A New Life escrita por JacquelineD


Capítulo 16
Chapter Sixteen.


Notas iniciais do capítulo

Então... Estou querendo fazer o capítulo do "plano" bem caprichado, então está demorando pra sair -q. Maaaas eu não queria ficar sem postar nada então fiz esse capítulo só para vocês verem um pouco da Lise e a amizade dela com a Jay, e um acontecimento que é mais ou menos importante pro futuro da história. Não dá nem pra suspeitar do que é, mas assim que acontecer o que tiver que acontecer, vocês vão entender -q. ENFIM, vou parar de enrolar!
PS: Desculpem qualquer erro, não revisei, hihihihihihi. E a propósito, o capítulo é todo no POV da Lise. (:
PS²: Algumas das coisas que elas fazem pelo hotel, eu realmente já fiz -q



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POV. Lise
- E foi isso… - Jay terminou de falar e soltou um suspiro.
- Então quer dizer que você planejava “se declarar” pra ele, mas se deu conta de que jamais daria certo?
- É... Mais ou menos isso. – ela falou pausadamente.
- E o que você tem na cabeça, sua desmiolada? Como você sabe que não ia dar certo antes mesmo de tentar? – perguntei com uma careta. Ela revirou os olhos e se jogou de costas na cama.
- Sabendo... Intuição, sabe? Não acho que eu conseguiria lidar com o ciúme das fãs, a mídia e tudo mais que eu seria obrigada a aguentar por ter um namorado famoso. Além do mais, eu não imagino que ele sinta por mim o mesmo que eu sinto por ele.
- Está bem, Alice Cullen, se você previu isso, quem sou eu para discordar? – ela me fuzilou com o olhar e eu mandei beijinhos.
- Enfim, vamos mudar de assunto? Fazer alguma coisa?
- Pode ser... Tá com fome?
- Uhum. Mas to com preguiça de sair. – ela resmungou e se deitou na cama.
- Eu sei, senhorita preguiçosa, é para isso que existe serviço de quarto. – eu disse enquanto levantava da cama e ia até o telefone.
Pedimos uma gororoba lá para comer, e tinham também alguns pacotes de salgadinhos e biscoitos que eu tinha comprado mais cedo. Logo, a farra começou. Liguei a televisão só para nos fazer companhia, mas deixei o volume no mudo já que ligamos o som. Estava tocando Like A G6, e nós dançávamos loucamente ao som da música. Qualquer um que entrasse no quarto naquela hora, pensaria que nós estávamos chapadas ou algo do tipo, mas era apenas nossa forma de se divertir. Não demorou muito e já estávamos parecendo duas crianças correndo pelos corredores do hotel, pulando parecendo cangurus. Fomos até o sexto andar, nos deitamos no chão e fomos rolando de um lado até o outro. Só paramos quando ouvimos passos se aproximando; nos levantamos rapidamente, ajeitamos o cabelo e nos encostamos na parede bem a tempo de fingir que éramos normais na frente de um grupo de garotos que passava por ali. Assim que eles sumiram de nossas vistas, começamos a rir e descemos todos os andares de escada, correndo. Passamos pela recepção de braços dados e cantarolando parecendo duas crianças.
- Nós andamos iguais, HEY! Nós andamos iguais, HEY! – no “hey” jogávamos uma das pernas pra cima. – Nós andamos iguais, de um lado pro outro, pra frente e pra trás! – berramos enquanto pulávamos e ríamos de nós mesmas. Por onde passávamos, todo mundo olhava, mas não estávamos nem aí. Estávamos em LONDRES! Mas enfim, voltando. Fomos até o salão de jogos e percebemos que estava rolando um bingo para idosos lá dentro. Ah... Aquela perfeita oportunidade para semear a confusão. Eu engatinhei até uma das mesas vazias e fiquei encolhida atrás da mesma, gesticulando para Jay fazer igual. Uma vez que ela estava escondida na do lado, sussurramos uma para outra e começamos a contar.
- No três – fiz o movimento dos lábios, sem emitir som. – Um... Dois... Três. BINGO! – nós duas gritamos juntas e nos encolhemos, prendendo o riso quando todos os velhinhos pularam nas cadeiras e começaram a resmungar, procurando o falso ganhador.
- ACHEI! – um velhinho gritou, apontando para a gente. – FOOOOOOOOGO! – ele berrou com a voz rouca, seguida de um monte de tosses enquanto chovia biscoitos e bolinhas de bingo em cima da gente. Algumas velhinhas que estavam próximas deram bolsadas na gente enquanto levantávamos e tentávamos correr daquele lugar, mas eles continuavam a atirar coisas em nós. Jay abaixou quando uma bengala rasante atravessou a sala.
- Ai meu Deus! Eu quase fui decapitada! – ela exclamou enquanto corríamos para o lugar mais longe possível dos velhinhos furiosos.
- Caramba, eu nunca pensei que idosos podiam ser tão brabos assim! Quase que rola a terceira guerra mundial ali dentro. Agora eu entendo o que o frajola sentia em relação à vovó. – eu resmunguei enquanto sentávamos perto da área da piscina, que ficava aberta a noite. Olhamos uma para outra e caímos na gargalhada, quase morrendo por conta da falta de fôlego. Senti uma coisa puxar meu cabelo, e tateei até encontrar o que era. Tentei desembolar o objeto não identificado dos fios, e quando consegui, soltei um gemido.
- ECA! Mano, que coisa nojenta! – reclamei enquanto ajeitava meu cabelo.
- O que foi? – Jay perguntou, ainda sem entender nada.
- Jogaram uma dentadura em mim! – eu mostrei para ela o que tinha em mãos e ela começou a rir muito alto. – Para com isso, abestalhada. Não tem graça!
- Tem... Sim... – ela disse, sem ar. – Ai, meu Deus! Que saudade que eu tava dessas loucuras. – ela continuou rindo, e dessa vez, eu acompanhei.
-É... – comecei a falar, depois de me recuperar. Estávamos andando novamente pelo hotel, por lugares que ainda não tínhamos ido. – Sabe, às vezes eu sinto falta de quando éramos pequenas. Vivíamos aprontando, lembra?
- Oh, se lembro. Estávamos sempre dançando músicas da época pelo colégio, sempre filmando e guardando como memória. – ela soltou um risinho baixo. Do nada, ela começou a sussurrar uma música que eu logo reconheci, acompanhando ela no mesmo tom. Jay olhou para mim e sorriu de lado; eu sabia exatamente o que fazer. Pigarreei e dei um passo para o lado, adquirindo mais espaço entre nós duas.
- Esse beijo da tua boca tem sabor de fruta fresca. O toque dos teus lábios não sai da minha cabeça. Esse beijo com que sonho quando a brisa me refresca, que me leva até o céu e a terra me regressa. – comecei a cantar fazendo gestos exagerados.
- Minha alma reza e reza, mas sei que não tenho cura. A lembrança do teu beijo quase me leva a loucura-aaaaaaaaa – Jay prosseguiu, cantando dramaticamente.
- SIM, SIM, SIM! ESSE AMOR É TÃO PROFUNDO. VOCÊ É MINHA PROMETIDA, EU VOU GRITAR PRA TODO MUNDOOOO! – cantamos juntas, fazendo os mesmos passos da dança que tínhamos inventado anos atrás. - SIM, SIM, SIM! ESSE AMOR É TÃO PROFUNDO. VOCÊ É MINHA PROMETIDA, EU VOU GRITAR PRA TODO MUNDOOOO!
- Você é minha prometida, a menina dos meus olhos
Quem me adoça a vida, quem afugenta meus medos. – continuei a letra.
- A mais linda das mulheres a mais bela dentre as flores
A fortuna que eu espero num arco-íris de cores. – Jay cantou.
- SIM, SIM, SIM! ESSE AMOR É TÃO PROFUNDO. VOCÊ É MINHA PROMETIDA, EU VOU GRITAR PRA TODO MUNDOOOO! – continuamos a dançar e cantarolar o ritmo da música enquanto íamos pelo corredor.
- E que digam nos jornais que eu te quero de verdade
Nas rádios, na novela e em toda parte da cidade! – dramatizei novamente.
- Vai estar num outdoor, como você não há nenhuma
Que digam em toda China, que digam até na LUAAAAAAAAA!
- SIM, SIM, SIM! ESSE AMOR É TÃO PROFUNDO. VOCÊ É MINHA PROMETIDA, EU VOU GRITAR PRA TODO MUNDOOOO! SIM, SIM, SIM! ESSE AMOR É TÃO PROFUNDO. VOCÊ É MINHA PROMETIDA, EU VOU GRITAR PRA TODO MUNDOOOO! – finalizamos a coreografia rindo muito, até que eu olhei para um ponto longe da gente e tive a impressão de ver um... Vulto?
 - Ei, o que foi aquilo? – perguntei, franzido a sobrancelha.
- Aquilo o quê? – Jay olhou para mim, ainda se recuperando dos risos.
- Eu só... Ah, deixa pra lá. Acho que eu to ficando tonta, só isso.
- Tá, né... Enfim, vamos subir? Cansei de perambular por aí. – ela resmungou enquanto me puxava pelo braço. Chamei o elevador e assim que as portas se abriram, demos de cara com dois meninos de uns 13 anos mais ou menos. Observei pelo canto do olho quando um deles se aproximou da minha melhor amiga e estufou o peito, tentando parecer macho.
- Oi... – ele sorriu de lado.
- Oi. - Jay sussurrou, sem olhar para ele.
- Vem sempre por aqui, gata? – o garoto ergueu uma sobrancelha, ainda sorrindo.
- Não. Geralmente vou pelas escadas mesmo. – ela cruzou os braços e soltou um suspiro.
- M-mas... Não foi isso que... – ele começou a falar bem na hora que o elevador parou no nosso andar, e Jay me arrastou pra fora sem falar mais nada. Assim que chegamos em frente à minha porta, começamos a rir.
- Lise, o garoto não tirava os olhos da sua bunda! – ela disse entre risos.
- Ai, ai, viu. Era só essa que me faltava! Enfim, é melhor entrar, já está tarde.
- Ok, então. Boa noite, amoreco. – Ela se despediu, me abraçando.
- Boa noite, gata da escada. – falei com um risinho.
Assim que entrei no quarto, tirei meus sapatos e estava indo pegar meu pijama quando vi no meu celular várias chamadas não atendidas do Harry. Imediatamente, liguei de volta.
- Alô?
- Harry? Está tudo bem? Porque me ligou tantas vezes?
- Ah, oi, Lise. Rapidinho... Ei, pessoal! A Lise retornou as ligações! – ouvi sua voz um pouco distante, seguida por uns ruídos estranho. – Você está no viva-voz, ok?
- Ok... Oi, meninos. – falei, um pouco sem-jeito.
- Olá! – eles responderam de volta.
- Então, alguém pode me dizer o que está acontecendo?
- Ah, sim. Bem, é que... – Liam começou a falar.
- É que...? – incentivei-o a continuar.
- É que eu tava planejando uma coisa, sabe... – pude ouvir uns risinhos, mas tentei me concentrar nele. – eu tava planejando fazer uma coisa pra Jay, amanhã... Mas eu precisava da sua ajuda, e dos meninos. Eles toparam, só falta você.
- Hum... E o que eu faria para ajudar? – perguntei, começando a me interessar na história.
Liam me contou tudo o que queria fazer, e eu aceitei participar. Teríamos que acordar antes da Jay para pôr o “plano” em prática, e rezar pra dar tudo certo. Resolvi me deitar logo, já que não poderia dormir até tarde no dia seguinte. Assim que bati na cama, apaguei.

(...)

- Niall, fica quieto! – Harry reclamou pela milésima vez, enquanto passávamos pelo corredor tentando ser o mais silenciosos possível.
- É que o cheiro dessa comida está me deixando com fome! – ele resmungou, enquanto segurava a bandeja com café-da-manhã. Louis, Zayn e Liam estavam em algum outro lugar, fazendo alguma outra coisa, enquanto eu estava lá, com aqueles dois. Destranquei a porta do quarto de Jay e abri bem devagar, sinalizando para eles tomarem cuidado ao fechar a porta. Fomos andando nas pontas dos pés, até que eu parei subitamente, fazendo Niall dar um pinote e quase deixar a bandeja cair.
- Toma cuidado, cara! – Harry repreendeu-o.
- A culpa não foi minha! Ela parou do nada.
- Shiiiiiu! Calem-se vocês dois! Só um instante. – eu disse enquanto me espichava para ter uma boa visão de Jay. – Pronto, podem vir. Ela está vestida.
Estávamos andando de fininho, passando em frente à cama quando ela começou a se remexer. Instantaneamente, congelamos no lugar, sem atrever a mexer um dedo do pé. Engoli seco quando ela rolou pela cama e abraçou o travesseiro.
- Hum, Li-liam...- ela sussurrou baixinho com um sorriso bobo no rosto, e foi o bastante para Niall soltar uma gargalhada histérica. Harry tapou sua boca com a mão livre, e eu dei um beliscão em seu braço. Jay remexeu-se novamente, dessa vez abrindo os olhos. “Fujam para as montanhas!”, pensei comigo mesmo, sabendo que ela ia acordar tendo um treco quando nos visse. Porém, assim que ela sentou na cama, Harry puxou Niall para baixo e eles se deitaram no chão em frente à mesma, de modo que só eu podia vê-los.
- Hã? Lise? O que você tá fazendo aqui? – ela perguntou, esfregando os olhos. Meu coração parecia que ia pular pra fora do peito de tão nervosa que eu fiquei, e comecei a maquinar uma resposta para dar. Perdi a linha de pensamento no momento em que senti passarem a mão na minha perna. Olhei para baixo e vi Harry esticando o pescoço para ver por debaixo da minha saia. Por impulso, dei um chute nele, que choramingou de dor.
- Ai! Ai, ai, ai... – comecei a gemer, para disfarçar o barulho que ele fazia. – Ai, que cãibra horrorosa! – me agachei, segurando a saia e fuzilei Harry com o olhar. Ele apenas sorriu maliciosamente.
- Lise? Você tá bem? – Jay fez menção de se levantar da cama.
- NÃO! – fiz um gesto para que ela parasse. – Digo, sim. Estou ótima. Isso é... Um sonho. É. Apenas um sonho. – falei com uma voz esquisita, fazendo movimentos dramáticos com as mãos.
- Um sonho? – ela franziu a testa, sonolenta e confusa.
- Sim, um sonho. Agora deite de novo. – balancei a cabeça e ela me imitou, já deitada. Alguns segundos de puro silêncio depois, ela já estava dormindo novamente, e os meninos levantaram.
- Um sonho, é? – Niall perguntou, erguendo uma sobrancelha enquanto limpava o pó de biscoito do rosto.
- Sonho foi o que eu vi... – Harry sorriu maliciosamente, me fazendo revirar os olhos.
- Ela é sonâmbula, não vai lembrar de nada. Só precisava fazer com que ela voltasse a dormir. – dei de ombros. – Enfim, vamos logo com isso? Niall, coloque a bandeja em cima da mesinha e pare de comer. Harry, coloque o bilhete ali (...)
Pronto! Nossa parte estava feita; já tínhamos colocado o que Liam tinha pedido no quarto da Jay. Agora, era só esperar ela acordar...


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Notas finais do capítulo

Prometo que posto o capítulo seguinte em breve, com certeza antes do fim de semana. Anyway, espero que estejam gostando e maaaaais uma vez OBRIGADAAAAAAAA por deixarem reviews, vocês não tem ideia do quanto me fazem feliz *-* Então, até a próxima. Beijinhos :3