Capitulo I

-A cidade está movimentada - a garota de cabelos negros perfeitamente penteados disse girando sua sombrinha alegremente. – Adoro quando a cidade fica assim.

-Quando você não gosta de algo, Alice? - a moça ao seu lado respondeu sorrindo. A garota miúda também sorriu.

-Quando algo não me agrada. - disse pensativa. Continuaram andando, sentindo e ouvindo a terra seca desmanchar-se ruidosamente sob seus sapatos de salto.

-Odeio esse sol. - a moça de cabelos castanhos comentou tediosa, seus cabelos estavam semi presos, cheios de cachos delineados. Olhou por cima do ombro sutilmente e viu as duas acompanhantes as seguirem de perto. Voltou os olhos para frente e bufou, pensando que morreria de calor ao ser cozida lentamente por baixo de tantas camadas de roupas.

-Eu adoro! – a outra soltou satisfeita, analisando o ambiente.

-Bom dia senhoritas. - um homem de cabelos longos as cumprimentou.

-Bom dia senhor Volturi. - disseram juntas e ele respondeu com um breve aceno com a cabeça.

-Ficou sabendo? - Alice perguntou aos cochichos continuando um assunto qualquer assim que o homem se afastou o bastante para não ouvi-las mexericando.

-Depende... - respondeu a amiga. - Do que estas falando agora, miúda?

-A agitação na cidade tem nome e sobrenome. - disse misteriosa e acabou por ganhar a atenção da sua companheira.

-Quem? - quis saber com a curiosidade ardendo como fogo. Mordeu os lábios quando uma brisa tocou-lhe o rosto.

Foram interrompidas por um trotar de cavalo. Pararam de andar. O sol as ofuscou por um momento, vendo apenas a sombra em cima do animal.

-Bom dia, senhoras. - disse o homem educadamente.

-Não falem com estranhos. - Carmen, uma das acompanhantes, disse em um sussuro.

-É senhoritas, senhor. - Alice disse petulante, erguendo o queixo com orgulho.

-Mil perdões. - desculpou-se o homem. - Se é que me permitem, duas senhoritas não deviam andar por sozinhas!

- As meninas não estão sozinhas. - Carmen disse mais rude do que gostaria.

-Tens nome senhor? - dessa vez não fora Alice a ignorar os protestos da acompanhante, mas sim a moça de cabelos castanhos cacheados.

-Carlisle Cullen, senhorita... - e fitou a garota uma cabeça mais alta que a outra.

-Swan. - respondeu firme.

-O novo medico da cidade. - Alice proferiu eufórica. Ele sorriu com educação.

-Correto. - respondeu. - Tenham um bom dia, senhoritas.

-Igualmente, senhor Cullen. - responderam juntas e então ele se afastou a trote. As duas voltaram a andar.

-Depois a senhorita não sabe por que o senhor seu pai não a quer com a dona Alice. - Carmem ralhou baixinho.

-Não foi nada, Carmen. - respondeu carrancuda.

-Falou com estranhos. Estranhos! - devolveu Carmen incrédula.

-Um estranho que é medico e que logo me fará uma visita. - respondeu a senhorita Swan num tom desprovido de diversão.

-Bella! - Alice a cortou dando um sorrisinho de desculpas e enganchou o braço no dela. - Seu próximo resfriado só vira com a próxima chuva... Ou seja, vai demorar!

-Deus ti ouça Alice, Deus ti ouça. - Bella murmurou. Não queria ficar mais uma quinzena em casa, debaixo de mantos de lã ao beber leite de papoula. Ficar mais uma quinzena em casa seria frustrante para quem tem o desejo ínfimo de caminhar, mas seus interesses eram outros. Tinha quase 18 anos, estava na hora de casar!

-O que achou do senhor Cullen? - perguntou a Bella.

-Não achei nada. - Bella respondeu. Alice fez um muxoxo e um biquinho triste. - Mas... - acrescentou fazendo a expressão da amiga vacilar. - Eu espero fervorosamente que ele tenha filhos! - as duas riram as confidencias.

Alguns passos atrás, o rapaz alisou o focinho do cavalo e afagou o pescoço do mesmo.

-Quem eram? - perguntou curioso. O senhor Cullen desceu do cavalo lentamente.

-Simpáticas donzelas. - respondeu e em seguida riu. - É estranho ser o assunto da cidade!

-E como. - concordou amarrando as rédeas do animal num piquete em frente ao bar. - Todos sabem de você.

-Uma delas sabia que sou medico. Talvez devesse desposá-la. - o rapaz exalou um suspiro e fechou os olhos brevemente, para então começar a se afastar em passos largos. - Edward, filho...

-Pai, acabamos de nos mudar. - proferiu num tom baixo e penetrante. Carlisle o esperou terminar pacientemente. - A mamãe acabou de morrer e o senhor pensa em me casar? Eu ouvi bem?

-Primeiro, olhe os modos rapaz, ainda sou seu pai. - Carlisle disse calmo, mas serio. - Segundo, Edward você já tem 22 anos. Com 22 anos, eu já estava casado e você tinha 2 anos de idade.

-Não quero me casar. - respondeu com mais respeito, afinal, a mãe morrera e não era só ele que sentia sua perda. - Pelo menos não por agora.

Senhor Cullen suspirou.

-Como Deus pôde me dar um filho tão descrente de amor? - fez uma expressão teatral, arrancando um sorriso torto e charmoso do filho. - Continue rindo desse jeito e fará as moçinhas daqui caírem aos seus pés. - o sorriso morreu e então, Carlisle riu. - Não adianta ficar serio, você tem o encanto másculo dos Cullen!

-Encanto ou maldição? - rebateu entrando no bar ao lado do pai.

-Mais que menino ingrato você é.

Receberam alguns cumprimentos e se sentaram rente ao balcão. O senhor Cullen pediu uma dose de aguardente, enquanto seu filho se limitou a um copo de água, pois sentia uma sede dos diabos. Foi difícil, mas ignorou o burburinho a suas costas.

N/b Eeeee primeiro capitulo pronto!!! Como já vimos o prólogo se passa no `futuro` então voltamos para conhecer os personagens…. Já de cara devo dizer que adorei a Alice!!! Hahahaha… Foi só eu que fiquei com a impressão que a Bella tem algum tipo de histórico com doenças e afins??? Vamos ver o que vai acontecer nessa historia, esperamos por mais capitulos, mas eles só virão se vocês deixarem reviews!! Então mãos a obra!! Ate o próximo!!!