Circulo De Paixões. escrita por Lorys Black


Capítulo 26
Capítulo 25 - Mentiras Sinceras


Notas iniciais do capítulo

Oi povo, cá estamos com o último post do ano de 2012.
Matilha linda do meu core, muito muito obrigado mesmo por nos acompanharem aqui nesse ano que finda.
Bruna e eu agradecemos muito.
Agora eu recomendo que peguem um copo com água.
Sem mais delongas, vamos ao capitulo.
BOA LEITURA!!!!



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Com os malditos lábios selados.
Essa e a minha sensação, sempre que tento contar a Mike sobre minha condição. Meus lábios travam e eu simplesmente não consigo falar absolutamente nada.
E continuo em uma teia de mentiras, presa e sem saber como sair.
Parei o carro em frente à loja.
Ao descer, o aroma amadeirado da pele dele invadiu meu corpo.
Inevitavelmente, meu coração disparou frenético.
– Bom Dia Leah. – a voz próxima ao meu ouvido, causou um arrepio por todo meu corpo.
Não me virei para encará-lo.
– O que você quer Jacob? – me afastei rapidamente.
– Estamos com um ótimo humor. Maravilha. – seu tom de voz era sarcástico.
– Desembucha. – caminhei ate a porta da loja, Kate ainda não estava lá.
– Precisamos conversar. – o tom frio naquelas palavras me fez virar, para encarar seus olhos.
Meu coração acelerou ainda mais, ao olhar para ele.
Jacob mudou a aparência. Cortou os cabelos, fez a barba. Estava mais lindo, do que nunca.
– Tosou? – fiz um gesto indicado à mudança.
– Tratamento completo. Banho tosa, e ainda ganhei massagem. – ele provocou. Trinquei os dentes.
– Falamos mais tarde, vou trabalhar agora. – ele segurou meu braço.
– Vamos conversar agora, por favor. – um tom de voz dominante, e totalmente envolvente.
Sacudi a cabeça tentando afastar o magnetismo que isso causou em mim.
– Preciso avisar Kate. – fui firme.
– Ela já sabe Leah, e avisou Kim que a loja não abrirá hoje. – assenti, sem entender o que estava havendo. – Vamos. – ele indicou a mata.
– Não saio do lugar, enquanto não souber o motivo de tanto segredo. Fale, ou vamos ficar admirando a paisagem o dia todo. – travei os pés no chão.
– Descobrimos qual o motivo do interesse dos sanguessugas em você. – senti um aperto tão forte no coração, que poderia ter me derrubado.
Minha expressão desmontou por um segundo.
– Podemos ir agora Leah? – ele pedia cauteloso, preocupado.
Passei por ele, sem olhar para trás. Podia sentir os passos leves vindos logo atrás.
A presença dele aqui, parecia um sonho, não sei ao certo lidar com ela.
– Eles estão em frente a nossa casa. – a voz dele fez o arrepio dominar meu corpo novamente.
– Então vão ficar? – soltei as palavras sem controle.
– Sim. – ele caminhava ao meu lado.
– Todos? – minha curiosidade era maior.
– Todos, somos uma família agora. Viajaremos, mas nossa casa é aqui. – uma felicidade infernal dominou meu peito, droga.
– Que lindo. – tentava ser melhor, mas não conseguia.
Jacob só sorriu. Apenas um gesto idiota, mas meu coração acelerou de uma forma frenética.
Era ele mesmo ali, o sorriso, o cheiro. Tão certo e ao mesmo tempo tão miseravelmente errado.
– Bom Dia Leah. – a voz de Embry me fez relaxar, e soltar a respiração.
– Vou definir em alguns minutos, se o dia terá algo de bom, ai conversamos. – tentava de alguma forma manter a sanidade, que a presença de Jacob estava jogando para longe.
– Ela não pode apenas fingir. – Seth depositou um beijo na minha bochecha. – E responder de uma maneira educada.

– Não costumo fingir Seth. – escutava os passos rápidos e leves dos novos moradores da reserva.
Aquiles, trazia em suas costas Moira, Scott, Ayra e Graham, Merida. Eike não estava ali.
Sam se aproximava com Jared, Paul e Joseph.
Minha inquietação aumentou.
– Estamos aqui Jacob. – Sam parou na minha frente cruzando os braços, sua expressão interrogativa me fez entender seus pensamentos.
– Estou tão perdida quanto você. – dei de ombros.
– Bem, estão todos aqui. – Jacob ficou no centro do circulo, que nem havia notado ter se formado ali.
– E curiosos. – Paul estalou os dedos.
– Jake, o que esta havendo? – Sam estava visivelmente preocupado.
Jacob olhava diretamente nos meus olhos. Como se tentasse me avisar, que esse assunto tinha a ver comigo.
– É Você que eles querem Leah. – minha garganta secou.
– Porque ela? – Sam parou um pouco a frente, protetoramente, revirei os olhos. – Isso não faz sentido.
– Leah é a única fêmea da espécie Sam. Nunca vi em lugar alguma outra Loba. – os olhos dele não desviavam dos meus.
– Mas qual o motivo? – Seth parecia inquieto. – Ela é uma fêmea, mas... – ele barrou as palavras.
– Mas, não tenho as funções que uma mulher normal tem, certo Seth? – a raiva lambia meu corpo. – Eles acreditam que eu tenha é isso? – sorri sarcástica.
– Não acho que eles estejam se arriscando tanto por uma desconfiança. – o tom de voz firme, e decidido de Moira me irritou por algum motivo.
– Talvez eles saibam algo que não saibamos. – Merida me olhava com admiração. Não havia notado, sua chegada.
– O que eles sabem, é que nesta reserva existe uma Fêmea, o que eu sei com toda certeza, é que esta fêmea não se reproduz, pois tem um corpo congelado, e com a única finalidade de proteger, não reproduzir. – minha irritação, estava escapando por entre os dentes. – Eu acredito que vocês estão enganados, Reneesme é o alvo, sempre foi.
– Eu tenho a certeza que não. – Jacob deu dois passos em minha direção. – Mas podemos fazer um teste. – sua expressão era desafiadora.
– Você esta querendo dizer o que? – Sam estava visivelmente irritado.
A expressão de Jacob, e sua sobrancelha levantada, me indicavam o que ele estava pensando.
Irritante, a certeza de conhecê-lo bem, a ponto de saber.
– Vamos colocar a híbrida dos Cullens e Leah de isca. – Seth quase rosnou. – Acalme-se Clearwater, e escute o plano até o fim. – Seth se calou no mesmo momento. – Ayra, Merida e Moira são humanas comuns, nenhum sanguessuga, vai desconfiar do que elas são capazes, e Eu, Aquiles, Eike, Scott e Graham, estaremos na mata.
– Porque usá-las de isca? – Seth não estava gostando nada da ideia, e para falar verdade, eu também não.
– Onde Leah, esta quando a reserva é invadida? Quem sempre acaba encurralada por sanguessugas? Eles sabem que os Lobos sempre estão na mata, socorrendo Reneesme, Leah sai de onde esta para que nada aconteça a ela. Só que desta vez quando isto acontecer, vamos separar os caminhos, para descobrirmos qual realmente interessa a eles. – o tom de voz alfa na voz de Jacob, não era comum como o de Sam, era algo infinitamente mais dominante, funcionava como uma hipnose.
Olhei ao redor e notei que essa sensação com a voz dele, não era só minha, era geral.
– E nós entramos em qual parte deste plano? – o desconforto de Sam, era visível.
– Na parte que vocês ficam protegendo a reserva. – pude ouvir os dentes de Sam trincando.
– Não entendi Jacob? – a voz de Sam, já não era amistosa.

– Sam, elas estarão protegidas, com os garotos a situação pode ficar, sem controle, e não vamos conseguir descobrir nada. – a voz de Jacob, não subiu um único tom, era calmo, confiante.
– Sabemos trabalhar em equipe Jacob, não vamos arriscar machucar Leah. – a força dominante do alfa dominou as palavras de Sam.
– Não duvido disso Sam. Mas acontece que eu também não vou colocar Leah em perigo. Eles precisam acreditar, que ela e a hibrida dos Cullens, estão sozinhas. Estaremos protegendo ambas, mas precisamos saber o que motiva a caçada. E como ela começa. – Jacob não parecia sequer notar, a irritação de Sam.
– Não vamos permitir isso, ficar aqui de braços cruzados. – os garotos da matilha de Sam, se agitaram.
– Não estou pedindo permissão Sam, assim como não pedi ajuda. Vim até aqui compartilhar nossas ideias, pois respeito vocês, poderia ter simplesmente falado com Leah, e partido. No entanto aqui estou. – Jacob deu dois passos a frente. – Vocês ficam, é mais seguro. – todo movimento que estava sendo feito, por mim, ou por qualquer garoto, das duas matilhas cessou ali. Estranhamente o tom de voz não mudou porem, era certo ser um tom alfa.
– Acalmem-se. – empurrei as palavras, pois estava tão paralisada, com Jacob quanto o restante dos garotos. – Sam, sei me cuidar sozinha, e mesmo não gostando, Jacob esta certo. Se todos nós sairmos daqui, a reserva que sempre será a prioridade fica desprotegida.
Ele assentiu visivelmente desgostoso com a própria incapacidade de contrariar Jacob.
– Partimos esta noite. Vamos nos afastar da reserva. – Moira se aproximou. – Notamos que os sanguessugas sempre se aproximam pelo Alasca, vamos ficar no meio do caminho. Acampar.
Não entendo o motivo, mas a presença de Moira me irrita.
Bufei irritada. E sai dali.
Me sinto pesada. Qual o motivo de ser um alvo?
– Tudo bem? – a voz rouca de Jacob fez o maldito calafrio dominar meu corpo. Droga de reações incontroláveis.
– Sim. Vou avisar meu Marido, ou tentar. – enfatizei a palavra marido.
– Ele não sabe certo? – a expressão dele me irritou.
– Não é da sua conta Jacob. – trinquei os dentes.
– Desculpe, não foi essa minha intenção. – ele não parecia estar arrependido. – Mas tenho uma curiosidade.
– Não tenho nada a ver com isso. – cheguei à casa da minha Mãe.
– Qual o motivo de não contar a ele, a verdade? – ele deu de ombros, como se perguntasse algo simples.
– Isso diz respeito somente a mim, e meu Marido Jacob. – ele me encarava, o olhar intenso.
– Claro, claro. Desculpe novamente. – respirei fundo, tentando não ficar irritada com o tom sarcástico dele.
– Desculpamos alguém, quando notamos que a pessoa não tem mais intenção de errar. O que não me parece ser o seu caso. – cruzei os braços no peito.
– Não me desculpe então. – o sorriso preencheu s lábios grossos dele. – Até mais tarde, e boa sorte com seu Marido.
Dei as costas a ele, entrei e bati a porta da casa onde minha Mãe vive.
Como alguém pode ser tão irritante, insuportável e apaixonante na mesma medida?
O espanto da minha Mãe, e Kate eram claros
– Tudo bem Leah? – Kate correu até a janela para ver o que estava me irritando tanto.
– O que houve filha? – minha Mãe me olhava preocupada.
– Não é o que foi, e sim quem foi. – caminhei até o sofá e sentei.

– Jacob. Ou estou errada? – Kate correu, e sentou-se ao meu lado.
– Não, não esta. – era fácil fingir ser forte na presença dele, mas aqui ao lado de Kate e minha Mãe, não há mais espaço para tentar ser forte.
– Não tivemos tempo para conversar esses últimos dias. – ela me encarou com seu habitual olhar doce. Como você esta se sentindo?
A pergunta certa, para as infinitas dúvidas e milhões de respostas erradas.
– Não sei ao certo como me sinto, mas sei exatamente como não ando me sentindo. – Kate me olhava sem entender. – Não ando me sentindo a vontade em lugar algum. Sinto-me como há anos atrás, perdida sem saber como agir.
– Não acho que esse seu mal estar, seja apenas pela volta de Jacob, você já vinha se sentindo estranha, desconfortável com algo. – ela deu de ombros.
– Mentiras causam esse, tipo de reação em pessoas como você Leah. – minha Mãe se aproximou trazendo na bandeja duas canecas com leite, chocolate e canela.
– Isso ajudou muito, mentir para Mike, anda pesando muito, mas não é somente isso. Jacob me deixa sem reação, sem saber ao certo quem esta diante dele, se é a Leah casada com Mike Newton, ou a Leah apaixonada por ele há anos atrás. De um lado tenho a minha vida com Mike, e amo cada segundo e detalhe nela, mas quando estou perto dele, é como se tudo não passasse de detalhes. Passei tanto tempo magoada, tentando enterrar meus sentimentos por ele, que não parei para verificar se estava conseguindo fazer isso. – desabafei.
– Você esta confusa. – Kate afirmou.
– Exato. – respirei mais aliviada, não queria ser julgada ainda, somente desabafar.
– Posso dar minha opinião. – assenti, ela sorriu. – Jacob, traz algo, que não acabou bem, sem final, claro que foi importante, intenso. Mas a sua vida mesmo, aquela fora dos contos, com dificuldades cotidianas é Mike quem te dá. Jacob é um sonho, e claro que sonhos mexem com nossa mente.
– Discurso pronto, ensaiado, e executado. – brinquei. – Escolhemos um lado então? – cruzei os braços. – Não que exista um, claro.
– Talvez. Não que desgoste de Jacob, mas foi ao lado de Mike, que a vi feliz. E sabe minha avó costuma me dizer algo. Se você esta dividida entre dois amores, escolha o segundo, pois ele foi forte o bastante, para fazê-la perceber que o primeiro não e suficiente. – a verdade nas palavras dela era clara.
– A situação aqui é diferente Kate. – ouvi a voz da minha Mãe pela primeira vez, desde o inicio da conversa. – Realmente, a dúvida entre dois amores, é algo traiçoeiro. Mas conhecendo Leah, e mesmo sem ela ter consciência disso, não tem dúvida alguma. – me remexi inquieta. Ela sabe exatamente, o final, mesmo não querendo ver isso.
Levantei do sofá, incomodada.
– Preciso ir até minha casa, arrumar algumas coisas, avisar Mike. – girei a maçaneta, fugir tem se tornado minha especialidade nos últimos dias.
– Um dos dois vai ter o coração partido Leah, é inevitável. Esta fora do seu controle – a voz firme, e as palavras verdadeiras a minha Mãe, formaram um bolo na minha garganta. – A única atitude que você pode controlar, é a maneira que isso vai acontecer. Sé é da forma errada, com mentiras, ou da outra, e mesmo sendo errada na mesma medida deve ser verdadeira como Você sempre foi, em exatamente tudo que fez na vida.
Aquela agonia no meu peito explodiu na forma mais estúpida que poderia acontecer.
Lágrimas, idiotas.
– O que eu farei Mãe? Sinto-me estúpida, por estar com a mente em branco, por não conseguir controlar meu coração toda vez que Jacob se aproxima, por não querer ficar longe de Mike, e ainda sim não conseguir imaginar qual será a minha reação caso Jacob decida partir novamente. Odeio essa sensação de me sentir perdida, vulnerável, e estúpida. – soltei as palavras, e a medida que todas elas saíram, senti meu peito mais calmo.
– Acalme-se. No fundo você já sabe o que terá de fazer, o que quer. Você precisa apenas aprender a lidar com isso. Admitir, e ser franca com todos envolvidos. – minha Mãe envolveu suas pequenas e macias mãos em torno da minha cintura.
– Obrigada Mãe. – depositei um beijo em sua testa. – Preciso ir.
Sai sem olhar para trás, pois detesto preocupar dona Sue.

Corri pela mata, e me irritei com a escolta de Sam.
Ao me aproximar de casa notei a ausência de Mike. Ele já havia saído.
Entrei pela janela do quarto, fui direto ao banheiro. Ao tirar minha calça, o baque do celular com o chão, me fez lembrar que eu havia levado o aparelho.
Estava desligado. Maravilha.
Corri até o quarto, e coloquei o aparelho no carregador. Precisaria dele, para falar com Mike.
Tomei um banho rápido, tentava decidir se esperaria ou não por Mike.
Deitei na cama e adormeci.


O sol estava gostoso, e uma brisa alisava minha pele.
– Droga. – levantei em alerta, não percebi que havia dormido. – Jacob pare com isso.
– Olá Leah. – olhei rapidamente para trás, já que em momento algum senti a aproximação de ninguém.
Uma mulher. Linda, com traços conhecidos. Cabelos longos e negros.
– Quem e você? – não me sentia em perigo.
Um sorriso espontâneo e arrebatador preencheram os lábios dela.
Reconheci no mesmo momento.
– Acho que já me reconheceu certo? – a voz rouca e gentil, me relaxou.
– Sara Black. – ela assentiu.
– Escute Leah, meu tempo ainda é curto. Não consigo alcançar Jacob. Ele é forte demais, e sem perceber esta impedindo a minha aproximação. – seu tom de voz calmo desapareceu, dando lugar há um tom mais duro, e sério.
– O que esta havendo? Estou correndo perigo? – o toque dela em minha pele parecia tão real.
– Leah você é uma isca. Toda fêmea da sua espécie esta presa, você é a ultima, e só esta livre, pois é a isca. Escute, o que vou te pedir é doloroso, mas lute por ele, aja o que houver. Não o deixe agir somente por você, mostre a ele do Você é capaz, se fizer isso, os dois ficarão mais fortes e futuramente nada mais poderá separá-los. – meu coração de comprimiu dolorosamente no peito, uma dor imensa me atingiu com força.
Era um sonho tão real.
– Não posso lutar mais por ele, estou tão longe agora. – ela olhava séria minha expressão.
– Nunca esteve longe Leah. – ela sorriu novamente. – Peço desculpas por pedir isso a você, mas tenho que tentar proteger minha família. – ela eu dois passos a frente.
– Me diga o que fazer? Eu vou colocá-lo em risco, não é? – minha voz falhou.
Ela me olhou de uma forma diferente.
– Não minha querida. Você vai salvá-lo. Apenas precisa lutar contra ele. Jacob vai tentar impedir, pois não enxerga a verdade, esta lutando por você, e nada e ninguém neste mundo o impedirá. Somente você pode. Então lute Leah. Seja forte, e não deixe o tom inebriante na voz dele, paralisar seus movimentos. – assenti, mesmo sem entender.
– Não deixarei, mesmo sabendo, o quanto Jacob é poderoso. Só não posso, ser responsável, por isso. Então, me diga Sara, ele vai se machucar por mim? – havia uma força, quase real nas minhas palavras. Como se não estivesse em um sonho.
– Leah, cada passo que você e Jacob deram até hoje, os levaria ao mesmo destino. Jacob sabe exatamente o que pode viver sem, e o que não pode mais. Sabe o que deseja, e como conquistar, é focado, forte, e totalmente apaixonado. Você é o ponto fraco dele. Ele é o seu. – minha garganta secou.
– Vou me afastar, sair de Forks com meu marido. Eu amo meu marido Sara, não posso machucar nenhum dos dois. – as palavras perderam a conexão, em algum ponto.
– Eu sei. – ela olhava aflita para trás. – Me escute. Defina aquilo que não pode viver sem, lute por isso, com garra. Vocês vão defender algo infinitamente maior. Sejam focados, e coloquem isso acima de vocês. Ou de qualquer diferença.
– Não use enigmas, seja clara. – o desespero tingiu minha voz.
– Preciso ir. – ela se afastou, os cabelos negros reluzindo a luz do sol, antes de sumir entre as arvores, olhou na minha direção. – Aproveite o lençol de rosas vermelhas, ali você vai colocar suas ideias em ordem. Se decidir. Kate logo verá vai entender, enxergar o que esta diante de seus olhos.
Tentei alcançá-la, porem ela desapareceu.

Cai da cama.
– Droga, porcaria. – sacudi a cabeça.
Olhei para fora e estava escuro. Maravilha.
Um uivo rasgou o céu.
Seth.
– Nada é tão ruim, que não possa fica ainda pior. – estou atrasada.
Coloquei uma roupa rapidamente. Abri minha ultima gaveta, e peguei algumas mudas, prevenção, caso eu exploda dentro delas.
Desci até o andar de baixo, e corri até a lavanderia, havia dentro dos armários fixos, um fundo falso com uma mochila que sempre levo roupas surradas.
Mike sempre joga roupas com alguns rasgos fora, e não posso impedir. Então, escondo algumas peças que rasgam, nas mangas, ou barras durante as rondas aqui, para usá-las novamente.
Coloquei tudo dentro da pequena mala, e mais algumas peças intimas.
Seth uivou mais alto.
– Que merda Seth, já existe telefone. – o uivo não era de alerta.
Verifiquei as portas, e tentei ligar no celular de Mike.
Direto na caixa postal.
Melhor assim, ouvir a voz compreensiva dele, e mentir é algo terrível.
Assim que voltar preciso ajeitar a situação com ele. E parar de mentir.
Mike está desconfiado, eu posso sentir.
Por enquanto, preciso resolver o tumulto que essas novas informações estão trazendo a minha vida.
Respirei fundo e escrevi um bilhete.
Coloquei a mochila nas costas e sai pelos fundos.
Todos os garotos estavam na mata.
– Leah, você tem certeza que devemos ficar aqui? – Brady deu um passo a frente.
A inquietação era geral.
– Somos uma família, não deveríamos estar lá, por você. Sempre juntos, não é? – Colin pressionou.
Seth saiu dentre as arvores.
– Eu concordo com eles? – seu olhar era fixo em mim. – Não me sinto confortável, com nossa matilha aqui.
– Leah, Jacob sabe o que faz, sabemos disso, mas sempre soubemos nos proteger, também acho que devemos estar lá. Ao seu lado. – Quill reforçou o coro.
– Ok todos já falaram? – olhei sugestivamente para Quill. – Meninos, não iria me colocar em uma situação de risco, e muito menos colocar Reneesme em uma. Não é só pela ideia de Jacob, mas também por nós. Não acredito muito nas deduções que Jacob fez. Mas, nem por isso deixo de acreditar, que de fato há algo errado nessas invasões. Prestem atenção, onde quer que eu esteja, ou qualquer um de vocês, estaremos juntos. Somos uma família. Ficando aqui vocês vão cuidar da nossa casa. – fui sincera, tentando não amolecer com o gesto deles.
– Ainda sim, temos medo de alguma coisa sair do plano, e você pagar por isso. – Collin tinha a expressão carregada.
– Escutem sei que para vocês é difícil. – Embry se manifestou pela primeira vez. – Embora, não tenhamos convivido muito com Jacob como alfa, eu o conheço desde criança, e sei que ele jamais faria algo para ferir Leah, ou qualquer um de nós. – sorri, com a verdade e a segurança nas palavras dele.

– Mas e Reneesme? – Brady questionou, fazendo Seth se remexer inquieto. – Percebemos a postura hostil dele a presença dela. Jacob sequer pronuncia o nome dela.
– Ele pode não gostar, mas sabe a importância dela na vida de Seth, não fez nada a ela, em seu nascimento, mesmo estando perdido e sofrendo. Jacob poderia ter eliminado Nessie, quando ela foi atrás dele, porem a trouxe em segurança. A maneira que isso ocorreu não importa, ele não a machucará, pois sabe que atingirá Seth de uma forma monstruosa. – a certeza nas palavras de Embry convenceu os garotos.
– Se Leah confia, nós confiamos também. – Quill se aproximou. – Vamos cuidar de tudo.
– Nada de graçinhas, logo estarei com vocês, vou viajar no meio de transporte mais veloz da região. – bati teatralmente nas pernas.
– Tente não se ferir, ou teremos que levá-la ao seu médico favorito, Dr. Caninos. – Brady provocou, e gargalhou da minha expressão nada amistosa, com as palavras dele agora.
– E com Rosálie como enfermeira. – Collin brincou. – Hei, fique bem, e estaremos bem.
Apenas assenti. Era sempre uma emoção, ver o quanto se importavam comigo, logo Eu que fui tão indesejada.
Caminhava até a casa da minha Mãe, com Embry e Seth, deixando-os para trás, e ouvindo cada um deles se transformar.
Fui forte. Nada de lágrimas aqui, diante dos homens, nada de parecer uma mulherzinha em crise hoje.
Reneesme estava sentada na porta, com uma mochila nas costas.
– Vai acampar? – fui sarcástica, sentei ao seu lado. – Você sabe que não precisa fazer isso, não é mesmo?
– Eu preciso sim Leah. Essa viagem vai determinar muitas coisas na minha vida. – o tom frio na sua voz, e a expressão vazia, chamou minha atenção.

http://youtu.be/GHvhkndXKSg.

– Do que esta falando Reneesme? – Seth conversava com Embry, alguns metros a frente, mas podia ver sua expressão carregada.
– Estou falando, de partir Leah. – meu coração acelerou.
– Deixe de besteiras Nessie. – desconversei.
– Não estou brincando. Você já parou para pensar, no que minha permanência aqui, pode significar na sua vida, e na de todos caso seja eu o alvo? Eu estou cansada Leah, de viver assim, me sentindo uma prisioneira. Não posso dar um passo sozinha, pois todos acham que serei morta a qualquer instante. E não posso viver, prejudicando a vida de todos. – as lágrimas rolavam livres, pelo rosto dela.
– Reneesme, não faça isso, Seth e todos te amam. – não podia imaginar sofrimento dele, com essa possibilidade.
– Leah, não sei bem como é a vida lá fora, então não posso dizer com palavras exatas, o que penso em fazer pela eternidade, o que quero, mas sei com exatidão quem eu preciso ao meu lado. Seth vai comigo. – levantei num salto.
– Para onde? No que esta pensando? – as palavras saiam sem rumo. – Jacob te disse algo?
– Claro que não. – ela se levantou. – Mas ele me fez enxergar, algumas coisas. Não quero ser culpada por mais abandonos e dor na reserva Leah.
– Do que diabos você esta falando? – a irritação me dominava, imaginar Seth longe me deixava sem rumo.
– O que vai acontecer, se um dia alguém se ferir em uma dessas invasões Leah? Kim, ou Claire, até mesmo Kate. Elas são humanas indefesas. Como Jared, Quill ou Embry vão reagir? Enquanto estiverem me protegendo, algo terrível pode acontecer a elas, e posso imaginar o que isso pode provocar em um deles. – seu olhar perdido me irritou.
– Reneesme, não existimos apenas para a sua proteção, somos mais do que isso. Não nos subestime, pois quer mudar, sair dessa cerquinha branca, que seus Pais impõem, e sabe-se lá o motivo, você não quebra. – meu tom de voz saiu mais irritado que o previsto.

– Você não entende Leah... – ela se levantou.
– Não entendo o que Nessie? De viver uma situação que odiamos, da maneira que não queremos? Claro não entendo. – fui sarcástica.
– Ah eu sei o quanto você entende, não é? – foi minha vez de trincar os dentes. – E não posso ser responsável por mais dor, como fui ao nascer. – o tom de voz sofrido, me lembrou de Bella. ´
Obvio minha irritação aumentou.
– Pare de se achar o centro do universo, Jacob não foi embora daqui por sua causa, saiu da reserva, pois era fraco, e confiou se entregou a quem não o amava, não teve nada a ver com você. – estava a centímetros dela.
– Jamais me achei o centro de nada Leah, mas sei exatamente quem significa o centro do universo para mim. Seth, e não posso deixar nada acontecer a ele. – o tom ameaçador na voz dela, me fez por um segundo, me ouvir.
– Seth sabe se defender, pare de se achar uma heroína, pois não é. – Nessie trincou os dentes.
– Sabe Leah, não vou estragar minha relação com você, já que está claro houve algo. E também não estou aqui pedindo conselhos ou opiniões, apenas desabafei para uma amiga. – ela provocou.
– Isso que houve, não foi um desabafo, foi um aviso. – disse entre dentes.
– Não preciso, e jamais precisei mandar indiretas Leah, não para você. – ela respirou fundo, parecia magoada. Maravilha.
– Hei meninas, vamos comer algo? – Seth se aproximou. A postura cautelosa.
Tentei dizer algo, porem Nessie se adiantou.
– Vou caçar, não quero comida, estou com sede. Vamos, rápido antes da viagem? – ela estendeu a mão para meu irmão, e os dois sumiram diante dos meus olhos.
Não tentei impedir, ou concertar as palavras ditas, estar com raiva do mundo, implica em descontar em quem não tem nada a ver com isso.
Adentrei a mata irritada, e prestes a explodir em minhas roupas.
– Apenas respire Leah. Só isso. – podia ouvir a certa distancia a movimentação dos meninos das duas matilhas, ao redor dos amigos de Jacob.
Fiquei no alto da pedra observando, eles passarem algumas técnicas para os garotos. Sentei ali e não sei ao certo quanto tempo se passou.
Meu corpo estava relaxando com a alegria deles.
Porem a distração se perdeu a ouvir a risada gutural de Jacob, ecoar pela mata.
Instintivamente meus olhos varreram a mata, e pararam no ponto exato, onde Jacob estava. Era uma distancia surpreendente.
Ele tirava uma blusa das mãos de Moira. Ela tentava puxar a blusa.
A movimentação dela ao redor dele, a forma como sua mão pousava no peito dele, os olhos fechados todas as vezes que ele a toca enquanto, ela tenta pegar a peça.
Levantei num salto, meus dentes rangeram alto.
Uma sensação estranha dominou meu corpo.
– Leah você esta bem? – Collin me olhava preocupado.
– Estou, é apenas fome. – sentia meu estomago revirar. Droga.
Corri em direção à casa da minha mãe, precisava tomar um banho.
Ao chegar minha mãe se aproximava com algumas sacolas.
Não precisei dizer nada.
– O que esta havendo? – Ela estendeu as mãos. Segurei com firmeza.
– Não sei. – caminhamos rapidamente para dentro. Não havia ninguém ali, somente nós duas.


– Você sabe, coloque para fora. – a leveza na voz dela me fez relaxar.
Andava de um lado para o outro.
– Me sinto perdida, sem rumo, céus como eu vou contar tudo a Mike agora Mãe? Como vou explicar tudo, não entendo como pude deixar a situação ficar desta forma? Como explicar a ele, quem eu sou, explicar meus motivos. – as palavras saiam sem controle.
– Como fazer isso tudo, e administrar Jacob? – as palavras dela foram o gatilho. Lágrimas inúteis inundaram meu rosto.
– Eu queria tanto odiá-lo, ir embora daqui com Mike, sem olhar para trás, sem desejar jamais querer vê-lo novamente. Mas eu não consigo, e cada dia, cada minuto me sinto mais ligada a ele, e eu tento Mãe, juro, tento afastá-lo sendo dura, só não sei até que momento isso var continuar funcionando. – confessei.
– Leah existem coisas mais fortes que nós mesmos nessa vida. Você seguiu sua vida, é feliz, ainda sim ama Jacob, e isso não diminui o afeto por Mike, mas no fundo, você tem as respostas para todas as suas duvidas. Apenas diga em voz alta. – a abracei.
– Obrigada. – agradeci sincera.
– Estou aqui por você. – minha mãe acariciava meu rosto.
Os passos de Jacob, Aquiles, Scott, eram tão ágeis que quase me pegam de surpresa.
– Preciso ir mãe, a carona esta chegando. – dei um beijo em sua testa.
– Não gosto de admitir, mas sei que Jacob não deixará nada acontecer a você. Por isso vou ficar tranquila. – o sorriso sincero, preencheu seus lábios.
Fui para o lado de fora com essa imagem na mente.
Procurei pela mochila que abandonei por aqui mais cedo, e a coloquei nas costas.
O cheiro amadeirado da pele dele já preenchia o ar.
– Esta pronta? – Jacob saia da mata com Aquiles.
– Sim estou. – meu tom de voz era frio.
– Eike nos informou que a sanguessugas a caminho, estão há três, ou quatro dias daqui se sairmos agora, poderemos descansar a noite antes de nos encontrarem no caminho caso se adiantem. – Aquiles parecia cauteloso.
– Então vamos. – passei por eles.
Na mata Reneesme se arrumava nas costas de Seth. Ele nos levaria e ficaria por perto, já que não aceitou ficar em La Push.
Tentei dizer algo, porem, desisti, poderia piorar a situação agora.
Moira se ajeitou nos braços de Scott.
Embry e Kate chegaram, e meu espanto por tê-los ali era enorme.
– O que, ela faz aqui Jacob? – disse entre dentes.
– Acalme-se ela e Embry vão ate a metade do caminho. – irritantemente, aquele tom, na voz de Jacob me acalmou.
– Vou atrás da minha avó Leah, ela pode nos ajudar a entender esses sonhos. – relaxei ainda mais. Droga.
– Tudo bem, vamos logo antes que me enxergue o quanto esta viagem é uma perda de tempo. – bufei irritada. – Vamos para onde?
– Alasca. – Graham anunciou animado.
– Façam ba viagem. – Ayra deu um abraço em Moira, assim como Merida.
– Elas não vão? – perguntei curiosa.
– Não. – Jacob respondeu quase no pé do meu ouvido. – Ayra vai amanhã, mas Aquiles e Merida vão ficar para ajudar, caso aja um imprevisto.
Não sei exatamente quais os motivos delas permanecerem aqui, pois perdi a concentração com a respiração dele no meu ouvido. O cheiro, os batimentos, o calor.
– Então vamos. – fiquei ao lado de Scott.
Graham começou a corrida.
Eles eram velozes.
Nada que me impressione claro.
Aqui neste momento eu me sinto livre de todo e qualquer problema, dúvida ou receio.

Sinto-me forte.
Corremos pela madugada.
Como havia sido combinado, Kate e Embry se perderam pelo caminho.
A proximidade com o Alasca denunciava: Existe um lugar mais gelado que Forks.
Ao chegarmos antes do Amanhecer, Jacob, Embry, Scott, e Graham, começaram a montar acampamento.
Moira, e Nessie foram se agasalhar.
Fui fazer um reconhecimento de lugar. Tudo era lindo, mesmo estando escura, a maior parte da vegetação e paisagem local coberta pela neve.

http://youtu.be/YXoU1PeVizA.

– Gostou? – Jacob estava sentado no alto de uma arvore.
– Prefiro minha cama. – respondi sem humor.
– Claro, claro. – ele pulou e parou a centímetros do meu rosto.
– Pare de fazer isso. Aparecer de surpresa, e ficar perto assim, eu ouço muito bem mesmo se você permanecer em Forks, e eu aqui. – ele gargalhou. – Esta rindo do que Jacob?
– Da sua irritação, da cara de brava, e aquela outra expressão que eu amo, que informa: “ Corra ou eu vou te despedaçar”. Mas essa estampando seu rosto agora é a minha preferida.
– Não se aproxime mais ok. – dei as costas, e ele parou diante dos meus olhos. Irritante.
– A expressão no seu rosto agora, é minha. – meu coração acelerou droga.
– Não existe mais nada aqui que seja seu. Sou casada, e tudo pertence a ele. Meus sorrisos, e até a irritação, é por ele. – continuei caminhando.
– Porque você não contou a ele, sobre sua condição? – trinquei os dentes.
– Não é da sua conta Jacob. Toda a atitude que eu tomei desde a sua partida, deixou de ser da sua conta. – soltei as palavras irritada.
– Tudo que eu fiz após sair daqui teve a ver com você. – minhas pernas travaram. – Cada passo, que eu dei, por mais longe que me levasse, estava me trazendo de volta. Você não contou, pois não queria mudar a vida dele, a tal ponto. Não ia fazer isso.
– Pare de dizer, e opinar em uma relação que não conhece. – sentia meu corpo todo ferver.
– Pare de achar, que essa relação não tem nada a ver comigo, pense se estou falando alguma mentira. Não estou. – ele ficou a centímetros novamente, nublando meus pensamentos. – Eu Te Amo Leah. – meu coração disparou frenético. – Sempre foi você, e sempre será eu fui um idiota antes, mas não serei novamente.
Jacob enroscou as mãos em meus cabelos.
Inevitável, como respirar.
Os batimentos dele dançavam acelerados, com os meus.
Inevitável, o sentimento esmagador que o toque dele ainda me causa.

– Salva pelo irmão. – Jacob se afastou rapidamente.
– Tudo bem? – assenti confusa, tentando organizar meus pensamentos. – Notei que você não voltava, Nessie achou melhor ver se estava tudo bem.
Ele parecia não ter ouvido minha conversa com Jacob.
– Esta tudo bem. – olhei ao redor, mas Seth parecia não sentir o cheiro de Jacob. – Vamos estou cansada.
Caminhamos em silêncio na volta.
Chegamos ao acampamento, havia uma fogueira. Eike ria e comia com Graham, e Scott.
Olhei para Seth sem entender.
– Ele já estava por aqui. Ou com a gente durante todo caminho. – apenas assenti.
Os olhos de Jacob vigiando meus passos estavam me desconcertando.
Entrei na barraca, e troquei de roupa, deitei, e fechei meus olhos.
O problema é que a voz rouca de Jacob, ainda dança nos meus ouvidos.
“ Eu Te Amo Leah”.
Droga Jacob.
Rolei mais algum tempo, e adormeci.


O chão estava tingido de sangue.

– Eu te amo Leah. – a voz de Mike era um sussurro

.

Acordei desesperada.
– Mike. – gritei.
Corri para o lado de fora.
Seth e Reneesme me olhavam preocupados.
Não dormi muito, apenas um cochilo.
– Ligue para nossa Mãe Seth, sonhei com Mike. Ligue. – o ar parecia querer fugir dos meus pulmões.
– Vou pedir para Merida e Ayra. – Jacob, se aproximava com um telefone nas mãos.
– Tentei, mas esta fora de área. – tentava ligar.
– As garotas vão até sua casa. – Jacob tinha um olhar indecifrável.
– Obrigada. – fui sincera, pois sentia a angustia dele, por me ver assim.
Após uma hora, Aquiles ligou para Jacob.
Mike não estava em casa, saiu pela manhã, voltou rapidamente e saiu novamente.
Um aperto no peito parecia me consumir.
Entrei e deitei na barraca inquieta.
Todos estavam deitando.
Levantei e fui até onde Jacob estava.
– Me ajude. – ele colocava uma camiseta. – Sei que você pode ver onde ele esta, se esta bem. Por favor.
Ele apenas assentiu.
– Preciso de algo dele, para encontrá-lo com mais rapidez. – ele parecia empurrar as palavras.
Engoli a seco. Tirei minha aliança.
– Aqui. – estendi a mão.
– Pode ir até a sua barraca. Vou ate lá depois. – ele olhava fixo a aliança.
Alguns minutos, horas ou apenas segundos se passaram.
A manhã já estava dominando tudo, quando os passos de Eike e Jacob se aproximavam do acampamento.
Jacob abriu a minha barraca.

– Ele esta bem. Na casa da mãe eu acho. Dorme, em um sofá. – ele estendeu a mão, me entregando à aliança. – Descanse.
Ele saiu o olhar vazio.
O impulso de correr atrás dele, foi imenso.
Porem, a aliança solta na palma da minha mão pesou toneladas.
Deitei com a imagem dos olhos azuis de Mike na mente.
Um tempo depois, apaguei.

....

As risadas e a conversa entre mulheres chamou minha atenção.
Moira e Nessie riam de alguma coisa.
Não havia movimentação masculina no acampamento.
Maravilha.
Eu com duas mulheres, uma que não falo a outra que não quer falar comigo.
– Bom dia, ou Boa tarde. – empurrei as palavras com todas as minhas forças.
– Boa Tarde. – Reneesme respondeu.
– Com fome? – Moira mostrava um belo peixe assando na brasa.
– Um pouco, mas preciso de um banho. – havia um sol fraco. Mas o frio era intenso.
– Bem, chuveiro vou ficar devendo. Ah uma cachoeira por aqui, mas Eu não consigo tomar banho lá. Talvez você possa. – Moira sorriu sugestiva.
Um ciúme, tomou conta de mim, pois neste momento me dei conta de algo.
Ela conhece Jacob melhor que eu.
Sacudi a cabeça afastando esse pensamento.
Moira me indicou o local da cachoeira.
Caminhei calmamente até lá.
No caminho tentei falar com Mike, sem sucesso. Deixei um recado.
Liguei para casa, antes de desligar o celular. Minha Mãe me tranquilizou, avisando que vai convidar Mike, para jantar em sua casa esta noite. Ela e as mulheres da reserva estão distribuindo as tarefas do casamento de Kate e Embry. Fiquei aliviada.
Ao chegar na cachoeira, a visão foi incrível.
Desci correndo e me lancei na água. Se era gelada, meu corpo não sentiu.
Me senti aliviada.
Fiquei ali por alguns minutos, enquanto aguentava.
Ao emergir me sentia melhor.
Havia um sol fraco, não afetava a temperatura, mas deixava a paisagem linda.
Mergulhei novamente.
Uma paz me dominou.
Eu podia senti-lo. Em cada parte do meu corpo. Jacob.
Fechei meus olhos.
A sensação era desconhecida, mas forte, como jamais senti em toda minha vida.
Eu podia senti-lo, mesmo sem ver.
Nadei rapidamente até a margem.
Um sinal de alerta se instaurou.
Me concentrei. Só obtive silencio.
– Droga. –vesti a roupa, que havia deixado na margem.
Corri o mais rápido que pude até o acampamento.
Vazio.

O cheiro nauseante por todos os lados.
– Reneesme! – corri tentando seguir a trilha.
Aparentemente ela e Moira saíram voando.
Corri até o ponto onde o cheiro estava mais forte. Nada.
Uma ponta de desespero se instaurou, por pensar em Seth.
Então cheiro nauseante invadiu minhas narinas.
– Largou do pé da hibrida. Interessante. – uma voz masculina, melodiosa. Trinquei meus dentes.
– Ela seria interessante, se não cheirasse tão mal. – outro sanguessuga.
– Vamos fazer um acordo. – um terceiro defunto. – você vem, sem resistir, e não matamos a hibrida, e nem você.
– o que vocês fizeram... – notei algo. Eles se referiam a uma única pessoa. Nessie.
“ Leah, você é uma isca”.
Era esse meu papel hoje.
– Não faço acordo com gente morta. – corri tentando me afastar ao máximo do acampamento.
Os três estavam corriam agilmente atrás de mim.
Nada preocupante.
Senti as mãos frias de um deles tocar eu braço, segurei e arremessei sem interromper a corrida.
Então um uivo de alerta cortou os céus. Seth.
Explodi em minhas roupas no mesmo momento.
Reneesme quebrou a armadilha, corria na minha direção, ao saber por Seth que eu estava sendo perseguida por três vampiros.
Droga Seth, mande-a ficar ai. – rosnei
– Duas pelo preço de uma. – a voz melodiosa do sanguessuga, me irritou.
Ai invés de correr parei bruscamente e me joguei para o lado.
Vi o sanguessuga passar e tomar impulso em uma arvore para voltar.
Reneesme estava a poucos metros.
– Vamos matem o cachorro, se quiserem a hibrida, a Loba é nossa. – meus dentes podiam se espatifar neste momento, tamanha a raiva e força que os trinquei.
Investi contra ele.
Não houve reação.
Ele estava parado, com as mãos no peito.
O urro desesperado de dor, varreu os céus.
Seguidos de mais dois.
Podia sentir a presença de Jacob ao meu redor.
Me sentindo em paz neste momento.
Seth e Reneesme olhavam curiosos, o terceiro sanguessuga que estava imóvel.
Sempre que ele tenta se mover, grita, acho que entendeu o que deve fazer. Permanecer imóvel. – Seth se divertia com a ideia, e a curiosidade do que os Espíritos dos Lobos estavam fazendo nesse momento.
Ouvi os passos rápidos de Jacob, e os batimentos enciados Moira surgiram do nada.
Estava distraída com a postura do sanguessuga.
Mas a visão de Moira nas costas de Jacob, não passou nem por um segundo despercebida.
– Ora, ora, veja o que temos aqui. – Jacob ficou a centímetros do sanguessuga. – quem te mandou, e o que eles querem com Leah?
Mesmo que eu já soubesse, a confirmação que era eu o alvo, me deixou incomodada.
– Só preciso levá-la, não sei para quem, nunca vimos. – o sanguessuga parecia desesperado.
– Ele quem? – ele olhou sugestivamente para Reneesme, ela se aproximou e tocou o braço do vampiro.
Claro. Jacob não a traria até aqui apenas para descobrir o que já sabia. Ele queria algo mais.
Algo que Reneesme deve ter oferecido.
– Ele não esta mostrando. – ela me o olhava concentrada.
– Bem, podemos fazer da forma difícil. – Jacob sorriu de uma forma, que eu jamais havia visto, era um sorriso quase diabólico, perigoso.
O vampiro urrou novamente, levando as mãos ao peito.
– Eu mostro, eu mostro. – ele gritava desesperado.
Reneesme o tocou novamente. Desta vez, seus olhos perderam o foco. Ela permaneceu assim durante alguns minutos.
Estava inquieta assim como Seth.
Jacob e Moira permaneciam calmos, concentrados. Uma merda de ver.
Reneesme, soltou o braço do sanguessuga.
– Vi o suficiente. – ela passou por Jacob e Moira, e se colocou subiu nas costas de Seth.
– Me deixem ir. Eu fiz o que pude para ajudar. – o sanguessuga não se movia.
– Claro, claro. – novamente o sorriso diabólico nos lábios de Jacob. – Eu também farei que puder para ajudar... As pessoas que você futuramente vai arrancar a vida. – ele se virou em minha direção. – Vamos, para o acampamento.
Saímos de La, e o urro de dor, anunciava o fim do sanguessuga.

A sensação de dever cumprido foi maravilhosa.
Cheguei ao acampamento, e Reneesme, já tinha uma muda de roupas minhas na mão.
Entrei no meio da mata, me concentrei, e segundos depois, estava sobre minhas pernas.
– Obrigada. – peguei a muda de roupa.
– De nada, - ela deu de ombros.
– Você podia ter contado, porque estava vindo junto. – coloquei a roupa em segundos.
– Acho que não. – ela sorriu.
– É. Também acho. – sorri junto. – Como faremos isso? – cruzei os braços. – Vou precisar me desculpar, e te abraçar?
– Oh não, abraços são terríveis. – ela gargalhou. – Vi em alguns filmes, que as pessoas normais, às vezes estendem os dedos mindinhos, sabe? Um gesto que mostra que ficaram de bem.
– Algumas pessoas choram, e dizem como são importantes umas para as outras, mandam cartões ou chocolates. – nos olhamos.
– Que nojo. – dissemos em uníssono.
– Estamos recuperadas por jogarmos verdades uma na cara da outra? – ela especulou.
– Acho que me recuperei, de ser chamada e covarde dona da verdade. – fui sarcástica.
– Também me recuperei, depois de descobrir, que pareço uma vadia egoísta. – gargalhei.
– Nada de mindinho, por favor. – estendi a mão.
– Nem lagrimas, argh. – ela apertou minha mão.
Rimos e caminhamos até o local onde Jacob, Seth nos aguardavam.
O sorriso poderia rasgar as bochechas de Seth. E o olhar nada feliz de Jacob, poderia queimar o sorriso e todo o corpo de Seth.
– Qual parte do espere o sinal, você na entendeu? – Jacob olhava diretamente para Reneesme.
– Não consegui me segurar, eram três contra uma. – seu olhar era firme em direção a ele.
– Não. Eram seis, contra três. Eu entendo a preocupação, mas se um dia houver uma situação parecida, nos escute, sabemos o que fazemos, não se preocupe. – era visível, o quanto, Jacob controlava o tom de voz.
– Ela só queria ajudar Jacob. – Seth abraçou Nessie.
– As intenções eram boas. – intercedi. O olhar de reprovação direcionado a Reneesme.
– Claro, claro, mas disso, o cemitério esta cheio. – Jacob se aproximou. – Bem agora sabemos sem dúvidas o que eles querem, e vamos descobrir em daqui a pouco, quem. – ele olhou para Nessie. – Você esta bem?
– Sim estou. – o cheiro amadeirado vindo da pele dele, me acalmava, de uma maneira irritante.
– Céus podemos comer algo agora? – Graham pediu desesperado.
As gargalhadas foram gerais.
– Vamos pescar, ou assar, e assar algo delicioso. – Moira o abraçou, e subiu em suas costas.
Ele a segurou e os dois saíram de lá.
– Vamos tomar um banho,e tentar não congelar após fazer isso – Scott bateu no ombro de Eike, que estava visivelmente exausto.
Jacob assentiu.
– Vou caçar algo também. – o olhar dele em minha direção era indecifrável. – Descanse Leah, sua noite foi agitada.
A postura dele me deixou inquieta.
Travei meus pés no chão para não ir atrás dele.
Entrei na barraca, e cacei meu celular.´

Liguei para minha Mãe, e ela disse que Quill foi até a cidade, saber de Mike, na loja ele foi informado, que ele, e os Pais estavam em Port. Angels. Senti-me aliviada.
Deitei, tentando digerir toda essa loucura.
Moira e Graham retornaram com alguns quilos de peixe, seguidos por Jacob, que trazia mais alguns quilos. Peixes suficientes para alimentar toda reserva se ali só habitassem seres humanos normais, o que não é o caso.
Ajudei Moira, e Reneesme a limpar e temperar os peixes, uma tempestade estava a caminho, e não sairíamos daqui hoje.
Senti algumas vezes, o olhar de Moira vigiar meus movimentos.
Respirei fundo, para não arremessa-la longe.
Cozinhamos os peixes, em brasa, que Jacob e Graham deixaram alta em pouco tempo.
Todos jantaram, entre conversas paralelas.
O olhar de Jacob continuava indecifrável, então ele se levantou e sumiu entre as arvores.
Vê-lo sumir entre as arvores, comprimiu meu coração no peito. Droga.
O segui.
Jacob havia se afastado muito do acampamento.
Ele corria, mas notei que parou, provavelmente ao sentir meus passos indo atrás.
Jacob sentou diante de uma clareira, que tinha vista apara cachoeira.
Muitas rosas em volta dele.
– Não estou partindo. Ele não olhou para trás.
Sentei ao seu lado.
– Não achei que estivesse. – segurei meus joelhos. – Vim para me desculpar.
– Do que? – ele me olhou sem entender.
– Peço para se afastar, grito que não se meta no meu casamento, e peço justo a você para ver como Mike esta. – soltei as palavras.
– Ah isso? – ele sorriu falsamente. – Não me custou nada.
– Mesmo assim, não gostaria que me pedisse para vigiar Moira. – deixei claro que já sabia, dos dois.
Jacob sorriu.
– Não tenho mais nada com ela. Há muito tempo. – seus olhos negros, me deixaram desconcertada.
– Mas teve, certo? – não consegui manter a merda da boca fechada, e nem controlei as porcarias das palavras. Merda.
– Tive. – ele foi direto.
– Bem isso não é da minha conta, ela é apaixonada por você é visível. – sem controle algum, uma porcaria de mulher descontrolada, maravilha Leah, parabéns.
Levantei irritada.

http://youtu.be/Hd1XhXfFGl4.

Jacob segurou minha mão. Levou até os lábios.
– Não sei dos sentimentos dela Leah, sei dos meus. Sei de quem é meu coração, por quem ele bate acelerado. Qual o aroma da pele, que me desconcentra. – ele se levantou, e colocou minha mão no peito, onde seu coração batia descompassado.
Esse som, essas batidas, que sempre batiam em uma dança perfeita com as minhas.
– Eu preciso ir. – soltei minha mão e virei, precisava sair dali o mais rápido possível.
– Você é uma covarde Leah. – meus pés travaram.
– Esse papel foi ocupado por você, não use me dizer, que eu sou covarde Jacob. – disse entre dentes.
– Ate quando você vai negar? Se esconder atrás dessa desculpa? – ele parou a centímetros dos meus lábios, me afastei.
– Desculpas, essa é boa Jacob, não preciso disso, você foi embora, eu era sua, tão simples, agora não sou mais. – empurrei as palavras, sem saber ao certo como elas estavam chegando aos ouvidos dele.
– Aquele Jacob morreu. – o olhar dele era intenso.
– Levou junto com ele aquela, Leah. – voltei a caminhar.
– Então olhe nos meus olhos, e prometo que a deixo em paz. – meu coração acelerou desesperado com essas palavras. – Você não me ama?
Senti meu corpo todo gelado.
– Responda, e eu prometo, farei o melhor pra você, e se isso significar partir, eu vou. – a respiração dele varria minha nuca, ele tirou os cabelos dali, colocando-os de lado, e me virando para ele.
Inevitável.
– Você não tem esse direito, não pode fazer isso comigo Jacob. – sussurrei as palavras com olhos fechados.
– Ama ou não? – a respiração dele se confundia com a minha, senti os lábios dele roçarem nos meus.
– Pare Jacob. – mais um maldito sussurro.
Não há mais forças em mim para lutar contra.
Inevitavelmente, cada parte do meu corpo grita por ele.
– Eu te Amo Leah. – ele envolveu as mãos nos meus cabelos.
– Droga Jacob. – circulei minhas mãos em se pescoço. – Eu amo você. Amo.
Selei meus lábios, nos dele.
Não conseguia mais evitar, essa vontade massacrante de sentir o corpo dele colado no meu.
Rasguei a camisa dele, como se estivesse partindo uma folha em milhões de pedaços.
O sorriso maravilhado, e perigoso brincava nos lábios dele.
Jacob levantou meus braços, beijando cada parte da minha cintura, tirou minha blusa, e a jogou longe.
Não sei exatamente como, mas senti meu corpo levitar alguns metros, e minhas costas entrar em contato com a grama.

Os lábios macios, grossos, e extremamente quentes, trilhavam o caminho dos meus seios, descendo pela minha cintura.
Gemidos involuntários saiam da minha boca.
Senti as mãos de Jacob baixar meu short, o olhar dele era insuportavelmente maravilhado, e sedutor.
Suas mãos quentes rasgando minha calcinha.
– Saudades, de sentir seu gosto na minha boca Leah. – ele sussurrou. Senti seus lábios tocando minha intimidade.
Uma das mãos circulavam meus lábios, a outra segurava com firmeza meu quadril.
Era maravilhosa a sensação e estar nas mãos dele, sentir seus lábios quentes no meu corpo.
– Preciso te sentir, agora Leah. Jacob ficou em pé, tirou a bermuda.
A visão foi maravilhosa. Estendi a mão.
– Me sinta Jake. – sussurrei. Meu corpo todo pedindo pelo dele.
Jacob separou minhas pernas, com um olhar que deveria ser proibido.
Beijou cada coxa, próximo a virilha.
– Só me deixa ouvir mais uma vez, você dizendo... – já sentia o corpo dele tocar minha intimidade.
– Jake me sinta, assim como eu quero te sentir. – ele deslizou o seu corpo no meu.
Se tudo a meu redor estivesse congelando, neste momento ia queimar.
Cada centímetro do meu corpo se misturou a ele.
– Minha você é minha Leah. – ele sussurrava, causando um desejo maior no meu corpo.
Jacob estava total, e completamente diferente.
Segurava meu quadril, pernas, cintura com vontade, me dominando por completo.
Inevitavelmente avassalador.
Não sabia ao certo como ele fazia, mas não me dei conta sequer que o peito dele, estava encostado em minhas costas.
Sentia os lábios dele na minha nuca.
Nunca senti nada igual.
Meu corpo parecia entrar em ebulição.
Cada movimento dele, aumentava ainda mais a vontade dele.
Uma dança, de corpos perfeitos.
Não havia som, ou perigo que nos atingisse agora.
Éramos um só.
– Vem Leah, vem. Seja minha, que eu serei seu. – ele pediu, entre gemidos, abafados na minha nuca, no meu ouvido.
Senti meu corpo ferver e em seguida explodir em prazer.
O sussurro de prazer ele veio logo em seguida.
Nossos lábios colados.
Jacob girou meu corpo, me deixando sobre o seu.
Nossas respirações eram ofegantes.
Os lábios grossos, e macios dele colados aos meus.
Inevitavelmente eu era dele.
– Eu quero mais. – sussurrei em seu ouvido.
Um sorriso desconhecido e totalmente novo brincou em seus lábios.
Jacob me encaixou em seu quadril, novamente.
Nada ao redor, ninguém.
Somente Jacob e Eu.
Ficamos ali o resto da noite, varando a madrugada.

E não foi o desejo de ter mais dele, que me fez parar, foi o cansaço.
Há muito tempo não me sentia assim.
Jacob, me consome de uma maneira avassaladora.
Me enrosquei em seu peito febril, sentindo suas mãos acariciando minhas costas, seus lábios nos meus cabelos.
Adormeci, com o som das batidas fortes e ritmadas de seu coração.

....

As gotas de chuva pingavam no meu rosto.
Tive um sonho, desesperadamente necessário, mas miseravelmente errado.
Ajeitei minha cabeça sonolenta.
A temperatura elevada, fez meus olhos se abrirem cuidadosamente.
Não foi um sonho.
Eu estava nos braços dele.
O sorriso involuntário preencheu meus lábios.
A respiração leve, e as batidas cadenciadas do coração dele preenchiam qualquer vazio, que sua ausência um dia me causou.
O problema, é que isso não preenchia o tempo. Esse sentimento de aceitação no meu peito não anulava a partida dele.
– Mike. – com agilidade me soltei do aperto dos braços fortes de Jacob.
Peguei minhas roupas, e sai rapidamente dali.
Corri até não ouvir mais a respiração e os batimentos leves dele, coloquei minhas roupas.
Cheguei ao acampamento e a chuva chegou junto.
Peguei minha mochila, e fui ate a barraca de Reneesme e Seth.
– Estou voltando para La Push. – sussurrei em seu ouvido, cuidadosamente, sem acordar Seth. Nessie apenas assentiu.
Sai do acampamento rapidamente.
Corri o mais rápido que pude.
Não sei quanto tempo ou quilômetros a frente, pensei em me transformar, seria mais ágil porem as imagens da noite e madrugada anterior estão coladas como chiclete a minha mente.
Não seria nada bom , mostrar isso a matilha.
Céus como Eu pude, perder o controle desta maneira? Sem pensar que sou uma mulher casada.
Acelerei a corrida, pois pensar em Jacob quase me fazia querer voltar, e ficar enroscada em seus braços para sempre.
Não sei ao certo em que velocidade corria, mas antes das quatro da tarde, pisei nas terras Quileutes, de La Push.
Todos os Lobos me seguindo, preocupados.
– Estou bem. – os tranquilizei antes e alcançar a casa da minha Mãe.
Minha fortaleza.

Entrei e ela estava sentada, ajeitando o vestido de Kate.
– Leah! – ao olhar meu estado, o coração dela acelerou. – O que houve?- ela abriu os braços.
Ajoelhei, afundando o rosto em seu colo.
– Mãe, eu não consegui mais lutar, esconder, mentir. Não pude mais. E fui fraca Mãe. Deixei o meu amor por ele, dominar tudo, e não consegui barrar, evitar. Eu o amo tanto, que só em pensar no quanto, essa minha atitude, vai magoá-lo, dói. – desabafei.
– Acalme-se Leah.Eu sabia, que essa viagem causaria algo. Ou você ia se afastar, ou ia admitir o que sente por ele. – minha mãe, acariciava meus cabelos. – Filha, agora você já disse em voz alta, o que nós duas sabíamos estar guardado no seu coração. Seu amor por ele. Agora você precisa aprender novamente, a conduzir isso.
– Mike Mãe, eu o amo, mas é tão absurdo dizer isto, pois é tão diferente do que sinto por Jacob, e ainda sim é um tipo de amor. Como eu farei? – o desespero tingiu mais uma vez minha mente.
Detesto me sentir desta maneira. Perdida, sem rumo, como uma adolescente idiota. Ou como a velha Leah problemática.
– Faça por ele, o que não fizeram por você. Ouça o que ele vai dizer, não fuja quando as coisas ficarem feias. – ela levantou meu queixo.
– Não farei isso Mãe, abandonar Mike, ele me deu mais do que qualquer outra pessoa tenha dado, e sei que ando errado, e o que fiz nesta viagem foi ainda pior, mas não vou deixá-lo, sem olhar para trás, sem me importar em como ele var ficar. – respirei fundo, sentindo minhas forças de encaixando onde deveram estar.
– Isso. Não minta, sobre o que sente, seja cautelosa, ele merece. – as palavras dela, relaxaram meu corpo, a abracei com vontade.
Subi, e tomei um bom banho. Minha Mãe guarda algumas peças de roupas minhas, para alguma emergência.
Deitei na minha cama, para relaxar.
Tentando aqui me focar apenas, na pessoa mais importante nesta bagunça toda que eu arrumei. Mike.
A madrugada foi estranha, não preguei os olhos.
Ao amanhecer, a movimentação na mata denunciava a chegada de Seth, e Nessie.
Meu coração acelerou frenético, apenas por imaginar que Jacob já esta na reserva.
– Posso entrar? – Nessie pediu cautelosa.
– Sim. – respondi sem animo.
– Como você esta? – ela me olhava, com a certeza de quem sabia exatamente o que estava havendo.
– Não sei ainda. – menti.
– Você o ama. Mas já sabíamos sobre isso. – ela deu de ombros.
– Mike não merecia. – ponderei.
– Eu sei. – ela deitou ao meu lado. – É uma droga.
– E Jacob? – a necessidade de saber como ele estava, era massacrante.
– Bem, ele não me olha, me despreza, mas pela primeira vez, desde que o conheci, ele simplesmente não me odeia. Ele sequer me notou. Estava com outra expressão, de felicidade. Ele é lindo. – ela sussurrou as ultimas palavras.
– Eu sei. – suspirei pesadamente. – Isso é terrivelmente pior.

– Tudo vai se encaminhar da melhor forma, no final. – ela tentava consolar.

– Espero. – me ajeitei no travesseiro, e dormi.

Um corredor escuro.
Um cheiro nauseante de sangue, por todos os lados.
Um aperto tão forte no peito que senti minha respiração falhar.
Corri o mais rápido que pude.
Enxerguei uma luz, no final o corredor.
Forcei minhas pernas.
Ao chegar ao final abafei o grito de horror que ia saindo da minha garganta.
Jacob estava com o corpo, e os lábios ensanguentados.
Tentei me aproximar, porem o olhar dele era tão sombrio que paralisou meu corpo.
Olhei ao redor, e o pânico tomou conta de mim.
Ele arrancava cabeças de várias mulheres. Elas tinham buracos na barriga, como se algo tivesse sido arrancado dali.
– Fuja! – o rugido saindo de sua garganta, me fez tropeçar em um corpo dilacerado.
Sai sem rumo, desesperada.

O pânico me acordou desesperada.
Olhei para o lado e minha cama estava vazia.
O dia trazia um Sol fraco.
Minha respiração era ofegante.
Fiquei uns minutos tentando manter a calma.
Estava sozinha em casa.
Tomei um banho e me arrumei.
Respirei fundo. Estava na hora de ir para casa.
Caminhei calma, e tranquilamente até a minha casa.
Não que estivesse calma, apenas preciso organizar meus pensamentos.
Ao me aproximar, podia ouvir a movimentação de Mike.


Abri a porta e entrei sem ser notada por ele
Mike falava no telefone com a Mãe.
– Mãe, não se preocupe isso deve ser procedimento padrão. – ele se virou e quase caiu quando me viu. – Leah! Pelos céus. Mãe eu ligo daqui a pouco.
– Desculpe, não queria assustá-lo. – sorri com a expressão dele.
Mike tinha um olhar totalmente diferente.
– Como foi a viagem? – ele continuou cozinhando.
– Bem. – empurrei as palavras. – Mike preciso falar com você.
– Eu também, mas agora não posso lidar com mais um problema Leah meu Pai esta internado na UTI em Port. Angels, esta doente, seu estado é grave. – ele não olhava nos meus olhos.
– Meu Deus o que houve? – me aproximei dele, e o virei para me olhar. – Porque não me disse, sabe desde quando?
– Onde você esta sempre que Eu preciso Leah? Como eu precisei de você esses dias. Precisei desabafar, precisei da força que só você tem. – o olhar magoado dele, dilacerou meu peito. O abracei.
– Me desculpe Mike, não podia imaginar. – ele devolveu o abraço.
– Preciso de força, para dar força a ele. Ou vou desmoronar. – ele parecia tão frágil.
– Estou aqui. – fui sincera. – Não vou sair do seu lado.
– Obrigado. – havia algo indecifrável na voz dele.
Ajudei Mike a terminar a comida.
O silêncio entre nós era perturbador.
Estava cheia de mentir para ele, mas contar a verdade neste momento poderia destruí-lo.
Jantamos juntos.
Mike explicou o que estava acontecendo com seu Pai. Senti-me culpada por não estar ao lado dele.
Conversamos sobre o casamento de Kate. Nossa aqui eu me dava conta de quão próxima, a cerimônia estava.
– Vou até o hospital, hoje passarei a noite com ele. – Mike se levantou.
– Posso ir com você. – levantei e fui retirando as coisas do jantar.
– Não precisa, você chegou hoje, esta cansada. Aliás, conversamos sobre a viagem amanhã, ou assim que tudo se ajeitar. – seu tom de voz era diferente
– Esta bem. – me aproximei. – Desculpe Mike. Por tudo que não vejo, não estou perto, mas estou sempre ao seu lado, não importa como.
Ele assentiu. E subiu.
Podia ouvir sua movimentação no andar de cima.
Ele tomou banho, estava inquieto. Após um longo tempo no chuveiro, ele se arrumou, e desceu.
– Estou indo. – ele e olhava indecifrável. – Vai estar em casa, quando eu voltar?
– Claro Mike. – um sorriso fraco preencheu os lábios dele.
Mike saiu sua respiração era acelerada. Ele voltou e se aproximou rapidamente.
Selou nossos lábios.
– Eu te amo Leah. E mesmo que tudo, um dia mude isso foi real. – ele segurava meu rosto entre as mãos.

– Eu também amo Mike, e mesmo não alterando nada, tudo o que faço, fiz foi pensando em você, e no que eu julguei ser o certo. Sinto muito, pelos meus erros e fraquezas. – o abracei cautelosamente. Sempre que me afasto, tenho medo de machucá-lo depois.
Mike saiu, e o escoltei durante todo o trajeto.
Na volta passei pela loja.
Kate não estava por lá.
O casamento acontece em três dias, tudo deve estar uma loucura.
Resolvi ir até sua casa.
Meus pés travaram quando senti a presença dele.
Era tarde demais para voltar.

http://youtu.be/kB4o_6qMpz0.

Jacob saia da casa de Kate e Embry.
O sorriso dele era imenso.
– Boa Noite Leah. – ele passou por mim.
Segurei seu braço.
– Precisei fazer aquilo. – ele olhava minhas mãos.
– Não duvido disso. – ele me encarava daquela maneira, que parecia rasgar minha roupa com os olhos. – Leah eu entendo. E não seria você, se na manhã seguinte ficasse para o café. Não vou cobrar só esperar. – a segurança nas palavras dele, me relaxou.
Jacob se tornou aquilo que eu sempre soube que ele seria. Um homem maravilhoso.
– Até logo então? – fiquei sem graça. E me sentindo uma idiota por isso.
– Até logo Leah. – ele sorriu e entrou na mata, porem um sussurro preencheu meus ouvidos, no exato momento em que Kate abriu a porta. – Eu te Amo Leah.
Um sorriso sem controle fugiu por meus lábios.
– Que bom animada, a uma hora dessas. Bem alguém aqui tem que estar. – ela me puxou para dentro, me abraçando. – Fico feliz, em tê-la aqui.
– Fico feliz por estar em casa. – soltei um suspiro de alivio. – Bem, o que temos aqui?
Kate me analisava.
– Uma bagunça. Presentes saindo pelas janelas, e minha melhor amiga com esse olhar estranho. Olhar de escolha. – ela se sentou no sofá, e deu uma tapinha para que eu sentasse a seu lado.
Sorri e sentei.
– Já? – ela segurou uma almofada.
– Sim. – fui direta.
– Mesmo sabendo a resposta, quem será? – o olhar de Kate brilhou.
– A resposta não é simples. – sorri sem graça. – Mas, mesmo eu sendo apaixonada por Mike, ser feliz a seu lado, eu não pertenço a ele Kate. Lutei, odiei, e me refiz, assim mesmo nunca em momento algum, deixei de amar Jacob. Só não vou machucar Mike, e leve o tempo que tiver que levar, eu estarei ao lado dele. Jacob vai esperar. Nós vamos esperar, mais uma vez. – dei de ombros.
Ela suspirou.
– Estou aqui Leah, sempre ao seu lado. – ela segurou minhas mãos. – Bem, agora vamos olhar a noiva. – ela apontou o dedo na própria direção.
– Sim vamos. – levantei do sofá decidida. – Vamos à organização de presentes?
– Finalmente. – ela levantou igualmente decidida.
Passamos o restante da noite, organizando a mesa com os presentes.
Foi leve, e divertido.
Os problemas ficariam do lado de fora esta noite.
Só e apenas por uma noite.





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Notas finais do capítulo

Quem ta com inveja da Leah ai levanta a mão...EUUU to...ai quem me dera estar nos braços desse lobo.
Agora a coisa ficou ainda mais tensa.
E ainda tem nosso Mike lindo na area...céusssssss como fazer???
Comentem comentem comentem.
Nossa linda Circulo de Paixões entrará em recesso até o dia 10 de janeiro, depois dessa data voltaremos com as postagens normais. Precisamos descansar também.
Lobas maravilhosas, Bruna e Eu desejamos à todas vocês que o ano que vai iniciar seja esplendoroso na vida de vocês.
Saúde, sucesso, prosperidade é que desejamos do fundo do nosso coração.
FELIZ ANO NOVO!!!
QUE VENHA 2013.
Saudações lupinas.