A Todo Custo Ser Beijada! escrita por SulaSama


Capítulo 4
Um Ator de Brinde!


Notas iniciais do capítulo

YOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
Desculpe-me por favor demorei para postar é verdade!
Mas o motivo é que estive doente...
Mas pronto não atrasar mais ok?
Espero que gostem desse capítulo!
^.~
A narrativa diversifica entre os personagens e o narrador.
A apresentação dos personagens estão entre '( )'.
E a fala inicia-se sempre com ' - '.
A história é totalmente de minha autoria sem fins lucrativos, a maioria dos personagens pertence ao grupo CLAMP! Outros que não são do anime foram criados por mim.
Enjoy...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/190074/chapter/4

A todo custo ser beijada!
         4º Capítulo: Um ator de brinde!
     By Sula-sama



Sabe qual uma das melhores coisas que o homem já criara? O vidro do carro fumê. Ele permite que as pessoas que estão dentro do carro vejam quem esta fora sem serem percebidas. Uma qualidade que estava sendo muito útil para Shaoran, afinal desde cedo estava em seu carro de frente ao centro onde a onça branca trabalhava e graças à obscuridade do vidro estava ali sem ser notado.

O que ele não percebeu é que uma Ferrari vermelha de última geração estacionada em uma rua de um bairro de classe econômica chama muita, mas muita atenção. Desde que conseguira o endereço fez disso uma rotina, às vezes passava com o carro devagar olhando o movimento e às vezes como agora fica com o carro parado em frente ao centro. O motivo? Ah simples estava criando coragem para entrar e falar com ela. Mas o problema era esse! Falar o que?

Pensara muito sobre isso, mas nada coerente, não podia chegar simplesmente com a cara mais sínica do mundo e chamar ela para sair. Não, com o pouco de tempo que a conhecia saberia que a primeira seringa com anestésico que ela visse iria fincar em seu pescoço e então ele nitidamente saberia sua resposta. Ele teria que ser mais sutil em sua aproximação, com uma picareta em mãos para quebrar o gelo envolto ao coração daquela mulher.

Mas nada disso mudava o fato de estar de frente de seu objetivo sem coragem de enfrentá-lo. Mas não faça mau juízo dele! Shaoran não era covarde, de jeito nenhum e principalmente com as mulheres. O problema era que seu orgulho fora ferido por uma mulher totalmente diferente das outras e essa era sua dificuldade. Sakura não era uma mulher do tipo fácil! Ele tinha que admitir que a onça branca tinha caráter, afinal apesar da beleza estonteante dele ela o esnobou como um sapato velho furado que não serve mais para nada.

O que faria? Teria que ser logo, pois Eriol já estava desconfiando! Claro que ele não estava faltando a nenhum compromisso, mas quando o empresário dava as costas o belo jovem desaparecia de sua vista. Então sua situação estava complicando teria que arrumar alguma forma de chegar nela sem que ela desse tempo de reagir (com algum bisturi, por exemplo).

Algo no seu bolso vibra e ele tira o aparelho móvel para visualizar a chamada. Irritando-se novamente ao ver quem era o responsável. Será que ela não se cansava? Desde que fora ao encontro da detetive  - o que já fazia uma semana – ela começara a insistir em ligações. Eriol algumas vezes tentou pegar o celular, pois sempre conseguia dá um basta nessas insistentes ‘mulheres’, mas o ator sempre era mais rápido e não deixava o empresário se quer ver quem era, pois se descobrisse seria seu fim.

Então como as outras vezes, colocou no silencioso e deixou que tocasse. Foi quando viu no cantinho superior da tela a hora, olhou no relógio do pulso para confirmar. Já era hora do final de expediente da enfermeira então ela logo sairia. Involuntariamente desceu um pouco o corpo no assento com a impressão que poderia ser descoberto, mesmo com o vidro escuro do carro. E então a viu saindo com sua bolsa de ombro e seu singelo traje – blusa pólo e calça jeans. Tinha que admitir ela era linda de qualquer forma. 

Para sorte do ator Sakura saiu do centro e nem deu importância ao carro chamativo parado em frente ao estabelecimento. Mas uma vez se surpreendeu com a simplicidade da moça. Viu ela descer ao invés de subir para a parada de ônibus, o que lhe intrigou! Ele resolveu segui-la.

Sakura desde que viu Tomoyo comendo aquele pedaço de bolo de chocolate ficou com um extremo desejo por um também, totalmente normal para chocólatras de plantão. Resolveu ir para a lanchonete que sempre ia almoçar comer a famosa torta de chocolate do chefe e adiaria um pouco sua volta para casa. Sentada em uma mesa sozinha, ficou pensando no que a amiga havia lhe falado.

Ela não estava preparada para esquecer seu passado, principalmente por causa da aparição de um cara tolo. Mas o que a loira dissera mexeu com ela e se agora depois de tantos anos ela desse uma chance ao coração para se apaixonar? O que?!? Como posso pensar em algo tão absurdo! O conflito interno de Sakura deu uma pausa para receber das mãos do garçom sua esperada torta de chocolate que estava com uma cara ótima.

Enquanto isso Shaoran ficara no carro observando Sakura pela vidraça da lanchonete, imaginando que aquela seria sua oportunidade de ‘aproximação’ ele a aproveitaria ou seria um terrível engano que cometeria. Porque teria que pensar também em ser reconhecido afinal era um dos atores mais gostosos do momento teria que ter cuidado. Então pegou um boné do time de basquete dos EAU e colocou os óculos escuros. Que ótimo, que justo hoje resolvera vir simples com uma blusa pólo preta, uma calça jeans desbotada e tênis.

Sem um plano realmente formado na cabeça resolveu adentrar o lugar. Olhou para onde ela estava sentada e viu ela franzir a testa e depois relaxar os ombros com uma expressão de satisfação após uma garfada generosa da torta de chocolate. Ai teve uma idéia, resolveu pedir o mesmo que ela fazendo a opção de embrulhar para viagem.

Há quanto tempo Sakura não comia uma torta tão deliciosa? Nossa há muito! Sua mãe era expert em comida e principalmente sobremesas e graças a ela Sakura herdou esse precioso dom. Seu pai sem vergonha nenhuma admitia que fora conquistado pelo estomago e completava que as duas tinha mãos de fada para a culinária. Deu um suspiro, nunca em um dia lembrou tanto de sua família como hoje e tudo culpa da Tomoyo.

De repente uma súbita lembrança de Tomoyo sugerindo a ela para entrar em contato com o ator. Ela era louca? Para começo de conversa o primeiro e último encontro deles foi um desastre, ela não gostara dele e ponto final! Ele podia ter dinheiro, fama, status, beleza e o que for! O caráter era o que mais contava para ela. E além do mais era exagero de Tomoyo dizer que ele ficou interessado nela não tinha como isso ser verdade. Afinal ele poderia ter qualquer mulher que quisesse, então porque ela? E outra coisa como ela conseguiria entrar em contato com ele? Era tecnicamente impossível!

- Oi! – a morena deu pulo na cadeira, pois não esperava que alguém pudesse falar com ela naquele momento, sempre fora muito fechada e não dava chance de algum funcionário iniciar um diálogo amistoso com ela e sem falar que estava tão concentrada em seus pensamentos que nem percebeu a aproximação.

- Ah desculpe, mas eu ti conheço? – não queria ser rude afinal nem o conhecia pelo menos até o momento.

- Nossa é muita coincidência, não acha? – o rapaz ao seu lado abriu um sorriso debochado e em questão de milésimos de segundos ela reconheceu aquele sorriso e como poderia não reconhecer? Não tinha como, pois era o sorriso mais lindo e mais chato que já vira na vida. Ela ficou imóvel por um tempo sem saber o que dizer afinal não é todo dia que vai comer uma simples torta de chocolate e ‘leva de brinde’ um ator super famoso, sem falar na coincidência de seus pensamentos – O que foi? O gato comeu a sua língua? – falou dando uma risada melodiosa, mas sem chamar a atenção – Por favor, só não faça um escândalo!

- O que você faz aqui? – perguntou em um misto de curiosidade e espanto.

- Posso me sentar? – falou puxando a cadeira a frente da morena e se sentando sem esperar a resposta – Respondendo a sua pergunta um tanto grosseira afinal esperava pelo menos um cumprimento de sua parte! – disse fazendo ela franzir o cenho – Eu vim em busca da melhor torta de chocolate. – falou mostrando o embrulho nas mãos.

Sakura olhou um tanto desconfiada e irritada para ele, afinal quem ele pensa que é para chegar invadindo seu espaço, ensinando etiqueta para ela e ainda sendo sínico e irônico. Em seu subconsciente a enfermeira rosnou com um gato selvagem pronto para dar o bote mortal. Se segurando ao máximo para não fazer o contrário do que ele pediu e fazer um escândalo. Shaoran apesar de não demonstrar (o que era fácil afinal estamos falando de um ator) estava extremamente nervoso com toda aquela tensão. E a onça branca de nada ajudava o encarando daquela forma.

- Bom então com esta? – perguntou na esperança de puxar conversa com ela – Realmente você era a última pessoa que eu esperaria encontrar aqui! – o que era uma mentira descarada.

- Eu moro nesse bairro! – droga! Pensou enrijecendo seu corpo pela besteira que fez, não pode sair dizendo por ai onde mora! Mas não gostou nada da forma como ele se referiu a ela.

- Oh! – tentou parecer surpreso – Entendo, então trabalha em algum hospital por aqui por perto? – com essa pergunta fez que Sakura subitamente lembra-se da sugestão de Tomoyo e sua língua coçou em pedir afinal ela não media esforços paras crianças do centro, mas ela não conseguiu dizer, pois assim estaria agindo como uma interesseira e se sentiu mal imaginando que ele teria uma péssima impressão dela.

- Não! Trabalho em um centro de oncologia aqui perto. – disse simplesmente desviando os olhos, porque apesar do ator estar de óculos (e extremamente lindo vestido tão simples) ela sabia que aqueles olhos intensos estariam sobre si. Resolveu que seria melhor ir embora de uma vez, ficar na presença daquele homem mesmo que ficassem calados estava começando a perturbar.

- Bom eu já terminei minha torta e acho melhor eu ir... – disse fazendo a menção de levantar.

- Espere! – ele falou um pouco desesperado demais se repreendendo mentalmente – Não acho correto uma mulher sair sozinha a noite! – feito essa estratégia fez Sakura olhar para a vidraça e notar que já havia escurecido – Insisto que aceite que a leve para casa! – apesar de não gostar do comentário machista pensou que não haveria mal nenhum uma carona, pensando melhor economizaria dinheiro para passagem, mas mesmo assim olhou desconfiada para ele – Calma, é sua casa... – completou – Mas se quiser ir para minha não vou negar! – falou sorrindo maliciosamente.

- Nem se tivesse um milhão de chocolates lá eu iria! – Shaoran adorou esse fora! Descobrira sem querer um ponto fraco dela, chocolate! – Mas aceito a carona para MINHA casa!

Sakura levantou-se e foi para o caixa pagar sua torta descobrindo que já havia sido paga olhou novamente desconfiada para o ator que levantou as mãos em rendição, ela suspirou em derrota e caminhou para fora.

- Qual é o seu carro então? – disse olhando para a rua.

- Aquele ali! – disse apontando para a Ferrari vermelha, vendo os olhos da onça branca se arregalar em surpresa e ir apressadamente ao encontro do carro.

- Minha nossa! Meu pai e meu irmão teriam um infarto agora se visse essa belezura! – disse sorrindo abertamente fazendo o ator a admirar com um sorriso de canto.

- Que bom que gostou! – destravando as portas com o controle do alarme indicou para que ela entrasse no lado do passageiro – Você mora com a sua família? – perguntou já dentro do carro, pois não lembrava que a detetive comentara em momento algum sobre esse fato.

Ele estranhou o silencio e olhou para ela se arrependendo de ter feito a pergunta. A morena tinha pela primeira vez mostrado a ele seu semblante de tristeza e agora não sabia como reparar seu erro.

- Eu sinto muito... – começou um pouco incerto – Eu não queria ti fazer lembrar de... seja o que for!

Sakura olhou para ele – uma vez que já estava sem óculos – e viu pela primeira vez sinceridade nos orbes achocolatados, sem nenhum cinismo, sem nenhuma ironia. Como de uma pura criança que falhara com sua mãe e tentava de todo jeito mostra-lhe como estava arrependido. E era exatamente assim que o ator se sentia, não sabia explicar o que estava acontecendo.

- Não tudo bem! É que não tenho notícias deles desde meus dezoito anos. E é um pouco difícil para me falar sobre eles... – falou olhando para frente dando por encerrado o assunto.


Shaoran dirigia calmo e incomodado pelo silencio, depois da declaração dela só trocaram algumas palavras sobre a localização de sua casa. A qual o ator já sabia, mas não poderia revelar, pois estragaria seus planos. Sakura estava estranhando o comportamento do rapaz e estava relutante em acreditar que ele poderia ser alguém digno, pois sua primeira impressão foi terrível e geralmente é a que fica.

- É aquela ali! – disse apontando para a pensão, ele confirmou com a cabeça e estacionou de frente. – Bom obrigado pela gentileza! – disse séria estranhado o olhar malicioso dele.

- Não há de quê! Se bem que um beijinho seria uma boa retribuição, não acha? – disse sorrindo de canto e se aproximando um pouco.

- Mas é muito desaforado! – esbravejou – Ofereceu a carona porque quis em momento algum eu pedi que viesse me trazer! Não pode me pedir algo absurdo em troca de algo oferecido!

- Se bem que você não negou. – falou fingindo indiferença – Nossa como você é ingrata! – disse sínico negando com a cabeça. Ela esbravejou indignada e olhou furiosa para ele.

- Não sei como você conseguiu esse sucesso todo sendo tão... tão... imbecil! – por um momento ela perdeu as palavras pela ironia dele. Saiu do carro batendo a porta se arrependendo em seguida por ter batido a porta de uma Ferrari, mas precisava ser feito – Espero não ter a desgraça de te encontrar novamente! Passar bem! – saiu pisando duro.

Ele riu com gosto depois que ela entrou.

- Ah sinto muito onça branca, mas você ainda vai ter o “desprazer” – fez aspas com as mãos – de me ver! Várias e várias vezes! – rindo mais um pouco, deu a volta no carro e foi para seu apartamento no distante centro.

De repente teve uma vertigem, apesar dessa despedida desastrosa ele nunca fora tão espontâneo ou mesmo sincero com alguma mulher antes. Ele começou a imaginar se estaria entrando em jogo perigoso e que estava se arriscando demais, mas infelizmente ele já não podia mais voltar a trás! Colocaria seu receio de lado, pois agora era seguir em frente em busca do seu tão ansiado beijo!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então o que acharam desse encontro?
Gostaram?
Não gostaram?
Ta ruim?
Pode ficar melhor?
Está bom?
Digam... ^^
Bom então até o próximo!
5º Capítulo: Entre Aproximações e Rosnados!
Prometo que não demorarei, ok?
Bjussssss
Bye bye