New Hogwarts escrita por Tortuguita


Capítulo 17
Capítulo 16 - Insónia


Notas iniciais do capítulo

ooooi pessoas lindas! É, eu to de volta!
Gente mil desculpas por toda essa demora! Eu já tinha o inicio desse capitulo escrito a bastante tempo mas nunca conseguia acabar, por falta de tempo ou até mesmo por falta de inspiração, por isso demorei tanto.
Mas aqui esta, espero que me perdoem por demorar tanto, que gostem, que comentem muito e que façam recomendações!
AGRADEÇO MUITO A QUEM TEM COMENTADO ATÉ AQUI E AS DUAS LINDAS QUE RECOMENDARAM A FIC ! OBRIGADA DE VERDADE ♥



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A garota continuou ali em pé no mesmo lugar por longos minutos, as coisas giravam, sua mente girava, como um furacão de grande escala.

Ela sabia que estava indo rumo a um grande erro… Ele levava o coração da jovem com cada olhar e ela sentia isso.

O corujal ainda estava deserto e ela permanecia sem se mover, perdida, sucumbindo em seus próprios medos.

Seus dedos finos e gelados deslizaram por sua bochecha, tentando imitar o toque de alguns minutos atrás.

Ela ergueu os olhos ao ouvir o doce som das gotas que caiam lá fora como plumas e a chuva aumentou e aumentou perante os olhos azuis que a observava.

Lily estava indecisa perante seus sentimentos, estava indo rumo a questão que todos um dia enfrentam… ‘’ razão ou coração ‘’



**

Do outro lado do castelo uma ruiva atravessava o jardim debaixo do grande temporal correndo como se fugisse, tropeçando em seus próprios pés, ela tinha dificuldade em se manter firme perante a grande quantidade de água que encharcava a relva naquela tarde… ela não parava, ela apenas corria, sem saber para onde ir, sem saber a onde se esconder. As lágrimas que corriam por seu rosto se misturavam com as gotas da chuva em um sincronismo doloroso, o cabelo de fogo assim como as roupas da garota estavam encharcados. Ela parou bruscamente ao chegar próxima a floresta proibida, pensando se seria um erro prosseguir agora.


There was a sound,

split all the heavens apart

In on the Northern view,

out of the Southern spark

Oh, I will be with you,

running from the rain


A garota não sabia o porque de estar fazendo aquilo, provavelmente era a coisa mais idiota que já havia feito em sua vida, mas correr foi tudo o que ela conseguiu fazer quando viu Sirius e Sammantha juntos.


When it reaches the end of the line

See myself reflected, in broken glass

As the gates come crashing down

There is blood on the tracks tonight

And rust inside our veins

(We will ache every time I hear the storm)

Running behind me


– CATHERYNE! - O moreno gritou em algum lugar e foi o suficiente para faze-la correr novamente. - CATHERYNE NÃO! - Ele gritou ainda mais alto assim que a avistou, e sendo um vampiro, em segundos estava na frente dela que bateu contra o corpo forte. Ele segurou a garota pelos ombros obrigando-a a encara-lo.

– ME SOLTA! - Ela gritou, sua voz estava tremula e chorosa.

– O que há com você? Quer arranjar um jeito de ficar doente?

– Quem se importa? Me deixa em paz Longbotton! - Ela tentou se desvencilhar dele em vão.


There were some younger kids

Who followed the tracks that day

It was a passing afternoon

and I came and took them away

So we forgot our names

Lying in the tall grass

underneath the billboard dreams

Oh, I will be with you,

running from the rain


– QUAL É O SEU PROBLEMA? - O garoto gritou nervoso vendo as lágrimas que escorriam disfarçadamente pelo rosto molhado da ruiva.

– VOCÊ! VOCÊ É O MEU PROBLEMA! ME DEIXA EM PAZ E VOLTA A FAZER O QUE VOCÊ ESTAVA FAZENDO… - Ela o encarou por um longo segundo aderindo uma expressão critica, magoada e acusadora - O QUE VOCÊ FAZ DE MELHOR NÃO É? FICAR COM TODAS! - Ela gritou furiosa tentando a todo custo se soltar dos braços do garoto. Sirius ficou furioso com aquelas palavras.

– Sério? Esse show todo é por um ciúme idiota Weasley? Além disso me explica uma coisa - ele fez um pausa - o que você tem haver com isso?

Se alguém tivesse ultrapassado uma faca por seu coração teria doido menos, o sobrenome dito de forma tão áspera passou rasgando os ouvidos da ruiva. E a pergunta para tentar amenizar sua dor ela encarou como retórica.

– Me deixa em paz - Ela murmurou.



When it reaches the end of the line

See myself reflected, in broken glass

As the gates come crashing down


– O que você fez foi completamente ridículo.

– RIDÍCULO FOI VOCÊ TER VINDO ATRÁS DE MIM! - A garota voltou a gritar.

– Vim apenas por consideração aos velhos tempos.

– Os velhos tempos se foram Sirius, você ainda não entendeu isso? A nossa amizade foi junto com a morte dela…

Sirius rugiu ao ouvir a mesma historia de sempre voltando a ser salientada e sem perceber a sua própria falta de delicadeza encostou a garota com força desnecessária ao tronco de uma das arvores daquela floresta. A ruiva engoliu um gemido de dor e continuou encarando o vampiro.


There is blood on the tracks tonight

And rust inside on our veins

(We will ache every time I hear the storm)

It's running all over

(The rain)

Running from the rain


– Vai me morder de novo como fez da outra vez? Ou dessa vez vai mesmo me matar como fez com…

– CALA A BOCA WESLEY! - Ele a interrompeu - EU NÃO MANDEI VOCÊ CHEGAR PERTO DE MIM AQUELE DIA, PELO CONTRARIO EU TE IMPLOREI PARA IR EMBORA… VOCÊ SABIA QUE EU ESTAVA DEBILITADO E QUE O FARIA, VOCÊ FICOU LÁ PORQUE QUIS! - Os olhos do garoto estavam vermelhos e sua íris brilhava o azul ainda mais intenso que o normal, seus cabelos e sua roupa já tinham ficado encharcados também devido a forte chuva que não cessava. Catheryne se encolheu amedrontada, se era para deixa-lo com raiva ela tinha conseguido…- E QUANTAS VEZES EU VOU TER QUE REPETIR QUE EU NÃO TOQUEI NAQUELA GAROTA, EU NEM A CONHECIA! MAS QUE MERDA CATHERYNE! - Sirius deu um soco tão forte na arvore que Catheryne pode senti-la estremecer junto de seu corpo que já não era capaz de se encolher mais. As lágrimas trilhavam o rosto perfeito da ruiva com ainda mais frequência - Eu só queria entender da onde você tirou isso… Eu não sou um monstro, quer dizer - ele parou parecendo se acalmar - eu sou, mas… - O garoto procurou pelas palavras certas mas não as encontrou e se calou novamente.


Ele balançou a cabeça negativamente e a soltou, Catheryne não abriu a boca para dizer nada, e com essa atitude ele vagarosamente deu dois passos para longe dela e se virou provavelmente para voltar ao castelo.


See the steam in the distant hills

See the rooftops glitter in the sun

Hear the summer counting down,

Running out, running from the rain


– Eu vi… - Ela sussurrou e ele parou. - Eu vi você…

– Como? - Ele se virou para ela devagar tentando manter o controle. - Não tem como você ter me visto matando essa garota. Eu não a matei e eu tenho certeza disso… - O garoto frisou o ‘’certeza’’.

– Eu não vi propriamente isso… eu… - Ela falava devagar e de forma arrastada, a cada palavra parecia ficar mais fraca…

– Viu o que então? - Sirius perguntou ríspido e ouviu a garota soluçar.

– Eu… não… desculpa… É que… - Catheryne não deixava de encarar o chão nem um segundo, tropeçava em suas palavras que se misturavam com a respiração descontrolada e os soluços de seu choro, era notório que ela tremia muito, talvez de frio ou então era pura e simplesmente por medo.

Sirius deu um longo suspiro que deixou a garota ainda mais nervosa. Ele se aproximou dela e a ruiva ergueu o olhar aterrorizada. Sirius reprovou essa expressão com apenas um olhar e a puxou delicadamente para perto, a envolvendo com seus braços, ela permaneceu imóvel.


Operator, Operator, did you lose your way

when you got that call your brother made?

You're sick of running and you know it's true


you're coming back,

running from the rain


Ele observou os cabelos ruivos que estavam ensopados assim como o resto do corpo da garota, o vampiro a tirou dali em um piscar de olhos. A garota ficou zonza com a velocidade e uma forte dor de cabeça a atingiu. Ela se sentou em um sofá indicado por Sirius e ele sentou-se ao lado dela após fazer um feitiço para secar a ambos.

– A onde nos…? - A garota não precisou acabar a pergunta e ele já estava falando.

– Sala precisa. - Ela ergueu o olhar para a sala, era muito semelhante a sala de estar da sua mansão e as chamas na lareira tinham total capacidade para mantê-la quentinha.

– O que você viu? - Ele perguntou encarando os olhos da garota que reflectiam as chamas.


**

Nathan andava de uma lado para o outro na sala comunal da sonserina, seus olhos avermelhados e leves olheiras acusavam uma noite mal dormida.

– Cara qual é o seu problema? Você não consegue ficar no mesmo lugar por mais de um segundo desde que levantou da cama - James reclamou.

– Parece que ta com pó de mico ou então com problemas no piupiu já que foi no banheiro em quase todas as aulas - Kevin comentou rindo.

– Eu não estou muito bem ok? Da para vocês dois não encher o saco.

– Eh falta de educação… - Era a voz doce de Amy que acabara de se esparramar no sofá ao lado dos garotos.

– Ninguém pediu a sua opinião garota … - Ele ia apelar para alguma ofensa mas Kevin interrompeu.

– OOOOOOOOOOH ! - O garoto gritou - Nem pense em ofender os loiros! - Ele dramatizava enquanto Nathan se calou suspirando irritado e Amy limitou-se a ignorar o moreno.

– Tem certeza de que não esta acontecendo nada? - James perguntou com um sorriso compreensivo e a pergunta captou a atenção de Amy.

– Sim... Eu estou bem.

A atenção foi atraída para a porta da sala por onde entrava a pequena Lily que carregava em suas vestes não uma cobra, mas um leão.


– Olha a outra intrusa, sabia que é contra as regras você e seu irmão ficarem aqui dentro? Sonserina e Grifinoria não se misturaram. - James implicou com a garota.

– Eu me misturo a onde eu quiser ta bom? - A menina sorriu e se sentou no sofá.


Amy observava cada movimento de Nathan que parecia estar em outro mundo, seus olhos estavam focados em algum ponto do salão comunal mas a loira tinha certeza que a mente dele não estava ali, alguma coisa estava acontecendo e ela ia descobrir o que era. Sorriu satisfeita quando ele levantou de supetão e subiu as escadas para o dormitório, assim que ele desapareceu de sua vista ela se levantou e foi atrás dele sem ligar para o que seus amigos iam achar daquela atitude. A loira tinha certeza que ia render muitos comentários no outro dia, mas ela não se importava.

Quando acabou de subir as escadas avistou o garoto no fundo do corredor.

– Malfoy - Ela disse não muito alto mas o suficiente para que ele ouvisse e parasse de andar. A garota apressou o passo parando logo atrás dele.

– Eu não estou com paciência hoje Amy, se você veio aqui para reclamar que eu te tratei mal ou qualquer outra coisa parecida com isso guarde para outro dia. - Sua voz fria trouxe a tensão e ele sequer se virou para olha-la.

– Eu não disse nada ainda. - A garota falou incrédula.

– Por isso mesmo, é para evitar que diga.

– Ah, quer saber? eu vou parar de tentar te entender, isto esta ficando cada vez mais ridículo, ou melhor, eu estou ficando cada vez mais ridícula.

– Você pode simplesmente dizer o que você quer e ir embora? - Ele finalmente encarou a loira e ela não sabia bem o que fazer. Ele estava extremamente frio e não carrega nenhuma expressão em seu rosto, estava completamente indiferente e isso perturbava a garota.

Um grupo de garotos atravessaram o corredor conversando e rindo. Passaram pelos dois com olhares desconfiados, não que não fosse costume ver garotas no dormitório masculino, ou que não fosse costume ver garotas com o Malfoy, mas era a primeira vez que viam a loira dos Potter’s ali.

A loira ficou incomodada com os olhares e recuou.

– Não era nada de importante, eu só queria ter certeza se estava tudo bem, mas não é da minha conta. - Ela disse tão rápido que o garoto teve certa dificuldade para entender a frase. A loira seguiu em direcção a escada deixando o moreno.


Nathan pareceu rever seus conceitos, quem seria a melhor pessoa para o fazer esquecer? Talvez a única pessoa que conseguisse fazer isso? Ele pensou em ir atrás da garota, mas desistiu logo em seguida, permanecendo ali parado no meio do corredor vendo os longos cabelos loiros se afastarem cada vez mais.

A garota atravessava o corredor com passos lentos e com o coração apertado, ele não estava bem e ela tinha certeza disso, mas também tinha certeza que seria difícil desarma-lo.

Estava indo embora sem ter feito o que queria, sem ter cuidado dele e o que era mais triste é que ele não foi atrás dela dessa vez, como sempre fazia. Isso pareceu martelar na cabeça da loira por alguns segundos, ele realmente sempre vinha atrás, ela virou para encarar o corredor vazio, mas se surpreendeu ao perceber que ele ainda estava lá parado a encarando. A garota parou de andar e ficou ali no meio do corredor, estática, olhando para os olhos negros como se perguntasse apenas com o olhar o que ele estava olhando.

Ele deu um meio sorriso, diferente de todos os outros que costumava dar, um sorriso bastante triste comparado com o sorriso canalha que estava sempre em seus lábios.

Ela pensou por alguns segundos mas acabou por voltar parando em frente a ele.

– Eu me pergunto se o problema não é eu gostar de ser ridícula. - Ela deu um sorriso singelo que foi retribuído.

– Você não é ridícula, é apenas chata. - Ele sorriu ainda mais ao vê-la ficar emburrada.


O garoto abriu a porta do dormitório e levou sua mão livre até a da loira puxando-a para dentro do quarto. Ele se encostou na parede enrolando suavemente os braços em volta da cintura da garota que o observava calada e puxou-a para si.

– Tudo bem, vamos tentar de novo… Oi Amy.

Amy observou com atenção os belos olhos negros e a delicadeza com que ele tirava algumas mexas de cabelo de seu rosto. Estavam tão perto agora.

– Oi… Nath - Ela disse com as bochechas já ligeiramente vermelhas. Um sorriso sincero se formou nos lábios do sonserino a medida que eles se aproximavam dos dela.


**


Peter observava de uma das janelas do corujal, sua coruja negra pairar pelo céu turbulento com a carta que acabara de escrever em suas patas, ele continuou ali mesmo depois da coruja desaparecer no céu. Tinha medo do que aconteceria a partir de agora, tinha medo do que se tornaria, tinha medo do poder dessa profecia que estava por vir, tinha medo de não ter como voltar atrás.

Ele não podia evitar o seu destino, não tinha opções… Só tinha que ir até lá e fazer a profecia se cumprir, essa era a sua única opção se não quisesse ver todos a sua volta morrerem, mas ele sabia que ainda corria o risco de derramar ele próprio esse sangue e isso o atormentava.


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Notas finais do capítulo

Já estamos com 94 comentários, eeeeeeeeeeeh o/
Queria pedir um favorzão para vocês, minhas leitoras fieis e lindaas, por favor, por favor, por favor ... kkkk, ta, vou parar de puxar saco xD
O meu pedido é que se vocês acabaram por deixar algum capitulo para trás sem dizer nada dessem uma passadinha por la para deixar um comentário, é muito boom ver esse numero de comentarios subindo, façam uma autora feeliz ta? Os comentarios ajudam muito, principalmente nas minhas crises de ''a fic não esta boa'' ou de ''ninguém vai gostar desse capitulo''
E se não tiverem nada para fazer recomendo-vos a fazer uma recomendação a essa fic que vocês -talvez- amem, kkkkk ~ Le eu iludida
AGRADEÇO MUITO A QUEM TEM COMENTADO ATÉ AQUI E AS DUAS LINDAS QUE RECOMENDARAM A FIC ! OBRIGADA DE VERDADE ♥