Pov. Lilian Potter de volta dos mortos.

...

Como eu estava? Bem como vocês acham que uma mãe que acaba de voltar da morte e descobre que seu filho sofreu muito sem você ao seu lado esta lutando com seguidores do pior bruxo das trevas dos últimos cem anos. Acho que da pra ter uma idéia como eu estava me sentindo, mas se ainda não entendeu vou resumir em três palavras.

Nervosa.

Assustada.

E raivosa.

Nervosa por que ele é meu filho e esta perto da morte. Assustada por descobrir tudo dessa forma tão rápida. E raivosa por que é a coisa que mais quero é arrancar cada cabeça dos desgraçados que ousarem colocar um dedo no meu filho.

AS chamas ainda estavam acesas envolta da casa sem nenhuma brecha para eu correr e me juntar a Harry.

- Dumbledore. – a filha de Sirius berrou. – O que faremos?Harry e Gina estão lá com comensais sozinhos.

Ele parecia refletir.

A cada suspiro que o velho dava eu ficava muito mais apreensiva até que não agüentei mais e fui até Sirius e arranquei a varinha de sua mão correndo para a chamas e conseguindo passar.

- Lilian. –berrou Tiago do outro lado.

Não olhei para trás continuei a correr, as plantas batiam em mim arranhando minha pele. Fitei confusa o prado e continuei a correr para o lado que eu havia ouvido ruídos. Logo entrei em uma poça de água e vi Harry na frente da garota ruiva que presumi ser Gina duelando com dois comensais.

- Expelliarmus. – apontei para varinha de um que se surpreendeu enquanto a varinha voava para longe.

O segundo comensal levou susto com a minha chegada repentina e se distraiu fazendo assim com que Harry conseguisse tirar a varinha de suas mãos.

Eles deram um sorriso sarcásticos e aparataram antes que conseguíssemos pegar um deles.Assim que não os via mais corri e me ajoelhei ao lado de Harry.

- Harry. – passei a mão em seu rosto. – Você esta bem?

Ele me olhou assustado e com lagrimas nos olhos assentiu. Eu estava indecisa se o abraçava ou não, eu queria abraçar, ele era meu filho mais se isso o prejudicasse emocionalmente?

Não tive tempo de responder por que todos chegarem dei espaço por que Dumbledore veio até Harry e apertou seus ombros e a ruiva veio até Gina a abraçando com força e logo indo para abraçar o meu filho.

- Calma senhora Weasley.- Harry tentava acalmá-la. – Eu estou bem, veja.

Ele passava as mãos nas costas da bruxa tentando acalmá-la com todo o carinho possível, e naquela hora eu senti uma coisa que poucas vezes sentira em toda minha vida e morte, eu senti inveja.

Inveja da bruxa que estava perto do meu filho, que podia abraçá-lo sempre que quisesse e o conhecia até mais do que eu, sua própria mãe. Inveja por ela tê-lo visto crescer e eu não.

- Aqui Sirius. – fui até ele e entreguei sua varinha. – Desculpa, só pirei.

Ele sorriu como se dissesse que entende o que eu senti e olhou para a garota perto do Harry, Hermione se não me engano.

- Dumbledore podia nos explicar o motivo deles estarem de volta? – O ruivo mais alto perguntou.

Analisei ele me era muito familiar. Franzi a testa e no mesmo momento me lembrei de onde o conhecia.

- Hogwarts. – pensei alto atraindo toda a atenção. – Vocês estudavam em Hogwarts, eram três anos mais velhos.

Molly sorriu.

- Sim. – Arthur respondeu.

- Vamos pra dentro e explicaremos melhor o que esta acontecendo. – Dumbledore disse.

Ninguém disse mais nada somente foi em direção a casa que por muita sorte não fora afetada pelo fogo que a rodeou minutos antes.

Entramos e demos direto na sala seguimos a ruiva baixinha mas ela parou abruptamente.

- Crianças sobem e vão dormir.

Ouvimos reclamações porem uma voz se sobressaiu de todos.

- Nem pensar.- Harry disse e fitei seus olhos, era como eu me lembrava idênticos aos meus. – Eles são os meus pais.

- Sei que não posso pedir isso a você Harry. – Molly disse. – Mas os meus filhos vão subir.

- Eu não subo nada, de qualquer modo Harry vai me contar depois. – um dos ruivos disse.

- Isso mesmo, Rony e eu sempre estaremos com Harry. – Hermione disse. – Desde o primeiro ano até que morremos. Amigos pra sempre.

Harry e eu sorrimos.

Era tão bom saber que o meu filho tinha amigos verdadeiros.

- Rony fica mais o resto sobe. – rosnou Molly.

- Mas somos maior de idade.- os gêmeos falaram juntos.

- São maior de idades, mas estão na minha casa. E aqui eu mando.

Todos reviraram os olhos e começaram a sair e antes da menina sair ouvi Gina sussurrar:

- Depois vão me contar tudo.

Eles saíram e um silencio se estendeu por toda a cozinha até que Dumbledore disse:

- Bem acho que todos devem estar se perguntando o motivo de Lilian e Tiago Potter junto com Cedrico voltaram à vida. – todos na sala assentiram. – Tudo começou com uma profecia que a senhorita Hermione recebeu.

E ele contou o que havia nos contado mais cedo naquela noite sobre Merlin e Josh e até o fim trágico do homem morto para salvar sua esposa.

- E quando Hermione decidiu cortar o fim do feitiço que Voldemort fazia nos corpos deles fez com que o ultimo desejo de Merlin em ajudar os bruxos os trouxessem de volta. - Não era a melhor coisa de o mundo saber que Voldemort arroubou nossos túmulos só para fazer um exercito zumbi.

Suspirei.

E naquele momento olhei de Harry para Tiago e vi como os dois eram parecidos e não consegui esconder meu sorriso. Os dois homens que eu mais amava.

- Vamos dar um tempo para eles conversarem sozinhos. – Dumbledore disse passa o olhar de mim para Harry.

Todos assentiram e saíram deixando Tiago, Harry e eu a sós em silencio. Vi que nenhum dos dois iria começar então sobrou para mim.

- Harry... – comecei e ele me olhou nos olhos. – Sinto muito por tudo, queríamos estar com você mais não pudemos.

- Eu sei. – Harry disse já com lagrimas saindo dos olhos. – Sei que não foi culpa de vocês, mas mesmo assim foi duro todos esses anos.

Não me agüentei e corri até ele o abraçando. Ele hesitou um pouco mais entrelaçou os braços na minha cintura.

- Eu nem me chamaram. – falou Tiago dramaticamente.

Sorrimos e abrimos o braço e ele entrou no nosso abraço em família.

- Vai quero saber tudo sobre a vida do meu filho. – falei me sentando e o puxando para sentar em meu colo.

- Harry me diz você é maroto não é? – Tiago perguntou dando um sorriso digno de um maroto.

- Merlin não! Diz que não Harry, só faltava, já tenho que agüentar esse. – reclamei.

- Bem... Eu não tive muito tempo nesses anos pra fazer algumas travessuras. – Harry disse e eu dei um suspiro meio agradecido e meio triste.

- Como isso? – Tiago perguntou.

- Bem todo ano alguma coisa estranha me acontece, tenho o quadribol e as detenções por causa do Snape. –Harry contorceu o rosto.

- Ele é um idiota não é?

- Muito, desde o primeiro ano ele me odeia. – Harry disse. – E só fui saber o ano passado que ele me odeia por que odeia você. – Tiago alastrou o sorriso em seu rosto.

- Pode acreditar uma coisa.O sentimento é recíproco.- Tiago disse sorrindo junto com Harry.

- Eu sou a única com juízo nessa família não é? – perguntei.

- Provavelmente. – dois disseram juntos e eu não me agüentei e sorri.

Ficamos conversando mais um pouco, mas fomos interrompidos por Sirius que entrou na cozinha.

- Viado, viado Junior, ruiva vamos vocês vão ficar na minha casa. – ele disse.

- É Cervo cachorro. – Harry e Tiago disseram juntos.

- Meu melhor amigo, o filho dele com cascos. – Sirius disse rindo.

Fiquei feliz por ver Sirius feliz, como será que ele ficou quando morremos?

- Vamos Harry. –Hermione perguntou.Quando foi que ela entrou?

***

Pov. Hermione Black.

...

Acordei super cansada, pois quando dormirmos já era três da manhã. Levantei e me arrumei, mas antes de sair ouvi asas batendo na janela e vi uma coruja preta.

Abri a janela e peguei o pergaminho e vi o brasão da mansão Malfoy. A primeira pessoa que eu pensei que me mandaria uma carta era Bellatriz mais abri e vi que não era dela.

Assim que comecei a ler meu coração acelerou:

...

Hermione.

Como estão suas férias? Espero que esteja se divertindo. Por aqui está sendo um tédio, fico o dia todo trancado no quarto.

Alguma coisa esta errada. Minha mãe e minha tia Bellatriz, sei que você não gosta dela. Estão de segredos por todo lado.Ficam falando dela, e ela só que não sei de quem é. Como você é super inteligente queria ajuda para descobrir que é.

Combinei com Pansy e Blás de na ultima semana de férias irem tomar cervejas amanteigadas no caldeirão furado. Quer ir?

Responda à coruja e espero te ver no caldeirão furado.

Beijos.

Draco Malfoy.

...

Meu coração estava acelerado e comecei a tremer.

Hermione Granger Black o que esta acontecendo a você?Ele é seu amigo, só isso.Mas nos beijamos, foi apenas um acidente, um acidente.

Suspirei tristemente e peguei um pergaminho e uma pena e comecei a escrever:

...

Draco.

Minhas férias estão ótimas. Obrigado por perguntar. Um pouco turbulentas, acho que logo você descobre o motivo, seu pai deve te contar.

Sobre ajudar, a saber, quem sua tia esta falando acho que não deveríamos. Se ela não quer contar ela tem um motivo e isso é o melhor. – melhor pra mim. Pensei enquanto escrevia.

Claro que encontro vocês no caldeirão furado. Só me dizer quando e que horas.

Estou com saudades.

....

Hermione Black.

Como as coisas mudarão de um tempo pra cá, já me chamo de Black, sou amiga do Malfoy e os pais do meu melhor amigo haviam ressuscitados junto com um amigo meu.

Pensei em Cedrico e há essa hora Dumbledore já deveria ter ligado para seu pai e agora estava chorando pelo reencontro.

Coloquei o pergaminho na patinha da coruja que bateu as asas e voou indo em direção a mansão Malfoy.

Olhei-me no espelho e desci e encontrei Tiago, Lilian e Sirius na sala de jantar sentados a mesa rindo.

- Posso saber qual é a graça? – perguntei assim que entrei na sala.

- Bom dia Hermione. – disseram os três juntos.

- Tempos de Hogwarts. – Lilian disse. – Um dos melhores dias.

- Eu sei. Hogwarts é perfeito. – falei. – Principalmente quando já se leu Hogwarts: Uma história.

- Eu sei. – Lilian concordou. – o livro é lindo.

- Pontas duas nerds leitoras em nossas vidas. – Sirius dramatizou.

- Como fomos parar assim. – Tiago entrou na brincadeira com Sirius.

- Hermione vai acordar o Harry. – Sirius pediu.

Quando eu ia levantar Lilian me impediu.

- Deixa que eu vou. – ela levantou sorrindo e subiu as escadas correndo.

Minutos depois ela desceu com um Harry sonolento atrás.

- ‘Dia. – Harry disse passando a mão nos olhos e sentando ao meu lado.

- Sirius. – chamei, ele me olhou. – Semana que vem você pode me deixar no caldeirão furado?

Todos me olharam confusos.

- Claro.- ele disse. – Por quê?

Dei de ombros.

- Vou encontrar uns amigos lá.

Harry já fechou a cara percebendo de quem eu falei.

- Vai se encontrar com o Malfoy, Parkinson e Zabini?

- Sim Sirius. – falei enquanto Tiago engasgava com o suco de abobora. – E Harry eles são legais, a não ser com Grifinórios.

- Espera você é amigo de um Malfoy?- Lily perguntou.

- E não é Grifinória? – perguntou Tiago.

- Sim eu sou amiga de um Malfoy. – falei pra Lilian. – E sim eu não sou uma Grifinória.

- Mas pelo que Sirius me contou você e Harry sempre foram amigos, e só descobriram que é filha dele no começo desse ano, então como são amigos?

- Bem... Eu era Grifinória, mas quando descobri que era uma Black tive que refazer a seleção e cai na Sonserina. – vi que Tiago iria perguntar uma coisa e já respondi. – Quando mudei de casa eu acabei começando a andar com o Malfoy, foi assim que minha amizade com ele começou.

- Ahh! – Tiago exclamou.

Terminamos de comer.

- Sabe o que eu estava pensando. – Sirius começou e eu já fiquei nervosa. – Podemos ir agora de manhã ao beco diagonal comprar umas coisas pra vocês e depois do almoço jogar quadribol.

- Boa. – gritaram Harry e Tiago juntos entusiasmado.

Como eles eram parecidos.

- E dessa vez vou ficar bem longe de uma vassoura. –falei. – E se vocês quiserem me matar arranjem outro jeito.

Sirius e Harry riram das lembranças.

- Espero todos no hall de entrada em 10 minutos. – Lilian falou em tom de mãe e todos fizeram o que ela pediu.

Dez minutos depois já estávamos no beco diagonal.

- Onde vamos primeiro? – Harry perguntou.

Tiago e Sirius se entreolharam e gritaram.

- Vassouras.

- Não! – Lilian e eu dramatizamos enquanto os garotos riram.

Harry passou os braços pela cintura da ruiva e fomos para procurar uma vassoura. Depois fomos a floreios e borrões com os garotos reclamando e fomos no caldeirão furado para tomar uma cerveja amanteigada.

Sentamos numa mesa e pedimos.

- Então Sirius como esta Lice e Frank? – Lilian perguntou.

Harry e eu nos encolhemos na cadeira.

- O que foi?- perguntou Tiago vendo que ninguém respondia.

- Eles... – Sirius não conseguiu terminar a frase.

- Enlouqueceram. – Harry respondeu.- Uma cena bem triste.

- Lice e Frank? – Lilian parecia desolada.

Tiago passou o braço pelos ombros da ruiva puxando-a pra si.

- E como você sabe que é um cena triste? – Sirius perguntou pra Harry.

- Quando eu vi o senhor Weasley ser atacado. Logo depois fomos no hospital e acabamos na ala para feitiços irrecuperáveis.- Harry contou. – Os vimos com Neville.

- E como assim você viu o Arthur ser atacado? – Lily perguntou preocupada.

- É que eu tenho uma ligação com a mente de Voldemort.- Harry respondeu.

- O que? – Tiago perguntou.

- Estão fazendo alguma coisa pra fechar a mente né? – Lilian perguntou.

- eu estava tendo aulas de Oclumência com Snape até que ele me expulsou da sua sala. – Harry disse.

- Como assim? – berraram Tiago e Lilian.

- Deixa pra lá. – o moreno disse dando de ombros.

- Lembre Harry feche a mente. – falei. – Não queremos te ver possuído de novo.

- Como assim? – Tiago berrou atraindo alguns olhares.

- Como assim possuído? – perguntou Lilian.

- Desculpa. – pedi a ele.

- Tudo bem. Eles iam saber um dia ou outro. – Harry disse. – Voldemort me possuiu.

- Você esta bem? – perguntou Lilian passando as mãos nos fios morenos do cabelo dele.

- Sim, estou bem mãe. – vi o quanto Harry ficou feliz em a chamar de mãe e quanto Lilian ficou feliz ao ouvir ele dizer.

- Mas foi muito engraçado ver o professor Lockhart daquele jeito. – Harry disse tentando mudar de assunto.

Fechei a cara.

- Sim, mas ele era tão lindo. – suspirei.

- Lindo que tentou apagar nossas memórias na câmera secreta. – Harry disse quando eu ia protestar ele continuou. – E não me venha dizer que ele não ia fazer isso por que eu vi muito bem, a e obrigado pela dica dos canos, eu nunca descobriria como o basilisco andava pela escola sem você. Mesmo petrificada me ajudou.

- Como assim petrificada? – Sirius perguntou.

- Depois. – falei.

- Depois mesmo, vocês vão ter que nos contar absolutamente tudo dessas aventuras de vocês. – Lilian disse. – Por que ele tinha que se parecer com você Tiago, tão irresponsável como o pai.

Harry sorriu.

- O que foi? – Tiago perguntou.

- Sempre diziam isso pra ele, parecido com o pai. –comecei.

- Mas com os olhas da minha mãe. – Harry terminou. – E claro que o professor Lupim disse que Harry tinha uma certa tendência a contrariar as regras iguais ao pai, se pelo menos ele fizesse isso sozinho.

- Como assim fizesse isso sozinho? – Lilian perguntou.

Harry deixou escapar um riso.

- No final Ron e eu acabamos nos metendo em encrencas com ele. – suspirei.

- Eu nunca pedi. – Harry se defendeu.

- Mas se não fossemos você hoje estaria morto. – falei.

- É apena um detalhe. – o moreno disse rindo.

Lilian abraçou Harry forte e ele estava quase chorando.

Sorri. Eles mereciam ser felizes.

- Agora... – Sirius começou.

- Vamos... – Tiago continuou.

- Jogar quadribol. – Harry finalizou quase pulando de alegria.

Suspirei.

E minha tortura começava AGORA.

...

Continua...