Alguém Muito Especial escrita por Luisavick


Capítulo 5
Capítulo 5 - A Farsa




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No dia seguinte, na escola, todos os alunos já sabiam que Freddie Benson tinha convidado Debbie Nelson para sair. Muitos foram os comentários:

_ Hey, Benson. Soube que vai sair com Debbie Nelson. Parabéns! – disse um.

_ Freddie, parabéns cara. Ela é demais. – disse outro.

_ Tá podendo, hein, Benson? Dá um beijo na gata por mim...

Na saída das aulas, Freddie encontrou Debbie conversando com uma das amigas dela. Carly ficou só observando. Sam foi embora pra casa.

_ Nas férias da primavera? Está louca? – dizia Debbie.

_ É isso, iremos para Aspen. Não, iremos para o Chile.

_ Debbie! – chamou Freddie. _ Oi!

_ Oh! Olá, Freddie. – Debbie parecia surpresa.

_ Posso te acompanhar até em casa?

_ Bem, eu estava indo pra casa com a Shayne. – respondeu Debbie.
_ Shayne, este é Freddie. Freddie, Shayne.

_ Olá – disse Freddie.

_ Oi – disse Shayne com um sorriso no canto dos lábios.

_ Achei que podíamos conversar – continuou Freddie, olhando para Debbie.

_ Por que não me liga? – respondeu ela.

_ Ok. – disse Freddie – Até mais, então.

_ Tchauzinho – disse Debbie.

_ Por que você não foi com ele? – perguntou Shayne, depois que Freddie saiu.

_ Não quis.

_ Ele está te dando oportunidade de dar o fora nele. - argumentou Shayne. – Ele quer conversar, então diga a ele que voltou com Greg. Diga que o usou...

_ Eu não o usei. – disse Debbie parecendo desrespeitada.

_ Oh, sério? – debochou Shayne. – Você não o usou para dar o fora no Greg?

_ Não foi por querer. Eu estava brava e ele apareceu. – rebateu Debbie. – Foram as circunstâncias, ok?

_ Ok! Ok! – disse Shayne. – Lembrando que quanto mais você esperar para acabar, pior será. Viu a cara dele? Está completamente iludido. A menos, é claro, que você esteja interessada nele...

_ Ha, ha. Me poupe, Shayne.

Bem pertinho delas, uma garota de cabelos pretos escutava a conversa, disfarçadamente.

Já em casa, à noite, Freddie, recebeu a visita de Greg Sheffer. Ele abriu a porta, surpreso.

_ Como está? – perguntou Greg.

_ Tudo bem. – Freddie respondeu, desconfiado. Pensou em Sam. Ela não estava li para protegê-lo...

_ Nervoso com alguma coisa? – disse Greg.

_ Não. Não. – respondeu Freddie, evidentemente nervoso.

_ Parece nervoso – insistiu Greg. – Não vai me convidar para entrar?

_ Desculpe. Entre. – disse Fred, mantendo uma distância segura de Greg. – O que faz aqui?

_ Queria falar contigo.

_ Sobre? – arriscou Freddie, mesmo já sabendo intuitivamente do que se tratava.

_ Olha, Freddie, tô numa boa com essa situação. Não sabia como terminar com a Debbie. E você me poupou uma conversa.

_ E eu devo acreditar nisso, certo?

_ É verdade. Não quero que a Debbie me odeie. Não quero que ninguém me odeie. Então, apreciaria se você me fizesse um favor. Não sei quais são seus planos para sábado, mas venham até minha casa. Darei uma festa. Meus pais estão na Europa.

_ Está me convidando para ir a sua casa? – Freddie impressionou-se.

_ Sim, convidei muita gente. Algo errado?

_ Não sei. Diga você – respondeu Freddie, ainda desconfiado. – Por mim não tem problema.

_ Conheço a Debbie há um bom tempo e gostaria de manter a amizade. Se for pedir muito para levá-la na festa, desculpe.

_ Coloque-se na minha posição, Greg. Isso não soa bem.

_ Coloque-se você na minha posição, Freddie! Eu convido uma ex-namorada e o cara que a roubou de mim para uma festa. Acha que pareço legal por isso? Ouvi muito por causa disso.

_ Por isso mesmo estou questionando seus motivos – argumentou Freddie.

_ Te entendo.- insistiu Greg. - Venha. É só uma festa. Não é o fim do mundo.

_ Vai ficar numa boa comigo?

_ Você vê algum motivo para eu ficar de joguinhos?

_ Bem, falarei com Debbie e ...
_ Já falei com ela. – disse Greg, demonstrando satisfação. – Ela aceitou.

_ Você falou com ela? Sério? – exclamou Freddie, surpreso. – Bem, então nós vamos.

_ Bom. Sabe? Não será a coisa mais estranha do mundo se nos tornarmos grandes amigos...– disse Greg.

_ Sim, será. – respondeu Freddie. – Bem estranho...

_ Até mais... Te vejo no sábado.

Freddie foi correndo pra casa de Carly. Precisava conversar com alguém. Chegando lá, contou tudo para ela, que ficou só calada escutando o amigo desabafar. Quando ela ia manifestar sua opinião, Sam entrou. Também tinha ido conversar com Carly. No entanto, não parecia a mesma Sam. Tinha um olhar triste e perdido, porém não deixou escapar a oportunidade de alfinetar Freddie...

_ Desde quando tua mãe te deixa sair à noite durante a semana? Eu perdi alguma coisa? Está havendo uma nova ordem mundial?

_ Ela não está em casa – respondeu Freddie, sem paciência. – Se quer me atazanar e me deixar mal, pode fazer isso depois, por favor?

_ Até poderia, Fredbobo. Mas, para sorte sua, eu não agüento. Debbie Nelson não gosta de você tanto quanto você pensa.

_ Talvez. – respondeu ele, secamente.

_ Ela não te ama! – Sam jogou na cara dele.

Carly tentou intervir, já prevendo uma discussão entre os amigos. Mas foi em vão. Era como se ela não estivesse ali.

_ É uma farsa. Uma grande farsa. – Sam soltou. Carly a repreendeu com os olhos...

_ Como você sabe? – perguntou Freddie, chegando perto de Sam, e enfiando as mãos nos bolsos das calças. Tinha medo de querer estrangulá-la.

_ Coloco minhas mãos no fogo. – Ela o fitava como se estivesse decepcionada. – Quer saber, Freddie? – Sam chegou mais perto dele, para que suas palavras ficassem gravadas na mente do rapaz. – Ficaremos melhor se não passarmos mais tanto tempo juntos. Durante muito tempo, foi só eu, você e a Carly. Aqui, na escola, na lanchonete, no programa e até na rua.

_ Por que? – Freddie não entendia.

_ Porque eu estou te enlouquecendo e você está me enlouquecendo – os olhos de Sam estavam úmidos. – Prefiro ficar sem te ver a ter você me odiando... As únicas coisas importantes na minha vida sou eu, a Carly e... E você! – dizendo isso, Sam saiu batendo a porta e deixando um Freddie sem saber o que dizer e uma Carly que sabia muito bem o que estava acontecendo.

Carly, então, resolveu abrir os olhos de Freddie e contar o que sabia. Exceto que Sam o amava. Isso ele teria que descobrir sozinho. Não podia trair a confiança da amiga. Sentou-se no sofá e chamou o amigo.

_ É tudo uma farsa, Freddie. Debbie Nelson, o encontro, a festa, tudo. Uma farsa – Carly falava pausadamente, como se quisesse ter certeza que Freddie entenderia o que ela dizia. – Debbie só sairá contigo pra te levar até a casa de Greg e ele irá te dar uma surra.

Freddie esboçou um meio sorriso, incrédulo. Carly continuou.

_ Eu mesma ouvi ela dizendo que tinha voltado para o Greg e que iria te dar o fora. A Sam escutou Greg e os amigos dele falando que iriam armar pra te pegar na festa.

_ Quando foi isso? – quis saber Freddie já somando dois mais dois...

_ Hoje pela manhã. – Carly estava séria.

_ Verdade? Uma farsa? – Freddie ainda assimilava aquela informação. Carly afirmou com a cabeça.

_ Sim,

_ Sim, Freddie. Sinto muito. – Carly achava que Freddie não merecia aquilo tudo, mas ele era um completo idiota por não perceber que Sam o amava.

Freddie se despediu de Carly e saiu correndo...

_ Aonde você vai, Freddie?

_ Na casa de Sam.

Carly sorriu.



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