Hermione Granger  

Quando cheguei à Sala Comunal da Grifinória já estava anoitecendo, Harry estava sentado junto a lareira, me aproximei dele e com o tom mais normal possível perguntei:  

- Cadê o Rony?  

Ele pareceu despertar de um sonho, e levantou a cabeça assustado.  

- Q... Ah, sim, não sei onde ele está, pensei que estava com você.  

- Bem, não está.  

- Deve estar com a Parkinson - ele riu pelo nariz.  

- Eles estam namorando? 

- Ah, sabe como é, jogo de interesses... 

- Como assim “jogo de interesses” ? 

- Nada, deixa pra lá,logo ele volta.  

- Eu não teria tanta certeza - sussurrei para mim mesma. 

- O que disse?  

- Nada não, vamos, já está na hora do jantar. 

-Vamos esperar o Rony, depois a gente desce.  

- Não, ele já deve ter ido,se quer saber...  

Arrastei Harry comigo pelas escadas, afinal, não iria esperar por alguém, que nunca viria. 

Depois do jantar Harry já tinha no rosto feições seriamente preocupadas, e não parava de olhar para os lados.  

- Calma, daqui apouco ele aparece, vamos pro dormitório.  

- Mais...  

- Desencana, o Rony sabe se cuidar.  

As horas foram passando, a sala se esvaziando, e a cada minuto Harry parecia mais preocupado.  

- Bem, vou dormir,aconselho você a fazer o mesmo, Rony deve estar por ai se atracandocom a Parkinson.  

- Não, vou esperar ele, boa noite.  

Fui para a minha cama e tive uma noite de sono tranquila e sem culpa...

Na manhã seguinte acordei e troquei de roupa, era sábado, quem sabe conseguiria passar o dia todo com Draco.  

Quando desci as escadas, dei de cara com um Harry Potter atordoado.  

- Hermione! Hermione! O Rony ainda não apareceu!  

- Não?! Meu Merlin, o que será que aconteceu com ele?  

Ai, ai, sempre cínica... 

- Não faço a mínima ideia, mais,precisamos falar com alguém, ele pode ter sido pego em uma emboscada pelos comensais... Eu sabia que isso acabaria assim... 

-Caaaalma! Não vamos nos precipitar, esperamos mais um pouco, se ele não aparecer, avisamos alguém ok?! 

- OK.  

- Vem, vamos tomar café, as vezes ele está lá.  

Precisava de enrolar o máximo que pudesse até começarem a buscar pelo Ronald, quanto mais tempo melhor...

Só faltava uma semana pra invasão a Hogwarts.  Comemos, e dei uma desculpa de que iria na biblioteca e sai de perto do Harry, estava insuportável, falava a cada segundo de avisar a algum professor sobre o sumiço do Weasley.  Fui procurar o Draco e com sorte encontrei ele sozinho.  

- Então, planos pra hoje? 

- Alguns, já tava indo te procurar - ele deu uma risadinha. 

- O Harry já está sentindo falta do Ronald, o que eu faço? 

- Deixa ele fazer o quiser, não vamos poder fingir que nada aconteceu.  

- OK, vou ajudar ele a contatar os professores, e fazer tudo o que se deve. O que vamos fazer?  

- Estive pensando, em algo fora da escola, só você e eu.  

- E como, o gênio dos planos de fim de semana, pretende tirar a gente do castelo?  

- Como a gente sempre sai, não é óbvio? 

- Mais é arriscado, e só devíamos fazer se houvesse extrema nece...  

Ele me beijou, e então eu concordei em ir pra sei lá aonde.

No caminho para o porão da Dedosdemel,comecei o interrogatório.  

- Pra onde estamos indo?  

- Não vou dizer. Iria estragar a surpresa.  

- Para com isso, me conta logo - disse pulando em seu pescoço.  

- Calma, daqui a pouco vai ver.  

- Da uma pista, como é o lugar?  

- Não.  

- Praia?  

- Passou longe. - ele riu - nunca vai adivinhar, é impossível.  

- Floresta? 

- Neeem.  

- Campo?  

- Se superou hein?! Não tem absolutamente nada a ver com campo.  

- Sua casa?  

- Ta maluca - riu - ia ser a mesma coisa que uma reunião de comensais no sábado a tarde, não, aonde eu vou te levar vai ser realmente só nós dois. - ele sorriu torto.  

O resto da caminhada passei pensando em possíveis locais para onde ele poderia estar me levando.  

Subimos no porão da Dedosdemel e pela primeira vez, em muito tempo não tivemos que colocar as vestes decomensal.  

- Segura a minha mão, você não vai se arrepender.  

Foi tudo muito rápido, em um minuto estava no porão da loja de doces, e no outro, depois de um aperto horrível no pulmão, estava na frente de um castelo, lindo, magnífico, um lugar do qual não tenho palavras praexplicar...

Estava coberto pela neve, ficava encaixado em um penhasco do qual uma feroz cachoeira deixava suas águas caírem.  

- O que achou?  

- Merlin, não... Não tenho palavras para descrever.  

- Papai comprou a alguns anos atrás, pertenceu à corte de Henrique VIII, um chamado rei, dos trouxas.  

- Já tinha ouvido falar, o lugar é realmente incrível.  

- Vem vamos entrar, ou vamos morrer congelados admirando a paisagem.  

Foi quando me toquei, estava congelando...Sem agasalho algum no meio da neve!  

- Porque não me mandou trazer um casaco?  

- Iria levantar suspeitas... E além disso, tem casacos aqui, não precisa se preocupar com isso.  

Entramos pelas gigantescas portas, dentro, era tudo tão bonito quanto fora , os móveis imponentes, lustres enormes, tapeçarias...  

- Eu quis fazer esse passeio com você, como uma forma de me desculpar por ontem, sei que fui um grande idiota...  

- Está tudo bem, já passou.  

Ficamos por um tempo emsilêncio, e enfim ele tornou a falar.  

- Então, o que estamos esperandopra conhecer nosso quarto?  

- Nosso quarto?  

- É, estive pensando, em passarmos o fim de semana todo aqui, o que acha?  

- Ah, claro, ai o Harry aproveita e já diz pro Dumbledore que eu, você e o Ronald sumimos, ele nem vai desconfiar de nada!!! 

- Não tinha pensado nisso...Mais, ainda assim, podemos passar o dia aqui, e quero dizer, voltaremos mais vezes não é?!  

Ele me olhou com uma cara de cachorro sem dono,esperando que alguém o tire da rua... Meu Merlin, como eu o amo!  

- Se você diz - dei um meio sorriso.  

- Vem, vamos.  Ele me arrastou escada acima, e entramos em uma bela porta de carvalho enfeitada. O quarto,era tão perfeito quanto o resto da casa.  

Draco deitou na cama e ficou olhando pra mim.  

- Não vem?  

- O que?!Me deitar com você!? 

- É! - ele falou como alguém diz que dois mais dois é igual a quatro.  

- Ah, Ok.  

Me deitei ao lado dele, e logo já veio pracima de mim, beijando meu pescoço, minha boca...  

- Vai com calma Draco.  

Ele pareceu não ouvir, mais a uma altura dessa do campeonato, nem eu mesma me ouvi, e entrei no clima dele...