Dads Diary escrita por Nath Mascarenhas


Capítulo 5
11 de janeiro, sábado.


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos reviews e por favor, fantasmas apareçam!



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Deus, que ressaca! Minha cabeça doí mais do que quando eu fiquei sentado do lado do amplificador em uma das suas apresentações, minha filha. E isso com certeza é um grande feito! Mas é melhor eu me explicar de uma vez... Antes que minha cabeça exploda!

Depois que Gabriel mostrou a chave, nós três praticamente saímos correndo. E não, eu não sou irresponsável e deixei vocês sozinhos, a madrasta de vocês estava lá e bem, ela mereceu...

Como Alexia era a única entre nós que sabia dirigir aquele troço, eu e o Richard ficamos responsáveis em dirigir aquela porra, quer dizer, aquela lancha. Claro, o Gabriel que conhecia a área ficou apenas nos guiando.

Depois de quase fazer o barco virar umas sete vezes, finalmente chegamos em terra firme e, diga-se de passagem, pondo até nossas almas para fora. Agora eu tenho uma noçãozinha do que sua mãe passou...

Demoramos quase trinta minutos para achar a tal boate e depois uns vinte minutos para conseguir entrar nela e ainda a entrada me custou uns mil dólares, pois o segurança não foi com a nossa cara. E para acha-las então? Por causa da fumaça e de uma multidão dançando se espremendo num cubículo demorou cerca de quase vinte minutos até vermos Melanie se agarrando com um brasileiro.

Achando-a, não demorou a ver John e Bia dançando animadamente perto dali, já Anna, estava sentada numa mesa bem lá no fundo, olhando para nós com um meio sorriso zombeteiro no rosto. Eu fui até lá e me sentei ao seu lado.

–Demoraram. –Ela comentou ainda olhando na direção dos outros.

–Vocês sabiam que a gente viria? – Perguntei incrédulo, mas ela simplesmente deu de ombros.

–Eu apostei trezentos dólares que estariam aqui antes até de nós. – Contou-me com um esboço de sorriso.

–Se lhe serve de consolo, eu paguei mil dólares somente para entrar aqui. – Ela riu. – O que foi?

–Eu entrei de graça. – Disse. – O segurança disse que eu sou muito gata e que era um prazer em me ter aqui. – E começou a rir novamente. – Como se eu fosse essa coca cola toda...

–Você é, você é linda e sabe disso. – Falei pondo seu cabelo atrás da orelha.

–Obrigada, mas... – Ela começou, mas parou negando com a cabeça como se recusasse a prosseguir.

–Diga. – Encorajei-a tocando em seu ombro nu e percebi que ela estremeceu e depois me olhar afiada.

–Eu sou mais bonita que a Lucy? –Notei o tom de escárnio em sua voz.

Eu não consegui respondê-la, pois Bianca e Richard nos puxaram para a pista de dança. Richard começou a dançar com Anna e Bianca comigo. Eu me senti incomodado ao ver que ele a tocava sem pudor nas costas descobertas pelo decote gigantesco do vestido e o pior foi, ela deixava.

–Você não sente ciúmes? –Perguntei a Bianca apontando para o casal ao lado.

–Não e você? – Perguntou zombeteira.

Eu apenas sorri e a girei.

Eles realmente dançavam bem juntos. A quem estou querendo enganar? Eles eram ótimos e estavam dando o maior show! Sua mãe deixava que Rick a conduzisse e a girasse quanto quisesse e muitas pessoas ao redor deles pararam de dançar apenas para vê-los dançando.

Eu não esperava que num giro, Richard trocasse nossas parceiras e Anna estivesse em meus braços. Ele deu uma piscadela pra mim e Bia sussurrou um “aproveite”. Anna pareceu não notar.

Eu vi quando Alexia correu até o DJ e de repente a música ficou lenta e mais romântica. Anna virou o rosto e sorriu para a amiga, depois enroscou seus braços no meu pescoço e começou a se mover de acordo com o ritmo da musica. (n/a: a música que os dois dançam e eu recomendo que a ouça é:http://www.youtube.com/watch?v=LABuBg80JGA)

Nós parecíamos ser feitos um para o outro, pois estávamos nos movendo numa sincronia tão impressionante que até parecia que liamos os pensamentos do outro. Ela estava tão feliz ali que meu coração se aqueceu de uma forma muito boa.

–Não sabia que você dançava tão bem. – Comentei em seu ouvido e vi ela se arrepiar. – Quer dizer, você tinha me dito que não dançava.

–É... Eu disse. – Sorriu sem graça. – Mas eu disse que não dançava, não que não sabia dançar. –Ela riu abafada e pô sua cabeça em meu ombro.

–No que está pensando? –Perguntei de supetão.

–Em nós dois e o motivo de não ter ficado juntos. – Respondeu antes que eu a girasse, quando voltou, perguntei:

–E qual foi o motivo mesmo?

Ela tocou em meu rosto e sorriu meio triste, como se esse assunto fosse bastante doloroso. Esperei ela continuar e quase achei que ela não iria, mas por fim ela respondeu:

–Você era imaturo e eu não tinha tempo para te esperar crescer.

Eu não esperava essa resposta e fiquei calado, apenas refletindo sobre isso. De repente, ela me solta lentamente e fala:

–A música acabou. – Ela me deu às costas indo em direção a mesa novamente.

Depois de algum tempo, todos já bem cansados de dançar estavam sentados na mesa e admito, todos estavam pra lá de Bagdá, inclusive eu. Estávamos conversando sobre tudo, quando o assunto foi parar em casamento, família e etc...

–Ei Alexia, você não quer ter filhos? – Bia perguntou.

–De querer eu quero, mas eu não tenho a sorte da Anna de engravidar de primeira. – falou e a mãe de vocês sorriu sarcástica, pelo que eu entendi, Alexia estava chamando Anna de fácil. – Mas e vocês, querem outro?

–Não, um já basta. E vocês – Falou apontando para mim e Anna. – Pensam em ter mais filhos?

–Quem sabe? – Dei de ombros. – Ainda não pensamos nisso, né Anna?

Anna se engasgou com a bebida.

–Você tá pensando em ter mais filhos comigo? – Ela parecia incrédula. – E a Lucy?

–-Ah, a Lucy não quer ter filhos, diz que vai deformar o corpo dela. – Expliquei e ouvi um “típico” – Mas mesmo assim eu acho mega estranho ter mais filhos com outra pessoa que não seja você.

E era verdade, por incrível que pareça, eu sempre intitulei a Anna como a mãe dos meus filhos, era bastante esquisito pensar em outra pessoa tendo esse título sem ser ela.

–Então tá, eu fico gravida, mas você que pari, combinado? – Ela falou irônica. – Por que é ruim hein eu sentir dor de parir de novo...

–Tudo bem, combinado. – Falei e todos riram.

–Suspende a bebida. – Anna falou tirando copo em minhas mãos. – Mesmo que pudesse, eu tenho quase certeza que a sua noiva não vai gostar do fato de você ter mais filhos comigo, considerando ao fato de que para tê-los, teríamos que transar primeiro.

–Hummm. E-eu não me importo. – Falei meio embolando de repente eu percebi que todos na mesa estavam paralisados e eu repeti o que ela falou na minha cabeça e uma luz acendeu na minha cabeça: - Você disse “sua noiva”?

Ela simplesmente deu de ombros.

–Não é o que ela é sua?

–Desde quando você sabe? – Respondi com outra pergunta.

–Deixe-me ver... – E fingiu estar pensando. – Desde que contou aos meus filhos que ia se casar. Você achou realmente que eles iriam ficar calados diante de uma noticia dessas? Eles me contam tudo... Mesmo que eu peça que não.

–E por que você não comentou nada comigo? – Eu estava incrédulo.

–Acho que essa frase é minha, não? – Seu típico sorriso sarcástico estava de volta.

Eu estava chocado o suficiente para responder ou muito bêbado formular alguma resposta para ela. Passou alguns minutos e ela sussurrou no meu ouvido:

– O mal do esperto é achar que todo mundo é burro.

Depois dessa, toda a animação se esmoreceu e fomos logo embora aos trôpegos. Anna estava bêbada pra caramba e eu tive que carrega-la e por mais que Lucy diga ao contrario, Anna é muito mais leve que ela e... Muito mais bonita.

Está na hora do café da manhã, depois eu escrevo mais, ok?



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Notas finais do capítulo

Deixem reviews, please! Isso não dói e deixa essa pobre autora feliz...