Morava no Hotel e Cassino Lótus, e tinha dois amigos que eram irmãos Bianca e Nico Di Angelo. O hotel tinha todos os brinquedos que você poder imaginar, era simplesmente incrível, quando uma pessoa entrava nele, tinha vontade de nunca mais sair, não, me desculpa, quando entrava, ela não tinha mais vontade, simplesmente ações, o que ela pensava se resumia a: comer, beber, andar, jogar, dormir. Não passava disto. Mas não acho que posso ser considerada uma pessoa...talvez uma quase pessoa...é, uma quase pessoa. E por causa disto eu era parte da minoria que conseguia sair de lá sem o menor problema. Estava sentada na cama enquanto todos estavam dormindo, da janela pude ver o céu nublado e a lua com algumas nuvens a sua volta. Fiquei pensando em meus pais , como eles seriam agora se não tivessem morrido...

–Psiu - ouvi alguem chamar da porta de meu quarto do hotel.
Sai da cama e fui ver, era Nico.
–O que esta fazendo aqui? - perguntei
–Vem cá preciso te mostra uma coisa, vai chamar a Bianca.
Fui ao quarto ao lado e chamei Bianca.

–Hãm ? quem ? - ela falou olhando para os lados .
– O Nico esta chamando.
–O que? Cassie, sabe que horas são? - ela perguntou ainda com o olho entreaberto.
–Vem logo...
Entremos no elevador e fomos ao terraço junto com o Nico, que segurava seus bonecos de deuses gregos que colecionava.
–Olhem a lua.
–Que legal! Agora eu e Cassie queremos dormir - resmungou Bianca. 
–Não, a lua é Artémis e as nuvens são Zeus - falou Nico apontando de novo para a lua.
–Você pirou da cabeça...- falou Bianca impaciente.
–O que como sabe isso? - perguntei interessada, ja que sabia que tudo aquilo era real.
–As cartas - disse ele levantando as cartas dos bonecos - Esta acontecendo algo la...
Sim, eu sabia de tudo isso, bom, eu não sou normal. Meu nome é Cassie e tenho poderes que qualquer um me mandaria para um laboratório e me estudaria...bom, qualquer um não...mortais, para ser mais especifica, semideuses e magos talvez me entenderiam, se eu não contasse toda a história, por que eu acho que se eu contar minha arvore geológica para eles, também não irão entender muito bem... Se eu tenho vontade de contar para alguém? MUITA! Mas eles iriam rir, se fossem gentis...E também, o que eu falaria?

"Hey! Sabia que eu posso viajar no tempo? Ontem eu fui ver uns dinossauros, sua mãe estava lá!" Já senti vontade de falar isto pra certas pessoas...

–...e Apolo o sol. Cassie, está me ouvindo? - Nico falou. Me tirando do mundo dos sonhos.

– Hã? Claro! O sol, obvio!

– Obvio? Então você entende de mitologia grega? - Percebi duas coisas: 1º se respondesse sim, iria magoar ele, ja que estava contando aquilo para simplesmente se mostrar.

– Não, só o básico - 2º Bianca estava dormindo a sei la quanto tempo, talvez desde que chegamos aqui no terraço...ou talvez nem tenha acordado! - Nico, depois você me ensina mitologia, agora vamos dormir!

... Sinceramente? Não estava com vontade de dormir coisa nenhuma! Era só uma desculpa para eu poder viajar por ai e ninguém sentisse minha falta. Não que alguém sentissem minha falta naquele hotel, somente Nico e Bianca conseguiram lembrar meu nome, então eles eram o mais próximo de amigos que eu tinha.

Alguns fatos interessantes sobre aquele hotel são que minutos lá dentro pode significar horas, talvez até dias fora dele. E que se você conseguir sair de lá, o que você fez fica um pouco embaralhado e coisas tão pequenas como nomes são facilmente esquecidos.
Quando me dei conta, estava dentro de uma casa, parecia ser de alguém rico, moveis caros, a televisão dos sonhos de qualquer um... Eu andei pela casa por tanto tempo, que estava começando a achar que ela não tinha fim, até que cheguei em um corredor comprido e no fim, uma porta. Quando abri a porta, me deparei com o jardim mais lindo que eu ja tinha visto, tinha flores de cores que eu nunca tinha visto na vida e parecia ser BEM maior que a casa. Amo flores, elas não fazem perguntas do tipo "Você é de onde?" ou "Qual é o nome dos seus pais?" entre outras perguntas irritantes. Nem preciso dizer que me diverti bastante passeando por aqui, né? A única coisa que eu estava estranhando era que até agora não tinha visto nenhuma pessoa e não tinha sinal de estar abandonada, pra que uma casa tão grande e não morar ninguém lá? Se não mora ninguém, por que está limpa? Tinha acabado de organizar meus pensamentos quando ouvi um barulho de um vaso quebrando atrás de mim.

– Posso saber o que você está fazendo aqui?
O tom de voz atras de mim era bravo e ao mesmo tempo cansado, deduzi que era um homem e não precisei saber quem era ele pra saber que eu estava encrencada...