Hunters escrita por lissaff


Capítulo 13
Capítulo 13




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/190388/chapter/13

-Boa Noite. – Os dois disseram juntos.

Fechei a porta de meu quarto e me derrubei na cama, meus lábios se formaram um sorriso que meu subconsciente não entendeu. Meu coração acelerava ao relembrembrar de meus últimos momentos, aquelete era um sorriso novo, um sorriso que parecia bonito e bobo ao mesmo tempo. Eu ri de mim própria, aquele era o sorriso de apaixonada.

Olhei para a janela acima da cama e sorri mais uma vez, ainda estava de noite e eu poderia dormir um pouco – me virei me arrumando em alguma posição confortável até achar e fechei os olhos contente.

- Acordaaaa. – Uma voz sussurrava em meu ouvido, parecia que eu só tinha piscado meus olhos. Abri os olhos meio confuso.

- Mais cinco minutos. – Resmunguei me virando para o outro lado.

- Não pode. – A voz sussurrou em meu ouvido de novo, resolvi me sentar. – passei a mão em meu cabelo procurando arrumá-lo, impossível, olhei mais uma vez para o homem que sussurrava em meu ouvido e era Bobby. Com um sorriso no rosto bobão , olhei confusa para aquele sorriso, ele bufou.

- Me desculpe, estou me empolgando dessa onda de cuidar de uma mulher aqui em casa. – Eu corei enquanto ele abafava meu cabelo espetado pela manhã. Por impulso eu o abracei, ele seria o meu novo pai dali em diante, pensei comigo mesma. Não de sangue, e sim postiço, porque família não termina com sangue, completei o pensamento com uma risada sem graça e as lágrimas caindo de meus olhos.

- Oh, não chore. – Ele passou o dedo em meu rosto limpando poucas que já caíram.

- Tudo bem. – Disse limpando tudo bruscamente. E  continuei –, E que eu nunca pensei que iria ter um “pai” de novo. Entende? – Ele sorriu corado e me olhou por um momento ali, boba e com os sentimentos frágeis. Ele me abraçou de novo.

- Claro que entendo.

- Vem levanta. – Bobby me puxou, sai levantando da cama atrapalhada.

- Vou deixar você se arrumar. – Ele sorriu e saiu do quarto, no banheiro eu me olhei no espelho. A Ana, você está tão boba. Pensei limpando o resto das lágrimas, resolvi que um banho seria ótimo, despi-me e me joguei no chuveiro em água quente.

A água descia sobre o meu corpo magro e quase sem curvas relaxando cada músculo rígido, demorei mais ou menos uns 30 minutos. Entre relaxar na água e tomar banho, sai enrolando a toalha cobrindo meu corpo, penteei meus cabelos castanhos e resolvi vesti uma coisa bonita hoje. Uma calça jeans – sempre – escura com alguns detalhes na lateral, uma regata branca que um símbolo engraçado no meio. Uma camisa listrada de preto e cinza e meus tênis. Estava ótimo.

Desci as escadas correndo para o café, meu estomago tinha se anunciado, eu estava com fome.

- Bom dia. – Disse empolgada, como uma criança na manhã de natal.

- Bom dia. – Os três disseram, Dean pareceu me olhar diferente, retribui achando aquele olhar bom. Sentei-me na mesma cadeira de ontem e peguei qualquer coisa.

- O que vamos fazer hoje? – Disse cutucando um muffin, que parecia bom.

- Bom, precisamos trabalhar. Vamos comprar uns jornais e ver o que tem de bom. – Sam disse também empolgado.

- Minha primeira caçada. – Disse mais empolgada ainda. Dean me olhou dando um sorriso motivador, mas percebi em seus olhos que ele não gostava disso, eu numa caçada,retribui o olhar como estivesse dizendo “Está tudo bem, eu sei me cuidar”. Ele pigarreou forte para falar.

- Espero matar algum demônio infeliz. – Sam e Dean se olharam, Sam recuou e eu não entendi aquilo tudo.

 Depois do café eu e Sam fomos para cidade comprar jornais de todo tipo de lugar, ele pegou o carro de Dean e me puxou para ir junto com ele – me sentia estranha, todos me olhavam de um jeito novo e completamente diferente.

- O que aconteceu? – Disse bufando, me arrumei no banco para olhar para ele.

- O quê? – Ele fingia rir e corou rápido, mentia muito mal.

- Você não sabe mentir. – Comentei rindo, ele bufou.

- E que estamos meio medrosos, e a sua primeira caçada. – Senti uma facada de traição no peito.

- Não precisa falar mais nada. – Me virei e olhei para frente, a raiva subiu a minha espinha e eu não queria falar. Sam ficava me olhando de minutos em minutos para ver se eu falei sério, parecia que ele queria falar, mas se segurou – ainda bem.

Logo chegamos à cidade, na primeira banca Sam logo parou para comprar jornal – ele me olhava estranho e eu estava emburrada como uma criança de cinco anos.

- Olha me desculpa, mas isso me magoou. – Disse quando ele entrou no carro.

- Tudo bem, por isso eu não queria falar. Você iria se magoar. – Ele disse rápido passando as páginas do jornal procurando por alguma coisa interessante.

Algumas coisas interessantes apareceram, como mortes sem muitas explicações, coisas sem sentidos acontecendo e por aí vai. Mas nós não decidimos isso sozinho, tinha que voltar e conversar com o outro companheiro do trio – que estava mal humorado – marcamos as coisas interessantes e voltamos para a casa de Bobby.

- Acharam alguma coisa? – Bobby logo perguntou nos barrando na porta.

- Algumas coisas interessantes. – Sam disse antes que eu abrisse a boca. Entramos e fomos direto para a sala e Sam colocou os jornais na mesinha de centro.

- Cadê o Dean? – Perguntei olhando pela casa.

- Ele ta lá encima, já vai descer. – Bobby disse com o olhar confuso para mim. Corei rápido. Mas Dean logo desceu as escadas, sua expressão era indefinida com uma explosão de sentimentos ele se sentou no sofá.

- O que temos? – Ele disse em seu tom “machão”, Sam pegou os jornais e procurou nossas marcações.

- Tem esse aqui, 3 mulheres mortas em uma semana. Sem pistas, sem arrombamento. – Sam deu uma olhada em Dean para ver sua reação, Dean estava pensativo.

- Tem esse aqui também, vou ler só a manchete.” Nova assombração na cidade”? – Dean se mexeu rápido dando um pulo do sofá.

- Quais são as descrições? – Ele perguntou curioso, Sam passou o olho rápido procurando pela matéria e começou.

- “ Testemunhas dizem que um fantasma assombra a antiga casa da família Pierce, eles dizem o fantasma e uma mulher loira vestida conforme os anos 70 e não deixa passarem a noite ali. Tudo começou quando pedreiros foram para a terreno com ordens de derrubar a casa, a fantasma assombrou e eles foram encontrados mortos três dias depois.” O resto e só baboseira. – Sam comentou no final, todos estavam pensando no que podia ser.

- Pode ser um espírito, eles não sabem a diferença. – Comentei pensando com o que aprendi com Bobby.

- Espírito que ficou na casa. – Bobby completou. Dean se levantou empolgado.

- Ok, arrumem as coisas vamos para... – Dean olhou para Sam, a cidade não foi citada no meio da conversa. Prendi a risada e Sam se moveu rápido para achar a matéria de novo.

- Em uma cidade pequena de Indiana. – Ele disse com a voz como tivesse rindo.

Depois da conversa, nós fomos arrumar nossas coisas. As roupas, as armas e tudo mais – sei que não devia levar muito, então só levei o necessário para umas semanas e minha nécessaire. -  Em 40 minutos, tudo estava pronto.

Estava no porta-malas do Impala colocando as armas em seu devido lugar, homens sempre são tão desorganizados. Senti uma vibração vindo de meu bolso, peguei meu celular rápido.

- Alô. – Não olhei o número.

- Se eu não ligar ninguém liga. – Eu reconheceria aquela voz a 5 metros de distância, eu soltei uma risada.

- Me desculpa, vida louca. – Comentei dando uma olhada rápida para os três, que enquanto conversavam olhavam para mim.

- Para de pedir desculpas ok?  - Ela disse entre risadas. – Como você tá?

- Ah, eu nem sei mais. – Disse botando a grande mecha solta que cobria meu rosto atrás da orelha.

- Como assim? – Sua voz mudou de tom, ela estava preocupada. ” Droga Ana! Tinha que ter dito isso!” Pensei brigando comigo mesma. Bufei tentando achar alguma resposta sem sentido.

- Ah amiga, algumas coisas acontecendo que nunca aconteceu na minha vida.

- Que conversar sobre isso? – Ela  logo disse.

- Melhor não, e o melhor para você. – Eu pude sentir a sinceridade em minha voz.

- Ana, eu te conheço desde quando nascemos. Você sempre me disse tudo, o que aconteceu? – A frase que eu tinha medo dela dizer “Você sempre me disse tudo.”, respirei fundo.

- Júlia é o melhor para você. – Minha voz estava baixa e melancólica, meus olhos estavam cheios de lágrimas que lutava para não caírem. Ela bufou.

- Eu odeio isso em você, mas tudo bem. Vamos mudar de assunto?

- Claro. – Eu disse dando uma fungada para não cair nenhuma lágrima. – Como tá com o Luciano? – Perguntei logo antes que ela pergunta do meu novo “emprego”.

- Está tudo tão perfeito. – Sua voz era aquela que eu gostava de ouvir, voz de apaixonada.

- Nós estamos concorrendo pelo casal mais fofo do colégio. – Percebi que minha boca havia caído, o sonho dela estava se realizando.

- Deus Júlia, meus parabéns. – Disse dando uma risada de mim mesma. Escutei um zunido como “Minha filha vem logo.” Na linha .

- Olha minha mãe está me enchendo o saco, depois eu te ligo. Porque você não vai me liga mesmo. – Ela disse rapidamente.

- Claro, te amo. – Disse ansiosa, esperando a expectativa do que ela iria dizer.

- Também te amo. – Ela disse de seu jeito bobo e louco. Eu gostava dela porque tinha o dom de perdoar  as pessoas naturalmente, ela sempre me perdoava das burradas e era feliz com aquilo. Sabia que não era bom manter contato quando coisas sobrenaturais estavam atrás de mim.

- Vamos? – Sam disse enquanto estava perdida em meus pensamentos, mas me toquei.

- Vamos sim. – Disse em meu sorriso meigo, fechei o porta-malas e andei em direção ao Bobby. Que parecia um pai quando seu filho vai embora para a faculdade ou coisa parecida. Quando ele falou que eu era como filha para ele, falou serio.

- Tchau Bobby. – Disse meiga abrindo meus braços para um abraço, ele me retribuiu do mesmo modo de carinhos.

- Se cuida. – Disse ele um pouco triste.

- Pode deixar. – Disse sorrindo, Dean buzinou parecendo estar com pressa. Me virei para dar uma olhada fuzilando ele,  me voltei para Bobby para dar um rápido beijo na bochecha. Entrei no carro que arrancou indo para a grande estrada.

No carro ficou tudo em silêncio, amarrei meu cabelo em um coque por causa do calor e encostei-me ao banco olhando a janela. – como tinha mudado minha vida desde daquele dia. O dia em que vi o olhos de meu p...ai negros como de demônios, quando os meninos me “adotaram” e eu fiquei próxima de cada um de uma maneira diferente.

Sam era meu melhor amigo desde então, bobo e alegre ele sempre me dava motivos para continuar nessa vida com homens, Dean?...não consegui encontrar a palavra certa para aproximação que tivemos e Bobby era o meu segundo pai. Meu pai adotivo. – perdidas nos meus pensamentos escutei muitos zunidos, mas prestei atenção em um porque tinha meu nome.

- Falaram comigo? – Perguntei confusa.

- Sim, há meia hora. Estava aqui no carro? – Sam disse me debochando.

- Acho que não. – Disse me ajeitando no banco rindo de mim mesma e arrumando meu cabelo que se tinha soltado sozinho.

- Então, o que querem? – Disse me aproximando do banco da frente, Dean me deu uma olhada rápida para ver o que eu estava fazendo.

- Não estou violando regras. – Disse rindo, ele riu, mas não entendi porque tentava esconder aquilo, voltou a dirigir.

- Você sabe o que fazer não é mesmo? – Sam disse me olhando ansioso, parecia que toda a caçada estava em minhas mãos.

- Claro, afastar com a bala de sal e matar queimando os corpos ou alguma coisa do corpo do fantasma ou espírito. – Dei uma respirada quando terminei de falar, Dean olhou para Sam impressionado.

- Muito bem, nossa aluna sabe de tudo. – Disse ele rindo da minha cara, dei um soco em seu braço com a força que tinha na hora.

- Cala a boca. – Voltei para meu banco depois do soco e decidi que eu não teria mais medo como antes. Medo de adolescente.

Eu tinha uma grande viagem pela frente, e como aquela viagem que você sempre pediu para os seus pais e agora estava indo? Eu estava me sentindo assim, realizada,dei um sorriso torto quando pensei nisso, não vou ter medo. Preciso ser forte.

A viagem foi normal, brincamos uns com os outros para passar o tempo. Sam e Dean revezavam o volante, tentei dirigir, mas ninguém acreditava que eu tinha carteira. – deve ser pelo fato de eu ter esquecido ela na minha antiga casa – Chegamos a Indiana estava de dia, no meio do dia, o sol batia forte, mas não fazia calor. As pessoas andavam normalmente como uma cidade normal, as bancas faziam lucros com os jornais que falavam sobre a tal “assombração” não era época de turistas – mas parecia – muitas pessoas com câmeras e bloquinhos na mão falando com algumas pessoas na rua. No começo pensei que era jornalistas falando com testemunhas, mas era turistas querendo saber o que tinha na antiga casa.

Paramos em um hotel barato, o nome era “toureiro”. Louco não? Descemos, eu e Sam tiramos nossas reais malas e deixamos as que continha armas mais fácies de se pegar na hora H, porque Dean disse “ Não iremos demorar aqui.” E Sam concordou.

Fui para meu quarto e os meninos para os deles, só joguei minha mala na cama.

- Vamos? – Disse para Sam, combinamos na estrada de pesquisar tudo sobre a tal família.

- Claro, só um minuto. – Ele entrou no quarto e colocou as coisas dele na cama escolhida.

- Vamos. – Ele foi andando do meu lado, muito perto com um sorriso em que eu não entendia. Olhava para ele confusa.

- Que é?

- Nada não. – Ele riu

Fomos para a biblioteca municipal pesquisar sobre a tal família Pierce, havia livros documentos e até alguns diários – foi fácil – Descobrimos que a família foi uma das fundadoras da cidade e que tinha muitas histórias, em todos os acontecimentos da cidade alguém da família estava presente.

Muitas gerações foram criadas ali, a grande suspeita era que o fantasma ou espírito era Elena Pierce, em seu diário a única coisa que havia escrito era “Eles não vão mais me fazer mal.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tudo bem, deixa eu explicar. Ana é a Nina, mas a Elena Pierce, e descrita como Elena e Katherine no livro The Vampire Diaries que é totalmente diferente da série. OK? Beijos, e espero que curtam



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hunters" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.