Hunters escrita por lissaff


Capítulo 4
Capítulo 4




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O sinal tocou e eu ainda estava olhando para o caderno esperando a resposta do “Anjo”, olhei para os lados e todos os alunos estavam saindo. Levantei um pouco rápido demais e desequilibrei. Alguém me segurou.

- Olha como se levanta. – Sorri agradeci ao perceber que era um conhecido.

- Obrigada Luciano – Ele sorria sem jeito.

- Então, quem é minha admiradora? – Ele falou ansioso.

- Oi, viu? – Sai rindo e ele me ajudou.

- Desculpa, Oi. – Ele falou sorrindo amarelo, sua voz grossa chamava atenção.

- Então, quem é minha admiradora? – Ele tentou de novo levando minha bolsa para a aula de biologia II.

- Você acha que eu vou dizer? – Disse rindo, ele também riu.

- Bom, eu pensei que como você e uma boa amiga. Iria me dizer. – Ah, agora eu sou amiga?

- Então, você terá que descobrir quem é. Eu não digo mais nada. – Falei ainda rindo.

- Ai que chato. - Ele me olhou com preguiça.

- Seja cavalheiro e dê  a ela o que ela quer. – Dei um beijo em sua bochecha e peguei minha bolsa, agradeci e entrei na sala.

A aula de biologia estava até interessante, fases de mitose da cebola – a aula acabou rápida, sai quase correndo para aula de matemática. Por que mesmo? Quando sai, o homem que estava com Dean me olhou desconfiado enquanto “corria” pelo corredor, quase cai – de novo.

- Opa. – Ele me segurou.

- Desculpa o gesso não ajuda ao meu desequilíbrio. – Ele riu e me arrumou em pé, me segurei na parede.

- Sei, sou Sam. – Ele ofereceu a mão pra mim, apertei sua mão com um sorriso meigo.

- Ana – Olhei para o relógio encima dos armários. – Olha foi muito bom você ter me salvado. Agradeço muito, mas eu tenho que ir pra aula, vou me atrasar. – Ele olhou para o relógio e se moveu.

- Tudo bem, a gente se vê. – Ele sorriu, percebi que alguns olharam pra mim do mesmo jeito que meu pai me olhava quando estava... Daquele jeito. Acenei para meu novo amigo e sai com a mesma “correria” de antes. Cheguei à porta da sala escorregando, me segurei na porta com todos olhando pra mim.

- Uf, cheguei teacher. Desculpa o atraso, ser  deficiente é difícil. – Tinha que fazer alguma palhaçada para ele aceitar, Dean prendia o riso, eu sentia que ele queria dar gargalhadas como a turma.

- Tudo bem, entre logo. – O Sr. Burnes também ria um pouco, entrei na sala tentando ser rápida e me sentei.

- Abra o caderno Senhorita Brandon. – Abri minha bolsa rápido e peguei o caderno de matemática tentando acompanhar a aula.

- Bom, como estava dizendo nesta equação que Roger escreveu no quadro, com os cálculos que estão no livro, página 205 você encontrará o valor real de x. – Eu já estava sem entender nada quando olhei para o livro, tentei copiar mudando os números do exemplo para os números da equação que estava no quadro. Uma das líderes de torcida que era um gênio olhava muito para mim, ela não estava prestando atenção na aula. Ela tremia tanto que me deu medo, Dean começou a perceber e olhar para ver o que estava acontecendo depois de alguns minutos ela levantou apontando uma arma em minhas costas. Todos gritaram.

- O fruto do demônio tem que morrer. – Ela falou em um tom superior, o Sr Burnes se levantou levando todos os alunos e avisando em outras salas. Dean ficou comigo.

- Hey, solta essa arma! – Ele gritou, olhei para ele completamente paralisada e ele também estava com uma arma. A menina deu um tiro de supetão nele.

Não consegui segurar e gritei, Dean caiu com tudo no chão, mas se levantou rápido.

- Dá próxima vez eu acerto cretino. – Ela falou rugindo de raiva

- Ruby. – Dean sussurrou olhando diretamente para ela, uma de suas mãos estava segurando o peito tentando pressioná-lo e a outra segurava a arma.A arma de Dean era completamente diferente do rifle que a líder de torcida usava. Sua arma era um pouco menor e mais fina do que a dela. O meu novo amigo entrou pela porta de trás da sala quieto.

- Olá Dean, vim realizar o desejo de Lúcifer. – Ela continuou. – Lúcifer, lembra dele? Está lá embaixo esperando sua chegada. - Ela falou com prazer.

- Onw que coisa, agora larga arma!- Ele gritou, Sam a pegou por traz e eu fui para perto do Dean. Sam iria enfiar uma faca nela quando uma fumaça preta saiu de dentro dela, mas não deu tempo de ele pensar então a faca entrou um pouco, a líder caiu no chão e quase um minuto depois ela acorda.

- Vamos chamar um médico. – Sam levantou a líder que parecia confusa.

- O que aconteceu? – Ela perguntava a cada cinco minutos, os policiais chegaram.

- Dois feridos!Onde ficam os primeiros socorros? – Ele perguntava para alguém.

- Onde estão os médicos? – A líder perguntou.

- Meu bem se você quer sobreviver, vamos improvisar aqui. – A diretora Grandford chegava correndo com as caixas grandes até o policial que pegou a líder.Estava tentando entender aquela gritaria e fazer alguma coisa, a primera coisa que meu crebro raciocinou foi.

- Eu cuido dele. – Peguei o braço de Dean e sentei na primeira cadeira que puxaram pra gente, os restos dos alunos estavam em uma linha de “não ultrapassem”. Dei uma olhada procurando Júlia enquanto Dean tirava sua primeira camisa, ela devia estar mais atrás. Pensei, Dean sentou e colocou o braço na mesa, abri a caixa de primeiros socorros que parecia mais um mini-hospital.

- Me dê um copo de água, por favor? – Pedi para a primeira pessoa que estava cuidando da líder, alunos em primeiro lugar. Grandes coisas, mas ela trouxe rápido e eu arrumei minha mãos e peguei o pequeno bisturi, coloquei o copo de água um pouco longe , peguei a água oxigenada e coloquei um pouco na ferida para limpar, coloquei bisturi em busca da bala. Dean gemeu um pouco de dor, mas eu continuei, minha outra mão estava pressionando o ferimento para estancar o mais rápido possível. Peguei a bala, tirei rápido e coloquei no copo de água, Dean suspirou aliviado.

- Aonde aprendeu isso? – Ele me olhou impressionado.

- Aulas forçadas de primeiros-socorros no primeiro ano. – Disse rindo sem olhar para ele, enquanto pegava a água oxigenada para passar mais uma dose, ele também riu.

- Hey, qual era o lance dos demônios? – Ele sussurrou e eu tremi.

- Que lance? – Tentei fingir de não entendida. O sangue dele não queria estacar então pressionei um pouco mais.

- Os papéis de ontem, fiquei curioso. – Ninguém estava ligando para nossa conversa, todos queriam atender a líder de torcida transtornada e com um pequeno corte no pescoço. Eu bufei uma boa quantidade de ar.

- Vai me chamar de louca. – Disse revirando os olhos, ele riu, percebe pela primeira vez o quando os olhos dele eram verde, um verde muito bonito, voltei meus olhos para ferida antes que aquela ligação coninuasse

- Depois disso?Acredito em tudo. – Ele falou dando pequenas risadas sarcásticas.

- Como posso saber que você e confiável? – Disse séria.

- Olha eu to deixando você pegar nos meus músculos. Ninguém faz isso, então se sinta confiável. – Ele riu, tirei meu olhar para ferida e olhei para ele, nossos olhares se encontraram de novo , percebi que o olhos deles agora estavam sinceros. Ele me olhou por um instante e com a mão boa tirou uma mecha de cabelo que estava no meu rosto.

- Sério, eu sei guardar segredos. – Olhei para ele mais uma vez e hesitei um pouco, mas respirei fundo.

- Meu pai... ele é um... parece..não ele é esse tipo de coisa, demônio.- Falei olhando para a ferida que já estava destacando, coloquei mais um pouco de gase , peguei a fita e comecei a tirar poucos pedaços. Não tive coragem de olhar para ele de novo, mas parecia que ele levou um pequeno susto.

- Ele que fez isso em você? – Ele disse com um tom bravo, mas eu só afirmei com a cabeça lentamente. Senti algumas lágrimas subirem para meus olhos enquanto as lembranças da noite anterior passavam por minha cabeça.

- Eu posso te deixar em casa hoje. – Ele sussurrou ansioso.

- Não dá, eu prometi ano passado que sempre iria embora com a minha vizinha. Esse ano todo, todos os dias letivos. – Disse sorrindo, ele fingiu ficar decepcionado. Rimos juntos de novo.

- Eu a levo também. – Ele falou com determinação.

- Faria isso? – Olhei em seus olhos de novo, só que agora eu corei. Estávamos perto demais.

- Tudo para manter uma linda mulher bem. – Corei mais ainda, voltei meus olhos para o curativo quase finalizado.

- Vou falar com ela, ta bom? – Sorri meiga, eu não iria contar o acontecido nem para a minha melhor amiga e eu contei para o “assistente” do meu professor de matemática. Eu estava louca?

- Tudo bem, me responda no seu tempo livre. – Eu teria o 5º tempo livre, depois do almoço. Eu iria concerteza.

- Acabado? – A diretora interrompeu.

- Ela já e uma pequena médica. – Dean disse sendo simpático, eu corei de novo.

- Ela é nossa pequena prodígio. – Sorri agradecendo a diretora e me levantei para me juntar aos outros alunos, quando dei o primeiro passo para o grande grupo de alunos. Júlia me puxou.

- O QUE FOI AQUILO? – Ela me puxou para o final da muvuca.

- Nada, a líder de torcida ficou doida e, Jú ta machucando. – Olhei para meu braço que já estava formigando com a força dela.

- Desculpa. – Ela me soltou rápido e me olhou furiosa.

- Vocês olharam nos olhos, vocês pareciam namorados, é isso que quero saber! – Quase gritou.

- Shhhhhh. – Puxei ela pra mais longe.

- Só vou me calar se me contar. – Júlia era sempre curiosa, bufei derrotada.

- Tá! Olha eu só cuidei da ferida dele.  E rolou um clima, nada mais. Alías preciso te pedir uma coisa – Ela me olhou confusa, mas depois sorriu.

- Sei, você tocou com vontade nos músculos dele? – Eu ri alto, como ele sabia das reações das mulheres?

- Não. – Disse gargalhando.

- Tá que seja, você não sabe aproveitar. O quê quer me pedir? – Ela me olhou apressada e fez careta.

- Bom, eu não sei como, mas aquele olhar dele me fez contar sobre o acontecido em casa é ele quer me levar em casa. Pensando que pode me proteger e que meu pai fez alguma coisa Mas como eu prometi para a sua pessoa que eu iria para a escola e voltaria com você. Quer ir junto? Se não quiser a gente vai de ônibus... - ela colocou o dedo indicador em meus lábios. Me senti mal por continuar dizendo que cai da escada.

- Claro que eu vou com ele! – Ela deu um de seus gritos animados e me abraçou.

- Ta bom louca, vou falar com ele. – Dei um beijo em sua bochecha e entrei dentro do povo tentando achar Dean, que estava falando com a diretora sobre a sua arma.

Eu acertei, a diretora estava alertando ele sobre aquilo e tentando entender o que aconteceu, eu passei pela a fita de “não ultrapasse” e escutei um pouco da conversa.

- Esse e primeiro aviso Roger. Fique ligado. – Ela tentava ser dura, percebi isso logo de cara.

- Então como está o braço? – Perguntei sorrindo e a diretora saiu logo depois que eu comecei, Dean como eu, olhou confuso. Mas depois ele sorriu gentil.

- Graças a mini-médica eu estou bem. – Eu ri.

- Mini por causa do meu tamanho? – Perguntei rindo, ele corou.

- Desculpa. – Ele logo ria.

- Tudo bem, bom, eu falei com a minha amiga e ela aceitou. – Sorri espontânea ao falar isso, ele sorriu de uma forma esperançosa.

- Tudo bem, na saída eu acho vocês. Ta bom? – O sorriso dele me chamou atenção.

- Claro. – Sorri torto tímida.

Nos olhamos um pouco, olhei para o lado e vi que Júlia sorria empolgada com aquilo, a diretora subiu em uma cadeira com um megafone na mão.

- Silêncio, silêncio! – Ela gritou e todos se calaram rapidamente.

- Bom, com o ocorrido. Encerramos as aulas por hoje, vão para casa e avisaremos se não vai ter aula amanhã. – Quase todos gritaram de empolgação e alegria pelo aviso.

- Vamos? – Dean perguntou ansioso.

- Sim. – Assenti com a cabeça e ele seguiu a gente, na verdade ele me ajudou a passar no meio do povo com um gesso enorme.

- Júli..- Quase gritei ao ver o que estava vendo, Luciano estava falando com a Júlia perto dos armários. Os olhos dela quase pulavam para fora com os olhos azuis deles.

- O que foi? – Dean me perguntou.

- Deixa ela um pouco avontade. – Sorri empolgada.

- Tudo bem. – Ele sorriu também, me virei para ele com um sorriso. Eu estava sorrindo demais, com alguém que eu mal conhecia no período mais escuro da minha vida, mas era verdadeiro a cada vez que sorria com Dean ou para Dean, o que deixava as coisas mais estrannhas.

Júlia estava quase desmaiando com Luciano colocando o braço no pescoço dela ou coisa assim, depois de alguns minutos ela deu um grito e quase me arrancou dos braços de Dean que me ajudava a andar.

- AAAAAHHHHHH, ele descobriu. – Ela dava pulinhos empolgantes e quase pisava no gesso, ela olhou para Dean confusa.

- E você é? – Ela falou curiosa mas olhando para mim maliciosade tempos em tempos.

- Dean Winchester. – Ele tirou uma mão de meu braço e ofereceu para ela que apertou com vontade.

- Dean eu levo ela tá? Conversa de mulheres. – Ela falou empolgada quase derrubando o coitado.

- Tudo bem. – Ele saiu dando de ombros e ela me levou.

- Continua amiga. – Disse como ela esperou.

- O Luciano descobriu amiga, ele falou que sou eu e me convidou pra sair e ele falou que também sentia uma coisa especial por mim. – Quase não entendi o que ela disse por tanta empolgação, mas por experiência com a pessoa, consegui entender.

- Amiga isso é ótimo. Você tem que fisgar ele, tá? – Disse rindo.

- Hey, você não quer ele, quer? – Ela me olhou confusa por causa de meu comentário.

- Amiga eu não iria fazer isso com você. Falei isso por causa do resto das meninas. – Motivei o máximo possível, chegamos à saída do colégio. Júlia me levou até o carro de Dean, ele estava encostado na lateral com Sam no banco do carona. Olhei confusa.

- Esqueci de mencionar que eu sou irmão do Dean? – Nós quatro rimos alto, mas eu não sabia muito bem porque, eu entrei no banco de trás com cuidado. Quando passei por Dean sussurrei:

- Não fala dos demônios no carro, por favor. – Entrei no carro sento puxada por Júlia que me ajudou a me arrumar bem confortável, meu pé engessado ficou no banco esticada e eu encostada na porta e Júlia quase espremida, mas ela insistia em dizer que estava bem. Na viagem de volta fui um completo silêncio, Dean somente perguntou onde nós morávamos e ficou calado. Não puxei assunto também.

Chegamos em nossa rua, e Júlia desceu e foi pra casa, depois de ter certeza que Júlia estava bem longe. Dean falou

- Sam, acho melhor acompanharmos Ana até na porta. – Ele apontou para as luzes ligadas em minha casa.

- Claro, vamos acompanhar ela. – Sam logo se levantou e abriu a porta pra mim, agradeci,  me levantei e arrumei o gesso e minha roupa e andei devagar até a porta.

- Calma. – Sam e Dean falaram juntos, sorrindo com motivação para mim, peguei a chave em minha bolsa, dei um grito de despedida para Júlia, que quase não ouviu por causa de sua felicidade,  girei a fechadura em casa e abri a porta. Percebi que estava tremendo.


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