O homem precisa daquilo que em si há de pior se pretende alcançar o que nele existe de melhor.

Friedrich Nietzsche

– Capítulo Dezesseis –

Severo, Meu Severo Snape

- Então a gente te deixa aqui. – disse Goyle em frente ao quadro da mulher gorda – O Draco disse que a senha é Ararambóia.

- Obrigada. – disse Agatha olhando de Crabbe para Goyle – Vocês vão ficar aqui?

- Sim. – disseram os dois em uníssono.

- Mas vocês não vão ter mais vida. – disse Agatha irritada.

- Não esquenta não. – disse Goyle – A maioria das nossas aulas são juntas e Crabbe e eu podemos revezar de vez em quando.

- Ok. – disse Agatha girando os olhos, em seguida ela disse a senha e entrou no salão comunal da Grifinória. Grande surpresa foi de sua parte, quando viu todos os Grifinórios reunidos a espera dela.  – Surpresa! – gritaram todos. Seus amigos, todos do time de quadribol, as líderes de torcida, enfim, todos.

- Sentimos sua falta. – Agatha foi pega de surpresa por um abraço de uma Lilá chorosa – Como você está? Droga é claro que não está bem. Quer se sentar um pouco? Trouxemos torradas e eu já convoquei as garotas não se preocupe está tudo sob contro...

- Calma Lilá. – disse Harry andando em direção a elas – Assim a Agatha vai voltar para a enfermaria. – Como você está? – Harry perguntou dando um abraço em Agatha.

- Estou bem. – respondeu Agatha. Na verdade ela não estava bem, ela só ficaria bem quando voltasse para o lado do Profº Snape.

Agatha foi recebida por vários abraços dos amigos e colegas da Grifinória.

- Ok gente. – disse Rony – Acho melhor Agatha subir antes das aulas pra descansar um pouco.

- Não é necessário, eu estou bem.

- Acredite. – disse Rony entre os dentes – É necessário sim.

Agatha entendeu o recado e seguiu os amigos até o seu quarto, outra surpresa, Draco estava sentado em uma poltrona, vendo um álbum de fotografia.

- Draco. – disse Agatha baixinho.

Draco não disse nada, só se aproximou e a abraçou forte, como se sua vida dependesse disso.

- Você me deu um grande susto. – disse Draco sem largá-la, fazia um tempo considerável que eles não se abraçavam.

- Você tem cheiro de lavanda. – comentou Agatha de repente.

- É o meu sabonete. – disse Draco confuso – Por quê?

- Por nada. – respondeu Agatha rapidamente – Por que você os colocou para me escoltarem?

- Eu não vou discutir com você. – disse Draco firme – E você sabe por que coloquei não se faça de tonta.

- Como entrou aqui? – perguntou ela aborrecida.

- Usei a capa do Potter. Ele disse que precisava falar com a gente.

- Verdade. – disse Harry sério – Eu sei que é um mau momento pelo o que te aconteceu Agatha...

- Não se preocupe. – disse Agatha se sentando e oferecendo lugares pra eles também – Só quero esquecer isso.

- Ok. – disse Harry respirando fundo – Eu tive outra visão com Voldemort, Malfoy também viu, ele dizia alguma coisa sobre ter colocado algo em prática e que Draco e Agatha voltariam pra ele.

- O veneno! – disse Gina assustada – Foi o veneno no chocolate.

- Mas como um veneno me faria voltar para o lado dele? – perguntou Agatha pensativa – Quero dizer, me faria ficar com medo e me afastar mais.

- Draco também nos contou sobre a visão que vocês dois tiveram na mansão. – disse Hermione – Os herdeiros se separaram por causa da traição de Godric. Gente tem que ter um motivo pra essas visões acontecerem, eu acho que elas querem dizer alguma coisa.

Draco ficou desconfortável. Ele teria que contar agora o que as visões querem dizer? Isso provavelmente separaria os quatro e eles tinham que ficar juntos, os Elemetais destruiriam Voldemort e se separassem estava tudo acabado.

- Eu também fui até o escritório de Dumbledore, ele começou a me mostrar algumas lembranças referente a Voldemort. Ele me mostrou uma em especial – Todos estavam absortos ao que Harry dizia – nessa lembrança, o Profº Slughorn, está dando uma festa com alguns alunos entre eles, Tom Riddle.

- Como! – exclamaram todos.

- Isso. – continuou Harry – Quando a festa acabou, Tom ficou para conversar com o Profº Slughorn, ele perguntou a ele sobre o que era uma Horcrux...

- Horcrux? – disse Agatha alto, era havia se lembrado do sonho.

- Sim. – disse Harry – Você sabe o que é?

- Não. – disse Agatha – Continue.

- Na lembrança o professor se negou a contar sobre o que era. – continuou Harry – Mas Dumbledore acredita que a lembrança foi alterada, e ele quer que eu consiga a lembrança verdadeira.

- O Profº Dumbledore não te disse o que é uma horcrux? – perguntou Agatha ansiosa.

- Não. – disse Harry deprimido – Ele não quis.

- Eu acho que li essa citação em algum lugar. – disse Hermione pensativa.

- Na mansão Malfoy. – disse Rony de repente, Hermione o olhou abismada – Naquele livro que explicava sobre o Alica Virtus, ele dizia alguma coisa sobre horcrux.

- Verdade. – disse Hermione animada – Draco, seria possível nós pegarmos esse livro na sua mansão.

- Difícil. – disse Draco – A mansão está em reforma e o ministério fez uma vistoria nela, tudo que era sobre as artes das trevas foi levado pelo ministério.

- E agora? – perguntou Agatha apreensiva – Nós temos que descobrir o que é isso.

Agatha estava preocupada, primeiro ela sonha com Draco lhe devolvendo a sua pulseira e ele a chamava de horcrux, uma palavra que ela nunca ouvira antes, e agora eles descobrem que Voldemort no seu tempo de escola queria saber sobre horcruxes. O que estaria acontecendo?

- Podemos procurar nos livros da biblioteca. – disse Gina observando Agatha.

- Além disso. – disse Hermione entregando um envelope para Agatha – O Profº Slughorn pediu para te entregr isso.

Agatha pegou o envelope e leu no verso. Club do Slug.

- O que é isso?

- Ele convidou os seus alunos notáveis para uma festa particular. – explicou Draco irônico – E Estamos todos convidados.

- Menos eu. – disse Rony aborrecido.

- Eu já disse que você vai comigo Rony. – disse Hermione irritada – Harry pode aproveitar que vamos estar lá para conseguir a lembrança de Slughorn sobre as horcruxes.

- Mas que seja rápido, por favor. – disse Agatha outra vez – Temos que ser rápidos em descobrir o que é isso.

- Por que você está tão preocupada em saber o que é uma horcrux? – perguntou Rony desconfiado.

- A profecia foi bem clara Rony. – disse Agatha inventando a desculpa na hora – Os três herdeiros vão tentar ajudar o herdeiro de Godric a derrotar Voldemort, eu não tenho muito tempo, se eu morrer antes disso, é o fim.

- Você não vai morrer! – disse Gina, Harry e Draco ao mesmo tempo.

- Agatha. – disse Hermione amigavelmente – O Prof° Snape vai conseguir achar o antídoto.

- Por falar nele. – disse Agatha abrindo um sorriso grande e sincero – eu vou ajudá-lo com o antídoto, eu pedi a ele, e Severo disse que por ele tudo bem, só precisa falar com Dumbledore.

- Você quer mesmo ajudá-lo? – perguntou Gina – Não vai te deixar deprimida?

- Perai! – exclamou Harry – Desde quando você o chama de Severo?

- Eu chamei? – perguntou Agatha confusa – Nossa nem percebi. E eu quero sim fazer isso, além de me distrair, eu posso ficar mais perto dele. – Ao dizer isso Agatha foi até a sua penteadeira e começou a pentear os cabelos com um ar sonhador.

- Vocês ouviram o que eu ouvi? – perguntou Rony sério.

- Eu temia por isso. – disse Hermione aborrecida.

- Do que vocês estão falando? – perguntou Harry baixinho – Que aquilo deu certo?

- Todos pensamos que a poção havia falhado por causa do veneno. – disse Hermione olhando de relance para Agatha que cantarolava em frente ao espelho – Mas parece que funcionou.

- Foi Snape quem carregou Agatha para a ala hospitalar quando ela desmaiou. – disse Draco irritado – Então...

- Ela se apaixonou por ele. – disse Gina inconformada – Contamos pra ela?

- Vamos falar com Dumbledore primeiro. – disse Hermione séria.