Era mais um mês de férias na casa dos Weasley. Os Potter estavam quase chegando de carro na casa deles quando a discussão, que Harry e Ginny já achavam que tinha acabado, voltou:

- Aff pai! Não aguento mais isso. – dizia o filho mais velho do casal, James – Por que a gente sempre tem que passar todas as férias na casa dos nossos tios?

- Para de reclamar James. Vamos rever nossos primos! – falou o filho mais novo, Alvo, muito animado. – vamos poder brincar bastante lá!

-Já passei dessa idade Alvo. – respondeu o garoto emburrado. – E já está na hora de você crescer também.

-James. Você já está me fazendo perder a paciência. – disse Harry, tentando se controlar, enquanto dirigia. – Você ainda tem só quinze anos. E pare de falar assim com o seu irmão.

- Já vejo aqueles pirralhos amigos do Alvo todo dia! Tenho que vê-los também nas férias?

- Tem. Agora fique quieto antes que eu não te deixe sair de casa e que você fique de castigo dentro de casa por todo o mês. – Falou Ginny nervosa – E não chame seus primos dessa maneira!

Ao descerem do carro, quando chegaram na casa dos Weasley, se depararam com uma mulher de longos cabelos loiros, que os esperavam de braços abertos.

- Ginny! Harry! – disse Hermione – Que saudades de vocês! E como vão meus sobrinhos queridos?

- Muito bem tia! – disse Lily, que correu e deu um abraço forte nela, seguida por Alvo.

- Tô bem. – falou James, quieto, parado e encostado no carro.

-Vem James. Me dê um abraço.

-Para tia ... – ele tentou ficar quieto, mas não resistiu e abraçou a tia também, sorrindo.

- Mione, cade o Ron? – perguntou Harry enquanto entrava na casa, seguido por Ginny.

-Oh, ele está lá dentro.- seguiu Hermione – Crianças, podem ir indo lá no quintal. Rose e Hugo estão lá brincando.

Era um manhã extremamente agradável aquela. O sol estava alto, era quente e confortante, mas apesar disso, um vento balançava os galhos das árvores e a grama alta e verde daquele imenso jardim. Várias gerações de pequenos ruivinhos passaram por ali. Brincaram de milhares de coisas, leram livros, inventaram aventuras.

Aquele quintal enorme possuía uma grande garagem, todinha rabiscada. Cheia de desenhos nas paredes de pequenos bruxinhos duelando, mini pufes, vassouras voando, times de quadribol entre outras coisas. Apesar de toda essa paisagem perfeita e mágica para qualquer criança bruxa e trouxa também, James não queria mais nada além de ficar quieto, sentado embaixo de uma enorme árvore que ficava no jardim, observando o lago mais a frente.

Ele distraído com seus irmãos se jogando no lago, não percebeu que alguém chegava por trás dele e lhe tampava os olhos.

-Adivinha quem é? – disse uma voz muito animada.

-Rose. É claro. – respondeu o garoto, se virando para ela.

Ela havia mudado. Seus longos cabelos ruivos, antes presos em um rabo de cavalo e desalinhados, estavam soltos, penteados e ondulados, cortados na altura dos ombros e balançando com o vento. Pela primeira vez, James percebeu como ela estava crescendo e se tornando uma bela garota.

- O..O...Oi Rose. – gaguejou James.

- Oi. – Respondeu a garota, feliz e bem animada. – Que bom revê-lo primo. – disse lhe abraçando.

James estava extremamente assustado com essa cena. Ele repentinamente não a via mais como uma prima mais nova, mandona e pirralha. Ela agora era uma garota linda e bastante perfumada, como ele percebeu no abraço. Mas ela ainda só o tinha como um primo bastante querido. E ele não tinha como mudar isso. Ou será que tinha?