Night Watchers - Primeira Temporada escrita por MS Productions


Capítulo 8
Destinos Traçados (Vol. 1) - Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Isto é uma fic com muito detalhes, estejam atentos! :p
Reviews pff :p



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Érica, Melissa, Ísis e Leonardo já tinham alcançado as ditas ruas e bastava aquele silêncio tenebroso para lhes fazer arrepiar a espinha. À medida que caminhavam pela densa névoa, mantinham-se atentos a cada esquina e a cada beco que passavam. Os quatro amigos também puderam verificar que as luzes que se encontravam totalmente apagadas estavam agora a dar sinal de quererem funcionar. Érica estava admirada por ainda ninguém ter relatado aquele problema. Ela e Leonardo iam à frente bastante concentrados. Melissa vinha a seguir pois preferia estar mais perto de Ísis, que como sempre estava muito nervosa. Era normal, tendo em conta que dos quatro ela era a mais frágil e fraca. Ísis achava que se fosse atirada ao chão por algo, possivelmente já não se voltaria a levantar. Melissa tinha força e resistência que lhe foram dadas por razões ainda desconhecidas, Érica tinha todo o treino para aquele tipo de situações e Leonardo era rapaz, mas tinha bastante coragem, o que já ajuda minimamente a sobreviver. Ela apenas tinha conhecimento e alguma prática em Magia. Não era totalmente mau, mas num confronto, o oponente tem vantagem pois um ataque é mais rápido que a preparação de um feitiço ou mesmo de uma simpatia. Foi então que no meio de
inúmeros pensamentos, Ísis lembrou-se dos pós… Sempre podiam ser rápidos e úteis e ela já quase se esquecera. Abriu a sua mochila, tirou de lá um frasco que continha um pó meio prateado, ficou com o recipiente na mão e fechou outra vez a mochila…

Melissa - Ísis, está tudo bem?

Melissa estranhou a reacção que Ísis acabara de ter e teve de fazer a pergunta.

Ísis - Sim! Tudo! Lembrei-me dos pós! No caso de… Tu sabes!

Ísis estava agitada e Melissa percebeu. Mais uma vez tentou acalmar a amiga…

Melissa - Já percebi. Não precisas de ficar nervosa. Corre sempre tudo bem!

Ísis - Oh, eu sei, mas não tenho culpa, não consigo evitar. Definitivamente que não sirvo para esta parte do trabalho.

Melissa - Então porque vens? Começas a ajudar só na pesquisa. O resto fazemos nós!

Melissa tentava consolar a amiga mas mesmo assim não era o suficiente. Ísis não gostava muito daquela parte do trabalho, mas também não conseguia deixar de ir e saber que os seus amigos poderiam estar em perigo e ela não estava lá para ajudar.

Ísis - Eu tenho de vir… Não consigo ficar de braços cruzados enquanto vocês andam atrás destas coisas! Preciso de ajudar e não é a ficar em casa que vou fazer isso. Isto é só uma questão de hábito. Qualquer dia já nem me apercebo, vais ver!

Melissa - É como eu… Não posso deixar de ajudar quando sei que posso fazer algo! Assim também é um jeito de dar uso à minha força!

Ísis - Se tivesse só metade da tua força até eu fazia isto sozinha…

Mais à frente, Érica e Leonardo pararam…

Érica - Importam-se de fazer menos barulho?

Leonardo - Ya, só ouvimos as vossas vozes!

Melissa - É normal, não há nada por aqui!

Érica - Não sabemos… Até agora não vimos nada, mas isso não quer dizer que estejamos completamente sozinhos.

Ísis - Achas que estamos a ser observados?

Érica - Não! Era só um supor! Seja como for, temos de fazer pouco barulho! Temos de estar atentos!

Melissa - Ok… Ficamos caladinhas. Não é Ísis?

Melissa olha para Ísis e esta acena que sim…

Érica - E lembrem-se, se virmos algo suspeito, permaneçam sossegados até decidirmos como deveremos agir!

Todos concordaram e começaram novamente a andar… Mas Melissa lembrara-se de uma coisa que para ela também tinha sido importante, o novo cargo do seu pai! Então não conseguir resistir e dirigiu-se novamente a Ísis.

Melissa - Continuando… Nem sabes a novidade que tenho! O Sr. Duarte colocou o meu pai como chefe contabilista! Sabes o que é que isso pode significar?

Ísis nem teve tempo de responder… Érica meteu-se na conversa.

Érica - Melissa? Não podem deixar isso para depois?

Melissa - Mas é mesmo uma novidade fantástica!

De repente e sem estarem à espera, ouviu-se um grito de terror vindo da rua vizinha. Parecia uma voz feminina e de alguém que sem margem de dúvida estava em pânico e precisava de ajuda! Érica, Leonardo, Melissa e Ísis começaram a correr o mais rápido que conseguiam em direcção à origem daquele grito. Quando lá chegaram, deram de caras com um cenário aterrorizador… Uma mulher, possivelmente aquela que ouviram, estava deitada no chão e uma criatura hedionda encontrava-se debruçada sob ela e a sugar-lhe uma espécie de energia branca pela boca. Os quatro ficaram espantados com o aspecto assustador e nojento que aquela besta tinha. Nenhum deles percebeu o que a criatura estava a fazer e mal acabou de sugar aquela luz branca e brilhante da mulher, olhou para eles, rugiu de raiva e começou a avançar na direcção onde estes se encontravam. Sem trocarem palavras por falta tempo, Érica e Leonardo foram também em direcção à besta, Ísis dirigiu-se à mulher que estava no chão para ver se a podia ajudar e Melissa
atrasou-se pois ainda não tinha tirado nenhuma arma da mochila. Érica
aproximou-se da criatura e diferiu-lhe um “mondólio furio chagui”, um golpe de Taekwondo que consistia num pontapé rotativo com o calcanhar, o qual acertou-lhe com força no queixo. A criatura mal se mexeu com o golpe e Érica voltou a atacar e deu-lhe dois socos bem centrados no peito, os quais tiveram muito pouco efeito e irritam a besta que com um dos seus longos braços, deu um encontrão a Érica, a qual foi atirada com força ao chão. Leonardo investiu a seguir, mas teve ainda menos sucesso. Foi agarrado pelo pescoço e atirado no ar contra uma das paredes das casas que ali foram construídas. Imediatamente, caiu no chão e ficou inconsciente…

Melissa - Leonardo!

Melissa largou o que estava a fazer e foi em socorro do amigo. A
criatura quando viu oportunidade começou a fugir. Érica recompõe-se, tira da sua mala um mini arco e duas flechas e segue atrás do monstro que já tinha curvado para a rua seguinte... Quando Érica alcançou a rua, a besta estava poucos metros à sua frente. Felizmente correr, não era uma das suas facilidades derivado aos seus longos braços.

Érica pegou numa flecha, levantou os braços com o arco nas suas mãos e fez pontaria… No momento em que ia largar a seta, alguém a impediu… Carlota saiu do seu esconderijo e foi em direcção a Érica. Deu-lhe um pontapé com força e certeiro, o qual atingiu nos braços da Night Watcher e fez com que esta largasse o mini arco que estava a segurar. Espantada, Érica tentou alcançar novamente a sua arma, mas mais uma fez a metamorfo impediu-a ao agarrá-la no braço e puxando-a para trás.

Érica - Tu outra vez…

Carlota - Sim… Eu outra vez! Surpresa?

E a rir-se maliciosamente, volta a atirar-se na direcção de Érica… As duas começam uma luta que há algum tempo já vem acompanhando a Night Watcher que até agora, ainda não tinha tido sucesso em eliminar Carlota. Era complicado conseguir descobrir onde a metamorfo costumava estar derivado aos seus vários disfarces. Carlota tenta acertar em Érica três socos bem rápidos, os quais foram muito bem defendidos e consequentemente inúteis. Em reposta, a Night Watcher dá um pontapé certeiro no peito da adversária e esta cai para trás com o impacto. No entanto, quando pega na seta que lhe restava para tentar cravá-la no coração da metamorfo e eliminá-la de vez, foi surpreendida pela rapidez daquele ser. Carlota rapidamente conseguiu agachar-se e fazer-lhe uma bruta rasteira. Os pés de Érica foram levantados do solo e esta aterrou de costas no chão. Sem dar por isso, já a metamorfo estava sentada em cima dela e começara a apertar-lhe o pescoço com uma força tão grande que Érica não conseguia defender-se…

Carlota - Onde estão os teus truques agora?

A pouco e pouco Érica sentia o seu pescoço a ser mais apertado… Começou a ficar sem oxigénio, a sua pulsação estava a ficar fraca e estava a deixar de conseguir ver o que se passava a volta dela… A metamorfo apanhou-a a jeito e aquele podia ser o fim da Night Watcher. Érica nunca pensou que a sua vida lhe fosse retirada daquela maneira tão simples… Sempre imaginou que se alguma vez lhe acontecesse algo, ela fosse partir de maneira gloriosa e não por uma pequena distracção… Já
Carlota, estava deliciada com aquele momento. Sempre sonhara em conseguir matar um Night Watcher e quando os olhos de Érica começaram a fechar, a metamorfo pensou que finalmente estava a conseguir realizar um dos seus sonhos. Foi então que algo veio contra a cabeça daquele ser com uma força descontrolada… Melissa tinha-se aproximado silenciosamente, pegara no arco de Érica que estava caído
no chão e com força, deu com este na cabeça da metamorfo que imediatamente caiu para o lado. De seguida, Melissa deu-lhe um forte pontapé no estômago. Claro que se tivesse sido uma pessoa normal, aquele pontapé apenas teria sido considerado como uma pancada com força, mas no caso de Melissa, a potência de impacto era outra. Carlota ao levar o pontapé foi projectada pelo ar e caiu aos trambolhões cerca de 3 ou 4 metros à frente.

Melissa - Eu sou um dos truques dela!

Meio atordoada, Carlota levantou-se agarrada à barriga e fugiu… Melissa teve vontade de ir atrás dela, mas ajudar Érica era mais  mportante naquele momento.

Melissa - Estás bem Érica?

Érica senta-se devagar e ajeita as roupas.

Érica - Sim, estou! Obrigado! Se não tivesses aparecido possivelmente estaria morta!

Melissa - Temos de olhar uns pelos outros…

Melissa ajuda Érica a levantar-se…

Melissa - A criatura?

Érica - Fugiu…Quase que a apanhei se não tivesse sido aquela horrível metamorfo!

Melissa - Bem, pelo menos consegui afastá-la!

Érica - É verdade! Eu vi o pontapé que lhe deste… Foi muito bem direccionado!

Melissa - Achas que não te tenho observado?

Melissa sorri para a Night Watcher que naquele momento, sentiu grande orgulho nas palavras da jovem e sorriu também para ela.

Érica - Onde é que estão os outros?

Melissa - Na outra rua! Acho que o Leonardo magoou o braço!

Érica e Melissa foram ao encontro dos seus dois amigos. Quando lá chegaram Leonardo já estava de pé, porém tinha o braço um pouco esfolado e estava a agarrá-lo por causa das dores. Ísis continuava sentada junto à mulher e a olhar para a mesma…

Érica - Estão os dois bem?

Leonardo - Sim, tenho só um arranhão no braço! O que é que aconteceu?

Érica observa o ferimento de Leonardo…

Érica - Não é muito grave, mas mesmo assim temos de tratar disso! Já falamos acerca disso! Ísis?

Ísis continuava parada a olhar para a mulher… Rapidamente os amigos aperceberam-se que esta não tinha sobrevivido e Ísis possivelmente estava abalada… O corpo da mulher por esta altura já estava a começar a entrar em estado de putrefacção, bem mais rápido do que é costume…

Ísis - Ela estava viva segundos antes de chegarmos… Como é que não a conseguimos salvar?

Melissa aproxima-se da amiga e tenta consolá-la.

Melissa - Ela estava no sítio errado à hora errada! Não havia nada que pudéssemos fazer Ísis! Tentámos…

Ísis - Eu não gosto desta parte…

Ísis estava em baixo, não havia nada que pudesse fazer para controlar as suas emoções… Não era justo o que acontecera àquela mulher.

Melissa - Nenhum de nós gosta Ísis… Vamos sair daqui! Érica, diz-me que já sabes que monstro é este!

Érica - Sim, é melhor pararmos em minha casa e falamos lá!

Leonardo - E o corpo?

Os quatro olharam para o corpo da mulher que já estava praticamente em decomposição…

Érica - Não podemos fazer nada… Agora compete às autoridades encontrá-lo e identificá-lo. O nosso trabalho aqui está feito!

Melissa - É melhor irmos andando!

Os quatro amigos acenaram e fizeram-se ao caminho….


*

Rodrigo Rodrigues considera-se um homem muito responsável. Se tem compromissos, leva-os à seria e respeita todas as regras. No caso do seu novo trabalho, a sua maior preocupação é conseguir respeitar os horários do mesmo. Se entra ao serviço cedo, tem de se deitar igualmente
cedo para conseguir descansar devidamente. Naquela noite, Rodrigo não conseguia descansar… O facto de Érica ter saído atrás de um monstro qualquer não lhe agradava nada. Não conseguia adormecer sem ela chegar a casa. Então decidiu preparar algo para ela comer quando chegasse e foi para a sala de estar fazer tempo. Cerca de duas horas a seguir, Érica entra em casa acompanhada pelos três jovens… Rodrigo estava sentado num dos dois pequenos sofás que a sala tinha e quando ouviu a porta levantou-se.

Érica – O que é que fazes acordado?

Rodrigo – Não conseguia dormir sem saber se estavam bem…

Rodrigo dá um beijo a Érica e de seguida olha para os jovens para os cumprimentar.

Rodrigo - O que é que te aconteceu Leonardo?

Leonardo - Não é nada de especial…

Érica - Rodrigo, podias trazer o kit de primeiros socorros se faz favor? Deixei-o no nosso quarto!

Rodrigo - Claro! Eu trago também qualquer coisa para comerem, devem estar famintos!

Rodrigo sai da sala para ir buscar o que lhe foi pedido. Os restantes elementos espalham-se pela sala…

Érica - Sentem-se! Preciso só de ir buscar uma coisa…

Érica dirige-se à sua estante e retira de lá um livro enquanto os três jovens sentavam-se nas cadeiras à volta da mesa. Ao abrir o livro um leve sorriso de triunfo passou-se pelos lábios… As suas suspeitas acabaram por se confirmar.

Érica - Aqui está! Foi como pensei… Um Mandurugu!

Melissa - Um quê?

Os três jovens pareciam confusos…

Érica - Um Mandurugu! É o nome da criatura que vimos esta noite a atacar a mulher! E a responsável pelas outros três assassinatos!

Melissa - Uau, que nome fácil…

Queixa-se Melissa num tom irónico.

Leonardo - Qual é a descrição desse tal Mandurugu?

Érica - Bem, pra começar é uma criatura mágica…

Ísis interrompe…

Ísis - Mágica? Como assim?

Neste momento Rodrigo regressa à sala e traz consigo o kit de primeiros socorros e uma bandeja com bolos, bolachas, um jarro de água e copos. Melissa levanta-se e vai ajudar Rodrigo que parecia um pouco atrapalhado…

Érica - Quando digo mágica significa que os seus poderes são mágicos… Além de ter uma força brutal e ser extremamente agressivo. Não responde à razão, nem ouve ninguém!

Rodrigo debruça-se sob o livro e observa-o…

Rodrigo - Era esta a criatura? Parece bem grande… O que fizeram com ela?

Érica - Não a conseguimos apanhar… Fugiu! Houve um pequeno imprevisto!

Rodrigo - O que é que aconteceu?

Leonardo - Sim, eu e a Ísis também não sabemos!

Érica - Fui interrompida pela Carlota! Ela apareceu do nada… Possivelmente estava a espiar-nos!

Melissa - Ya e na altura que lá cheguei já o Mandurugu tinha fugido e a Érica estava…

Subitamente, Érica olha para Melissa e faz-lhe sinal para não contar o que aconteceu. Estava ali Rodrigo e esta não queria que ele soubesse do decorrido… Melissa rapidamente entendeu!

Melissa - A Érica estava ocupada a tentar eliminar a metamorfo!

Rodrigo - E também não conseguiram… Adivinhei?

Érica - Infelizmente sim! Mas prefiro pensar nisso outra altura… Agora temos uma criatura completamente selvagem aí à solta. Temos de pensar em maneiras de conseguir apanhá-la a jeito…

Ísis - Aquela coisa que ela estava a fazer à mulher… Aquela luz branca… Era algo místico?

Érica - Mais ou menos… Vou passar a explicar! O Mandurugu é uma criatura selvática que apenas sai à noite. Chamam-no de “chupa-almas”! Ele encontra uma vítima, numa zona pouco movimentada, e de
seguida retira-lhe a alma. Primeiro, paralisa a sua presa com um género de raio ou energia negra e vermelha que lhe sai das mãos…

Ísis - Parece algo mágico…

Érica - Depois de paralisada, debruça-se sob a vítima e suga-lhe a alma através da boca! O corpo rapidamente apodrece por a alma ter sido tirada à força e o Mandurugu come os restos que conseguem ficar intactos…

Todos fizeram uma expressão de nojo ao ouvirem as palavras de Érica.

Melissa - Pelo menos não deixámos esse monstro completar o trabalho!

Ísis - Mesmo assim ainda conseguir roubar a alma à mulher…

Leonardo - Mas já sabemos que criatura é… Já nos deve valer de alguma coisa, certo?

Érica - Sim, é uma excelente ajuda! Agora já sabemos com o que estamos a lidar e amanha estaremos mais preparados…

Leonardo - Amanhã?

Leonardo parecia decepcionado… Por ele, saiam novamente e iam atrás do Mandurugu. Rodrigo aproxima-se e começa a tratar do braço de Leonardo.

Rodrigo - Sim, amanhã! Já tiveram emoção que chegasse por uma noite! E amanha têm aulas não é verdade?

Érica - É escusado sairmos de novo esta noite… Presumo que a criatura já se tenha recolhido na floresta, estava assustada! Amanhã teremos mais sorte.

Melissa - Ya! E é melhor eu não chegar tarde a casa. Assim é menos um motivo para ter a Clara atrás de mim!

Rodrigo acaba de tratar do braço de Leonardo e guarda o material no kit.

Rodrigo - Eu conheci recentemente a Sra. Monserrate! Pareceu-me uma pessoa bastante acessível…

Melissa esquecera-se de que Rodrigo trabalhava com a sua madrasta. Então muito rapidamente se levantou e mudou de assunto. Ísis e Leonardo aperceberam-se da atitude de Melissa e imitaram-na…

Melissa - Então se calhar é melhor irmos andando… Já é tarde!

Melissa estava um pouco atrapalhada.

Érica - Já? Mas nem comeram nada…

Num gesto rápido, Melissa, Leonardo e Ísis pegaram em alguns bolos e bolachas que se encontravam na bandeja… Érica e Rodrigo pareciam espantados.

Melissa - Amanha à mesma hora aqui! Obrigado Érica… Até amanhã!

Érica - Se precisarem de alguma coisa liguem-me!

Ísis e Leonardo também agradeceram e despediram-se de Érica e Rodrigo. Assim, os três jovens saíram de casa da Night Watcher e dirigiram-se para as suas.

*

As horas foram passando e as ruas de Cila, inclusive a zona costeira, foram ficando vazias. Os cafés e restaurantes já tinham todos fechado e apenas os bares continuavam em funcionamento. Claro que o hospital, que se situava na zona mais oeste da vila, não contava, uma vez que o serviço médico está disponível 24 horas por dia. Quando finalmente Cila parecia estar quase toda a dormir, Carlota atravessou a estrada que dava à costa rochosa da vila para entrar nos tuneis que davam ao seu refúgio. Tivera de esperar um bom tempo para o fazer, não podia arriscar ser vista por alguém. Durante o tempo de espera, a metamorfo recuperou das dores que o pontapé que Melissa lhe dera tinha causado. Felizmente para Carlota, o facto de ser metamorfo era-lhe bastante útil em situações daquelas… Rapidamente se regenerava e passavam-lhe as dores. Mais uma boa qualidade da espécie dela. Quando chegou ao final do seu percurso já Abaddon se encontrava à sua espera. Ao lado dele estava Lunatik, completamente imóvel, como sempre…

Carlota - Trago boas noticias!

Abaddon - Partilha…

Respondeu o demónio num tom muito sereno e pacífico…

Carlota - Encontrei o novo inquilino! Parece que o que desejas está prestes a acontecer…

Abaddon parecia ansioso…

Abaddon - O que é que encontraste?

Carlota - Esta criatura suga a alma às pessoas…

Quando ouviu a metamorfo, o demónio sorriu de satisfação. Algo lhe tinha vindo à mente…

Abaddon - Claro… Como é que não me lembrei? Um Mandurugu podia resolver o meu problema. Já não ouvia falar de um há tanto tempo… São tão raros!

Abaddon já estava a divagar… A partir do momento que Carlota lhe dera aquela notícia já se conseguia imaginar na sua forma original, a recuperar a força que realmente tem…

Abaddon - Onde está esse Mandurugu?

Carlota - Houve problemas! A Night Watcher e os putos apareceram… Tive de os impedir que o matassem. Ele fugiu para a floresta.

Abaddon - Pelo menos conseguiste matar algum deles?

Carlota - Quase fui bem-sucedida com a Night Watcher, mas a outra anormal apareceu, a Melissa. Ela realmente está cada vez mais forte…

Abaddon - Dava-nos jeito saber o que é que se passa com ela. Pode tornar-se perigosa… Nada nem ninguém me podem impedir de vir a realizar o Grande Projecto!

Carlota - Quando é que terei direito em saber qual é esse tal “Grande Projecto” que tanto falas?

Abaddon - Tudo a seu tempo… O Mandurugu pode resolver o meu problema momentâneo… Ele conseguirá livrar-se da alma que está agarrada a mim!

Abaddon sabia que se conseguisse encontrar o Mandurugu, este ia conseguir livrar-se da alma de Vanda e assim, o demónio poderia finalmente possuir aquele corpo de vez. Vanda, que se encontrava “presa” e na escuridão, conseguia ouvir estas palavras… Estava assustada e só lhe apetecia chorar, mas não era possível, não tinha corpo físico nem estava em controlo do seu, estava no vazio sozinha e confusa…

Carlota - Então o Mandurugu consegue livrar-se da alma da rapariga que tens contigo?

Abaddon - Sim, apenas pode retirar uma alma de cada vez!

Carlota - E se nesse momento ela volta a recuperar o comando do corpo? O que é que te acontece a ti?

Abaddon - Isso não acontecerá com tanta facilidade. Na próxima noite, quando formos lá cima, terei sempre o Lunatik a meu lado para controlar a situação.

Lunatik acena que sim com a cabeça.

Carlota - E eu? Qual será a minha posição?

Abaddon - Um Mandurugu é complicado de controlar… A Night Watcher e os seus ajudantes vão tentar apanhá-lo outra vez. Preciso que os impeças de terminarem o meu plano… Finalmente vou-me ver livres
desta peste que tenho colada a mim!

Carlota - Conta com isso!

Abaddon - Novos tempos virão… E as coisas vão ficar muito interessantes!

Abaddon já se sentia glorioso e ao dizer estas palavras, então, ele e as duas criaturas presentes riram-se com prazer…


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Notas finais do capítulo

Bora lá, façam reviews, precisamos de saber como está a ir a nossa história... :)



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