Mrs. Pumpkin In Valleyseven. escrita por marina bogoeva


Capítulo 1
Uma mesa maior que as dúvidas.


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui é a primeira parte. Não se assustem, a história é meio Dark mesmo. -q



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Pumpkin. Não, não é a abóbora, apesar da nossa história se tratar de algo parecido e... um pouco fora do que você está acostumado. Vejamos... Pumpkin era uma garota tola de 16 anos. Seus cabelos eram de cor laranja (como já se esperava) e as pontas eram verdes. Á primeira vista você deve pensar "que cabelo horrível" mas até que Pumpkin sabia dar um charme para seu cabelo. Ela era alta e magra, branquela. Gostava das cores preto e branco, e ficava muito bem em qualquer coisa que possuía essas cores. Seus olhos eram vermelhos como sangue e seu maior desejo não era como o de todo adolescente. Não, ela não queria conhecer seu ídolo. Na verdade ela nem tinha um. Na verdade seu desejo era morrer. Eu disse que você não iria estar tão acostumado.

Antes de tudo, vocês devem ter percebido e se perguntado “Por que será que se referem á ela no passado?”. Bom, a resposta está na própria história que você só vai descobrir se continuar lendo. Enfim, voltando ao assunto abóbora, como contar que alguém tão tolo quanto ela, conseguiu se apaixonar? E ainda mais pela própria Senhora Pumpkin?! Sim... por aqui ela é conhecida como Senhora Pumpkin. Ela tem o respeito de todos pelo Valleyseven, ou o Vale dos Sete. Onde fica isso? Perto da Terra do Nunca, virando á esquerda em Lugar Nenhum, cruzando o País das Maravilhas. É bem aí que começa nossa história.

Que bela visão Pumpkin tinha da mesa de muitos e muitos metros, enfeitada de doces dos mais diversos sabores e cores. Cenouras e todos os tipos de legumes eram bem vindos á mesa também. Ah... árvores grandes e escuras, morcegos observando o jantar e olhos estranhos e misteriosos espalhados pelo mesmo ambiente. Pessoas altas e baixas, gordas e magras, das mais diversas cores e raças sentadas em uma mesa só. Chapéus grandes e vermelhos com penas de enfeite que eram maiores que os próprios que os usavam. Cores mortas. Preto, branco, vermelho, roxo, alguns tons de verde, amarelo, azul e prata, mas sobre tudo preto e branco. Velas que se mexiam durante o jantar. Bruxas, vampiros, lobos, feiticeiros, gnomos... não fazia diferença.Todos estavam na mesa.

Pumpkin só depois de muito tempo esfregando os olhos percebeu que estava com meias que passavam de seus joelhos. Era uma meia listrada em preto e verde água, uma bota pequena preta, um shorts preto e branco com seu cinto também listrado. Sua camisa social branca, sendo apertada por um suspensório preto. Uma gravata borboleta também verde água, luvas das mesmas cores que o shorts e um chapéu pequeno até, preto com um laço verde. Pumpkin estava com medo. Que lugar era aquele cheio de pessoas... ou melhor, coisas estranhas? A garota ergueu a cabeça imediatamente quando um rapaz bonito, alto e moreno se pôs a levantar. Ele iria dizer algo.

– Caros amigos! - ele pegou uma taça que tinha detalhes em dourado, porém sua mão não tinha pele nem carne. Era literalmente com os ossos para fora. - Estamos aqui para morrer!

– Pensei que já estivéssemos mortos! - disse um baixinho gordinho segurando cartas de baralho em uma das mãos e que logo depois soltou uma gargalhada seguido de centenas de outras gargalhadas.

Pumpkin e o homem esqueleto eram os únicos que não riam. A ruiva estava assustada demais.

–Não seja tolo, Kadoono. Estou falando sério... desta vez... desta vez iremos morrer de verdade. Iremos para lá pessoal. Lá. - O rapaz dizia, apontando para baixo com sua mão esquerda asquerosa. Todos ficaram quietos com cara de assustados, apavorados. - Mas não fiquem alarmados! - ele deu um longo gole em algo que estava na taça. - Todos nós temos um pé no inferno, não é mesmo, Senhor Field ?

Um senhor de terno marrom, totalmente rasgado e com uma bengala parecida com aqueles doces vermelhos e brancos se levantou, mostrando sua perna e dizendo:

– Sim, está com a total razão, literalmente. - levantou a calça e não havia pé nenhum. Todos tornaram a rir.

– Sim... - o moço ainda sorria - Então, portanto, deixe que os seus desejos e sentimentos mais heréticos apareçam! Vamos por um ponto final nele. Sim, NE-LE. - A determinação e coragem tomou conta dos olhos de cada pessoa sentada naquela mesa, menos de Pumpkin. O medo ainda estava visível em seus olhos vermelhos. - EM DIANTE! Como nossa Jacarandá está um tanto... hm... vamos dizer, frita, -Pumpkin olhou para seu lado e viu uma enorme árvore preta, totalmente. -devemos nos cuidar. Mas o que podemos fazer além de cantar essa triste letra e depressiva harmonia, de novo? Iremos passar por tudo novamente, sem sucesso. Destino não existe aqui, nem mistério. Sabemos que falharemos, mas porque não tentar mais uma vez? – Pumpkin não havia entendido nada. Seria uma espécie de enigma? Todos pareciam entender, menos ela.

O rapaz jogou a taça longe e subiu em cima da mesa e começou a bater palmas. Saía um som alto, apesar de não ter uma mão. Nisso, todos já estavam batendo palmas no mesmo ritmo. O moço foi andando e pegando todos os chocolates da mesa e cantando, em uníssono perfeito com os outros da mesa.

HEY ! La lu la lu la

do you wanna dance with me?

After all this , the moon will still sleeping.

Now you see that you don't have to wait anymore

There's no more rainbow

We have a coffin

There's no more sun

But we smile and we are having fun.

Lalalala and it's a happy day!

Ficaram repetindo aquilo, até que Mrs. Pumpkin sussurrou para si mesma:

– Que coisa ridícula.

– O QUÊ?! O QUE DISSE?! - um corpo parecido com uma vareta e com cabeça de nabo gritou, fazendo com que todos parassem de cantar e prestassem atenção apenas em Pumpkin.

– Ah, sussurrando novamente Senhora Pumppump ? - O metade esqueleto dizia, olhando para ela.

– Como assim novamente? - ela perguntou olhando diretamente nos olhos amarelos dele, intimidadora.

– Ora, você está aqui á muito tempo. Desde... quanto tempo mesmo, gente?

– Duas ou três vidas. - Uma senhora com um nariz parecido com o de um tucano disse, olhando para suas unhas longas de cor prata, e com a outra mão acariciava seu gato preto de olhos roxos.

– Vidas? - A garota estava abismada, seus olhos quase estavam saindo para fora.

– Ah, ela não se lembra. - O cabeça de nabo disse e começou a rir.

– Ainda bem, não é mesmo? - gargalhava o homem metade esqueleto. – Bom... de qualquer modo seja bem vinda, Senhora Pumpkin.

– Espera, que lugar é esse, como vim parar aqui? - A cara de Pumpump era séria. - Aqui é o inferno, o céu, eu to morta, eu to drogada, o que é?

– HAHA! O inferno... você é tão engraçada. Isso parece o inferno? Bom... primeiramente me chame de Jack, ok? Novamente com a história: Aqui é uma passagem. Sim, você morreu, todos nós aqui estamos mortos. Estamos... metade mortos. Cada um vai pra onde merece. Céu , inferno , essas coisas não existem exatamente. Apenas o inferno, não sabemos se o céu existe pois nenhum de nossos amigos foi pra lá ainda, apenas para o inferno. Vê ali? Ali é um cemitério.

– Pra que um cemitério no... seja lá o que for isso. Pra que? estamos mortos!

– Até que você aceita bem o fato de “estar morta” – Riu- Aqui você está no Vale dos Sete, onde vem os piores dos piores. Os... hm... os 'suicidas' , vamos dizer assim. E nós precisamos de um cemitério para... para ... para – gaguejou enquanto olhava para os lados e passava os “dedos” na taça -dar medo nos de primeira viagem, obviamente!- ele riu.

– Eu me suicidei? - ela se assustou novamente.

– Você tentou muitas vezes, e dessa vez conseguiu! Você tem marcas permanentes, veja seus pulsos. - A menina olhou para seus pulsos e eles eram mais brancos que papel, e estavam cheios de cortes, cheios mesmo. -Olhe para o seu pescoço no reflexo. - A garota olhou para cima e viu um espelho que flutuava e cobria a mesa inteira, puxou sua gravata e viu que seu pescoço estava com marcas de corda. - E por último, o meu preferido! - Jack pegou Pumppump pelo braço e a jogou atrás da árvore escura, e no centro da árvore apareceu uma espécie de Raio X do estômago de Pumpkin e mostrou diversas pílulas dentro de seu estômago, misturado com veneno. - Vai falar que isso não é criativo?! Eita vontade de vir pra cá hein!

No meio daquela confusão toda, no meio de seres mais estranhos possíveis (Até Lady GaGa teria medo deles), um espantalho entrou na 'sala' onde todos estavam. Ele estava com metade do corpo queimado e ainda era sufocado por um laço vermelho. Quando chegou perto de todos, caiu no chão. Jack, Cabeça de Nabo e o gato preto de olhos roxos foram ver o que tinha acontecido.

– Scare? Você está sumido á dias! Por onde andou ? O que houve? - Jack dizia desenrolando a fita do pescoço do espantalho.

– Ele, senhor... ele. - Scare dizia com dificuldade e falta de ar.

– Ele?

– Sim. Ele disse que vai vir buscar todos, e levar todos com ele. Porque... ele não gosta nada de torta de Abóbora.

Todos se viraram novamente para a garota magra , que estava encolhida na mesa.

– Ele quer ela! Vamos, jogue-a lá! - o Cabeça de Nabo dizia tentando encorajar á todos.

– NÃO! - Jack gritou. - Vamos fazer isso direito, sem entregar ninguém á Akuma . Vamos acabar com ele, antes que ele acabe com a gente.

Quem era Akuma, e por que ele queria Pumpkin? Bom, isso é uma coisa que só se você quiser continuar lendo, irá descobrir.

Hey! La lu La lu La . . . ~


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Notas finais do capítulo

Dorgas né. Lembrando que essa fic é bem dark, u_u próximo capitulo, GOGOGO >>>



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