Remember Me escrita por liina


Capítulo 29
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Oláa! Então, eu fiz o possível e o impossível pra postar pra vocês hoje! Hahaha e é exatamente por isso que queria desculpar se tiver algum erro, porque não deu tempo de revisar tudo direitinho, só passei o olho correndo.
Queria agradecer os reviews, porque serio, são as coisas que vocês falam que me dão animo pra escrever mais. E o pior é que todo mundo chorou no ultimo cap, não era pra vocês chorarem suas bobas! Me senti mal até hahahahaha.
PARA TUDOOO! VOCÊS VIRAM A PRIVIEW DA MUSICA NOVA DELESSSSS? MORRI SIM, CLARO OU COM CERTEZA???!! AAAAAAAAAH!! Se não ouviu, vou deixar o link aqui hahaha http://karolfreitaas.tumblr.com/post/27144263130/whiteskimos-a-preview-of-one-directions-new
Mas enfim, tenho que parar de falar tanto aqui em cima, pois é!
Boa leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/189744/chapter/29

JUNHO 2011

Deixei minha mão repousar sobre a maçaneta, mas não tive coragem de abri-la, mais uma vez. Não tinha coragem de ver minha irmã deitada em cima de uma cama, imóvel e alheia a tudo que tinha acontecido com ela nos últimos dois dias. Não tinha coragem de ver minha irmãzinha machucada e saber que não tinha nada que eu pudesse fazer por ela.

Depois que chegamos no hospital, uma noite antes, um medico veio conversar com a gente e contar tudo que tinha acontecido.

 Parece que uma van tinha avançado um sinal e batido com tudo no taxi de Greg. Tinha batido bem do lado do passageiro, bem onde Sam estava sentada, pois como Greg era amigo da família não nos importávamos de sentar no banco da  frente ao invés de no de trás. O que, por obra do destino tinha feito que minha irmã sofresse muito mais traumas do que quem estivesse sentado no banco do motorista ou no banco de trás (o qual foi o menos danificado).

 O medico nos disse que estavam cuidando de alguns cortes feios que tinha sofrido, mas que nada de muito mal tinha acontecido. Pelo menos fisicamente, já que nos alertou que, por ter sofrido um trauma muito grande na cabeça, Sam poderia ter perdido parte de sua memória, e que como cada caso era diferente, ele não podia afirmar se ela seria capaz de recuperar ou não essa parte da memória.

Minha mãe e Rob entraram no quarto no mesmo minuto em que Sam passou a poder receber visitas, mas eu não tinha tido essa coragem ainda.

Encostei na parede ao lado da porta e deixei que meu corpo escorregasse até que chegasse ao chão e coloquei minha cabeça entre os joelhos, sentindo as lagrimas chegarem.

Mamãe passou com Rob ao meu lado e mexeu em meus cabelos; já tinha desistido de me fazer entrar no quarto.

- vamos à lanchonete comer alguma coisa, quer ir? - perguntou e eu neguei com a cabeça.

Demorei alguns segundos, mas finalmente levantei, pensando que seria melhor vê-la enquanto os dois estavam na lanchonete.

 Abri a porta devagar e aproximei-me da cama na mesma lentidão.

 Sam estava muito machucada: seu rosto estava cheio de corte e arranhões, assim como seus braços e (provavelmente) suas pernas.  Manchas arroxeadas se espalhavam por toda sua pele e eu sabia (porque o medico tinha me contado) que em algum lugar que sua camisola cobria,    haviam havia uma mancha maior ainda, marcando o lugar onde a van batera, quebrando uma de suas costelas.

Apesar de tudo, seu rosto parecia sereno, como se estivesse apenas dormindo e - quem sabe - tendo um sonho bom.

Não aguentei mais e comecei a chorar de soluçar, chorar tão forte que tive que me apoiar na cama. Passei as mãos por seu rosto, e abracei-a da forma que consegui.

- Me desculpa, Sam - sussurrei em seu ouvido ainda chorando - me desculpa, eu deveria cuidar de você. Por favor não me deixa sozinho aqui, Sam. Por favor não me deixa...

SAMANTHA'S POV

Chequei minha maquiagem mais uma vez no espelho e sorri, realmente gostando do resultado: olhos esfumaçados de preto, delineador e um batom vermelho, que combinava com meu vestido.

 Harry e Zayn tinham dado a ideia de irmos em uma boate anoite, para ver se o clima tenso da casa diminuía. Fiquei até mesmo surpresa por Liam aceitar, já que tinha me ignorado o dia todo e ainda estava agindo meio estranho com os meninos.

Segui confiante o corredor que levava até a sala e vi os garotos sentados, já prontos, assistindo futebol.

Já ia subir para ver Eleanor, quando esbarrei em Liam, que estava saindo da escada.

- desculpa - disse baixinho e levantei o olhar percebendo o quanto estava bonito com uma camisa xadrez vermelha, calças bege e e uma espécie de bota marrom. Estava tão cheiroso que me desconcertei por alguns segundos e tive que me segurar para não chegar perto de seu pescoço e cheirá-lo.

 - tudo bem - disse saindo de meu caminho e seguindo até o sofá.

 Suspirei e subi os degraus, batendo duas vezes na porta de Ellie para que ela a destrancasse.

 Estava linda como sempre vestindo um vestido azul colado e um salto de matar. Tudo combinado com uma maquiagem tão perfeita e complexa que senti vergonha da simplicidade da minha.

 - está melhor? - perguntei e ela deu de ombros - mas que droga! Estou me sentindo tão culpada... - sentei na cama e ela me olhou confusa.

 - porque?

 - ah, sei lá, parece que foi só porque eu disse hoje de manha que vocês eram um casal que nunca brigava, que vocês tiveram essa briguinha - fiz uma careta e ela deu uma risadinha.

 - Sam, relaxa, não é culpa sua o Lou ser um idiota de vez em quando... E também, todo casal briga, você devia saber bem disso por causa de Liam.

 - por favor, não vamos entrar nesse assunto...

 - ah e você vai me dizer que está vestida linda assim para quê?

 - pro meu namorado, quem sabe?

 - mas Liam não é mais seu namorado... - fingiu de confusa e eu revirei os olhos - Sam - sorriu travessa - você pode enganar todo mundo, até você mesma, mas a mim você não engana, lindinha!

 - não enche, Eleanor!

 - ok, não está mais aqui quem falou - levantou os braços - mas diferente de você eu posso afirmar que estou vestida assim para matar o Louis - disse retocando seu delineador e eu ri.

 Descemos para a sala e encontramos os meninos nas mesmas posições que eu os tinha visto há alguns minutos. Com a única diferença de que Ryan estava lá também, e parecia ter escolhido sentar o mais longe de Liam o possível.

 Decidimos ir em três carros (o de Harry, o de Lou e o de Ry) e nos dividimos neles. Ellie foi no carro comigo e fomos fofocando o caminho todo, porque, apesar de nos falarmos quase todos os dias no telefone nesse tempo que morei em Londres, parecia que ainda tínhamos muita coisa pra conversar.

 Chegamos todos juntos na tal boate, que Zayn jurou ser uma das melhores da cidade, e entramos sem muita demora, já que Harry e Zayn conheciam os seguranças, a dona, os djs... Todo mundo! E pior, ainda tinham a coragem de dizer, de cara limpa, que quase nunca iam ali.

 Achamos uma mesa no canto do salão e sentamos esperando a vontade de ir dançar e beber chegar.

 Os meninos começaram a discutir a partida de futebol que estavam vendo minutos antes e eu e Ellie não aguentamos e fomos para a pista, aproveitando que estava tocando uma ótima musica eletrônica.

 Fechei meus olhos e deixei que a batida me levasse, mexendo meu corpo de uma maneira que nem sabia conseguir.

 Depois de algumas músicas, senti um perfume conhecido e me virei para Ry, que sorria parado atrás se mim.

 Colocou as mãos em minha cintura e chegou mais perto.

 - nunca tinha te visto dançar assim... - sussurrou meu ouvido e começou a mexer o corpo junto com o meu.

 - nem eu - disse com uma risadinha - eu nem sabia que conseguia dançar assim - me afastei um pouco para olhar em seus olhos azuis.

  - você devia tentar mais vezes - disse com um sorriso travesso e então juntou nossos lábios.

 Subi minhas mãos por sua blusa e agarrei seu colarinho, puxando-o para mais perto, assim como ele fazia, puxando minha cintura.

 O beijo se tornou mais urgente e logo tive que me separar dele para pegar ar.

 Dei uma risadinha, assim como ele, e então o puxei em direção à mesa.

 Sentamos de frente para Niall, e só quando percebi que Liam ainda estava sentado em um canto da mesa, que vi que tinha sido uma péssima ideia ir sentar ali.

 - Niall, você devia ter trago sua namorada hoje! Estou doida para conhecê-la - sorri em sua direção e ele suspirou.

 - eu bem que queria que ela tivesse vindo, mas ela tinha um aniversario hoje. Mas falo com ela para dar uma passadinha lá em casa amanha - sorriu e deu um gole em sua garrafa de cerveja.

 Olhei para Liam, querendo puxar algum assunto com ele, mas percebi que já olhava para mim, ou melhor, olhava para Ry, que distribuía beijos por todo o meu pescoço.

 Senti minhas bochechas queimarem e apertei a mão de Ryan.

 - ei, para - disse com uma risadinha e empurrei seu ombro de leve.

 Ele levantou a cabeça e sorriu, dando-me um beijo rápido.

 Sorri de volta e olhei para onde Liam devia estar sentado, mas percebi que ele já tinha saído de lá, e caminhava em direção ao bar. Olhei para Niall e vi que o loiro me olhava com uma cara engraçada e tinha uma de suas sobrancelhas levantadas, como se dissesse que sabia quem eu estava olhando há poucos segundos.

 - se vocês me dão licença - sorriu e levantou.

 Antes mesmo que ele saísse, puxei Ry e juntei nossos lábios, querendo que Nialler entendesse que não, eu não queria nada com Liam.

 Senti Ryan praticamente deitar em cima de mim, até que meu corpo encostasse em uma parede atrás da mesa. Suas mãos se alteravam entre minha cintura e minhas coxas, e eu tentava puxá-lo para ainda mais perto.

 - estou morrendo de sede - disse depois de algum tempo - vou até o bar ver o que tem para beber, quer alguma coisa? - perguntei e ele negou com a cabeça, sorrido.

 - vou te esperar aqui, disse levantando  para que eu conseguisse passar e segui determinada até o bar.

 Já ia pedir qualquer coisa para beber quando escutei sua voz perto de mim.

 - uma vodca com tônica, por favor - Liam disse e o barman fez sinal positivo com a cabeça.

- você está mesmo bebendo? - perguntei me virando para ele, que parecia ter me notado apenas quando abri a boca.

- dizem que a bebida cura as dores - disse seco e pegou o copo que o homem do outro lado do bar estendia.

 - dizem que quem tem apenas um rim não pode ficar bebendo muito - disse dando uma corridinha para alcança-lo.

 - eu sei meus limites, Samantha - disse sem ao menos me olhar.

 - Liam! - segurei seu braço e comecei a puxá-lo para um canto - para de ser grosso comigo! - disse antes que conseguisse me segurar.

 LIAM'S POV

- desculpa, Sam, mas eu tenho todo o direito de ser grosso com você!

 - eu sei mas i...

 - eu te mandei mensagens, te liguei, te chamei no facebook, skype, mandei e-mail, até carta eu tentei Samantha, e você me ignorou!

 - eu estava brava, Liam. Você me traiu! - disse e seus olhos verdes pareciam pegar fogo.

- eu expliquei, Samantha! - percebi minha voz alterar, mas não fiz nada para mudar isso - Eu achei que fosse você! E disse também que parei de beijá-la na mesma hora que vi que não era você! - omiti, mais uma vez, que essa hora foi quando Niall entrou no quarto e nos encontrou apenas com as roupas de baixo.

- mesmo assim, Liam! É traição de qualquer jeito! - seu tom de voz também subiu.

 - quer saber o que é traição, Sam? Você levar esse seu namoradinho pra todos os lugares que vamos.

 - o quê?! Isso não é traição! Nós não temos mãos nada, Liam, eu posso namorar quem eu quiser! - tirou o copo de bebida de minhas mãos e deixou ele em uma mesa próxima.

 - eu sei! - comecei a gritar como ela - mas você não precisa ficar esfregando na minha cara que seguiu em frente!

 - ah, por favor! - disse nervosa, mas não a deixei continuar.

 - pensa comigo, Samantha. Ninguém me avisa que você está voltando de Londres, e quando você chega, fico achando que posso ter outra chance com você, mas aí descubro que também me escondem um pequeno detalhe: você está namorando. E, para piorar, a ultima vez que te vi, você também estava usando um vestido vermelho – apontei para sua roupa com a cabeça -  Sou o único sentindo um dejavú  aqui? - olhei no fundo de seus olhos e vi que ela parecia pensar no que falar - é por isso que eu tenho todo o direito de te ignorar, de ser grosso com você!

 - eu ia te contar, Liam, mas você estava dormindo e aí de repente apareceu lá na cozinha e u não sabia o que falar! - uma pontada de desespero pairava em sua voz.

 Balancei a cabeça negativamente.

 - porque você voltou, Samantha?

 - porque eu consegui entrar para a faculdade de letras. - disse confusa e eu sabia que no fundo ela estava escondendo alguma coisa.

 - e resolveu trazer seu bichinho de estimação junto? - levantei a sobrancelha.

- ele já ia transferir pra cá antes da minha decisão...

 - ah ia mesmo? - dei uma risada seca - você não vai virar minha vida de cabeça para baixo mais uma vez, Sam. De novo não... - balancei a cabeça mais ima vez e saí andando, deixando-a parada lá.

Segui até o bar e pedi mais uma vodca com tônica, já que Sam tinha pegado a minha e colocado Deus sabe onde. E a bebida tinha sido minha amiga nesses últimos tempos, me ajudando a esquecer de Samantha quando ela insistia em ficar na minha cabeça.

SAMANTHA’S P.O.V.

Fiquei encarando suas costas, até que sumisse no meio da multidão, pensando o quanto tinha sido idiota de ir morar em Cambridge, achando que tudo ia ficar bem.

Fui até o bar e chamei o barman que tinha acabado de atender Liam. Eu não acreditava que ele estava mesmo bebendo, e não podia ficar lá parada olhando ele fazer o que não devia. E pior, saber que ele tinha consciência de que não devia.

- você poderia, por favor, não dar mais nenhuma bebida àquele garoto que acabou de sair daqui? – tentei ser educada, mas o garoto do outro lado do bar  me olhou de cima abaixo enquanto secava um copo.

- olha, eu acho que você deveria parar, por favor, de controlar a bebida do seu namorado. Já tive uma namorada assim e é um saco! – revirou os olhos.

- acontece que o meu namorado – disse com preguiça de desmentir aquela historia toda que devia se passar em sua cabeça: eu a namorada chata e Liam, o cara mais certo do universo – tem um problema e se ele beber muito pode acabar caindo morto no meio do salão – ele me olhou incerto e eu cheguei mais perto – e você não vai querer ser o responsável pela morte de alguém, não é? – ele continuou a me olhar assustado – foi o que eu pensei.

Sorri para ele e comecei a caminhar em direção à mesa. Iria pedir para Ryan me levar para casa.

No meio do caminho, um Louis nervoso e apressado passou por mim e esbarrou em meu ombro (lê-se, quase arrancou meu ombro) e, lá na frente, vi Ellie caminhar decidida em direção ao banheiro, de uma maneira que me fez imaginar se não estava prestes a chorar.

Fui quase correndo ao seu encontro e, assim que cheguei ao banheiro e ela me viu, lágrimas que não acabavam mais começaram a descer pelo seu rosto.

- eu odeio ele, odeio, odeio, odeio! – ela não parava de repetir e eu fiquei sem ação.

A verdade era que, eu simplesmente não sabia o que fazer quando via alguém chorando. Limitei-me, então, a abraça-la e dizer que tudo ia ficar bem, o que não me pareceu ser a melhor coisa a fazer, já que ela continuou chorando.

- ele estava dando em cima de uma loira aguada na minha frente, Sam! – disse depois de se acalmar um pouco.

- mas você não disse que também estava dando em cima de um cara na frente dele? – perguntei confusa e ela me olhou feio.

- mas eu estava apenas conversando com ele, enquanto Louis estava se esfregando nela! Dançando com ela! E depois ainda veio tirar satisfações comigo quando joguei o que restava da minha bebida na roupa dela...

- espera, você fez isso mesmo? – perguntei surpresa e ela concordou com a cabeça.

Olhamos uma para a outra e, sem mais nem menos, começamos a rir. Mas a rir muito, como se o caso não fosse, de certa forma, trágico.

- acho que posso tirar isso da minha lista. “Jogar bebida na roupa de uma vadia” check! – disse e fez um movimento, como se realmente checasse, no ar, o que nos fez rir mais ainda.

- agora... – disse depois de conseguir parar de rir e sequei as lágrimas que restavam – porque não vamos atrás do Lou e acabamos com essa baboseira toda? Ele pede desculpa e diz que te ama, você pede desculpa e diz que ama ele, vocês se beijam e eu fico lá de vela, fazendo aquele “ooown!” típico de filmes – abri um sorriso e ela soltou uma risadinha.

- tudo bem, mas você está muito sonhadora, não vai acontecer desse jeito – se levantou e deu jeito na maquiagem borrada.

Saímos do banheiro e começamos a andar pelo salão, procurando por Louis. Avistei Ryan de longe e dei um sorriso para ele, encolhendo os ombros como que me desculpando. Ele também sorriu e concordou com a cabeça, como se dissesse que não tinha problema.

Voltei minha atenção para procurar Lou quando Ellie parou do nada e apertou minha mão. Segui seu olhar e então vi: longe, perto do bar, estava uma loira aguada e, de costas para nós, perdido nos braços da perua, estava Louis. Eu tinha certeza que era ele, e parecia que Eleanor também, já que ela colocou a mão em frente à boca e pareceu tentar segurar as lágrimas que queriam pular de seus olhos.

- Ellie. Ellie calma! – disse a abraçando com meu braço livre e sentindo ela apertar minha mão cada vez mais, à medida que seu choro ia aumentando.

Já tinha tomado a decisão de ir lá dar um soco na cara de Lou quando ouvi.

- Ellie? Eleanor, o que está acontecendo? – viramos ao mesmo tempo para onde vinha a voz.

Louis.

Parado a alguns passos de nós, ao ver que Eleanor estava chorando, veio praticamente correndo, desesperado e alternando entre secar as lágrimas da garota, perguntar o que aconteceu e dizer que tudo ia ficar bem.

Eu só fiquei parada lá, olhando do Louis verdadeiro para o Louis falso, assim como Ellie. O garoto estava realmente com uma roupa muito parecida com a Lou, e,  juntando com o fato que estava um pouco longe, qualquer um que passasse acharia que era ele que estava lá, se jogando nos braços da loira.

- eu... eu achei que você... – disse entre soluços e Lou seguiu seu olhar – eu achei que fosse você... – disse finalmente e ele abriu um sorriso singelo.

- meu amor, eu não te trocaria por ela nunca. Nem por ela nem por ninguém – limpou mais lágrimas dela.

- eu te odeio! – disse dando um tapa em seu peito, mas ele pareceu não ligar.

- e eu te amo – deu um beijo na bochecha dela – me desculpa por tudo, Els. Eu te amo – colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha dela.

- me desculpa também, Lou. Eu te amo. Muito – sorriu e puxou-o para um beijo.

Joguei meus braços para o alto, como quem diz que sabia que isso iria acontecer e saí andando, deixando os dois pombinhos lá, se amando.

No meio do caminho achei Zayn e fui contando o que tinha acabado de acontecer para ele, que acabou me fazendo rir no final com uma piadinha idiota.

- acho que vou ao banheiro – disse parando à sua frente – você diz para Ryan me esperar no bar? – ele olhava através de meu ombro.

- hmm... não. – disse me olhando.

- não o que? – fiz uma cara confusa – não vai dizer a ele?

- não. Você pode dizer a ele. Se você não for ao banheiro – disse olhando através de meu ombro mais uma vez e eu tentei me virar, mas ele me segurou.

- o que foi, Zayn? – disse me virando, mas ele correu e parou na minha frente, abrindo um sorriso falso – o que é que tem lá que eu não posso ver? – coloquei as mãos na cintura e cheguei a cabeça para o lado.

Ele se arredou também, parando na minha frente de novo e ficamos nessa brincadeira até eu me estressar e começar a bater nele.

- Zayn eu já sou bem grandinha para lidar com o que quer que esteja lá atrás – ele levantou uma sobrancelha, como se duvidasse – o que foi? É o Ryan com alguma garota? – ele não respondeu – sabe, porque se for isso, se  você não sair da minha frente eu não posso ir lá rasgar o vestido dela...

Ele continuou parado e deu uma olhadinha por trás de seu ombro. Aproveitei o momento para passar por ele e olhar para onde ele olhava.

Demorei algum tempo para acha-los, e desejei não o ter feito assim que botei meus olhos nos dois.

Liam. Liam e uma garota de cabelos pretos. Para os íntimos: Liam e a garota que ele estava praticamente comendo no meio de uma boate.

Engoli em seco e senti meus olhos queimarem, em uma mistura de raiva, tristeza e ciúmes que eu não sabia de onde tinha saído.

E o pior: eu tinha certeza que, diferente do que Louis e Ellies tinham acabado de vivenciar, Liam não iria aparecer ao meu lado dizendo que me amava, e eu então iria perceber que aquele beijando a menina na minha frente, na verdade, não era o Liam de verdade.

- Sam... é... é complicado – Zayn disse e eu segurei o choro e olhei para ele.

- você não tem que defender o Liam, Zayn – sorri da forma mais convincente que consegui – não é como se tivéssemos alguma coisa.

- Samantha, eu te conheço...

- ele pode comer, digo... beijar, quem ele quiser e onde ele quiser – fitei os dois por alguns segundos – isso não é problema meu, não é? – me virei para Zayn mais uma vez e sorri – acho que vou procurar Ryan.... – coloquei a mão em seu ombro e saí de lá.

Parei em um canto do salão e fiquei observando enquanto Liam puxava a tal garota para mais perto, passando a mão por toda a suas costas. Ela o puxava pelo colarinho e mexia em sue cabelo. Mordeu seu lábio e abriu um sorriso, assim como ele.

Algo tampou minha vista e um sorriso apareceu na minha frente.

- eu estava te procurando – Ry disse me dando um beijinho.

- desculpa, eu ... – cocei o pescoço nervosa e sorri logo depois – eu estava ajudando Eleanor e depois Zayn apareceu e...

- tudo bem, Sam – disse com uma risadinha – eu sei que você sente falta dos seus amigos, não precisa ficar se desculpando por ficar conversando com eles – sorri também.

Talvez eu estivesse reclamando de barriga cheia. Quer dizer, eu e Liam não tínhamos mais nada, e eu ainda tinha um namorado de quem eu realmente gostava muito. Eu estava certa, quando disse a Zayn que Liam tinha o direito de beijar quem ele quisesse. Ele podia seguir a vida dele assim como eu estava seguindo a minha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Me contem o que acharaaam!
p.s: eu juro que as coisas vão melhorar gente! Kkk
p.s.2: eu to indo pra Disney amanha, AAAAAAAAAAAAAAH!! sfghjçkja!!