Spying on the Fairy Hills escrita por Jereffer
Se espremendo pelo duto de ventilação, um coelho branco bastante singular escutava. Qualquer um que olhasse com atenção notaria que ele usava um pequeno lacrima preso a um medalhão.
– Pessoal – chamou Gray quando conseguiu ativar o lacrima – Eu estou na ventilação da cozinha, escutem isso – ele ativou o áudio no máximo.
– Huuum... E então, você gostou? – Na guilda, todos se espremiam para ver e escutar melhor, mas ninguém conseguiu distinguir a voz que era abafada pelo metal, mas conseguiram o ouvir o som que se parecia com o de um objeto sendo lambido.
– Foi delicioso, mas eu fiquei toda suja e grudenta – essa voz foi mais reconhecível, o que causou varias hemorragias nasais na guilda.
“É a Lucy” pensou Gray, mas uma duvida o impediu de ver a malicia da cena, pois em sua mente, ele voltava algumas semanas à outra conversa escutada na cozinha.
– Ei, assim você me faz cócegas – disse Lucy rindo.
Na guilda, alguns estavam a ponto de desmaiar devido ao uso em excesso da imaginação, quando o Mestre resolveu tomar uma atitude prática
– Gray – disse ele pela lacrima – Inicie uma transmissão de imagem.
No duto de ventilação, Gray ficou confuso.
– Velhote? – perguntou ele em tom de reprimenda – É você aí?
– Digamos que eu resolvi fingir não saber de nada, ser indulgente – respondeu o velho envergonhado – Agora mudando de assunto, digamos que pegar essas imagens estão sob o Código Azul.
– “Algo de extrema necessidade para o bem estar geral da guilda”? – disse Gray ao lembrar o que isso significa – Sério?
– Relaxe – disse Macao tentando outra abordagem – Caso você seja descoberto e espancado, nos pagamos seu tratamento médico.
– Agora eu me sinto confortado – disse ele com sarcasmo – Vou descer o lacrima pela abertura para o forno, então fiquem atentos.
Na guilda, quase cinqüenta pessoas se inclinavam para ver melhor.
Mas acabaram se decepcionando.
– Que diabos... – eles ouviram Gray dizer, e então conseguiram ver a cena.
Em uma das bancadas, Lucy e Levy comiam algo que parecia ser panquecas que nadavam em calda, e o som de lambidas vinha delas tentando desgrudar os pedaços de suas respectivas colheres.
– Que bom que você gostou das minhas panquecas, Lu-chan – Levy disse enquanto ajudava a Lucy a limpar a blusa com um guardanapo.
Na guilda, houve lágrimas coletivas.
– Essa é a segunda vez em um mês em que eu sou enganado por um dialogo que acontece na cozinha – disse Gray(n/a: Love In The Kitchen) desligando a transmissão de imagem – Vou procurar por algo um pouco mais interessante que uma conversa sobre culinária.
Aquilo criou um ambiente melancólico na guilda.
Demoraram vários minutos até alguém fazer contato novamente.
– Ei Pessoal – Natsu disse ativando o lacrima – Encontrei um lugar interessante, e vazio por sinal!
– O descreva!
Em sua tocaia, Natsu chegara ao lugar mais estranho que já vira na vida: Em sua base, parecia-se com um quarto de uma garota fina, se não estivesse decorado de uma maneira peculiar.
– Eu resumiria isso como a Graylandia.
– O quarto da Juvia – disseram cinqüenta vozes ao mesmo tempo.
Natsu achou que o lugar parecia um tanto assustador: Fotos e recortes de revista cobriam um mural que ficava ao lado da cama, bem perto de uma centena de bonecos do Gray, um ocupando a cama enquanto os outros se empilhavam.
– Me lembrem de jamais lutar com o Gray na frente da Juvia – disse Natsu com a voz assombrada – Ela é assustadora.
Na guilda, ouve um momento confuso.
– Ele não tem medo de provocar o Gildarts – disse Nab assombrado – Mas ficou assustado com uma garota obcecada.
– E com isso ele demonstra uma rara sabedoria – Gildarts, que até então não chamara atenção para si mesmo, e estava sentado em um quanto – Se eu soubesse fazer isso, teria evitado tantos problemas.
– Então você veio se juntar ao nosso sujo e baixo entretenimento, Gildarts? – perguntou Makarov rindo.
– Estive fora por um longo tempo – ele respondeu – Isso é bom para eu entender o crescimento que ocorreu nessa geração.
– Eu deveria ter pensado em uma desculpa como essa primeiro – repreendeu-se o mestre, mas aquele estranho debate foi interrompido por uma transmissão de imagem.
– Isso explica o meu súbito respeito.
Através da imagem reproduzida do lacrima, eles viram algo perturbador: Algo denominado “Projeto de Eliminação de Rivais no Amor” e era uma representação em um cartaz e em uma maquete de situações em que uma rival no amor poderia se acidentar.
– Veja, ela tem até mesmo “action figures” da Lucy para exemplificar – disse Wakaba, que em um momento de espanto deixou seu cachimbo cair.
– Isso porque vocês nem viram o “Plano de extermínio de inimigos do Gray-sama” - disse Natsu desligando a imagem – Vou ter pesadelos com aquilo. Vou procurar mais algo que possam constranger o Gray, deixarei desligado por enquanto.
No outro lado do dormitório, Gray estava com problemas.
Sua forma não era a ideal para se camuflar ou se esconder, então ele só contava com a velocidade para evitar um fluxo cada vez maior de pessoas acordadas.
Ele encontrou sua perdição ao tentar subir uma escada rápido demais, e sua pressa o fez trombar com uma canela.
Para seu desespero, Era a Lisanna... e a Juvia.
– Mais devagar amiguinho – disse Lisanna pegando nos braços o coelho que se debatia desesperadamente – Se perdeu do quarto da Bisca, ein?
– Devíamos levá-lo de volta – disse Juvia olhando para os lados – Se a Erza-san ver um animal correndo solto pelo dormitório...
– Problemas – concordou Lisanna – Você poderia fazer isso? É meu dia de fazer o café da manhã, e as garotas acordarão logo.
– Juvia fará com prazer – disse ela enquanto pegava o coelho aflito – Até depois, Lisanna-chan.
Enquanto era apertado contra o busto dela, Gray conseguiu sussurrar pelo lacrima:
– Código Amarelo! Eu repito, fui capturado, solicitando resgate AGORA – disse ele em um sussurro urgente durante o diálogo.
Na guilda, o riso se espalhava mediante a situação.
– Happy – disse Pantherlily enquanto ativava seu Aera – É a nossa vez.
– Aye – disse Happy animado – Se a Juvia descobrir que aquele é o Gray, nunca conseguiremos resgatá-lo.
Enquanto era carregado, Gray pensava que sua segurança se baseava em dois gatos e uma salamandra no momento.
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