Live Before You Die escrita por CarolynNinne


Capítulo 17
That What You Get!


Notas iniciais do capítulo

Heyyyyyyyyyyyy! Mais um cap que demorou quase um ano para chegar! Mas bem, este até está grandinho, por isso nem venham com coisas, e já tenho metade do próximo escrito!
*só ontem que me apercebi, 18 caps só para o 1º dia da Warped! Vocês têm noção?*
Away, Feeh cá está o teu POV.
Soundtrack: Fuck You e Let Love Bleed Red dos Sleeping With Sirens!
Espero que gostem.



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(Feeh’s POV)

A Carolyn apareceu com o Frank dos My Chem pouco tempo depois do Ash ter chegado sozinho. Achei estranho, mas nem liguei. O Andy mordiscava o meu pescoço enquanto estavamos na conversa com o resto do pessoal. FINALMENTE OS GAROTOS DA MINHA BANDA LEMBRARAM-SE DE APARECER. E só dever ter aparecido por que lhes cheirou a comida, se não nem sabia onde eles estavam. Uns garotos de uma banda qualquer que eu conhecia de algum lado, disseram ao Ash que havia espaço para nós lá dentro.

Entramos dentro do Mac. Fizemos o nosso pedido e juntamos as mesas para cabermos lá todos. Três bandas já são quinze pessoas e ainda havia a Micqui, o Rafa, o Rafael, a Rachel e o André! E claro, o Mário dos BIC ainda levou uma amiguinha dele. Estavamos sentados a rir que nem tontos e o pessoal só dizia merda! Estavamos numa pausa de micro-segundos para trincarmos os nossos hamburguers quando uma loira se senta ao colo do Ash sem mais nem menos, e eles começam a comer-se {nota da autora: em portugal usa-se o termo “eles comeram-se” mais no sentido “eles beijaram-se” do que “eles foderam!”}! Toda a gente que reparou começou a olhar para ele de boca aberta. Mas ele não estava com a… olhei para a Carolyn sem saber o que pensar. Mas que porra…? O Jinxx balançou a cabeça como se estivesse desapontado e eu mordi o meu hamburguer estupfacta. Não era como se eu não soubesse da fama do Ash. Mas… será que a Carolyn já tinha reparado? Olhei de esguelha para ela e vi que ela tinha a boca aberta e olhava fixamente para o Ash. Ai ai… ele já fez merda!

- Eu… hum, eu vou fumar! – ela deixou as coisas no tabuleiro e saiu do Mac. Todos na mesa se entreolhavam, e o único som que se fazia na mesa eram os de troca de saliva do Ash com a outra garota! Todos olhamos para eles e quando eles finalmente pararam a garota soltou uma risadinha de puta e foi embora.

- O que foi? – falou ele depois de ter mordido o seu hamburguer que estava intocado. Ele olhou para cada um de nós e os seus olhos pararam na cadeira vazia – A Carolyn?

- Foi fumar. – falou a BA.

- Ah. Só lhe faz mal! – por mais que ele tentasse brincar não ia conseguir arrancar um sorriso nosso. Ele simplesmente tinha descartado a Carolyn! E eles nem se conheciam à um dia! Mas… sei lá, eu acho que quando os vi juntos da primeira vez fiquei com aquela sensação que eles foram feitos um para o outro! Nunca vos aconteceu?

- Andy, eu vou ver como ela está. – sussurrei para ele. Ele assentiu e deu-me um selinho.

- Vai lá. – saí quase a correr do Mac sem saber bem o que esperar quando a encontrasse. Acho que se a tivesse visto a chorar ou a fazer algo mais “comum” não tinha ficado tão preocupada. A Carolyn tem esta coisa que eu não sei especificar, mas essa coisa torna-a apática. Ela simplesmente desliga-se. E isso preocupava-me. Eu ainda não que esqueci da história de ela ter deixado os cortes para se queimar.

- Carolyn… - ia para dar um discurso sobre como o Ash estava a ser estúpido, mas ela cortou-me levantando a mão direita que tinha um cigarro basicamente todo fumado.

- Nope, não vale a pena.

- O que é que se passou? – ela atirou o cigarro para o chão e pisou-o. Vi-a tirar mais um do maço e acende-lo com um isqueiro. Vi o fumo sair pelas narinas dela antes de começar a falar.

- Eu simplesmente pensei que gostava dele. Foi um truque da minha mente. Nem ele gosta de mim, nem eu dele. Realmente, como se pode gostar de uma pessoa num dia? Mas bem, eu disse para ele nunca mais me aparecer à frente e seguir com a vidinha dele. Só fez o que eu lhe pedi. Não o vou culpar por isso.

- E por… por que é que lhe disseste isso?

- Ele provavelmente ia dizer-me uma coisa que me ia magoar demais, então eu disse o que eu pensava que sentia…

- E isso é?

- Eu disse… grrrr, eu sou tão estúpida! Eu disse que o amava. – ela fumou o resto do cigarro em silêncio e eu não consegui arranjar nada para dizer. Ela… ela já gostava dele. Mas ela ia ser teimosa e ia negar até ao final dos dias dela. Coisa rica.

- Já estás mais calma? – perguntei quando a vi tirar o quinto cigarro do maço. E eu não fazia ideia de quantos ela já tinha fumado antes de eu chegar.

- Mais calma só morta! – ela riu e eu ri também – Deixa-me só acabar este e voltamos para dentro. Provavelmente um daqueles esfomeados de merda já me comeu o hamburguer!

- Ahahahahahahahahahah! Só tu para pensares em comida!

- Comida é vida, minha amiga! – ela acabou o cigarro e deu-me o braço – Obrigado. – sussurrou ela – És uma boa amiga.

- Eu sei. – ela riu.

- E eu tenho fome. – ri. Ao menos ela estava a tentar passar-se por feliz. Mas eu não sabia se isso era tão bom assim.

(Ashley’s POV)

Depois de ter levado um sermão dos meus supostos “amigos” e companheiros de banda sobre ter magoado os sensiveis sentimentos da Carolyn, ela entrou com a Feeh. Não me parecia assim tão mal quanto eles diziam estar. Rolei os olhos. Eu sei o que eu fui para ela… não passei de mais um. Bufei. Eu não podia encara-la. Como alguém diz que te ama e a seguir nem te liga? Que tipo de versão destorcida de amor é essa que enfiaram na cabeça da Carolyn? Pensei em sair, mas isso só os ia fazer pensar que eu estava arrependido. Mas eu não estava. Não fiz nada de errado!

O suplicio acabou quando saimos do Mac e cada banda teve que ir ensaiar pois os shows começavam amanhã. Estava a correr tudo razoavelmente bem, quando eu comecei a notar nos olhos deles a reprovação e desilusão. Mas eles estavam assim por quê? Por que é que eles a defendiam? Eles sabem o que se passou? Por que haveira eu de ser o culpado desta vez? Ela nem sequer estava mal! Ela estava a rir como se não se tivesse passado nada! Lágrimas vieram aos meus olhos e eu olhei para a janela. Não queria que eles me vissem assim. Não ia valer a pena. Quando me acalmei virei-me e os quatro encaravam-me.

- O que foi agora? – explodi. Dor transforma-se em raiva mais facilmente do que seria saudável.

- O que fizeste no Mac, não foi bonito. – repreendeu-me o Andy.

- Sério? Não foi? E não foi por quê? Até parece que é a primeira vez!

- A Carolyn estava à tua frente! – exclamou o Jinxx.

- E o que é que tem? Nós não temos nada! Ela não me é nada! - defendi-me. Eles não me podiam acusar assim. Não quando não sabiam o que ela me tinha dito. E da maneira como ela me despresou depois.

- Não têm nada? Quem é que queres enganar, Ash? – foi o Jake que falou desta vez.

- Vocês não sabem o que se passou! Por isso não se metam!

- Então, Ash, conta-nos o que se passou! – disse o CC pausadamente, para ver se eu me acalmava um pouco. Para minha surpresa, eu acalmei-me.

- Ela… eu… - sentei-me em cima de um amplificador que estava no chão – Eu queria dizer-lhe que gostava dela, ela não me deixou falar e pensou que eu lhe ia dizer que ela não significava nada para mim, e depois ela… ela disse que me amava. – sussurrei a última parte. Parecia que isso tinha saido de um sonho maluco. Uma garota dizer-me isso. E eu fui pensar que era verdade. Como da última vez em que eu acreditei naquelas palavras manhosas. E onde isso me levou? Agora toda a gente está do lado dela, a pensar que eu sou o mau da fita e que a magoei.

 - Ela disse mesmo isso? – perguntou o Andy.

- Sim. – a minha garganta estava apertada. Era como se… nem eu sei!

- E tu? O que é que fizestes? – perguntou o CC.

- Eu fiquei petrificado de tão feliz em ouvir aquilo, e quando ia para falar ela já tinha ido embora.

- E não foste atrás dela por que…? – falou o Jake.

- Quando eu a vi ela estava acompanhada com outro garoto. – olhei para os meus pés. E depois as pessoas ainda tinham a lata de me dizer que eu superava rapidamente!

- Ash, por amor de deus, tu gostas da Carolyn ou não? – barafustou o Jinxx soltando o seu lado de bixa histérica. Ou de bixa mais histérica.

- Gosto, como é óbvio.

- Então, faz-te homem…

- Já que a tua mãe nunca o foi! – o CC tinha que arruinar sempre os momentos filosoficos do Jinxx com uma das suas piadas secas, mas eu ri.

- Okay, CC… eu percebi a ideia. – pisquei o olho para ele e a resposta que recebi foi um gritinho histérico e um abraço de ursa mal comida.

- Já te disse que te amo hoje, fofinho? – perguntou o CC. Eu acho que ele anda nas drogas pesadas, já que se perguntam.

- Arg, não?

- Ooooooooh, eu amo-te tanto, tanto, tanto! Mas claro, nada supera o nosso acto de sexo selvagem de há duas noites atrás. – eu ri com os delírios do CC. Ai, só eu para aturar aquela ave rara!

- Eu sei qual é a sensação. Sinto exatamente o mesmo! – caimos os cinco na gargalhada e o produtor da Warped disse que tinhamos que nos despachar por que outra banda ia ensaiar naquele palco entretanto.

(Carolyn’s POV)

Deixei que a minha raiva fluisse para a minha voz, que a minha dor tomasse conta do meu tom, e cantei como nunca antes tinha cantado. As minhas mãos tremiam com o tornado de emoções que me assolava, mas primeiro a banda. Foi uma hora e meia de ensaio exautivo, e quando dei por mim estava no meu beliche a olhar para o estrado do de cima. Nunca, nunca na minha vida ia ficar num dos de cima. Nem morta! Tive uma má experiencia quando tinha 4 anos.

Chorei durante algum tempo. Eu nem sabia bem por que é que estava a chorar. As lágrimas simplesmente vinham e vinham, e não me apetecia conte-las. Elas existiam para alguma coisa.

Acordei com uma dor de cabeça enorme e com uma festa dentro do tour bus. Ou melhor, com o final da festa, por que estava toda a gente podre de bebâda e cada um caido num canto agarrado a uma garrafa. Rolei os olhos e vi uma garrafa de vodka pura. Aaaaaah, é a minha única tentação. E ainda por cima a garrafa estava por abrir! Peguei nela e sentei-me no sofá – claro, depois de empurrar a persona que estava lá estendida e que eu não conhecia de lado nenhum – e fui bebendo do gargalo da garrafa até começar a ver as coisas desfocarem um bocadinho. É tudo o que uma pessoa deve fazer quando tem uma dor de cabeça. Beber vodka. E claro, dar um show umas quantas horas depois. Arrumei a garrafa com uma ideia presa na minha cabeça. Eu só precisava do quê...? Uma volta à volta do “acampamento” da Warped para a sensação de embriagez passar. Eu não estava bebâda. Só que acabar de acordar depois de uma noite de choro e ir beber vodka pura feita parva, não foi uma das minhas melhores ideias. Ainda estava de pijama e estava-me pouco cagando se me vissem com a minha tshirt dos Teletubuies que me oferercem quando fiz 16 anos e umas calças velhas e todas rotas que um dia apareceram lá em casa e eu fiz o favor de ficar com elas.

Não vi ninguém. Claro, eram seis da manhã, estava tudo ressacado ou ainda a dormir. Ou em coma alcoolico, quem sabe!? Vi um pedacinho de relva e sentei-me lá. Tinha saudades do Ash. E como é óbvio estou a falar do meu cão. Ele tinha esse super poder de me pôr sempre de bom humor! Acabei por me deitar e ficar a olhar para as nuvens. Se adormeci ou não, eu não sei, mas que acordei com alguém a berrar aos meus ouvidos… eu ao menos tive noção disso!

- Hey, hey, hey! Podes parar! – gritei para o ser que ainda não se tinha calado. Não queria abrir os olhos por que estava sol demais. Eu nem sei como adormeci com o sol a nascer! Ainda mais, adormeci em cima da porra da relva dura filha de uma vaca leiteira! “Eu tenho uma vaca leiteira, não é uma vaca qualquer! Dá leite e manteiga, que vaca tão meiga! Dalin dalão!”, o resto da letra eu não sei. E sim, isto foram as músicas da minha infância!

- Carolyn, levanta-te! – era um garoto que estava a falar. Abri um olho e vi que era o Zacky.

- Que horas são?

- Sete da manhã.

- Vai apanhar no cu. – resmunguei e levantei-me. Comecei a caminhar tipo à zombie para o meu tour bus.

- É, por quê? Já ouvi dizer que é doloroso. – eu ri.

- Zacky, mata-te! – estava em frente à porta do tour bus e abri a porta – Eu vou dormir.

- E perder a melhor parte da Warped?

- Qual parte?

- O Acordar dos Bebâdos!

- Tu só não és, por que a comida abafa o alcool!

- Cala a boca! É hilariante! Juro! – olhei nos olhos dele. Os meus provavelmente não se viam. Estava com tanto sono que já estava basicamente a dormir em pé.

- Amanhã. Ou outro dia. Eu tou zombificada hoje.

-  A festa foi boa?

- Eu nem estive na festa. Mas mal acordei atirei-me à vodka pura e isso não foi lá muito bem pensado.

- Imagina! Foi uma ideia brilhante!

- Aaaah, cala a boca. Boa noite. Ou bom dia. Ou, whatever, tu percebeste.

- Percebi?

- Sim, sim. Claro. Tchau! – entrei e fechei a porta. Enfiei-me dentro da cama e adormeci. 


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Notas finais do capítulo

E então? Mereço reviews ou nem por isso?



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