A Todo Custo Ser Beijada! escrita por SulaSama


Capítulo 3
Uma Xícara de Passado e Uma Colher de Presente!


Notas iniciais do capítulo

A narrativa diversifica entre os personagens e o narrador.
A apresentação dos personagens estão entre '( )'.
E a fala inicia-se sempre com ' - '.
A história é totalmente de minha autoria sem fins lucrativos, a maioria dos personagens pertence ao grupo CLAMP! Outros que não são do anime foram criados por mim.
Espero que gostem desse terceiro capítulo ^^
Enjoy!!



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A todo custo ser beijada!
3º Capítulo: Uma xícara de Passado
E uma colher de Presente!
By Sula-sama


Passado algumas semanas depois do programa Sakura não achou nenhum problema em retornar a sua rotina, apesar de que onde passava as pessoas apontavam para ela. Foi um pouco difícil, mas conseguiu um lugar para armazenar todos os prêmios que ganhou para as crianças, o que nos leva ao grande prêmio, ah sim! A melhor parte! O premio iria ajudar muito a situação do centro onde trabalha assim ela esperava.

O lugar era uma residência que foi doada pela prefeitura para a criação do centro há três anos com iniciativa de um Oncologista que trabalhava em um hospital geral de Tókio. Muitas crianças eram internadas lá e não tinha condições de permanecia, então surgiu essa idéia. O centro agora é administrado por uma amiga de Sakura, que também era formada em enfermagem, mas tinha em seu currículo um doutorado em administração na sua área. Seu nome era Tomoyo Daidouji.

(Tomoyo Daidouji – 24 anos, Enfermeira, 1,60 de altura, cabelos loiro acinzentados, olhos azuis, belas curvas. Melhor característica – gentil e honesta. Pior característica – fumante.)

O centro tratava as crianças e em alguns casos as deixava internadas, seu funcionamento era integral, mas havia profissionais que davam plantões monitorando aquelas que ficavam. Claro que isso só era necessário porque essas crianças eram órfãs levadas por algum assistente social ou crianças abandonadas pelos pais por causa do preconceito pela doença.

Era uma unidade filantrópica, onde um conjunto de pessoas, empresas ou órgãos públicos ajudavam a manter o centro. Por causa disso o salário não era dos melhores, mas Sakura adorava o que fazia. Sakura morava em um bairro de classe econômica onde dividia uma pensão com algumas pessoas, entre eles o senhorio do lugar.

– Buon giorno il mio bambina! – como sempre o alegre italiano Pippo Pasquale cumprimenta Sakura ao vê-la descer as escadas do primeiro andar.

– Buon giorno Senhor ‘P’! Falei correto dessa vez?

(Pippo Pasquale ou Senhor ‘P’ – 66 anos, senhorio da pensão ‘Pasquale’, aposentado, 1,68 de altura, cabelos brancos, olhos azuis, um pouco acima do peso. Melhor característica – bondoso e paciente.)

– Molto bene Sakurita! Come sono i bambinis? – Sakura deu um suspiro, apesar de adorar o italiano ele insistia em conversar com ela em sua língua natal e a razão para isso é que morena lembrava a sua finada filha. O senhor de boina e bigode característico italiano perdera sua esposa e filha há trinta e cinco anos em um incêndio em sua antiga residência lá na Itália e em um lapso usou tudo que sobrara de suas economias e mudou para bem longe das lembranças.

– Senhor ‘P’ tradução, por favor! – falou pausadamente sem que parecesse rude.

– Ah desculpe Sakurita! – falando no idioma da morena com o sotaque italiano – Toda vez eu esqueço, é a velhice que mudou a cor dos meus cabelos e ainda esta afetando mios miolos! – Sakura não pôde deixar de acompanhar a risada sonora do italiano e riu pelo seu humor.

– Certo! Certo! – falou parando de rir – Qual foi à pergunta mesmo?

– Os meninos do centro como estão? Tomogita passara por aqui ontem enquanto esteve fora e disse que um dos bambinis tivera alguma complicação de alguma via de alguma coisa! – falou franzindo a testa em sinal de confusão – Perdono, mas io não entendo molto bene esses termos! – completou um pouco envergonhado.

– Não se preocupe senhor ‘P’, é normal não entender! Na maioria só quem trabalha compreende. – falou sorrindo ternamente – Pelo que deu pra aproveitar acho que foi o pequeno Keitarou, infelizmente ele é um dos internos de lá, pois a mãe morrera em conseqüência de um câncer de mama e nosso anjinho tem o que chamamos de Doença de Hodgkin, ela afeta na maioria das vezes os gânglios. E o dele é no pescoço, então algumas vezes ele tem algumas complicações nas vias respiratórias por estarem bem próximas do tumor. – falou mostrando com a mão a região afetada, como se estivesse dando uma aula.

– Sí! Fora isso que Tomogita falou! – relembrou com uma expressão triste, pois como o próprio senhor pensara câncer infantil é um assunto muito complicado e mexe muito com o humanismo das pessoas.

– Multo beme... – tentou sem sucesso imitar o italiano.

– Quase Sakurita, é Mo, MOlto BeNE! – falou entonando as sílabas fazendo a morena enrubescer e rir sem graça.

– Ok senhor ‘P’ na próxima quem sabe eu acerto! – deu as costas suspirando e foi embora cumprir suas responsabilidades.

– Questo bisogno Sakurita di um uomo molto macho per illuminare la tua vita! – sussurrou para si com um sorriso enigmático em seus lábios.


A rotina de Sakura era como a de qualquer cidadão da classe econômica, tinha que acordar cedo, pegar condução para não chegar atrasada no trabalho. Por sorte o centro não ficava tão longe de onde morava só era necessária uma condução para isso.

Bem cedo recebera de sua chefe/amiga uma mensagem para que assim que chegasse comparecesse em seu escritório que ficava nos fundos do lugar. Sakura não tinha a noção da gravidade do problema até encontrar a amiga tragando nervosamente seu irritante causador de câncer nos pulmões – o cigarro.

Sua amiga criara esse hábito irritante depois de um caso mal-sucedido que tivera com um cirurgião quando estava na residência/estágio. Ele a cortejava, a presenteava com rosas, bombons, cestas tudo que uma mulher apaixonada deseja ganhar, mas tudo isso foi para os ares quando ela descobriu que o dito cujo era casado e tinha dois LINDOS filhos, sim! Essa palavra foi o ápice para Tomoyo.

Foi uma tragédia ela superou em partes, mas infelizmente continuara com o desagradável hábito causador de envelhecimento precoce. E quando ela estava nervosa, ai sim! Ela fumava incansavelmente, um atrás do outro. Era um ciclo vicioso onde só se sente saciado quando continua a repetir várias e várias vezes, ou seja, nunca!

Sakura sentou na cadeira a frente da mesa da amiga suspirando, esperou pacientemente ela fechar a janela que estava usando como condutor de ar para levar à fumaça para longe e se sentar. Se espantou ao olhar o semblante cansado da chefa.

– Tomoyo...

– Sim eu sei Sakura, eu tenho que parar de fumar. Não precisa me dizer que eu já sei de co e salteado! – falou suspirando.

– Se já sabe, então por que ainda não parou? – a mulher da frente fez uma careta em resposta àquela pergunta, era sempre a mesma coisa, a mesma conversa e as mesmas expressões.

– Sakura, estamos com um grande problema aqui! – resolveu ir direto ao assunto – Se não conseguimos uma doação ou uma arrecadação de um valor alto urgentemente teremos que fechar o centro.

Sakura tinha uma expressão indecifrável uma mistura entre confusão e incredibilidade. Como assim iria fechar? Não podia! O que seria das crianças? E a vergonha que ela passou para ajudar o centro? Sem falar o stress com aquele metidinho à ‘sou o maioral’ que ainda estava sofrendo! Ah não! Não iria deixar!

– Tomoyo... – o nome da amiga saiu assustadoramente entre dentes da pequena boca da enfermeira – eu quero saber o porquê disso?

A amiga sabia que estava pisando em um campo muito delicado e extremamente perigoso. Sakura podia ter o nome de uma flor e até se assemelhar a uma, mas quando irritada, literalmente sai de baixo. Apesar de ser sua chefa e amiga não tinha vergonha de admitir que morria de medo quando ela chegava a esse estado.

– Sakura não precisa chegar a esse estado, eu sei que... – a enfermeira fez uma expressão de ‘eu não quero consolo, eu exijo uma explicação’. Nervosamente Tomoyo foi ao encontro do seu pecado, acendeu um cigarro e se levantou para abrir a janela exalando intensamente a fumaça tragada lançando-a para fora – Sakura, eu sei que é difícil de acreditar, mas a situação é crítica.

– Mas...

– Sim eu sei você ganhou vários prêmios naquele programa e generosamente doou aqui pro centro, mas Sakura você sabe o custo dos remédios quimioterápicos são exageradamente altos, e olha que só citei os remédios sem o tratamento todo! – falou fitando a morena agora depois de apagar o cigarro inacabado em um cinzeiro em cima da mesa.

– Tomoyo eu sei que os remédios são de um custo estúpido, mas sempre conseguimos manter o tratamento das crianças. – falou quase perdendo a paciência em ter que dizer algo bem óbvio.

– Sakura... – falou tristemente – os preços aumentaram.

– O que? – chocou-se se inquietando na cadeira – Não, ainda tem aquela empresa onde sempre dá um desconto para gente como auxilio, marcamos uma reunião com eles nessa segunda e conversamos até chegarmos a um acordo benéfico para os dois lados.

– E você acha que eu não tive a mesma idéia? O problema é esse Sakura a empresa é gerenciada por sócios... – falou sendo interrompida pela amiga.

– Eu sei disso o Nakamura é o dono, o sócio cabeça...

– E o Yamasaki é o outro sócio que ajudava o centro e infelizmente vendeu sua parte da empresa para se aposentar. – Sakura arregalou os olhos em surpresa, agora entedia a gravidade da situação sem o auxilio do senhor Yamasaki ao invés de pagar 65% nos remédios pagariam os exatos 100% com aumento ainda por cima.

– Isso é um pesadelo... – falou se afundando na cadeira estofada. Nem o grande prêmio do programa poderia ajudar elas agora.

Sim, o custo de TODO o centro era enorme. Salário dos funcionários, conta de água e luz, algodão, seringa, soro, gazes, e fora todos os materiais que faltava nessa lista. Incluindo tudo isso os remédios quimioterápicos ainda se sobrepunham no valor.

– Nem me diga! – disse imitando o movimento da amiga – Bom Sakura é só isso, se tiver alguma idéia não hesite em me dizer e garanto que farei o mesmo.

A morena afirmou com a cabeça e levantou da cadeira.

– Ah e Sakura, por favor, não deixe que isso espalhe...

– Você esta me achando com cara de mulher de calçada? – falou esbravejando – Tomoyo nem precisa me dizer se essa história vaza, vamos ter que nos preocupar ainda mais com o quadro de funcionários. – nisso se retirou da sala deixando a loira com seus pensamentos entristecidos.

– Minha amiga, o que aconteceu com você naquele programa? Depois que voltou esta mais estressada do que o costume... – questionou-se olhando para a porta por onde a amiga saiu.


Sakura sabia que exagerara com a amiga, mas a verdade era que estava com os nervos a flor da pele desde o programa. Ela não admitia, mas o confronto com o ator a abalara mais do que o esperado e de tal forma que ela começou a ficar estressada por qualquer coisa, a suspirar pelos cantos e ainda a ver coisas. Um dia desses teve a impressão de estar sendo seguida por uma mulher de vermelho em um carro, dá pra acreditar?

Há quanto tempo ela não se sentia assim? Sakura nem sempre foi tão dura com as pessoas especialmente com homens, sua solidez veio de muito tempo atrás bem antes de sua faculdade, em uma tentativa frustrada de segundo namoro, tinha seus 17 anos e o rapaz de nome Yukito Tsukishiro a iludiu com seu charme e beleza e conversa de rapaz romântico a engravidou e após descobrir dissera na sua frente que não assumiria a criança e que sentia muito.

E em seguida espalhou para todos que estava arrasado, pois ela estava grávida e o filho não era seu causando um desentendimento familiar e uma expulsão. Sakura beirando seus dezoito anos saia de Tomoeda para enfrentar a distante Tókio em busca de um sustento para ela e seu filho. Começou com alguns bicos e em um determinado emprego onde o patrão exigiu dela um esforço a mais perdera a criança.

Sakura jurou pra si mesma que em quanto vida tivesse não confiaria mais em nenhum homem e que ajudaria a partir daquele momento as pessoas para que ninguém passasse pelo que ela passou. Então nesse dia Tókio ganhara uma excelente enfermeira. Ela se recuperou trabalhou arduamente conseguiu pagar com dificuldade sua faculdade e concluiu com mérito, teve alguns relacionamentos, mas nunca permitiu se apaixonar.

Até que agora seu coração inventou de acelerar por algo tecnicamente impossível. Ele não é só um inalcançável astro de cinema, ele é um homem mesquinho e sem o senso de humildade, ou seja, o tipo que ela mais detesta! Ela estava ótima antes dele aparecer com seus enigmáticos olhos chocolates, com seus cabelos rebeldes esperando por mãos femininas para serem domados, com seu corpo forte ansiando por algo para ser agarrado, com sua boca suculenta pronta para...

– PARA! – com esse comando Sakura interrompeu seus pensamentos, mas também assustou alguns profissionais e mães que estavam por perto, que saíram apressadamente cochichando umas com as outras.

Alguns técnicos a olharam assustados, outros que tinham mais afinidade com ela riram baixinho e continuaram a fazer suas obrigações. Sakura deu um suspiro de cansaço e indignação pela besteira que fez. Como deixou que seus pensamentos chegassem a tal ponto de ter que freia-los em voz alta? Mesmo que ele não tivesse o sucesso como sombra, não teria como dar certo! Ela jurou e suas personalidades conflitantes nunca dariam certo... Será?



Sakura era no centro enfermeira-chefe, por sua personalidade forte e seu senso de responsabilidade que impressionava a todos ganhou esse cargo. Por isso era respeitada por todos que trabalhavam lá, os problemas que surgia ela resolvia com rapidez e exatidão, Tomoyo praticamente só ficava responsável pela administração de compras e pagamentos, e às vezes nas reuniões Sakura ainda a acompanhava.

Seu dia era cheio, dava orientações para os responsáveis dos novatos, e ainda administrava o tratamento quimioterápico de cada criança do centro. Apesar dos acontecimentos não deixou que ficasse distraída pensando em um certo ‘atorzinho’ afinal as crianças dependiam de seus cuidados. Mas era difícil, apesar de relutante estava começando a admitir que não conseguia tirar aquele homem de seus pensamentos, fazia pouco mais de algumas semanas e o jovem Shaoran Lee não saia da cabeça da enfermeira.

– DROGA! – esbravejou – Por que eu tive que conhecer ele?!?!

Sua revolta era simplesmente por ter ficado balançada pelo ator e o pior é que depois que conheceu ele seu passado esta vindo com toda força em sua cabeça. Martirizava-se por ter sido tão burra na época de adolescência e pensava com mais freqüência em sua família que apesar de que foram rudes com ela naquela época tentaram reparar o erro, mas Sakura ficou muito assustada e magoada pra voltar atrás.

– Tia? Tia? Tia? – a criança de quatros anos chamava a morena que estava parada de frente para porta do banheiro feminino olhando o símbolo de uma bonequinha cor-de-rosa com a testa enrugada – A senhora esta bem? A porta do banheiro fez algo de errado para a senhora? – Sakura acordou do seu devaneio e olhou para a criança ao seu lado se agachando para ficar de seu tamanho.

– O que? Por que diz isso? – falou sorrindo tentando tirar a expressão de preocupação no rosto do pequeno.

– Porque a senhora tava brigando com ela. Ela fez alguma coisa? – perguntou inocente. Sakura sorriu para ele abertamente e o abraçou, adorava a pureza das crianças era um dos motivos que a incentivara trabalhar em um lugar tão doloroso.

– Não meu anjo, ela não fez... ELA não fez... E o que o mocinho esta fazendo aqui fora da sua cama? – falou fingindo esta brava.

– É que eu ‘to’ apertado tia!

– Então vá logo para o banheiro consegui ir sozinho?

– É claro tia eu sou um homem! – falou fazendo pose com as mãos na cintura, a morena riu e deu umas tapinhas na bunda o fazendo ir em direção ao banheiro.

– Essas crianças... – disse se levantando e olhou no relógio – Nossa! Já passa do meio-dia! – falou assombrada e saiu apressadamente para almoçar em uma lanchonete que ficava há alguns metros do centro.

Sakura adorava o almoço de lá, o lugar era bem familiar e quando à tarde enchia de jovens que iam para provar a deliciosa torta de chocolate do chefe. Pensando em torta ela novamente foi levada há alguns anos atrás, onde comia alegremente inúmeras sobremesas maravilhosas com sua família em muitos piqueniques que faziam aos domingos à tarde.

Chocou-se novamente com a lembrança, estavam ficando mais freqüentes. Foi então que surgiu uma idéia iria ser difícil, mas talvez se usassem o dinheiro do centro... talvez...

Sakura nem terminou seu almoço, correu pro caixa pagou deixou o troco sem percebe e saiu correndo do estabelecimento rua acima. Entrou no centro apressada ignorando alguns protestos foi em direção da sala da amiga que sabia que naquele exato momento estaria com a boca recheada de...

– Bolo de chocolate de novo no almoço Tomoyo?!?! – exclamou abrindo de vez a porta e assustando a amiga que estava com a boca toda melada.

– Hum... humhum hum... – a loira tentou se explicar, mas foi em vão, fazendo Sakura dar uma risada melodiosa.

– Peguei o alemão com as calça nas mãos! Esse ditado se encaixa nesse momento perfeitamente em você! – falou rindo novamente com a cara de reprovação da amiga, andou devagar até a cadeira em frente da loira dando tempo desta engolir o que restara na boca e se limpar.

– Certo mocinha! Pode começar a se explicar agora estou à altura para revidar. – disse com a expressão séria que logo se suavizou em um sorriso, estava adorando Sakura radiante que não poderia ficar brava com ela, pelo menos agora – Posso saber o motivo desse alvoroço todo?

– Você ainda esta aberta a sugestões? – perguntou sem tentar esconder um sorriso sincero. Fazendo a amiga impulsionar se involuntariamente para frente em sua direção.

– O que? Claro que sim! Por que você tem alguma? Fale de uma vez Sakura! – exigiu sem ao menos dar espaço para a morena dizer-lhe – Vamos diga logo! – Sakura fechou o semblante perdendo a paciência.

– Se você ao menos calasse a boca daria chance de eu dizer! - disse séria fazendo a amiga ficar calada – Ótimo melhor assim. – voltando a sorrir.

– Ok Sakura estou calada quer acabar com esse mistério logo, por favor!

– Certo Tomoyo para a arrecadação de fundos que tal fazermos um festival com quermesse, jogos para pessoas de todas as idades? Colocaríamos a maioria das atividades pagas. – ela viu os olhos da chefa brilhar em entusiasmo e ficar opacos em questão de segundos.

A verdade era que a loira acabara de entrar em um conflito interno. Adorara a idéia da amiga, mas tinha um sério problema nisso onde elas arrumariam dinheiro para bancar tudo.

– Antes que você diga alguma coisa... – disse Sakura – Eu pensei sobre isso também! Você já usou o dinheiro do programa?

– Não! Você esta pensando em usá-lo para o festival? É pensando bem... – disse se entusiasmando novamente – Acho que dá para se manter com as economias que nos restam e ainda tem o pagamento de uns convênios... – disse mais pra si.

– Então você concorda ou já pensou em algo melhor? Porque se sim a hora de dizer é essa! – apesar de aparentar grossa na realidade ela só queria achar rápido uma solução para o centro.

– Não, não! Infelizmente eu não tive a mesma iluminação que você minha amiga. – falou se levantando e ficando de frente para a janela observando o movimento da rua – Vamos ter que nos espremer um pouquinho para passar por essa brecha! Mas quem sabe se... – falou se virando para amiga.

– Mas quem sabe o que Tomoyo? Espera só um minutinho, eu não estou gostando dessa sua cara... – falou se levantando também. Sakura conhecia muito bem a amiga, apesar de uma profissional excelente Tomoyo às vezes tinha umas idéias malucas e adorava levar à morena junto com ela. E sua expressão era a primeira prova do crime que em breve seria cometido!

– Sakura eu sei que é impertinência minha, mas... – disse se encarando profundamente a amiga – pelo que me lembre aquele ator...

– Ah não Tomoyo de novo não! – apressou-se em interromper a loira, pois sabia que ali vinha bomba. Tomoyo muito esperta não deixou se abalar e resolveu soltar tudo de uma vez.

– Pelo que me lembre aquele ator mostrou um interesse em você não foi? – antes que a morena a interrompesse novamente continuou – E se você entrar em contato com ele? Talvez consiga que ele venha ao festival ou até um comercial benéfico...

– Não! Não e não! Isso é loucura Tomoyo! Primeiro – falou enumerando nos dedos – eu quero distancia daquele homem e segundo mesmo que eu quisesse seria a maior burocracia tentar entrar em contato com esse ator! Acho melhor agente esquecer esse assunto e começar a organizar o festival o quanto antes da nossa maneira!

Tomoyo suspirou e saiu de perto da janela ficando ao lado de Sakura, deixando a amiga apreensiva.

– Ok! Mas eu acho que o motivo verdadeiro é que você gostou dele e está com medo de se envolver e acabar se apaixonando!

A morena fez menção de dizer algo, mas a outra apenas caminhou em direção a saída do lugar.

– Se eu fosse você esqueceria de uma vez esse teu passado que só te causa mal e começaria a mudar seus princípios e pensar no que seria realmente bom para o seu coração! Se precisar de mim estarei em uma reunião com Nakamura.

Dito isso saiu batendo a porta fazendo amiga dá um pequeno pulo pelo susto. Deixando a jovem enfermeira com uma pergunta rodando sua cabeça...

‘Será que ela tem razão?’


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Notas finais do capítulo

O que acharam desse? Como o outro foquei mais o Shaoran esse esta mais Sakura! Mas não se preocupem no próximo teram mais surpresas!
Receberei mais reviews???? Ah vaiiii xDDDD
Bom até a semana que vem pessoal!
E até o próximo capitulo: 4º Um ator de brinde!
bjussss
bye bye