Hunters escrita por lissaff


Capítulo 9
Capítulo 9




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Meus olhos não pareciam querer abrir, uma luz forte estava concentrada em mim, eu estava deitada em uma cama com o colchão fino que parecia mais uma pequena espuma. Pareciam os de hospital, mas não parecia estar no hospital – foi então que percebi que estava sem roupa, somente minha roupa intima na cor de minha pele estava em meu corpo – me mexi um pouco e não consegui, estava totalmente presa.
 O que prendia meu corpo tinha também em minha boca, outro em tampando meus seios, um em meus quadris, dois em minhas pernas, um em cada braço e um em cada mão. Me agitei. Onde diabos eu estava? Tentei gritar, mas minha garganta tinha secado de alguma maneira.
- Socorro. – Tentei, mas tudo que saiu era um “Oroooo” ninguém poderia me ouvir. Imaginei estar no fim do mundo.
Inclinei minha cabeça devagar para me localizar, era alguma sala preta e escura. Com uma mesa velha, aonde os cupins podiam se divertir e uma cadeira que também não estava em bom estado.
- A princesa acordou. – Uma voz se manifestou no escuro, me agitei de novo tentando descobrir quem era.
- Não se apavore. – A voz veio outra vez, ela era de um tom alto e claro, era masculina. Imaginei que era de Castiel – mas ele não faria aquilo comigo – escutei passos vindo em minha direção. Tentei me mexer de novo tentando soltar minhas mãos que estavam latejando pelo o aperto da fechadura.
- Shhhh. – Alguma coisa tocou minha boca, a faixa que prendia era fina e de certo modo transparente. O que dedo que tocou minha boca era gelado que parecia estar morto.
- Muito prazer em te conhecer Ana Sophia Brandon. – A voz se manifestou destacando cada nome como toques musicais e quem falava entrou na luz e eu pude vê-lo, era um homem de uma certa idade. Seus cabelos eram grisalhos cortados de um modo social partido de lado, seu rosto era com poucas rugas e seus olhos castanhos hipnotizava qualquer um que olhava por muito tempo.
Alguma coisa deslizou por minha barriga era de uma dor infernal. Uma faca. Eu gritei, saiu abafado
– Claro – O homem levantou o objeto que me machucou. Uma faca de carne profissional.
- Desculpe meus modos. – Ele levantou a faca pingando meu sangue como estivesse rendido.
– Sou Alasteir. – Ele sorriu malicioso e passou a faca outra vez em mim, dessa vez foi em meus quadris e eu pude sentir que o corte foi fundo. Eu não podia segurar é gritei, torcia para que não fosse em meu braço que ainda estava se curando, Meu Deus, eu precisava andar com um kit de primeiros socorros a partir de agora.
- Sabe por que estou aqui com você? – Ele me olhou curioso, balancei a cabeça fazendo sinal de “não” em um modo fraco e derrotado. Mas no fundo eu sabia a razão de tudo aquilo, a mesma razão que quebrei a perna e a mesma razão que semanas depois levei pontos nos dois braços.
- Você e única, sabia? – Seu tom de voz era impaciente, preparei outro grito enquanto ele levantava a faca, mas por sorte, dessa vez foi na mesa. Fazendo movimentos lentos parecendo amolá-la, meus olhos se arregalaram automaticamente
- O fruto de um demônio! – Ele anunciou como uma manchete nova de um jornal.         –  Como se o inferno precisasse disso. – E com os olhos raivosos ele passou a faca em mim, nas costelas, eu gritei abafado de novo. Alem da dor, tive a sensação mais estranha de minha vida, pude sentir a faca se encostando em minhas costelas, estava conseguindo enxergar minhas morte.
- Sabe, céu e inferno estão atrás de você. O inferno quer tomar o que de certa forma lhe pertence, mas o céu quer lhe pegar para fazer coisas boas. – Outra “facada”, no lado intacto de meus quadris. Não tentei entender como ele se moveu rápido.
– Mais que lindo.
- Mas eu vou fazer diferente, de uma forma incrível você vai aparecer morta encima de arbustos no jardim do hotel daqui á três dias. Trágico, não? – Seus olhos se voltaram para os meus que estavam arregalados pelo seu discurso.
- Não preciso de seu corpo, seu sangue sim, seu sangue e mais valioso do que ouro. – Sua voz estava mais maliciosa.
- Você pode não estar vendo minha princesa, mas abaixo dessas mesas estão vasilhas colhendo cada pingo que eu tiro delicadamente. – Ele riu alto e irônico, queria rir também para fazer parte da graça se eu tivesse fortes. Me preparei para outro facada enquanto eu tentava ver onde diabos estariam essas tais vasilhas, fracasso.
Entre gritos e outros, eu não escutava mais o que o demônio dizia. Meu corpo já estava sangrando mais do que o normal, só consegui ver as tais vasilhas quando ele trocou quatro completamente cheias por quatro limpas e prontas para serem enchidas. Agradeci por um segundo pelas vasilhas serem as menores vendidas no mercado, então não morreria por hemorragia, ele rasgou meu braço costurado pela segunda vez, o que doeu mais do que os outros.
- ...É isso e muito chato, eu tenho que ficar procurando por uma coisa que nem me interessa! – Foi tudo que ouvi entre seus discursos e reclamações sobre o inferno, de repente a luz ficava mais fraca e eu piscava mais vezes e mais fraca. Eu não consegui ver mais nada.
Meus olhos estavam abertos de novo, eu estava em um parque perfeito. Com várias árvores dando flores e eu estava sozinha – olhei para meu corpo, estava vestida mais a roupa estava ficando manchando cada vez mais...de sangue.
- Castiel! – Gritei alto e fraco, na verdade não saiu um grito e sim um sussurro. Fiquei olhando para o céu com uma mão em minha barriga, tentando encontrar forças.
- Oi. – Ele apareceu rápido do meu lado, senti outro corte que apareceu em minha barriga. Cai fraca e Castiel me pegou confuso.
- Onde você está? – Ele perguntou com um tom diferente, confuso e desesperado.
- Não sei, mas avise aos meninos. Eu estou morrendo! – Disse quase gritando.
- Eles estão te procurando, Ana você está há de 24 horas desaparecida. – Olhei confusa pressionando minha barriga, era um dos cortes profundos.
- Estou em alguma sala escura é ouço barulho de animais. Pode ser alguma fazenda abandonada ou coisa parecida. – Disse bagunçando minha mente falhando com tantos cortes. Com minha vida normal passou para isso?
- Vou te achar, já sei essa dos três dias. – Olhei confusa, mas somente assenti.
- Agora, agüente até não poder mais. Quando chegar a este estado, agüente mais um porco  – Quis rir com o comentário de motivação de Cas. Mais um toque na minha testa foi dando e eu acordei mais fraca e sangrando na sala.
Alasteir tinha saído, concerteza. Não estava sendo cortada e o silêncio tinha penetrado na sala. Tentei inclinar minha cabeça procurando por alguma porta ou janela, mas não consegui. Tentei mexer minhas mãos em um movimento inútil de pressionar minhas feridas – Tinha ganhado uma nova no pescoço fina e pequena - , minhas respiração continuava lenta e fraca. Olhei para o que parecia ser o telhado e rezei para que os meninos me achassem logo – abaixei minha cabeça em uma posição que consegui ver a segunda rodada de vasilhas que estavam quase cheias de sangue, minha morte estava chegando mais rápido, eu voltei minha cabeça um pouco zonza. Cheguem logo. Implorei para os meus novos heróis, meus olhos queriam fechar de novo ao que parecia ser um sono pesado – lutei tentando ficar acordada, e acabei ganhando. Não queria contar aquilo para os meus netos , se eu tiver algum, mas também não queriam sofrer calada para deixar o demônio mais feliz.
Droga Ana, para de pensar besteiras! Meu subconsciente gritou comigo, minha parte responsável e sempre boa em tudo. Por desobediência continuando pensando se teria algum neto. Agora você viaja com dois homens que tem que salvar sua vida, não, você não vai ter netos Ana Brandon. Que a família Brandon tenha mais gerações com os parentes. Eu não. Pensei de uma forma feliz, aqueles pensamentos idiotas para o momento estavam me distraindo da dor.
- Argh. – Gemi abafado por causa da faixa em minha boca.Senti meu ar voltando quente.  Meus olhos lutavam a se fechar,  fique acordada Ana, fique acordada. Repeti várias vezes e funcionou.
Um estrondo me assustou e machucou meus ouvidos fragilizados.
- Graças a Deus. – Uma voz conhecida falou, os passos correram em minha direção. Senti um pano encima de mim. Quem era mesmo?
- Já exorcizei o filha-da-mãe. – A outra voz chegou rápida e alta demais. Eu estava somente vendo a luz forte. Eu estava morrendo e meus últimos pensamos foram se teria netos.
- Ai meu Deus. – Segundos depois ele parecia desesperado chegando perto de mim.
- Ana sou eu Sam, você está bem? – Eu sorri fraca e olhei para as vasilhas. O que poderia ser Dean, deu um soco em seu braço o fazendo cambalear sussurrando alguma coisa que não ouvi
- Quem perdeu quase oito vasilhas de sangue está bem? – Disse ainda com meu sorriso fraco e gritou comigo por dentro por minha voz estar tão...morta. Sam olhou para o chão e se agitou para tentar me soltar. Senti outra mão do outro lado de meu corpo, era Dean. Soltando-me.
- Já liguei pra ambulância. – Sua voz agora era de machão.
- Gente, eu quero dormir.  – Disse em um sussurro fraco, não parecia ser um sono da morte, mas se seria. Estava feliz por eles terem me achado.
- Tudo bem Ana, eu te levo; - Sam disse em segundos depois de hesitação.
- Você vai morrer com essa gorda aqui. – Dean riu e depois se calou. Escutei um sussurro como “ Desculpe”, mas não estava ligando para isso.
- Pode dormir. – Uma voz que não consegui mais identificar sussurrou em meu ouvido me envolvendo no casaco que cobria meu corpo, fechei meus olhos e encostei-me ao peito de quem me levava.
Meus olhos piscavam repentinamente até conseguir se acostumar com o pouco de luz que tinha no lugar, balancei a cabeça confusa de onde estava. A cama estava confortável é eu estava vestido em um traje que parecia camisola de hospital. De hospital...Pensei comigo mesma, olhei para o lado direito e Dean estava dormindo em uma poltrona grande e Sam estava do lado lendo um livro qualquer. Parecia ter alguém no lado esquerdo da sala, virei minha cabeça devagar. Era um velho barbudo, sua barba era grande e o rosto era de um senhor conservado que vivia em altas aventuras. Caçador. Logo deduzi, ele também estava dormindo em uma posição que doeu até em mim – tentei mudar meu corpo de lugar, senti muitos pontos espalhados por meu corpo.
- Au. – Disse um pouco alto demais, todos se levantaram rápido.
- Soldado Winchester se apresentando senhor! – Dean se levantou como se estivesse em um exercito e ele gritou, foi difícil prender a risada. Mas não estava conseguindo rir pelo tanto de analgésicos que se passavam por meu corpo nesse momento. Então só fiquei no sorriso.
- Desculpe. – Ele pigarreou antes de dizer e se aquietou na poltrona de novo. Sam também tentou prender a risada, mas não conseguiu, o homem estranho também riu. Dean acabou corando.
- Deixe ele sonhar, o que aconteceu comigo?  - Disse sorrindo de Dean, que me olhou agradecendo em um sorriso conquistador, que me fez corar.
- Do que se lembra? – Sam já estava perto de mim quando percebi, deduzi que preciso prestar mais atenção nas coisas.
- De alguém me levando e disse que eu poderia dormir. – Disse dando de ombros.
- Bom, depois que Dean te levou. A ambulância te levou pra cá, costuraram seus cortes e estava dormindo até agora. – Um pouco de susto dominou minha espinha. Dean tinha me levado? Eu tinha absoluta certeza que era Sam. Meu coração acelerou em uma reação inútil que me deixou mais envergonhada com a máquina apitando mais e mais, somente olhei para Dean agradecendo e ele assentiu parecendo se esconder. O homem estranho pigarreou umas duas vezes até eu olhar para ele, Sam se moveu rápido e chegou mais perto de mim chamando o moço.
- Ana, esse é o Bobby. Ele é praticamente nosso segundo pai e veio descobrir o que aconteceu com você.- Disse ele sorrindo.
- Simples eu fui torturada por um demônio. – Disse em um tom de raiva, me virei para o moço que já sabia o nome som um sorriso torto.
– Oi Bobby é um prazer conhecê-lo.
- O prazer é todo meu. – Disse ele um pouco confuso.
 – E você não foi torturada por um simples demônio. - Ele chegou ao mesmo lugar onde Sam estava na primeira vez em que pisquei e perdi toda locomoção.
- Ana, lembra o nome dele? – Sam sussurrou em meu ouvido, as primeiras coisas que veio em minha cabeça foi ele me cortando e falando asneiras.
- Alesti, Alastor. Alas..- Dean me interrompeu.
- Alasteir. – Disse ele em um tom entediado.
- Isso mesmo. – Disse em um tom de glória, ele não pareceu se importar com isso.
- Eu devia já ter adivinhado, Ana não teve como se defender? – Bobby chegou perto de mim em sussurros desesperados. A enfermeira entrou sem bater.
- Me desculpe, mas preciso ver se ela precisa de outra bolsa de sangue. – Ela entrou rápida e os meninos ficaram calados. Dean e Sam assobiaram como não tivessem falado nada e Bobby tentava se interessar no que a enfermeira estava fazendo.
- Já vou pegar a outra. – Ela saiu rápido batendo porta, ela tentou ser educada. Mas acho que não queria trabalhar hoje.
- Não vamos falar nada sobre o assunto até ela voltar. – Dean sussurrou parecendo responsável, pelo pouco tempo que conhecia ele. Ele não era responsável. Olhei para Bobby rapidamente parecia ser um grande pensador, ou viajante.
- Só uma pergunta. – Implorei em sussurros.
- O quê? – Sam disse em um tom normal.
- O que disseram que aconteceu comigo? – Era uma pergunta idiota em todos os sentidos, mas estava me incomodando demais. Sam bufou em um sorriso.
- Que você caiu de uma árvore aprontando. – Eu ri fraco, mas em seguida gemi. Não era bom fazer movimentos bruscos. A enfermeira entrou do mesmo modo de antes e trocou minha bolsa de sangue, no mesmo estante que ela trocava rezei agradecendo por ter sangue do meu tipo e por eu estar viva. Depois de anjos aparecendo na minha vida, percebi que fiquei mais religiosa.
- Pronto. – Bobby estava na porta quando abri meus olhos, conferindo se a enfermeira tinha “largado” a gente.
- Continuando, você sabe se defender? – Ele parecia interessado sobre o que eu iria responder.
- Não, não sei bater, não sei atirar. Nem nada. – Disse entregando os meninos, seria a hora perfeita para me tornar uma caçadora.
- Mas como assim? – Bobby pareceu injuriado como eu.
- Bobby ela não sabe de nada e em um estalar de dedos entrou no nosso mundo. – Dean falou tentando se defender.
- Se vocês querem morrer protegendo ela, eu sugiro que ela vá para a minha casa se transformar em uma verdadeira caçadora. – Sam abriu a boca para falar alguma coisa, mas Bobby o interrompeu.
- Quer passar três dias diretos no hospital de novo? – Me assustei de novo, eu dormi três dias? Deviam ser os analgésicos, eu mesma não ia “dormir” isso tudo.
- Não. – Os dois pareciam derrotados por aquilo.
- Parabéns. – Disse com os olhos brilhando para Bobby em um tom de alegria.
- Como é garota? – Seu tom era de raiva, o olhei com indiferença do que os meninos. Ele pigarreou e balançou a cabeça. – Desculpe, o que disse?
- Parabéns. – Repeti no mesmo tom.
- E isso quer dizer? – Ele parecia confuso e alterado ao mesmo tempo.
- Eu tento convencer esses dois há semanas e você consegue com um grito? – Meu tom era de uma indignação palhaça. Bobby me olhou por um momento e depois riu alto.
- Eu sei das coisas. – Ele disse dando gargalhadas, os meninos não pareciam querer rir.
- Depois me ensina. – Pisquei pra ele rindo fraco para não me dar dor. Bobby me olhou feio, mas não parecia ser pelo o que falei.Sam bufou.
- Ela ainda não vai receber alta, o que vamos fazer nesses dias aqui? – Ele parecia não querer me ajudar a ser uma caçadora.
- Ótimo, vamos passar a parte teórica. – Bobby disse radiando felicidade parecia estar feliz por criar uma caçadora nova.
- Precisamos de uma coisa antes. – Bobby falou olhando para o nada, todos nós olhamos para ele que continuou.
- Sabemos que isso vai continuar. Que se ela não se proteger, sabemos que vamos estar no hospital mais vezes, até dividindo o quarto com ela.
- Por isso que ela vai ser uma caçadora quando sair daqui. – Sam falou e Dean concordou.
- Mas ela precisa de um complemento.
Percebi que Bobby estava bravo, Sam e Dean também perceberam e procuraram ficar quietos para ver o que ele queria e tentar resolver, também me aquietei, mas queria ter certeza de que o que queria seria feito.
- Por isso. – Apontei para meu corpo. – E por outras coisas que quero, não, tenho que me juntar as caçadas. Mas esses daí. – Apontei para os meninos. – Não deixam.
 Bobby me olhou pensativo, a raiva parecia ter passado, assentiu com o que eu disse e falei serio.
- Vocês tem que fazer uma coisa antes. – Dean parecia também fica bravo.
- Como o que? Alguém vai por uma capa invisível nela para os demônios não a ver? – Bobby o olhou como se aquilo fosse a coisa mais idiota do mundo.
Na verdade tem uma coisa que me protegeria dos demônios, um feitiço, Bobby sabia dele há alguma tempo, mas nunca realmente precisou porque lidou com todos os demônios que apareceu em sua vida. Ele explicou o processo, disse que precisaria do sangue dos meninos para serem os meus guardiões, que em algum momento de desespero, o feitiço poderia ajudar, mas sua função era principalmente que os demônios sejam afastados de nós para que eu não acabe três dias de coma no hospital de novo. Mas eu não tinha esquecido que iria me ensinar a parte teórica.
- Então, quando começamos com a teoria? – Disse empolgada, Sam riu.
- Amanhã vamos começar Ana, agora já e tarde da noite. Vamos dormir? – Sam disse sorrindo do seu jeito amigável.
- Ah não se eu dormir mais, acho que passo um mês dormindo. – Sam riu com a minha revolta.
- Ok, quando quiser dormir, durma. – Sorri para ele agradecendo. Dean voltou para sua poltrona se aconchegando. Sam foi para a mini-cama que tinha para os visitantes e Bobby ficou com o sofá.
Com todo o silêncio no quarto, eu só podia escutar o balcão onde as enfermeiras ficavam, que não devia ser muito longe.
- Nossa aquela garota do 315 é sortuda. Três homens! – Uma disse em tom de revolta, imaginei que está garota era eu.
- Mas só os dois eu pegava, aquele velho... – Ela pareceu falar com nojo, me concentrei na conversa delas.
- Aquele loirinho, ai mamãe. Só eu e ele lá no armário...faríamos loucuras. – Eu ri alto, não me importando com os pontos. Dean pulou com o susto.
- Ta tudo bem? – Ele disse com sono.
- Dean, faz tempo que não se satisfaz? – Disse ainda dando gargalhadas. Ele corou.
- Como é que e pequinês? – Ele disse em tom de raiva pela a minha cara-de-pau.
- Bom e que uma das enfermeiras gamou em você. Só estava tentando ajudar. – Ele deu um pulo da poltrona, se eu tivesse piscado tinha perdido todo o pulo.
- Qual delas? – Ele disse com o tom de voz todo safado.
- Não sei, a voz dela e um pouco fina. Mas ela disse que você e ela no armário fariam loucuras. – Disse rindo imitando a voz que ouvi de fora, Dean correu para a porta sussurrando alguma coisa como “E hoje.” Eu ri outra vez.
- Boa noite Ana. – Ele bateu a porta e eu já escutava ele identificando qual era das enfermeiras. Confortei-me no colchão gloriando minha própria vitoria, a partir do primeiro salvamento deles. Adorava ajudar os dois, queria ter acordado Sam também para a outra enfermeira não ficar na vontade.
Meus olhos começaram a pesar, lutei até o ultimo segundo para não dormir – mas quando olhava pela janela não ajudava. – Fechei meus olhos esperando pelo um sono normal, tudo que desejei foi acordar amanhã de manhã.


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Notas finais do capítulo

Mesma regra do 5 reviwes, espero que gostem.