Standby escrita por Mercenária, Jhaay


Capítulo 8
Capitulo VII


Notas iniciais do capítulo

E ai!? Estao gostando? Mandem reviews, pleeeeease... Eles me inspiram e com isso, mais capitulos em menos tempo :D



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Capitulo VII

"Querida irmã,

Sinto muito que não tenha chegado muitas cartas endereçadas a ti, mas esperado que meus abraços saudosos sejam sempre repassados a você. Como esta? Na ultima carta, nossa mãe disse que você estava tristonha. Espero não ser eu o motivo dessa tristeza. Sinto falta do seu riso. Às vezes, é a lembrança de podê-lo ouvir de novo que me faz levantar da cama. Quando o dia é difícil demais, recordo-me de você e seu espírito sempre jovem. Ah minha irmã, como sinto falta dos seus olhos compreensivos! Seu aniversário se aproxima e isso me entristece, pois não poderei ti abraçar forte, mas ainda assim, lhe desejo tudo de bom, minha querida. Desejo também que você seja imensuravelmente feliz e eu sinto que você já encontrou a felicidade. Já descobriu que a tem nas mãos!? Quando descobrir, por favor, a segure firme... Seja forte para lutar com e por ela. O senhor nosso pai ainda pergunta de seus pulmões?

Eu não quero encerrar essa carta, mas me corta o coração ter de fazer isso. Prometa-me irmã, que você ficara bem. Estou fazendo o impossível para ir vê-la, mas uma possível guerra de aproxima... Espero não ser escolhido para lutar na linha de frente. E se eu for, que eu lhe veja antes disso. Reze por mim, minha amada irmã, que eu estarei rezando por nos dois. De seu querido e amado irmão, Demétrio"

Bella lera a carta mais uma vez antes do desjejum. Esperava que seus olhos não estivessem inchados pelo choro histérico da noite passada, onde só se acalmara no colo da senhora sua mãe. Os presentes na mesa do café estavam silenciosos como numa tarde que antecede uma noite de tempestade. Os olhos de gavião do senhor seu pai Charlie, analisavam subida e descida da xícara de chá da filha. Já Renée mantinha-se esfuziante diante da idéia de que Demétrio podia vim visitá-los e, mais esfuziante ainda, diante da idéia de comemorar o aniversário da filha. Mas nesse momento, respeitava o silêncio de Isabella e não o quebraria por tão cedo.

–Peço licença da mesa. Posso me retirar, meu pai? - Bella perguntou, com olhos cansados. Seu pai assentiu, sem reclamar. -Com licença.

Bella sabia que pela manha não seria companhia adequada, mas deveria estar disposta à tarde. Voltou para o quarto e pegou um livro, para tentar ocupar a mente. Cinco minutos depois, jogou o livro longe e deitou-se confortavelmente. Ela abraçou uma almofada com forca, desejando ser seu irmão ali. Demétrio lhe esmagaria entre os braços e depois, bagunçaria seus cabelos, como sempre fizera.

Recordou-se da época em que ainda viviam debaixo do mesmo teto... Onde brincavam, brigavam e riam juntos... Nesse meio tempo, acabou adormecendo.

Edward achou incrível em como uma virose se espalha tão rápido... E em tempo recorde em cidades pequenas! Viu o motivo de o pai estar cansado assim que chegou a clínica (seu pai passará a noite lá), afinal, viu que crianças e adultos dividiam a atenção do único médico da cidade. Uns reclamavam de dores extremas na barriga, outros se isolavam no lado mais escuro devido a dores de cabeça, já tinha uns poucos que não conseguiam tirar a cabeça de dentro do balde.

–Pai. - o chamou.

O dr. o fitou com os olhos cheios de olheiras.

–Que bom que finalmente chegou. - disse não mais alto que um sussurro. -Fique trocando a compressa dele, por favor, Edward... Preciso colocar quem esta ruim do estomago, no soro!

–Sim, senhor. - Edward disse mecanicamente. Era uma criança ainda, naquela fase indecisa entre infância e adolescência. Com o rosto afogueado, suor lhe escorria da face, mesmo quando Edward molhou o pedaço de trapo na água gelada e colocou sobre a testa. A respiração do garoto era rápida e pesada.

–Dr. Carlisle. - Edward o chamou profissionalmente.

–Diga.

–Precisamos abaixar a febre dele... O mais rápido possível. - Edward tirou o pesado cobertor que envolvia o garoto, que começou a tremer instantaneamente. -Aguenta firme, garoto! -molhou o peito do menino com a água, provocando arrepios.

–Você vai se hidratar mais rápido com isso... -Carlisle sussurrou para alguém. -Vou preparar a banheira, Edward. Assim que eu o chamar, traga-o para o banheiro!

–Sim, senhor. - respondeu molhando a testa do menino. -Ei campeão... Tudo vai dar certo!

–Dr. Cullen? - uma voz feminina chamou da ante-sala. Calmamente, o senhor Carlisle foi ver quem era. Edward não precisava seguir o pai, afinal, de onde estava podia ouvir muito bem a conversa. -Ah, boas tardes, senhor Cullen.

–Boas tardes, senhorita...?

–Brandon, senhor. Alice Brandon. - disse a voz bem determinada.

–O que deseja senhorita Brandon? - o Dr. soou cansado aos ouvidos do filho.

–Soube que esta atrás de uma ajudante... - sua voz vacilou, tentando não parecer ousada demais. -Vim me candidatar a vaga, Dr., posso me esforçar para...

–A vaga é sua. - senhor Cullen disse com certo desespero. -Venha, vou lhe mostrar alguns detalhes...

Edward sabia que ela, com certeza, já deveria ter quase seus 18 anos, mas se dependesse de sua altura... Não aparentaria mais de 15. Era baixinha e magrelinha, fazendo parecer que o vestido a arrastava e não o contrario. Os olhos âmbares analisavam cada ação do dr. Cullen, enquanto Edward analisava os dois.

–Está meio abarrotado, senhor Cullen... Quer que eu comece hoje? - perguntou baixinho, não querendo acordar nenhum dos pacientes.

–Seria de grande alivio se pudesse senhorita...

–Por favor, me chame de Alice. - o cortou.

Edward olhou para o relógio mais uma vez... E suspirou. Quase 15hs. Isabella iria ficar tão decepcionada.

–Edward, traga-o para o banheiro... - o pai disse com a voz abafada. Alice retirou o chapéu e colocou um avental sobre o vestido claro. Não precisou de ordens para começar a fazer algo e logo Edward soube que ela seria uma ajudante melhor que si.

Entretanto, enquanto ia para o banheiro com o menino nos braços, seus pensamentos vaguearam para Bella mais uma vez...

Pontualmente, às 15hs, Bella saiu pelas portas do fundo, escondida. Levava a carta escondida no vestido bege. Estava quente, mas uma brisa teimava em brincar com seus cabelos. Bella resmungou o caminho todo por ter dormido demais e tinha quase certeza de que Edward a estaria esperando. Entretanto, quando chegou ao pé do morro, não viu o corcel negro. Nem a silhueta escura de Edward sentado a raiz do Carvalho.

Desanimada, subiu lentamente o pequeno morro, com os ombros baixos. Enrolou-se entre as raízes da grande arvore e sacou a carta. Podia esperar por Edward, apesar de já estar atrasado. Leu, mais uma vez, as palavras doces do irmão, fazendo os olhos se encher de lagrimas.

–Ah Demétrio... Porque foi para longe de mim? -sussurrou fitando o céu azul, sem nuvens. Isabella ficou empoleirada ali debaixo da sombra ate a noite começar a cair. A noite chegara... E Edward não. Por algum motivo, isso a deixou mais triste do que deveria ficar.

Relutante, antes que os capatazes do pai a achassem encolhida ali, levantou-se e voltou andando para casa. Carmen a esperava na soleira da porta, com as mãos na cintura.

–Onde é que diabos a senhorita estava!? - ralhou a acompanhante assim que a garota subia as escadas.

–Andando, Carmen, andando. - respondeu dando de ombros.

–Seus pais saíram ainda com o sol no céu... Venha comer algo, já esta ficando magricela! - a mulher mais velha pôs as mãos nos ombros da menina e a guiou ate a mesa grande da cozinha.

–Não sinto tanta fome... - Isabella sabia que era mentira, afinal se tivesse estomago ainda devida a tanta fome seria um milagre. -Pode ser um lanche, Cármen?

–Vou preparar tudo que a senhorita gosta! Mal tomou café... E nem almoçou... Trate de comer bem, mocinha! - e continuou resmungando perto das panelas.

Mal conseguia respirar quando terminou de comer, deixando Cármen satisfeita com a quantidade. Bella afinal comera três fatias de pão caseiro com manteiga e geléia, um grande copo de leite com mel, quatro biscoitos servidos no café da manha e finalizou com um pedaço gordo de bolo de cenoura com cobertura. Cármen a acompanhou ate o quarto e a ajudou a se despir do vestido.

Isabella dispensou a acompanhante assim que pode. Queria ficar sozinha. Por algum motivo queria ver Edward logo... E contar sobre a carta do irmão. Como na noite anterior, dormiu com o pedaço de papel contra o peito, com as palavras se repetindo em sua cabeça como uma doce melodia de ninar.


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Notas finais do capítulo

N/J Deuuuus o que foi essa carta hein.
Tadinho do Carlisle sobrecarregado de pacientes e precisando tanto de voluntários. E quem acha que Alice vai ajudar muito esses dois hein? Seila eu acho uahsuhasuhas. pobre Bella ter ficado esperando o Edward que estava todo preocupado de não estar lá pra ela. Ah o amor... mesmo que não se tenham dado conta que já esta ali!!

Não deixem de comentar!! Esse é o conbustivel pra criação dos capitulos!!!

Beijos até breve!!!



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