Por Que Estou Sonhando? escrita por Allan Douglas


Capítulo 17
17 – O incêndio.




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Não havia ninguém na recepção, nem por perto, então Joe optou pela única opção que era tocar o sininho, tocou umas duas vezes e logo se avistava uma mulher de meia idade, loira caminhando em direção aos dois. Ao chegar os olhou dos pés a cabeça e perguntou:

- Posso ajudar?

Mariko não sabia o que dizer, estava prestes a dizer tudo o que realmente estava acontecendo, quando Joe a salvou.

- Nós somos amigos de um paciente.

Mariko se espantou com a facilidade e calma que Joe disse aquilo, nem ela mesma achou que ele estava mentindo, aquilo também fez com que Mariko percebesse que Joe poderia mentir quando e como para ela, que nem perceberia.

- Eu nunca vi vocês aqui, qual seria o paciente? – perguntou a mulher com um olhar e tom de desconfiança.

- Martine Marie, ele está aqui há uns dois anos mais ou menos.

A mulher olhou espantada quando disseram o nome do paciente e disse:

- Vocês não sabem o que aconteceu? Teve um incêndio aqui no hospital, no quarto onde Martine ficava, ele está morto.

‘Ele está morto’ palavras que Mariko nunca pensará que ouviria sobre Martine, foi um choque, parecia que tinham quebrados as suas pernas, eram falsas esperanças, ele estava morto, não era ele.

- Nós não sabíamos, mas nos podemos saber como aconteceu? – perguntou Joe.

- Eu não deveria fazer isso, mas como vejo que vocês estão dizendo a verdade e parecem realmente amigos dele, me acompanhem.

“Ele está morto! Não pode ser se não é ele nunca irei saber quem é que esta fazendo isso, ele era a única pessoa que eu acreditava ser, a única que realmente os fatos apontavam ser o culpado, mas ele está morto e nunca vou realmente saber quem é! Quem mais poderia ser? Não sei, não sei. Não quero mais procurar, vou deixar o que tiver que ser.” Mariko estava pensado nisso, ela havia desistido de tudo enquanto caminhava por um corredor branco, com algumas grades e muitas portas, alguns gritos de agonia, mas logo no fundo tinha uma sala escura, carbonizada, era ela onde provavelmente Martine estava quando morreu.

- Bom aqui estamos, quando ocorreu o incêndio não havia nenhum guarda no corredor era ponto de troca de turno, fica sem nenhum guarda por uns 10 minutos e isso foi o bastante para que o incêndio começasse, mas junto com isso um dos nossos pacientes aproveitou o tumulto e fugiu, ele era um dos que davam trabalho e estavam aqui por cometerem algum crime antes de ser diagnosticado como incapaz de viver em sociedade. Nunca conseguiram encontrá-lo, mas aparentemente ele não cometeu crime algum. E quanto a Martine o corpo foi encontrado no quarto totalmente queimado e já morto, a família foi informada, mas ninguém se importou muito então nós como responsáveis pelo corpo o cremamos e jogamos no riacho que passa logo a baixo da clinica – disse a mulher enquanto Mariko e Joe olhavam o quarto todo queimado.

- Quanto tempo faz que isso aconteceu? Porque percebi que a sala está do mesmo jeito que o incêndio deixou – perguntou Joe olhando fundo para os olhos da mulher como se não quisesse deixar ela mentir nenhum pouco quanto aquilo, Joe estava mostrando uma parte dele que Mariko nunca tinha visto, um lado que sabia mentir, que sabia esconder, um lado que analisava muito bem as pessoas. Mariko se sentia até um pouco assustada e com medo.

- Deixe-me ver... Há mais ou menos 1 mês.

            - E por que ainda não mexeram no quarto? – perguntou Joe

            - Me desculpem já de informações de mais sobre o caso, a policia ainda está investigando o caso, e também isso é um problema da clinica e se eu continuar a dar informações sobre isso pode complicar minha condição no emprego – disse a mulher um pouco exaltada.

            Joe deu um pequeno sorriso e disse – Muito obrigado pela as informações -  logo se viraram e começaram a caminhar de volta, naquele corredor que matou a único suspeito que Mariko tinha encontrado, o corredor que havia feito ela desistir sobre tudo aquilo e deixar acontecer como tinha que ser, ela não se importava mais. Não a culpo. 


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