New Hogwarts escrita por Tortuguita


Capítulo 19
Capítulo 19 - Sozinho


Notas iniciais do capítulo

OLÁ MINHAS LINDAAS !

Bem aqui estou eu de novo com mais um capitulo fresquinho para vocês.

Como eu já tinha dito antes esse é o penúltimo capitulo da 1º fase. Ainda temos mais um vindo por ai antes da nossa pausa.

As coisas estão começando a esquentar como vocês vão ver nesse capitulo.

Espero que vocês gostem e que comentem bastante. E não se esqueçam de deixar uma recomendação u.u

Mil beijinhos meninas :*



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Estava escuro, o toque de recolher já tinha soado a muito tempo, mas ela ainda estava ali sentada no jardim abraçada às suas próprias pernas.
A loira balançava o corpo ligeiramente como se acompanhasse a batida de uma musica melancólica e imaginaria.
Seus olhos um pouco vermelhos não escondiam o tempo que havia passado chorando.
O Inverno já estava chegando e os primeiros flocos de neve caiam, o que junto com o vento gelado faziam a garota tremer.
«Não torne isso ainda mais difícil para mim…» Ela ainda podia ouvir aquela voz em sua mente.

– Ei! - A voz de Sirius ecoou pelo jardim - o que você pensa que esta fazendo aqui a essa hora? - Ele disse rude se aproximando para observar de perto a pessoa - Lily? - O garoto arregalou os olhos ao identificar a irmã.

Sirius correu até ela e se ajoelhou a sua frente.

– Lily? O que aconteceu? - O moreno perguntou preocupado. Tirou seu casaco e colocou sobre os ombros da mais nova.
– Ele foi embora…
– Quem? Quem foi embora?

– Sirius? O que esta acontecendo ai? - Cathy gritou do portão do castelo. O garoto olhou em direção ao lugar de onde vinha a voz mas não respondeu.

– Quem foi embora? - Ele voltou o olhar para a irmã.
– Peter…
– O QUE? - Sirius levantou - Como assim foi embora? Para onde?
– Ele pediu para te dizer que não sabe se volta. - Lily disse sem encarar o irmão.
– Lily entra, eu preciso ir atrás dele…
– Não adianta. Ele esta com o Wendell agora Sirius - Lily se levantou - O máximo que agente pode fazer é esperar e torcer para que de alguma forma essa profecia dê errado.

A garota passou deixando o casaco nas mãos de um moreno que ainda tentava organizar as ultimas informações que recebera. Ele se virou após alguns segundos e foi atrás da loira. Caminharam em silencio durante algum tempo até que o mais velho se pronunciou.

– Porque ele não veio falar diretamente comigo?
– Não te encontrou - O tom frio deixava evidente que a garota estava muito magoada.

Os dois voltaram a ficar em silencio. Atravessaram o grande jardim e Lily viu Catheryne se assustar ao descobrir que era ela quem estava no jardim aquela hora da noite. Ela pode ver a ruiva sussurrar alguma coisa imperceptível antes de ir até ela correndo e a abraçar.

– Esta tudo bem?
– Sim, só estou precisando de uma boa noite de sono… - Lily respondeu sorrindo tristemente

Os dois acompanharam a loira até o dormitório da grifinoria. Cathy foi com ela até o quarto, certificando-se que ela iria descansar.
Assim que Lily se deitou ela desceu e voltou a fazer a ronda junto com Sirius que permaneceu pensativo durante toda a noite. Ela queria saber o que estava acontecendo, mas não achou que fosse apropriado perguntar ao moreno.

– E você? - Cathy sorriu para ele
– Eu o que? - O moreno a encarou sem entender
– Esta bem?
– Sim - Ele sorriu - não se preocupa.
– É estranho falar normalmente com você outra vez - Cathy disse com um sorriso bobo em seus lábios.
– Não é estranho, é bom! - o moreno corrigiu forçando um sorriso, mas o esforço não passou despercebido pelos olhos da ruiva.
– Você não esta nada bem não é? - Ela o encarou compreensiva. Sirius ia contestar mas a ruiva não permitiu que ele o fizesse - Vamos encerrar a ronda por hoje ok? Você precisa descansar. - Ela agarrou o moreno pelo braço o arrastando até o dormitório dos monitores.

– Boa noite! - A garota sussurrou após abraçar o moreno
– Boa noite cenoura! - Sirius depositou um beijo na testa da ruiva e entrou para o seu quarto.

**

São Diego era uma cidade extremamente bela. Seria maravilhoso aprecia-la por mais uma vez se ele não tivesse um compromisso tão desagradável.
Se enfiou em um dos becos procurando por uma porta vermelha, as paredes desgastadas davam um ar sombrio ao lugar. Era como se estivesse em casa.
O escarlate saltou-lhe aos olhos e sem nenhuma educação abriu a porta. Um estrondo se formou no local quando esta bateu na parede com tamanha força que parecia que a estrutura do lugar ia ceder.
Mesmo após a entrada triunfal se arrependeu de ter feito tão pouco já que Wendell estava de braços cruzados o encarando com um sorriso canalha nos lábios.
« mata esse cara Petie »
Aquilo era insuportável. Aquela voz, aquelas lembranças.
Sem que notasse ele já tinha voado em direção ao homem jogando o corpo dele contra a parede com tanta força que sua silhueta ficou marcada no concreto.
Uma de suas mão seguravam o pescoço do homem enquanto a outra lhe acertava em cheio no rosto. Wendell já sangrava muito, sua boca e nariz tinham ferimentos salientes.
– Já descarregou toda a sua raiva? - O homem ainda conseguia sorrir, o mesmo sorriso cínico e perturbador de sempre.
– Não - O moreno acertara outro soco no rosto do homem.
– Agora já chega, isso já foi o suficiente pelo seu amigo. - Wendell com um só impulso jogou o corpo de Peter na outra parede do cómodo. Após bater foi ao chão, o golpe inesperado deixou o herdeiro confuso. Ele se levantou voltando a atacar o homem, mas Wendell o parou sem nenhum esforço, levantando-o e o jogando novamente contra a parede.

– Acha mesmo que eu te desafiaria sem ter condições de te enfrentar. - O homem sorriu novamente - Você pode vir a ser um dos mais poderosos. Pode, ainda não é. - Ele se aproximou enquanto Peter se levantava furioso - Logo, logo, você será muito poderoso pequeno Scott, mas antes disso, temos um voto perpétuo a fazer.
– O que você quer?
– Não posso arriscar te fazer poderoso e deixar de zelar por minha própria vida. Para que eu te leve ao topo você precisa jurar que não me matará nem ordenará a ninguém para faze-lo.
– E o que eu ganho com isso?
– Não sei, diga você - Peter pareceu refletir alguns segundos, porém o brilho de fúria em seus olhos não o abandonou por nenhum segundo.
– Você não tocará em nenhum dos meus amigos e de minha família, nem ordenará a ninguém para faze-lo.

Como se nunca cansasse Wendell deu mais um de seus sorrisos e estendeu a mão em direção ao jovem.
Para Peter era difícil escolher o que lhe dava mais raiva: Wendell ter deixado por vontade própria que ele lhe esmurrasse até cansar; Não poder mata-lo ou simplesmente ter que estender sua mão aquele homem miserável.
De qualquer forma, sua decisão já tinha sido tomada e agora teria que aturar Wendell e suas ordens até que apareça uma outra solução.

A segunda mão foi estendida para selar o acordo, uma luz azul circulou as mãos de ambos. Aquilo era como um carimbo feito de magica, um carimbo que confirmou o que provavelmente acabará mal para alguém.

– Vamos para outra cidade imediatamente, essa semana será bastante agitada. Tenho uma missão importante para você e para que você possa cumpri-la terá que voltar a ser quem você realmente é: Um vampiro. E vampiros não são bonzinhos.
– Que tipo de missão? - Peter perguntou indiferente enquanto o seguia para fora do cómodo.
– Você precisa encontrar uma pessoa. Alguém que esta no caminho da profecia.
– E quem é esse alguém?
– É exatamente isso que você precisa descobrir.

**

O sol surgiu com força total naquele dia, o misto de radiações invadia as muitas janelas da escola. Amy se remexia em sua cama tentando amenizar o incomodo que a luz causava aos seus olhos.
Após batalhar contra o sono se levantou e foi se preparar para a primeira aula daquela manhã. Aproveitaria que a aula era com a Grifinoria e falaria com Catheryne.

Hagrid falava desde que eles se sentaram ali, era incrível como o gigante conseguia dizer tantas palavras seguidas sem se engasgar nem uma vez sequer.
Criaturas magicas nunca fora a matéria preferida de Amy, a falta de interesse combinada com a carga de informações dadas por Hagrid fizeram com que a loira desistisse de acompanhar o que ele falava.

– Cath, eu preciso da sua ajuda para descobrir uma coisa. - Amy sussurrou para a ruiva - É muito importante.
– Que coisa?
– Você é da alunas que leu mais livros dentro daquela biblioteca certo? - A ruiva riu daquela pergunta.
– Talvez
– Você sabe de algum livro que fale sobre sonhos?
– Que tipo de sonhos?
– Sonhos que se repetem muitas vezes - Amy encarou os olhos verdes - E que se algo acontece com você neles, acontece na vida real também.
– Como assim acontece na vida real? - Cathy disse um pouco mais alto que o necessário atraindo olhares acusadores de alguns alunos. Por sorte Hagrid não reparou.
– Se você se machucar no sonho, a ferida continua no mesmo lugar quando você acorda. - Amy respondeu de volta quando os alunos deixaram de prestar atenção nas duas.
– Isso não são sonhos… Mas porque você quer saber sobre isso? - A ruiva perguntou curiosa.

– Sra. Potter e Sra. Weasley porque não compartilham com o resto da turma a vossa conversa que parece estar muito interessante? - Hagrid pronunciou cruzando os braços e nos encarando.

– Desculpe, nos só estávamos comentando sobre o que achávamos desse belo animal. - Cathy disse com um sorriso amarelo apontando para a criatura que antes Hagrid descrevia.
– E o que acham?
– Bem, Amy gosta deles muito mais do que eu, acho-os um pouco agressivos as vezes e isso me da receio a respeito deles. Ela disse seria Não é o tipo de animal que escolheria para ter de estimação - A ruiva brincou sorrindo e Hagrid retribui orgulhoso.
– São belas criaturas - Hagrid sorriu para as duas e continuou falando sobre o animal.

Catheryne e Amy se cumprimentaram discretamente por terem saído daquela situação sem ouvirem uma bronca.

Assim que a aula acabou as duas garotas foram para perto do lago negro. Distante dos grandes grupos de alunos elas podiam acabar a conversa que antes fora interrompida.

– Se você diz que não são sonhos então o que exatamente são?

– Uma espécie de visão. Mas isso esta acontecendo com você? - Cathy encarou a amiga preocupada.
– Não, com o Nathan. Por favor não fale com ninguém sobre isso - pediu
– Não se preocupe Amy, eu não vou falar.
– Você sabe como parar isso?
– Não tem como para-los amiga. Quando alguém tem esse tipo de sonhos é porque algo errado esta acontecendo. Apenas a própria pessoa pode descobrir o que é e acabar com eles.
– Você acha que Nathan tem alguma coisa haver com a profecia? - Os olhos de Amy carregavam toneladas de preocupação.
– Os sonhos falam algo a respeito disso?
– Sim
– Talvez seja isso então. E se ele for o escolhido para parar essa profecia? - As duas se encararam por um longo segundo.
– E se ele tiver que parar os herdeiros em vez da profecia? - Amy se colocou em pé e esse gesto foi imitado por Catheryne deixando o banco vazio.
– São suposições Amy - A ruiva tentou acalma-la.
– Peter o mataria em um segundo - Ela girou sobre os calcanhar em um gesto nervoso.
– Amy! - A loira encarou a amiga - São suposições, isso não vai acontecer! Além disso Peter esta com a gente agora, ele não vai subir ao trono.
– Tudo bem. São suposições - Amy repetiu as palavras tentando não se preocupar.


**

Eles ocupavam uma mesa, Potters, Malfoys, Longbottons, uma Weasley e uma Scott. Todos almoçavam em silencio e se precisasse escolher uma palavra para descrever o clima ali essa palavra seria: péssimo.

Samantha e Catheryne não se falavam direito desde a noite em que a ruiva a viu aos beijos com Sirius.
Mas esse não era o real problema naquela mesa até porque Catheryne estava entretida observando as feições de Amy que definitivamente não estava bem.
Samantha, assim como Sirius encaravam a comida sem saber o que fazer ou dizer.
Lily mastigava pela centésima vez o mesmo pedaço de bolo enquanto mantinha um olhar frio focado em uma mancha qualquer da mesa de madeira bruta.

Enquanto os outros membros do grupo se encaravam sem entender o que estava acontecendo. Com perguntas mudas através de olhares eles tentavam descobrir qualquer ressalto. Nathan facilmente se cansou de toda aquela tensão.

– Na moral, o que houve com vocês? - Todos encararam o moreno menos Lily que continuou observando a mancha na mesa. Ninguém respondeu. Nathan manteve os olhos sobre os amigos, até que percebeu - Onde esta o Peter?

Aquela pergunta entrou como um grito na cabeça dos três que sabiam do ocorrido. Sirius voltou a erguer a cabeça e encarar Nathan. Sammantha não se moveu, parecia ter paralisado, enquanto Lily largou o garfo que bateu no prato fazendo um barulho nada discreto, mas os olhos azuis não se moveram.

– Possivelmente sentado em um trono nesse exato momento. - A voz fria da mais nova dos Longbottons foi ouvida alguns segundos após o zumbido do impacto de seu garfo. Todo o grupo encarou a loira.
Catheryne se engasgou com o suco e Amy levantou da cadeira repentinamente.

– O QUE? - Amy gritou.

– Amy calma - Catheryne deu a volta na mesa se colocando ao lado da amiga.
– Ele tinha dito que não queria subir ao trono. - Amy disse com raiva.
– E NÃO QUERIA! - Sammantha se levantou furiosa também - Ele não teve escolha, todos nos sabemos disso!
– Olha como você fala garota - Catheryne se meteu
– CHEGA! - Foi Lily quem interrompeu, seu grito fez parte do salão principal encarar a mesa onde eles estavam. - Discussões e brigas são a ultima coisa que a gente precisa nesse momento.

– Amy, eu acho que eles precisam saber sobre aquilo. - Catheryne encarou a loira.
– Não sou eu que tenho que contar a eles sobre isso, é o Nathan. - A loira se sentou novamente na cadeira.
– Tenho que contar o que? - Ele a encarou com uma sobrancelha erguida.
– Sobre o sonho. - Nathan fechou a cara.
– Que sonho? - Sirius que até então não tinha dito uma única palavra se pronunciou.
– São apenas sonhos estúpidos, nada mais.
– Não são “sonhos estúpidos”, Amy me contou sobre eles - Todos estavam atentos as palavras da Weasley - Eu já li algo a respeito desses tipos de sonhos, são sinais de que algo esta acontecendo e que você esta envolvido.
– Você esta sugerindo que eu estou envolvido com a profecia? - O moreno perguntou entre os dentes.
– Sim. Talvez você seja o escolhido para parar essa profecia. Nos não sabemos, mas se essas mensagens estão chegando até você algum motivo tem.
– Isso não é possível… - Nathan passou as mãos pelos cabelos visivelmente nervoso.
– Não vamos tirar conclusões precipitadas. Além disso, somos um grupo Nathan, uma família, e continuaremos sendo mesmo que haja uma mínima hipótese desses sonhos terem esse significado. Nos estamos juntos nessa. – Sirius tocou o ombro do garoto
– E permaneceremos juntos até ao fim. - Sammantha completou.

Todos estavam assombrados com a hipótese de se envolverem na guerra. Mas estava decidido, eles estavam juntos e isso era o que importava.


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Notas finais do capítulo

Comentem e me deixem uma recomendação viu? U.U