sua mala.

-Sim. Por que, está pensando em usar? Olha, se você for alguma atleta, ou até mesmo bailarina, tomar isso pode lhe custar sua carreira inteira, até mesmo pode dar prisão... Se pegarem no seu exame de sangue...

-Não sou uma atleta. Só quero melhorar minha performance  e os resultados da academia. – menti com facilidade, sorrindo docemente para ele.

Ele piscou algumas vezes, provavelmente surpreso com minha beleza e depois sorriu de volta. Ter uma parte, mesmo que pequena, de veela no meu sangue servia muito bem quando se tratava de conquistar humanos. Eles eram mais suscetíveis á mim que os bruxos.

-Bom, se for para isso, não vai lhe causar muitos problemas...

Assenti, olhando para ele através do meus longos cílios ruivos.

-Será que você poderia me dar algumas dessas suas pílulas? – perguntei com a voz mais musical que eu pude fazer.

Pelo jeito deu certo.

Com rapidez, ele pegou uma caixinha, que deveria ter umas 300 pílulas daquelas, e me entregou, sorrindo bobamente.

-Pode ficar com essa. Tenho mais uma em casa. – disse rápido.

Sorri feliz e  guardei a caixinha na minha bolsa, quicando por dentro. A Lufa-Lufa iria ganhar a taça das casas com essa coisinha. E como não existia exame antidoping no mundo bruxo, ganharíamos, em tese, justamente.

Não estávamos quebrando nenhuma regra já existente.

-Domi, já estou pronta! – Vick disse se aproximando de mim.

Rapidamente, sorri para o garoto em agradecimento, e corri em direção á minha irmã, ignorando os pedidos para que eu passasse meu telefone para ele.

Vick, quando entramos no carro, me olhou divertida e suspirou.

-Jogando seu charme veela em humanos, Domi? – disse retoricamente. – Ai, eu adorava fazer isso, eles ficam tão fofinhos deslumbrados... – completou, rindo baixinho.

Assenti, rindo também, mesmo que minha risada viesse de um motivo diferente. Eu tinha um ótimo plano para concretizar quando voltasse para as aulas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Para quem achou que a Domi ficaria sem fazer mais besteiras, bem, voltamos a estaca zero. Dominique já está planejando mais coisas.
Quem acha que vai dar certo? RSRS
E bem, fic quase no final, acho que tem mais uns 5 capítulos pela frente.
XOXO