Standby escrita por Mercenária, Jhaay


Capítulo 9
Capitulo VIII


Notas iniciais do capítulo

Meu deus, eu pisco e BOOM! A fic fica sem atualização por um mes... Caralho velho, o tempo passa muito rapido :( To na semana de provas, entao tá apertado pra mim... E nem consegui começar o capitulo 9, mas prometo que posto o proximo assim que possivel, tudo bem? *-*



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Capitulo 8

A semana havia passado correndo e Edward passara o tempo todo na clínica. A virose, agora, já se acalmara e tudo voltara a tranquilidade de uma cidade pequena. Alice estava na recepção, sentada, com a expressão de que seus pensamentos estavam longe.

–Alice? - Edward a chamou, saindo da sala dos leitos. A miudinha virou os olhos pra ele.

–Sim?

–Poderia avisar o Senhor meu pai que não pretendo voltar está tarde? - ele perguntou, já ajeitando o casaco. Os olhos de Alice piscaram preguiçosos.

–Vai encontrar-se com alguém, Edward? - perguntou. O rapaz a encarou em choque. Um sorriso foi nascendo no rosto dela. -Você vai, não é mesmo, Sr. Cullen?

–Claro que não, Alice... Oras, só vou dar uma volta. - desconversou.

–Como se seu rosto soubesse esconder a agonia. - estreitou os olhos, analisando bem a expressão facial dele.

–Sabe guardar segredo, Alice? - aproximou-se do balcão, fazendo a garota se inclinar, ansiosa para ouvir. -Se souber guardar, pode me ajudar!

–Se eu contasse todos os segredos que sei... Ficaria espantado, Sr. Cullen. - sussurrou. -Vamos, conte-me! Conte-me, Edward e isso não sairá daqui!

Edward respirou fundo e se aproximou mais, conspirando com Alice.

–Sim, de fato, eu me encontrarei com alguém. - cochichou. Os olhos de Alice brilharam extasiados.

–E com quem é?

–Eu a chamo de Bella... - sorriu torto ao se lembrar do sorriso com covinhas dela.

– BELLA!? - a senhorita Brandon gritou assustada.

–Shhhh! - Edward chiou. -Fala baixo Alice... Se o pai dela descobre, serei um rapaz morto!

–Devo concordar! - ela disse ainda com os olhos arregalados. -Mas Bella... Não a machuque, Edward. - o tom de voz de Alice foi de ameaça.

–Não pretendo...

–Porque se machucar minha amiga, eu machuco seu rosto, senhor Cullen... E conto ao pai dela e pode ter certeza que será o último pôr do sol que irá ver! - terminou apontando o dedinho na face do rapaz.

–Fique tranquila Alice. - sorriu torto. - Prefiro me machucar, do que algo aconteça a ela.

–Bom. Muito bom. - sorriu meiga. -Agora saia da minha frente e vá encontrá-la!

Edward assim obedeceu. Saiu correndo e já montando em deu corcel negro. Antes de pegar o conhecido caminho, parou numa barraquinha onde eram vendidas frutas frescas. Pegou duas macas e duas peras, pagou e saiu em disparada. Seu coração doía só de imaginar a expressão desolada no rosto de Isabella... E se lembrou da conversa com Alice.

–Amigas!? - se questionou fazendo uma careta para o céu. Teria que conversar seriamente com aquela miudinha!

Era bem antes do almoço quando chegou ao Carvalho. Deixou seu cavalo por ali, pastando e se acomodou na sombra fresca da arvore imponente. Decidiu que podia espera-la!

–Bella? - sua mãe bateu a porta

–Está tudo bem?

Era quase meio dia... E Bella ainda não havia saído do quarto, muito menos da cama. Sentia-se desanimada, não queria sair do cômodo. Soltou um resmungo para a mãe, que por fim, adentrou o recinto.

–Querida? - sentou-se na cama ao lado da filha, que estava deitava com os braços cobrindo o rosto.

–Não quero sair hoje. - resmungou tristonha. Estava cansada de ficar todos os dias sozinha num lugar que sempre estava acompanhada.

–Meu amor... De uma volta! Você sempre dá uma volta. - dona Renée a incentivou.

–Me deixe dormir mais, senhora minha mãe, por favor. - Bella pediu num sopro de voz.

–Me recuso a sair daqui sem que você esteja em pé e devidamente vestida. - a mãe bateu o pé, sabendo que venceria a filha.

–Se eu der uma volta... Somente uma, posso voltar e ficar quietinha aqui? - Bella contra-atacou afastando os braços o suficiente para ver a expressão astuta da mãe.

–Se você der essa volta completa... Sim, eu permito que você fique aqui e até trato para que não seja incomodada!

–Então chame Carmen para me ajudar com o espartilho. - Bella suspirou se sentando relutante.

–E minhas mãos estão dispostas a que, minha filha? - Renée sorriu docemente acariciando o rosto da menina. Um pouco mais animada, Isabella se levantou somente por causa do pedido da senhora sua mãe e esperava não se arrepender por ele.

Dessa vez, sem pressa, escondeste a carta do irmão amado e sairá de casa a passos lentos, após prometer solenemente a mãe que ao voltar, comeria alguma coisa. Visitou os cavalos, acariciou o grande nariz de seu preferido. Não quis pensar no fato de ter sido abandonada... De novo. Isabella suspirou cansada e voltou a andar, sabendo onde ia parar. Ela só não queria ficar lá outra vez... Sozinha.

Edward se assustou com um bufo de Ventania. Não podia pegar no sono... E se Isabella chegasse e não o visse dormindo, e fosse embora? Isso seria terrível. Sentou-se entre as raízes, retirando o paletó quente, jogando ao lado, para que ela se sentasse. A sua direita, Edward pensou ter visto uma movimentação. Ansioso, esticou a cabeça, para vê-la saindo da plantação de trigo. A expressão dela, mesmo de longe, foi um tapa em sua cara.

Ombros baixos, a mesma expressão de quando ele a encontrou debaixo daquele mesmo Carvalho.

Isabella suspirou dando o último passo para fora da plantação de trigo. Sem se mover, analisou o pequeno morro e o Carvalho, a procura de uma silhueta. Foi quando viu o corcel bufar mastigando capim. Sem acreditar, olhou para cima do morro, onde uma sombra estava acomodada entre as raízes.

A raiva quase a sufocou, o que acabou por leva-la morro acima. Depois da raiva, veio a magoa, fechando sua garganta e lacrimejando os olhos de Isabella.

Edward esperou, de cabeça baixa, a explosão... Que não chegou. Ele franziu a testa e olhou pra cima. A respiração de Bella era rápida movimentando seu peito, os lábios franzidos e olhos brilhantes.

–Isabella, eu...

–Porque você sumiu!? - sussurrou. -Tem noção de como fiquei esperando, senhor Cullen!?

–Me desculpe. - Edward suspirou arriando os ombros. -Eu queria ti avisar... Mas... Eu não consegui... Meu Deus, Bella, me desculpe! Eu quis avisar!

–Eu fiquei esperando... - resmungou Bella de novo. -Porque...? Eu vou embora. - virou as costas e com passos lentos, começou a se afastar.

Edward se levantou sem reação.

–Isabella, por favor... Não vá! - pediu ele num pedido sôfrego. -Me desculpe... Eu sei que errei, mas meu pai precisou de ajuda na clínica... Por favor, não vá!

Isabella hesitou ainda na sombra do Carvalho. As lagrimas começaram a sair compulsivamente e logo se abriu num choro alto. Agindo por um impulso incontrolável, Edward a abraçou apertado, encostando o queixo no topo da cabeça de Bella.

–Se me falar que devo continuar pedindo desculpas, eu continuarei... Sinto muito ter falhado como irmão temporário!

Isabella se virou e escondeu o rosto em seu peitoral largo. Sentia-se estúpida, mas esse era o choro de verdade que escondia de todos por seu irmão. Havia magoa de todas as partes e ela estava aguentando firme, mas não agora.

–Me desculpe. - Edward ficou murmurando até quando achou necessário parar. Bella secou os olhos e se afastou um pouco, mantendo as mãos no peito dele. Edward, por sua vez, passou as mãos pelos cabelos dela e segurou o rosto, forçando-a olhar para si. -Quer que eu repita de novo!? - o senhor Cullen perguntou suavemente, odiando ver que provocou tanta magoa naquele ser humano tão frágil.

–Não, está tudo bem, mas não faça isso novamente, por favor. - Bella pediu passando as mãos nos olhos, parecendo-se com uma criança choramingando. Edward sorriu.

–Talvez agora melhore nossa comunicação, afinal, tem uma conhecida sua trabalhando na clínica de meu pai. - Edward disse e o contato visual foi inevitável. De repente, parecia que só havia os dois no mundo e nada podia separa-los.

Bella sabia o que poderia acontecer, já havia conversado sobre isso com Alice: era o famoso beijo. A atingiu como um soco no estomago, deixando zonza e sem folego. "E agora?", pensou em desespero quando lentamente Edward foi diminuindo a distância entre os dois.

Edward sabia que não deveria se aproveitar da fragilidade dela, mas a vontade surgiu... E podia enxergar que não havia oposição do lado dela. "Como seria se eu...?"

Isabella se afastou.

–Qual conhecida? - perguntou apoiando a mão na arvore para ganhar equilíbrio. Isabella questionou-se de que tipo de sensação era aquela e porque seu coração martelava com tanta forca no peito.

–Alice. - respondeu Edward dando de ombros. -Conhece...?

–ALICE!? - Bella gritou voltando a razão. -O que Alice está fazendo lá?

–Virou ajudante do senhor meu pai. - contou. -São muito amigas?

–Desde que me entendo por gente... - respondeu Isabella sorrindo. -Ela é quase uma irmã... Na verdade, é a irmã que não tive!

–Ela pode levar-te recados, não pode? - Edward perguntou.

–Se forem escondidos... - ela deixou no ar. O senhor Cullen sorriu, sentando novamente.

–Ótimo. - Edward ajeitou-se entre as raízes do Carvalho, e bateu a mão no espaço ao seu lado, onde seu paletó jazia inanimado.

Isabella sentou-se graciosamente e em seguida, mexeu nos cabelos. Ficaram em silencio, observando as poucas nuvens que havia no céu. Bella lembrou-se da carta que estava em frangalhos escondida em seu espartilho. Com dificuldade, observada por Edward, conseguiu retirar o envelope da roupa.

–Veja, tive notícias de Demétrio... - ela disse estendendo o envelope ao senhor Cullen.

–Boas ou ruins? - questionou hesitante ao pegar a carta entre mãos.

–Pra mim... Ainda não decidi, mas para a senhora minha mãe, são notícias ótimas! - Isabella respondeu dando de ombros, esperando impacientemente ele ler a carta. Começou a roer as unhas, devido a ansiedade. Edward segurou o pulso de Isabella, sobressaltando-a, para que parasse de roer. Ela soltou um suspiro impaciente.

–Então... - ele resmungou lendo as últimas palavras. -Ele pode vim para cá?

–Eu creio que ele não conseguira. - disse ela olhando para cima.

–Para de ser incrédula... Faca igual a senhora sua mãe, se existe a possibilidade, agarre-se a ela! Não foi o que ele disse aqui? - voltou os olhos para a carta em mãos.

–Não sou incrédula, sou realista. - Isabella respondeu. -Você não leu, Edward? É uma guerra se aproximando...

–E...?

–E que se ele não veio nos visitar todos esses anos, sem guerra... Acha mesmo que ele conseguira vim com ela se aproximando?!

Com esse argumento, Edward não conseguiu rebater de prontidão. Ficou pensando numa resposta e então, num lapso, lembrou-se que havia se inscrito no regimento. Era filho único, e provavelmente não iria ser chamado, por isso não precisava alarma-la dessa forma.

–E fé, você tem? - não esperou a garota responder. -Tenha fé... E então, ele vira! - Isabella virou o rosto e suspirou. Edward respirou fundo. -Ah, olhe aqui... Ele diz que seu aniversário se aproxima...

Isabella voltou os olhos para o senhor Cullen.

–Sim, se aproxima. - respondeu cautelosa.

–Quando é? - ele estava tentando quebrar o gelo. -Se sou seu irmão temporário tenho que saber a data.

–Provavelmente você vai descobrir, a senhora minha mãe está querendo fazer um baile e tudo o mais. - com um tom de desdenho na voz, Bella abanou a mão fazendo pouco caso.

–Um baile? Ora, vejam... Adoro bailes! - Edward regozijou-se. -Está com fome?

–Um pouco... - Bella resmungou, mas sentiu o estomago vibrar silenciosamente de fome.

–Eu vim preparado. - Edward abriu o saco pardo entre eles e pegou a pera para si. Bella optou pela maca. Silenciosamente, eles comeram olhando as nuvens.

[...]

–Vejo que aproveitou a volta. - senhora Renée disse sem tirar os olhos do bordado. Bella conteve o sorriso quando, preguiçosamente, sua mãe levantou os olhos. -Foi boa?

–Proveitoso, minha mãe. - respondeu a ela.

–Comecei a enviar os convites para seu baile de aniversário. - os olhos de Renée obtiveram um brilho a mais. -Seu irmão deu notícias!

–Mais uma carta endereçada a senhora? - Isabella não evitou a tristeza se apossando de sua voz.

–Ela está no seu criado mudo. - respondeu como quem não quer nada, voltando a atenção para seu bordado. Bella foi se afastando aos poucos. -Vou tratar para que ninguém a incomode, minha filha.

Bella mal ouviu o que a senhora sua mãe disse. Era mais uma carta de Demétrio e era somente isso que lhe interessava. Sobre o criado mudo, dentro de uma redonda e pequena bandeja de prata, estava o envelope com a caligrafia elegante do irmão, escrito seu nome. Com as mãos tremulas, Isabella pegou o envelope e respirou fundo. Tomou coragem e desdobrou o papel.

"Querida irmã,

Espero que a carta chegue primeiro do que eu. Sim, minha amada irmã, minha ida foi confirmada... Só há um porem: não foi revelada a data.
Só de saber que eu me aproximo de lhe ver e abraçar, já fico imensuravelmente feliz. Como você esta? Ainda com meio metro de altura? Aposto que já está casada e nem me contou! Tenho sido um bom irmão? Novamente minha irmã, não gostaria de encerrar esta carta... Mas devo fazer, com o coração partido. Um forte abraço minha irmã, afinal, logo ele será pessoalmente.

Um beijo do seu querido irmão, Demétrio."

Mal lera a carta e saiu em disparada a sala de jantar, onde tanto a senhora sua mãe estava quanto o senhor seu pai. Com lagrimas nos olhos e um sorriso de rasgar o rosto, Bella tentou parecer menos esbaforida.

–Ele disse que vai vim... E é certeza. - riu no meio da frase tentando conter sua alegria. -Ele deu certeza da sua vinda!

Dona Renée se levantou instantaneamente.

–Devo organizar o baile para seu aniversário, então. - a mãe disse tão alegre quanto a filha.

–Ele deu uma data?

–Não. - Bella desmoronou um pouco. E pela primeira vez depois do histerismo, voltaram os olhos para p senhor Swan, silencioso e soturno, na cabeceira da mesa. -Boa noite, senhor meu pai.

–Boa noite. - respondeu seco como sempre. -Então Demétrio, seu irmão, vem?

–Sim.

–Precisamos organizar os detalhes do baile, senhor meu marido. - dona Renée disse. -Precisa ser um grande evento... Precisamos parar o estado para comemorar o aniversario de nossa filha.


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Notas finais do capítulo

N/J – Hey people, demoramos... Quase nada neah, ainda mais com esse capítulo assim com o Ed abraçando a Bellinha, Bells escondendo o rosto no peito dele, oh eu lá!
E Demétrio, será que vai conseguir chegar para o baile? E meu DEUS necessito que esses dois admitam que estão apaixonados!!
Bem é isso ai, não esqueçam de deixar os reviews, pois é o nosso combustível!!!
Bjokas!!!



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