Para nunca mais Perder Aquele que Ela verdadeiramente Amava escrita por Souzou Sagara


Capítulo 2
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora ^^"

BGM: Mizuki no Deteitta Heya [MIDI ver.]
— Sagara



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Aviso1: No final da fanfic existe um Glossario com a tradução das palavras e termos em japonês que aparecem na fanfic.

Aviso2: A midi é indispensavel para completar o clima da fanfic, por isso, se possivel, desliguem qualquer outro tipo de som/musica. Aproveitem.

~~_o|~~ PARA NUNCA MAIS PERDER AQUELE QUE ELA VERDADEIRAMENTE AMAVA ~~|o_~~

capbarIII

Makuhari, Província de Chiba, Japão. Agosto de 2004, Verão.

- Vou primeiro... – anunciou o noivo em sussurro. Mitsuki estava deitada de frente para Takayuki e ainda de olhos fechados, concordou com um sutil gesto de cabeça.

Takayuki sentou-se na cama, tirando o lençol que cobria as pernas. Fez menção de levantar, mas ao ver a paisagem pelo janelão, concedeu à si aquele momento. O sol nascia radiante, era possível perceber a olho nu que a cada minuto que se passava, o sol subia, iluminando mais o quarto.

Takayuki boceja e tenta coçar o meio das costas. Depois de alguns segundos, tentando preguiçosamente alcançar a parte da coceira, sente unhas coçando suas costas, no local exato. Sem sair da posição virou a cabeça, vendo que sua noiva acordara e passava as unhas levemente por debaixo de sua camisa.

- Acordou...?
- Hai... – Mitsuki sorri com os olhos ainda entre abertos – Se não for para o banho, vai acabar se atrasando de novo, querido. – lembrou ao noivo.
- Tem razão. – Takayuki virou-se para noiva, debruçando-se na cama e beijando a testa da mesma.

Takayuki vai para o banho e alguns minutos depois Mitsuki se levanta. Espreguiçou-se, seguindo de um bocejo inevitável. Posicionou os dois travesseiros, esticou os lençóis e colocou a colcha de volta à cama, alisando-a cuidadosamente com as mãos.

Takayuki sai do banho e vai ao quarto, só de toalha.

- Tomei banho frio – disse Takayuki levemente tremendo. Colocando a roupa de dormir sobre uma cadeira.
- Por que? – perguntou Mitsuki, pegando a roupa de dormir do noivo e dobrando-a.
- Acho que eu tomo banho mais rápido quando a água tá fria. Hahaha.
- Baka – disse Mitsuki, em tom de brincadeira.
- Não quero mais me atrasar para o emprego. – disse Takayuki começando a se vestir.
- Então vou tomar banho frio também. – decidiu a noiva – dessa forma tomarei mais rápido, e poderei fazer o desjejum mais rápido também.
- Não se preocupe com isso, sou eu que acabo me atrasando, não você.
- Eu sei disso – sorri – mas você não é capaz de se organizar sozinho, por isso eu vou te ajudar.
- Bah, claro que consigo – diz Takayuki, com uma ponta de orgulho.
- Baka – repetiu Mitsuki, com o mesmo tom de brincadeira. Foi até o noivo, beijou-o e foi para o banho frio.

Takayuki veste uma calça social azul marinho, camisa branca, terno de cor combinada à calça e por fim uma gravata bege.

- Preciso aprender a fazer um nó mais firme nessas gravatas – Takayuki falava sozinho, sentando-se na cama e lembrando de que no dia anterior quase teve o nó da gravata desfeito na correria para o trabalho.

Calçou meia preta e sapato marrom, foi até o armário. Abriu a porta com espelho no interior, pegou um pente fino e começou a pentear o curto cabelo castanho escuro. Desde a mudança, optou por uma franja completa em seu penteado, como nos tempos de Colegial. Após pentear, guardou o pente e passou um pouco de perfume no pescoço e nos pulsos. Narumi nunca tinha sido tão asseado e vaidoso assim a vida toda, mas agora, apesar de não admitir, queria estar sempre bonito e saudável, de forma que agradasse a noiva.

Terminando no quarto, Takayuki vai para sala, arrumar sua maleta de trabalho. Enquanto organizava os papeis, pôde escutar a porta do banheiro sendo fechada, sinal de que Mitsuki já terminara o banho.

“É, ela tomou um banho frio também.”, concluiu em pensamento, julgando a rapidez de Mitsuki.

Não demorou para que Mitsuki aparecesse e arrumasse a mesa para refeição. Sentaram-se a mesa e enquanto comiam, Takayuki lembrou:

- Ano... pode ir inscrever-se na Academia. – disse, em meio a goles de chá em sua caneca de polvo.
- Hontou? – perguntou Mitsuki feliz, servindo mais chá em sua caneca e na do noivo.
- Un.
- Arigatou, Takayuki-kun! – agradeceu a noiva, enquanto tomava seu chá, contente – E você vai freqüenta-la também?
- Acho que sim, tem que ver qual a distancia dessa Academia para o meu trabalho. Pega o endereço de lá para mim?
- Hai.
- Ah! Lembrei que tem um cartão aqui do trabalho na minha maleta, vou deixar com você o cartão. Nele tem endereço e telefone, caso precise falar comigo.
- Deixe sim! As vezes que eu ficar com saudade de você, vou te ligar no trabalho.
- Pode ligar. – disse Narumi, terminando a refeição – mas se ligar muitas vezes, a secretaria pode desconfiar de que eu estou falando com minha noiva em horário de trabalho, hahahaha.
- Oe! Como assim? Você tem secretaria? – Mitsuki largou a caneca e cruzou os braços, em pseudo ciúmes.
- Sim, é a Jun-san. Mas ela já é casada! – Takayuki inventou rápido, antes que Mitsuki se zangasse.
- Hunf! Assim esta melhor. Aishiteru, Takayuki-kun. – declarou-se com um sorriso.
- Boku mo, Hayase.

O casal se entreolhou. Se tinha um motivo para estarem ali, em uma cidade que desconheciam, com tantas dificuldades de adaptação, esse motivo era que estavam vivendo um para o outro e nada mais que isso.

- Ittekimasu.
- Itterashai.

Takayuki, pela primeira vez em muito tempo, pode sair para o trabalho andando, ao contrario dos outros dia, que tinha que ir correndo. Fez o caminho até a estação contemplando as árvores da praça. “Nunca tinha reparado como esse lugar é bonito”, pensou. Desceu as escadas para estação de metrô, muito mais vazia do que costumava encontrar. Enquanto o metrô não chegava, comprou o jornal de Makuhari em uma máquina fixada na parede da estação, ao lado da máquina que vendia o Asahi Shinbun.

- Vamos ver as noticias do dia... – Takayuki começa a ler as manchetes e o metrô chega.

Ele entra em um vagão quase vazio, se senta e começa a ler o jornal de Makuhari.

Em casa, Hayase arrumava a casa mais rápido que nunca, equilibrando a velocidade com a qualidade da limpeza.

- Ufa! Esta tudo limpo! Só falta a louça – disse para si mesmo, segurando a vassoura.

“São 7:10, a estação deve estar lotada agora.”, pensava, olhando para o relógio de pulso. “Então deixo para ir de tarde na academia, e faço agora as tarefas da tarde.”, decidiu-se.

Mitsuki guardou a vassoura na despensa e foi lavar a louça do desjejum. Enquanto lavava, pensava se Takayuki teria se atrasado. Enxugou as mãos no pano de prato e foi para o quarto, vestiu um jeans azul, tênis e camisa branca. Gastou alguns minutos penteando o cabelo, como qualquer outra mulher vaidosa faria e então saiu de casa.

“Vou andar um pouco, ver se encontro algo para fazer.”, pensou, enquanto trancava a porta. “Ultimamente não tenho feito muita coisa... Takayuki trabalha boa parte do dia. Gostaria de trabalhar também.”, ainda desenvolvendo o raciocínio, Mitsuki chega perto de uma praça das redondezas, onde algumas pessoas já se sentavam aos bancos de concreto, outras alimentavam os pombos silvestres que por ali viviam, outras abriam os pequenos comércios instalados dentro da praça. “Nunca tinha reparado como esse lugar é bonito”, concluiu em pensamento.

Hayase decide adentrar à praça, enquanto o ambiente natural a enchia de paz e tranqüilidade. Teve sua atenção chamada por uma banca de revistas, cujo dono, já de idade, resolvia uma palavra cruzada em uma revista.

- Sumimasen. Quanto custa essa revista de palavras cruzadas? – perguntou Mitsuki, pegando uma semelhante àquela que o senhor da banca resolvia a palavra cruzada, porém, de nível iniciante.
- 640¥.
- Vou levar então. – decidiu-se, pagando pela revista.
- Mais alguma coisa? – perguntou o senhor, antes de se voltar para palavra cruzada.
- Etto... – pensava Hayase, olhando de um lado para o outro, passando o olho nas capas das revistas, até que os seus olhos caem sobre a machete do Asahi Shinbun.

Ela sente seu corpo paralisar e um calafrio chegar sem aviso, as pupilas dilatam e os olhos enchem-se d’água, não fora possível conter uma lágrima diante daquela manchete:

“SUZUMIYA AKANE - NOVO RECORDE JAPONÊS!”



F  I  M    D  O    C  A  P  I  T  U  L  O   3



Glossário ( Em ordem de aparecimento. )

Hai: Sim.
Baka: Idiota; bobo; variantes.
Ano: Hm.
Hontou: Verdade
Un: Sim. Mais informal que “Hai”.
Arigatou: Obrigado.
Ittekimasu: Dito tradicionalmente quando se esta saindo. Soa algo como “Estou saindo”.
Itterashai: Dito tradicionalmente para quem esta saindo. Soa como “Cuide-se”.
Oe: Ei!; Hey!; ou variante.
Aishiteru: Eu te amo.
Boku mo: Eu também.
Asahi Shinbun: Um jornal famoso que vendo no Japão inteiro.
¥: Yen. Moeda japonesa.
Etto: Hmm...

Considerações Finais:
Agora vai pessoal ^^x agora a fanfic vai começar a tomar rumo e se tudo correr como eu quero, o proximo capitulo não vai demorar para sair ^^

- Souzou Sagara Fujiwara no Takefuro


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