Hunters escrita por lissaff


Capítulo 14
Capítulo 14




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Depois de um tempo descobrimos mais coisas sobre ela. Elena Pierce foi estuprada por três diferentes homens em diferentes tempos e locais, coitada estava traumatizada. Pensei lendo o diário com pena. Em certo momento peguei o jornal para ler a matéria toda e as mortes eram somente homens. – explicado – Sam pegava todas as coisas importantes de todas as pesquisas para virar um documento só.

- Achamos. – Disse em um sorriso olhando para a tela do computador.

- Pensei que nunca ia falar isso, mas graças aos jornais. – Disse ele digitando algumas frases de um jornal de anos atrás. Eu sorri e voltei a me sentar de seu lado.

O tempo tinha passado e quando saímos da biblioteca já era de noite, Dean havia ligado para dizer que o jantar era hambúrguer com refrigerante. Que saudável e diferente. Voltamos para o hotel e eu fui para o quarto dos meninos para jantar e rever a pesquisa para descobrir o que tínhamos.

- Eumespírito. – Dean falou no final com hambúrguer e bacon na boca.

- Engole Dean. – Disse no lugar de Sam, que não queria falar. Dean engoliu sem graça e falou de novo.

- E um espírito. – Ele pegou o refrigerante e deu um gole rápido. – Ela está lá para mostrar que não deixa mais homens entrar na casa. – Dei uma olhada para Sam.

- Concordo. – Disse no final olhando para Dean, que deu um sorriso torto.

- Também. – Sam disse no final.

- Ok, vamos a casa amanhã de noite confirmar, de dia vemos o que as testemunhas tem a dizer. – Dean se levantou, terminei de comer e fui para o meu quarto dando boa noite pro dois. No quarto eu fui direto para o banho, foi um dia cansativo. Banhei quente para relaxar e me arrumei para dormir ainda ansiosa, eu queria que tudo aquilo acontecesse logo. Atirar em assombrações e salvar pessoas estava com o espírito heróico dentro de mim. Mas dormi rápido e profundo, e sem sonhos – o que era estranho.

Acordei era umas oito da manhã, os olhos dilatados e o cabelo bagunçado. Levantei-me rápido para outro banho mais morno, para acordar, lavei o cabelo com o meu xampu favorito e vesti uma regata azul escura com uma camisa social xadrez por cima, minhas eternas calças jeans e um tênis. Quando abri a porta para acordar ou encontrar os meninos, eles também estavam saindo, esbarrei com Dean indo em direção a minha porta. Seu abdômen tocava o meu de uma maneira provocativa, dei um passo para trás com o coração quase pulando para fora – Deus, ele tinha que fazer aquilo? – ele se tocou do que tinha feito e também deu um passo para trás.

- Bom dia. – Disse enfim com um sorriso forçado, mas deu certo.

- Bom dia. – Ele disse um pouco sem graça e corando, seu rosto ficava com uma cor mais viva e seus olhos verdes realçavam e ele nem sabia o quanto ficava mais lindo.

- Vamos comer? – Sam saiu do quarto sorrindo, dei uma risada sem graça.

- Vamos sim. – Segui Sam e Dean foi logo atrás de mim, acabamos indo para um restaurante no outro lado da rua, sentamos-nos à mesa que dava a vista da janela. Eu pedi panquecas, Dean pediu o prato do dia – que eu não vi o que era – e Sam pediu panquecas comigo.

- Bando de morto de fome. – Dean disse no final.

- Ué meu bem, para eu manter esse corpitcho preciso batalhar. – Levantei do banco passando a mão pela a minha cintura, Os dois me olharam rindo.

- Claro, claro. – Dean disse rindo, a garçonete veio e trouxe os nossos cafés. Dei um gole ainda rindo – mais pouco – Os dois também tomaram.

- Então, o que vamos fazer? – Disse em um sorriso torto ansiosa.

- Vamos primeiro falar com as testemunhas para ver o que elas viram, algumas mulheres e pessoas por perto. Depois vamos ver a ultima geração da família, ver aonde foi que essa Elena foi enterrada. – Sam disse parecendo que estava lendo a mente do Dean .

Comemos e cada um pegou um pouco dos papeis, eu acabei ficando com os maiores.

- Não se importa? – Sam perguntou curioso

- Não, não me importo. – Peguei um pouco das folhas aonde havia endereços das testemunhas e de quem acreditava ter visto. Sam me deu uma carteira aonde dizia que eu era detetive, com nome falso e tudo. Eu fiquei impressionada no começo, mas depois fiquei sabendo que tinha de todo tipo no carro de quem eu sonhava e poderia ser.

O primeiro endereço era de uma mulher, seu nome era Cartter Benson, tinha ido a casa com o namorado por brincadeira dele – a casa não ficava tão longe de onde eu estava. Esse era o bom de cidade pequena, a casa era normal. Dois andares e uma decoração agradável, um pequeno jardim com flores e uma cerca separando, toquei a campanhia e uma menina parecendo ter a minha idade apareceu.

- Posso ajudá-la? – Ela disse com um sorriso gentil.

- Hum, claro. Cartter Benson? – Perguntei olhando pela casa.

- Sou eu. – Ela disse sorrindo, eu sorri. Ela parecia ser legal, seu corpo era magricelo como o meu, seu cabelo era comprido preto e com algumas luses alisado na chapinha.

- Oi, sou detetive Wasilewski . Estou investigando as mortes na antiga casa dos Pierces. – Disse em um sorriso torto como tivesse dizendo “ Me deixe entrar, me deixe entrar”. Ela hesitou um pouco, mas depois sorriu.

- Entre. – Ela abriu mais a porta e eu entrei, ela indicou a sala de visitas. Sentei-me no sofá e ela ao sofá em minha frente.

- Pensei que detetives tinham parceiros. – Ela me olhou provocando, aquilo me pegou, mas eu já tinha uma resposta pronta.

- Ele está falando com as outras testemunhas. – Peguei o bloco de papel em meu casaco e comecei.

- Então Senhorita...- Ela me interrompeu.

- Por favor, só Cartter. – Dei de ombros e comecei de novo.

- Cartter, o que você foi fazer na antiga casa? – Disse com um olhar vago, ela respirou fundo e começou.

- Bom, o Jonh. Meu ex-namorado, disse que era para ele provar que me amava e ser homem. Falei que não precisava daquilo, mas ele quis insistir. – Ela falou de cabeça baixa e com a voz fraca, quase falei que ela não precisava falar mais e sair pela porta, mas precisava continuar. Anotei as coisas importantes de sua resposta no bloco e continuei.

- Ok, você viu o fantasma? – Perguntei olhando em seus olhos, ela pareceu não recuar.

- Sim, ela era um pouco bonita, mas assustadora. – Tentei não rir com o seu comentário, precisa ser mais madura Ana, tudo bem subconsciente.

- Pode me dizer como ela era? – Eu era boa de desenho na escola, bom pelo menos eu sabia o básico e também tinha uma boa nota. Ela me falava e eu desenhava, não saiu igual um retrato falado, mas eu já sabia que era a nossa suspeita. Depois do desenho tomei um pouco da água que ela trouxe pra mim continuei.

- O que ela fez? – Ela já estava mais tranqüila, ela sabia que íamos cuidar daquilo. Como antes de toda resposta, ela respirou fundo.

- Bom, no começa ela ficou falando. “ Não entre mais aqui” várias vezes. Depois ela pegou o Jonh e eu sai correndo. – Sua voz ficou fraca de novo, me aproximei dela e disse incentivando – a.

- Não foi culpa sua. – Ela sorriu, anotei sua resposta.

- Vocês tiveram que ir para algum lugar para ela aparecer ou foi direto? – Por mim aquela era a última pergunta, ela estava se sentindo mal e eu podia ver aquilo como qualquer um. Estava me sentindo mal de fazer aquilo.

- Foi direto. – Ela respondeu rápido, eu suspirei decida que já tinha o bastante e me levantei.

- Obrigada por me atender. – Ofereci a mão e ela apertou tímida, sai de sua casa e logo peguei meu celular. Disquei o número de Dean e esperei ele atender.

- O que descobriu? – Ele disse logo de primeira.

- É ela. Elena Pierce, É ela. – Disse olhando o desenho.

- Tem certeza? – Ouvi alguma coisa como um tapa ou alguém parando.

- Tenho, sou mulher meu bem. Sei das coisas mais rápido. – Disse dando um riso, ele riu.

- Que seja. Vai continuar com as outras testemunhas? – Ele perguntou rápido e em um tom até gentil.

- Acho que não, essa já foi importante o bastante. – Disse olhando as respostas de novo, checava e re-checava  para ver tudo.

- Nós encontramos no hotel. – Ele desligou e eu liguei o carro em que aluguei, andar de ônibus não podia!

Já era umas 10 da manhã quando olhei no relógio, tudo rápido, pensei rindo. Logo cheguei no hotel, Dean e Sam estava encostados no carro.

- Que carro é esse? – Sam perguntou.

- Bom, eu não queria andar de ônibus e aluguei um. Posso? – Disse sorrindo, ele riu.

- Claro que sim. – Ele disse sorrindo e logo continuou. – O que vamos fazer? – Ele olhou para Dean e para mim, Dean estava pensativo e eu queria alguma idéia.

- Vamos até a casa ver aonde ela vai aparecer direito e se não aparecer vamos ver como era o pessoal daquela época. – Ele disse rindo.

- Ana, vamos devolver esse carro e ir para a tal casa. – Dean disse, eu fui para o carro e Sam foi comigo.

- Ah, to enjoado dele. – Ele disse antes que eu perguntasse alguma coisa, nós rimos.

Devolvi o carro para a concesonária e fomos para a casa no carro do Dean., o caminho até a casa era logo, mas seguimos ele todo em silêncio. Nesse silêncio eu tentava observar Dean, ele me beijou e depois não me diz nada, nosso relacionamento no mento esta mais profissional do que sou tratada por Sam, tentei ver algo em seus olhos, sua expressão, mas ele era bom. Escondia tudo em um grande muro de cimento.

A casa era bem velha, as paredes eram pretas pela sujeira e por qualquer coisa ela podia cair, poucas janelas e uma escada até a porta da frente. Em sua época podia até ser bonitinha. Sai do carro medrosa, aquilo realmente me deixou com medo, Sam me incentivou a entrar.

Entramos na casa e ligamos as lanternas, tudo estava arrumado. Tirando as teias de aranha e a poeira.

- Que lindo. – Disse olhando em tudo, Dean deu uma risada irônica e Sam riu também.

Juntamos-nos no centro de algum cômodo da casa, sabia que estávamos na frente da escada.

- Você vai para o andar de cima. – Dean apontou para mim.

 – E nós ficamos aqui. – Eu queria brigar, dizer que era perigoso porque o espírito ou fantasma só fazia mal aos homens, suspirei procurando um pouco de coragem em meu ar e assenti subindo as escadas.

A cada degrau que subia, a coragem foi diminuindo. Onde estava aquele espírito heroico quando mais precisava? Todos os degraus rangiam e isso não me ajudou muito, o final das escadas dava a outra sala de estar. Os moveis eram bem antigos, tinha quadros de família, no quadro estava três mulheres e dois homens – imaginei quais os que seriam na família – Senti um vulto passando por minhas costas, me virei rápido passando a lanterna para cada pedaço ali.

A luz do começo de tarde não iluminava muito, as janelas eram tampadas com estacas de madeiras pichadas pelos adolescentes sem noção. Calma, os meninos estão lá em baixo e nada vai acontecer. Pensei fechando meus olhos e respirando fundo algumas vezes, quando abri os olhos ela estava em minha frente.

Tampei minha boca rapidamente para não gritar, eu tinha que provar para os meninos que eu não tinha medo daquilo, a fantasma desapareceu e eu desci as escadas quase caindo.

- Eu vi. – Disse ofegante, os meninos não estavam ao meu campo de visão. Mas quando terminei de falar os dois já estavam na minha frente.

- Aonde? – Sam disse no seu tom protetor.

- Lá em cima. – Eles subiram as escadas, como correram, a escada fez um barulho ensurdecedor. Tentei ignorar e subi as escadas logo depois deles, os dois olharam e olharam várias vezes e não acharam nada.

- Acho que ela quis te assustar. – Dean disse prendendo o riso olhei para ele como quem não gostou nada da brincadeira.

- Desculpa. – Ele disse rápido, respirei fundo.

- Vou continuar aqui, se eu achar eu grito tudo bem? – Perguntei dando um sorriso irônico.

- Claro. – Os dois disseram juntos e desceram as escadas. Eu voltei à batalha sozinha, passei a lanterna no lado direito e vi que tinha madeira prendendo alguma coisa. Afastei-me e corri tentando quebrar as madeiras e deu certo – e não me machuquei muito – me levantei limpando a meu casaco e passei a lanterna pelo o lugar.

Ele parecia um quarto, quarto de hospede para aquela época. A cama de casal com uma imensa cabeceira e o papel de parede vermelho com detalhes. Andei até a onde a cama estava e vi pequenas cômodas e uma mesa com um espelho e escovas macias, todos tinham tudo naquela época. – Outro vulto se passou por mim, dessa vez eu ignorei procurando por alguma coisa que podia ajudar a sumir com o fantasma.

Mas ali não tinha nada, nenhum fio de cabelo na escova – se nós estivéssemos atrás de uma aranha, seria muita mais fácil – nada, sai daquele quarto procurando por outros. Passei a lanterna pela sala outra vez, no meio tinha outra porta só que essa não tinha madeiras tampando tudo. Entrei no quarto e só conseguia ver com a lanterna mesmo, consegui identificar o papel de parede e onde ficava a cama, era bem maior aquele quarto, a cama era maior, a cabeceira era bem maior. Suspirei, onde eu estava me metendo?Olhei para trás, expecionando o local calculando de meu grito poderia chegar até Dean e Sam. Passei um pouco pelo quarto procurando a mesa aonde elas se arrumavam antigamente, no canto esquerdo dianteiro eu acabei achando, a escova de cabelo estava no chão. De baixo da cadeira, peguei procurando algum cabelo que não era branco e fino.

Bem no meio estava alguns ponto loiros, dividi as mechas da escova e acabei vendo o que era.

- Bingo! – Disse feliz, era o cabelo de Elena, o cabelo era ondulado como o meu. Liso na raiz e cachos grandes nas pontas, o cabelo era totalmente loiro, quase como ouro muito bonito. Sai do quarto e desci as escadas segurando os fios com força para eles não caírem ou eu não soltar.

- Se não acharmos o corpo já achei o que pode ajudar. – Dean se virou e colocou a lanterna dele em minha mão.

- Haha, incrível! – Ele correu e me abraçou, acabou me rodando na verdade. Só faltou me beijar para ficar como um filme... Não acredito que pensei isso! Nós ficamos ali nos olhando por uns segundos. Sam teve que pigarrear duas vezes para me tirar do transe que aqueles olhos verdes me faziam.

Dean me soltou, eu não soltei o cabelo com aquilo tudo.

- O que achou? – Sam perguntou por fim chegando perto de mim.

- O cabelo dela. – Disse levantando meu troféu.

- Tem certeza que é dela? – Sam me olhou confuso e seu tom de voz também era.

- A testemunha dizem que o cabelo dela e comprido e loiro, no jornal saiu a foto e era um cabelo comprido e loiro e aonde eu achei tinha um quarto imenso dela.

- Se esse cabelo aqui não é dela eu não sei de quem é! – Disse rindo, Sam e Dean riram também, no meio das risadas saiu um estrondo enorme e barulhento.

- To com fome. – Disse me encolhendo e sem jeito, Dean riu alto e Sam deu gargalhadas.

- Vamos comer e então de noite voltamos aqui. – Sam disse me abraçando eu sorri, mas tive a sensação estranha que desejava Dean me abraçando e não ele. Preferi ficar calada.


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