A dor é tão necessária como a morte.

Voltaire

– Capítulo Trinta –

Mais Uma Chance

Estava escuro, um escuro assutador, ela estava deitada no chão se perguntando onde se encontrava. Olhava de um lado e para o outro e só o que via foi à densa escuridão tomando conta do lugar. Será que era assim morrer? Você passa a eternidade em um lugar escuro e assustador?

Bom esse definitivamente era o fim, ela morrera e Voldemort precisava ser destruído, mas, ela tinha confiança suficiente em seus amigos que mesmo sem a força do ar com eles, Voldemort seria derrotado, teria de ser.

– Quem está ai? – perguntou Agatha vacilante ao ouvir sons de passos.

– Apenas eu. – respondeu uma garota com uma voz doce se aproximando de Agatha.

– Quem é você? – perguntou Agatha se pondo em pé e medindo a garota de cabelos negros e olhos azuis, ela também possuía um diadema enfeitando o cabelo.

– Você realmente não sabe quem eu sou? – perguntou ela arrastando seu vestido azul pelo chão.

– Rowena. – respondeu Agatha trêmula.

– Exatamente. – disse Rowena divertida – É como olhar para um espelho, você é idêntica a mim.

– O que é aqui? – perguntou Agatha assustada.

– Não sei. – disse Rowena andando em volta de Agatha – Eu apenas fui mandada pra cá agora pra falar com você.

– Eu estou morta?

– Ainda não. – explicou Rowena encarando os olhos verdes de Agatha – O seu coração parou de bater e você não respira mais, porem quando a pessoa “morre” o cérebro ainda funciona por uns poucos minutos. É o tempo que a poção que você tomou tem para funcionar. Tenho que ser rápida a não ser que você prefira morrer.

– Eu tenho escolha?

– De ficar aqui ou de voltar? – disse Rowena sorrindo – Claro.

– Ok.

– Você não quer voltar? – perguntou Rowena visivelmente desapontada.

– Eu não sei. – respondeu Agatha – Na verdade eu acho que prefiro não voltar mais.

– Por quê?

– Eu estou cansada. – explicou Agatha abatida – Eu apenas quero descansar.

– E fugir das suas obrigações? – perguntou uma voz atrás de Rowena, dessa vez surgiam mais três pessoas, que Agatha poderia dizer que eram Gina, Harry e Draco de cabelos escuros, mas, eram os outros fundadores. Fora Helga que falara – Acho que definitivamente ela não é a sua herdeira Rowena.

– Não estou fugindo das minhas obrigações. – defendeu-se Agatha – Na verdade eu nem sei quais são as minhas obrigações.

– Sabe sim. – disse Salazar se aproximando – E sabe também que deve voltar e derrotar a pessoa que eu criei.

– Sem drama de novo Salazar. – disse Rowena girando os olhos, Salazar a censurou com um olhar – Tom se tornou o que é hoje por conta própria.

– Se não fosse pelas minhas idéias sem fundamento sobre os nascidos trouxas, isso não teria acontecido. – disse Salazar arrogante.

– Existiam outros com o mesmo pensamento que você tinha Salazar. – disse Helga docemente, era incrível como se parecia com a Gina – Se não fosse você que tivesse dado a idéia teria sido outro. Você não teve culpa.

– Tem razão. – disse Salazar presunçoso – A culpa foi do Godric.

– Minha por quê? – perguntou Godric indignado.

– Você sabe por que.

– Chega vocês dois. – disse Rowena irritada – O que a minha herdeira vai pensar?

– Já estou acostumada. – disse Agatha sorrindo.

– Não vamos mais perder tempo. – disse Rowena voltando-se para Agatha – As pessoas precisam de você viva Agatha, você precisa ajudá-los, sem você as chances são mínimas, os Elementais precisam estar juntos, os Elementais já se separaram uma vez. Vai deixar isso acontecer de novo?

– Eu não sei como voltar. – disse Agatha chateada.

– Quando a poção fizer efeito, você saberá como voltar se quiser. – disse Rowena – Ou poderá ignorá-la e simplesmente se deixar morrer. E fazer com que todos percam a esperança de vencê-lo.

Agatha desviou o olhar de Rowena, que dilema se encontrava, ela realmente estava cansada de tudo, mas, não podia abandonar a todos, Voldemort não podia vencer, na profecia dizia que um mataria o outro, ela não podia deixar que Harry morrece. Agatha tinha que voltar, mas, sentia tanto medo, só que mais importante que o medo agora, são os seus amigos e por eles ela faria tudo.

– Eu preciso voltar. – disse Agatha decidida – E eu vou.

– Ótimo. – disse Rowena – Estou orgulhosa de você.

– Agatha. – disse Helga com o seu sorriso doce – Quando voltar pode dizer uma coisinha a minha herdeira?

– Claro que sim. – disse Agatha imediatamente.

– Diz pra ela ter mais confiança nela mesma. – disse Helga – Se ela se sentir ameaçada e sem confiança, pode por tudo a perder.

– Eu digo, pode deixar.

– Eu também queria que você dissesse uma coisa para o meu herdeiro. – disse Godric, Agatha assentiu e ele continuou – Diga que ele deve pensar antes de agir, diz pra ele se controlar mais ou ele pode perder os seus amigos como eu perdi em vida.

– Sensato da sua parte. – disse Salazar cínico – Nunca vi alguém tão estourado como você.

– Estou tentando Salazar. – disse Godric aborrecido.

– E você Salazar? – perguntou Agatha virando pra encará-lo – Tem algo para dizer ao Draco?

– Ele está indo muito bem...

– Salazar! – exclamaram os três.

– Tudo bem. – disse Salazar rendido – Diz pra ele, que demonstrar os seus sentimentos não faz dele um fraco e sim humano.

Agatha sorriu e virou para Rowena que retribuía também com um sorriso, este lembrava muito o de sua avó.

– Agatha. – disse Rowena segurando as suas duas mãos – Diz pra minha herdeira, para ser menos orgulhosa e mais corajosa por que tempos sombrios virão, e ela precisa ser muito forte para passar por tudo isso.

– Não se preocupe. – disse Agatha – Eu digo a ela.

– O tempo está acabando. – disse Rowena olhando para o lado, onde se formava uma clara luz em meio à escuridão – Você vai voltar ou vai em direção a luz?

– Eu vou voltar. – respondeu Agatha sentindo a sua voz sumir – Como eu faço?

– É só querer... – respondeu Rowena com a sua voz sumindo também.

– Eu quero voltar...

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No capítulo anterior tinha uma pequena fala em frances que eu esqueci de colocar a tradução.

- Quem mon petit*? – perguntou a Sra. Ridgeway desesperada, o resto da família se aproximara da cama.

* Minha pequena.

Desculpe gente, falha minha.

Bjos