Eu e minha mãe preparávamos uma fuga daquele lugar, mas sabíamos e estávamos de acordo que para fugir dali teríamos que arriscar as nossas vidas e pior, matar a vaca da Terina.

Mas Lance e as tropas de meu pai já estavam a minha procura.

“É inútil.” Um dos homens dizia a outro no acampamento “A essa hora ela já deve estar morta.”

Lance aparecera e se intrometera na conversa.

“Você diz que é inútil porque não é o amor da sua vida e seu filho que foram raptados.” Lance disse “Agora voltem ao trabalho, pois amanhã faremos uma viagem intensa até a Senhora do Destino.”

“Sim senhor.” O soldado disse “E perdão senhor.”

“Só não faça de novo.” Lance disse indo para sua barraca.

Dentro dessa, Lance pegava em um livro que tinha minha foto nele.

“Meu amor, onde você está?” Ele dizia.

No dia seguinte, Lance seguiu viagem rumo às ruínas da Senhora do Destino.

Lá ela disse que só o ajudaria se ele a convencesse de que eu era realmente importante para ele.

“Eu a amo.” Ele disse nervoso “Isso não é suficiente para você.”

“Calma aí rapaz.” Ela disse “Você não quer mesmo ser castigado, quer?”

“Eu só quero salvar as duas pessoas que mais amo nesse mundo.” Ele disse com uma lágrima rolando pelo seu rosto.

“Tudo bem.” Ela disse “Eu vou ajudá-lo.”

A lendária Senhora de todos os destinos era como as lendas afirmavam. Provavelmente a criatura mais bela de todo universo.

Ela tinha os cabelos loiros que passavam sua cintura, era incrivelmente alta e tinha os olhos mais azuis do que o mais belo dos oceanos.

Seu corpo era tão perfeito e escultural que parecia que ela fora esculpida das mais belas e habilidosas mãos.

“Eu quero saber um jeito de salvar Lyenne e o bebê que está dentro dela.” Lance disse.

A Senhora do Destino proferiu palavras mágicas e no ar apareceu onde estava Lyenne.

“Terilyn.” Ela disse “Sua garota está na China.”

“Eu vou conseguir salvá-la?” Lance perguntou inseguro.

“Isso não depende do que o destino o reserva, mas sim das escolhas que você mesmo fará ao longo da viagem.” Ela disse.

“Então não pode ver o que o destino me reserva?”

“Só você mesmo pode ter controle sobre seu próprio destino.” Ela disse “E não o contrário.”

“Se não controla destinos de ninguém, por que se chama Senhora do Destino?” Lance a perguntou.

“Vocês me nomearam assim.” Ela disse “Meu nome mesmo é outro.”

“Obrigada.” Lance disse.

“Boa sorte, Lance.” Ela disse enquanto ele ia embora “Você vai precisar... e muito.”

Dias se passaram e eu ainda estava presa. E tinha um problema.

“Ai.” Eu disse de repente.

“O que houve?” Chrisel me perguntou.

“Acho que meu bebê vai nascer.” Eu disse me curvando de dor.

Chrisel chamava por Terina, até que essa respondeu.

“O que foi?” Ela disse áspera, mas quando viu o meu estado, abriu a cela “Minha nossa!”

Chrisel e Terina me colocaram deitada em um sofá.

E quando Terina se ausentou para pegar água limpa, eu cochichei para minha mãe.

“Prenda-a enquanto ainda temos chances.” Eu cochichei.

Minha mãe balançou a cabeça.

Quando Terina voltava com uma bacia de água e panos limpos, Chrisel aproveitou a chance.

“Terina.”

“O que é?” Disse Terina atordoada.

“Você poderia pegar uma coisa que deixei em minha cela?” Chrisel a perguntou, mas será que ela compraria?

“Por que não vai você?” O que mais temíamos aconteceu...

“Porque eu que vou fazer o parto dela ou você acha mesmo que vai conseguir fazer isso?” Chrisel disse.

“Ta bom, então.” Disse ela.

Terina entrou na cela e perguntou o que tinha que pegar, daí minha mãe a trancou e disse:

“Só apodreça aí.”

“O quê?!” Terina disse “Vocês armaram contra mim?”

“Nós tivemos que fazer isso.” Chrisel disse “Agora eu tenho um parto a fazer.”

Do lado de fora do esconderijo de Terina, Lance ouvia gritos de Lyenne.

“Lyenne.” Lance disse “Vocês fiquem aí até segunda ordem, ok?”

Lance entrou no lugar segurando uma espada de fogo, a única coisa que seria capaz de matar um vampiro 1ª classe.

Mas ao ver sua amada com um lindo bebê nos braços, Lance derreteu-se.

“Lyenne?” Ele disse soltando a espada, que se apagara ao tocar no chão.

“Meu amor.” Lyenne disse “Eu disse que não era um menino.”

“E realmente, é coisinha mais linda do universo.” Chrisel disse.

“Você é?” Lance a perguntou.

“Ela é minha mãe.” Lyenne disse.

“Chrisel?” Lance repetiu “É um enorme prazer em conhecê-la.”

Lance beijou uma das mãos de minha mãe.

“O prazer é todo meu.” Mamãe disse.

Com isso, tive todos os itens da minha lista oficialmente realizados. E estou sendo até hoje muito feliz.

Hoje estou com 145 anos e minha filha já é uma adolescente! Ela se chama Kara e faz sucesso com todos os rapazes na escola. Sim, minha filha cursa uma escola humana.

A parte do sucesso com os rapazes, o pai coruja dela não gosta nem um pouco, mas até que é engraçado.

Meu irmão, Leon, resolveu cursar uma faculdade humana e entrar para a marinha. No mesmo prédio ele conheceu uma Kohl que fazia relações públicas e eles se casaram.

Edgar e Terina foram condenados a ficarem sem nenhum poder. Agora, são humanos e vivem no mundo deles como empregados de uma casa de vampiros que vivem em Nova York.

Edgar é o motorista e Terina a doméstica das domésticas, imagina só!

Minha mãe e meu pai voltaram a ser marido e mulher. Ele a perdoou e ela ainda o ama... O suficiente pelo menos.

E eu e Lance vivemos felizes para sempre no mundo dos humanos, eu acho.

“Lyenne!” Ele disse.

“O que é?” Eu o perguntei.

“Eu já falei pra não misturar as roupas assim.” Lance disse “Fica difícil de separa depois.”

“Ah, você ta brigando comigo por causa disso?” Eu o perguntei.

“Eu só não gosto.”

“Quem diria que você seria tão organizado, em?” Eu disse colocando os meus braços ao redor de seu pescoço.

“Eu acho que tem uma maneira de você me compensar.” Ele disse com aquele sorriso safado.

“Tem mesmo?” Eu o perguntei e ele me beijou.

Bom, nós vivemos felizes para sempre no nosso estilo.

Fim!