A história do filme, basicamente, se tratava de uma adolescente que acabara de se mudar do interior do estado para NYC. Ainda morando com os pais, vai atrás de um novo Hobby e descobre sua paixão por dança.

No meio de tudo isso ela se vê perdida entre dois amores, um é seu amigo há longo tempo e se diz loucamente apaixonado por ela e o outro é o novo cara que ela acaba de conhecer.

Eu interpretarei Nicole Walker, a garota citada a cima e que se envolverá com os personagens de Justin Bieber (David McCall) e de Joseph Morgan (Steve James). A história é baseada em outro filme, Fear. Tipo um remake. 

Hoje irei gravar minhas primeiras cenas, o que inclui a cena da mudança de uma cidade para outra e a adaptação de Nicole a nova escola.

[...]

O dia foi bem longo, apesar de ter poucas cenas para gravar eu fiquei acompanhado tudo o que fizeram no set e aproveitei para seguir o conselho de Sophie: fiquei mais “próxima” dos bonitões. Menos do Bieber, é claro.

– Jason, eu já vou indo. Estou incrivelmente exausta. - fui me despedir dele após ter trocado de roupa.

– Fez um ótimo trabalho hoje, gatinha. Talvez amanhã você tenha que refazer algumas cenas, mas só para o caso do diretor querer alterar alguma coisa.

– Sem problemas, eu amo o que faço. Mas agora tenho que ir.

– Vai lá. Manda um beijo pra Sophie. - ri de sua cara de pau.

– Pode deixar. - sai andando pelos corredores.

Já estava quase chegando ao estacionamento quando resolvi pegar meu celular na bolsa para ligar para Sophie. Confesso, não estava prestando atenção por onde estava indo e quando me dei conta já estava no chão xingando o que quer que seja que estava no meu caminho.

– Mas que droga! Tem que ficar no cominho dos outros. - disse recolhendo o que havia caído da minha bolsa.

– Pelo jeito não olhar por onde anda é sua grande habilidade.

– Não acredito! E a sua é ficar no meu caminho, né? Eu não presto atenção mesmo, mas você não faz questão de sair da frente. – ele nem teve a capacidade de me ajudar com as coisas caídas no chão.

– Sabe que você ainda está me devendo uma camiseta da D&G, né?! E sorte a sua hoje não estar segurando um copo ou teria mais um prejuízo. - sorriu maroto.

– Qual é o seu problema? Por que não vai você e suas camisetas para aquele lugar?

– Alguém está de TPM hoje...

– Como ousa? Você é quem é o fútil e arrogando aqui e que vive me provocando. Ainda tem a capacidade de me ver catando as coisas e sequer oferecer ajuda.

– Alguém já te disse o quanto você é chata? Você pensa que sabe sobre tudo e de todos, acha que está sempre certa. Conheço bem esse tipo de gente, insuportável.

– Bom pra você. Já que conhece bem, fique longe! Assim evita perder mais uma camiseta. - sorri cínica.

– Além de ser achar é grossa.

– Vai cuidar da sua vida! - eu já estava sem paciência.

Fomos interrompidos pelo barulho do celular dele, supus. Agradeci a Deus por me livrar de mais uma discussão, não estava afim de mais brigas por hoje.

Ele atendeu o celular e saiu corredor a fora, me deixando plantada. Ótimo.

– Hey, Nina! - Se for ele de novo, juro que jogo um tijolo em sua cabeça.

Olhei sobre o ombro. Ian apareceu afobado em minha frente.

– Hey! - disse sem jeito. Ele é bonito demais.

– Consegui te alcançar a tempo. O pessoal estava combinando de ir jantar para comemorar o primeiro dia de gravação, mas quando foram te chamar Jason disse que já tinha saído.

– Pois é, estava meio exausta e resolvi ir pra casa. Mas se todos vão... Isso foi um convite, não foi? – perguntei insegura.

– É claro que foi! Vamos?

– Mas é claro. – ele estendeu o braço para que eu entrelaçasse o meu ao seu.

Ele me acompanhou até meu carro.

– Me segue, fica mais fácil.

– Tudo bem. - adentrei no carro e esperei até ele sair para segui-lo.

Liguei o rádio em uma estação qualquer e uma musica com “sininhos” ao fundo começou.

– Mas que merda é essa? Nem no Natal estamos! - resmunguei para mim mesma.

Quando a musica acabou a locutora se pronunciou: “E esse foi mais um lançamento exclusivo. Justin Bieber com o seu novo hit, Mistletoe.”

Só poderia ser palhaçada, esse cara me persegue até nas musicas. Quando dei por mim, Ian já estava parado me esperando. Dei partida e fomos assim até chegarmos ao restaurante.

Ao chegarmos, vi que o carro de todos que conhecia estava ali. Ian veio abrir a porta para mim.

– Chegamos! - ele disse.

Meu Deus, isso é alguma brincadeira? Além de incrivelmente lindo, ainda é cavalheiro.

– É, chegamos! Obrigada. - sorri.

– Imagina! Um homem de verdade deve fazer coisas desse tipo. - sorri sem graça.

– Convencido. - dei um pequeno tapa em seu braço e ele gargalhou.

– Fazer o que, né?

Caminhamos até a entrada do restaurante, ele não saiu do meu lado em momento algum. Ok, isso estava ficando estranho.

– Aleluia! Quem estava faltando chegou! - Jason disse e eu corei.

– Oi gente! Consegui resgatá-la. - Ian sorriu.

Ele puxou uma cadeira e fez sinal para que eu me sentasse. Agora eu posso morrer.

– Obrigada. - sorri gentil.

– Já te disse... Homens de verdade fazem tudo isso e mais um pouco pra uma garota que merece. - senti minhas bochechas explodirem. 

Ele se sentou ao meu lado e sobrou uma cadeira vazia, que certamente seria de mais alguém que ainda não havia chegado.