Its War escrita por KimYoung


Capítulo 3
Cap 3


Notas iniciais do capítulo

Me desculpe, esse cap é um pouco chatinho mas era necessário pra esclarecer algumas coisas.



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Parou no terraço do prédio. A visão era perfeita. Abriu sua maleta pegando sua arma. Olhou para o relógio, este indicando 18:00.

Apontou a arma em direção a entrada. Logo viu uma garota de cabelos compridos falando ao celular.

Mirou em direção a sua cabeça.

Ele deveria terminar aquilo lá. Sua razão mandava que ele terminasse com o seu serviço. Mas seu coração não aceitava. Não cumpria suas ordens.

Sentiu suas mãos bambearem, fazendo mudar a arma de direção.

Pegando firme na arma, voltou a direção ao seu alvo.

Colocou o dedo sobre o gatilho. O tocando levemente.

–Não posso...– disse ele colocando a arma no chão. –Não consigo!-gritou com todas as suas forças.

Sentou-se no chão.

–Por quê?-ele perguntou como se a resposta que esperava, viesse trazida pelos ventos.

Chang Sun levantou-se.

–Por quê?!-gritou chutando sua maleta.

Voltou ao local onde estava observando seu alvo. Ela ainda estava ali. Parada falando ao celular.

–Desculpe... -sussurrou.

Pegou sua maleta e colocou sua arma. Agora já desmontada.

Caminhou ao térreo. Tentando o máximo possível não ser notado.

O que era quase impossível. Uma pessoa totalmente estranha naquele local. Com roupas pretas, luvas e uma estranha maleta.

Saiu do prédio. Pode ver JaYeon ainda lá em frente. Falando ao seu celular.

Uma corrente elétrica percorreu sua espinha, quando ouviu sua voz. Seguida por um sorriso estampado em seu rosto.

Era seu primeiro sorriso em muitos meses.

Esse sorriso foi desfeito quando viu um carro preto passar lentamente em frente o prédio.

Sem pensar duas vezes correu a JaYeon.

–JaYeon!-ele disse segurando o braço da garota.

Ela virou-se surpresa. E colocou a mão sobre o peito.

–Aí! Quase me matou de susto!

–Desculpe! JaYeon você precisa vir comigo!

–Espera! Quem é você?

–Sou eu JaYeon! Lee Chang Sun! Estudei com você!

–Chang Sun?-ela perguntou boquiaberta.

–Sim! Agora venha comigo!-disse a puxando pelo braço.

–Hey! Por quê? O que está acontecendo?!

Chang Sun suspirou. Não devia falar a verdade para ela. Além do mais ela não acreditaria nele.

–Acreditaria se eu dissesse que está correndo perigo?

Ela abriu um sorriso torto.

–Não... Chang Sun por que está brincando comigo?!

–Não é brincadeira! Estou falando sério! Estão atrás de você! Você corre perigo!

–Tudo bem... – ela sorriu – Me dê um nome.

–Lee Jin Ki...

O sorriso da garota se desfez quando Chang Sun terminou de dizer o nome. JaYeon ficou boquiaberta. Seu rosto antes corado, agora estava pálido.

–Meu Deus! –foi a única coisa que conseguiu dizer.

–Você precisa acreditar em mim! Quero te ajudar!

– Mas você trabalha pra ele!

–Eu nunca te machucaria JaYeon!Acredite em mim!

Chang Sun pegou na mão da garota.

–O que vamos fazer?-ela perguntou com os olhos marejados.


–Vamos nos esconder.

******

Estavam do outro lado da cidade. Em um canto mais afastado e tranqüilo.

Estavam em uma lanchonete sentados em uma mesa afastada das janelas.

Ambos estavam com outras roupas.

–Sugiro que prenda seu cabelo. – Chang Sun disse colocando alguns fios de cabelo atrás da orelha da garota, que antes caiam sobre seu rosto.

Aproveitando para fazer uma carícia.

JaYeon tirou a mão de Chang Sun de seu rosto delicadamente.

–Como se meteu nessa encrenca?-ele perguntou.

–Eu presenciei um de seus colegas cumprindo um “serviço”. Ele atirou em mim, mas não foi grave. Fingi que estava morta. E ele foi embora. Testemunhei o crime na delegacia. E tenho provas. Tenho papeis que comprometam a todos. Menos a você Chang Sun... Porque? Porque ainda está fazendo essas coisas?

–Não deixo provas. Sou o mais discreto possível.-ele respondeu friamente.

–Por que ainda está fazendo essas coisas?-ela refez a pergunta.

–Não tenho escolhas...

–Todo mundo tem escolhas.

–Eu não...

Ela bufou e fechou os olhos.

–Por que não me matou? Quero dizer... Eles deram esse “serviço” pra você não é?

–Sim...

–Então por que não me matou? Já que é um profissional no que faz, por que não me matou?!

–Ainda tenho tempo para isso...- ele respondeu em um tom ríspido.

A garota estremeceu com a resposta do rapaz. Que manteve contato visual com ela o tempo todo.

Os olhos do rapaz estavam frios. Indecifráveis.

–Então acabe logo com isso. –ela disse.

Chang Sun franziu o cenho.

–Como assim?

Se eles me querem morta... Se você deve fazer isso... Me mate logo. –disse ela aumentando o tom de voz.

–Você enlouqueceu?-ele perguntou sussurrando.

As pessoas da lanchonete os observavam.

–Você sabe que eu nunca te machucaria!

Ela sorriu cínica.

–Mesmo?-perguntou mantendo o tom de cinismo na voz.

– Por que está fazendo isso? – a aversão tomava o local.

–Se você disse que nunca me machucaria... Então o que foi aquilo... – Ela parou de falar. Abaixou a cabeça– Vamos parar com isso...-JaYeon passou as mãos nos cabelos. –Para onde vamos? Não podemos ficar aqui para sempre.

–Sim, eu sei. Vamos para um lugar onde eu costume me esconder quando a barra fica pesada.- ele respondeu risonho.

–Onde?

–É um... Ferro velho.

–Ferro velho?

–É.

–Quando vamos?

–Agora... Antes prenda o cabelo– Chang Sun colocou a mão no bolso e tirou um elástico de cabelo. Entregou-o para ela.

Ela prendeu o cabelo em um rabo de cavalo.

Chang Sun ficou hipnotizado. Tudo nela chamava a atenção do rapaz. Seu rosto angelical, seus lábios carnudos, seus cabelos castanho claro. A maneira como ela sorria. Tudo o encantava.

Foi tirado de seus devaneios quando ela o chamou.

–Vamos?

–Vamos.


Levantaram-se. Chang Sun pagou a conta. E foram embora.

*****

O céu estava enegrecido. Os dois caminhavam pelas ruas.

–Eu não posso ficar escondida para sempre. Eu tenho um trabalho!

–Você não vai ficar escondida para sempre. Só até as coisas acalmarem.

–Humm... Eles não vão descansar enquanto eu não estiver morta não é?

Chang Sun não respondeu apenas acentiu.

– Já que você não vai me matar. Eles não vão descansar enquanto eu não estiver morta. O que você pretende fazer quanto a isso?

–Quantas perguntas!- ele disse enfurecido.

–Apenas responda!

–Vou acabar com eles! Vou matá-los um por um! Satisfeita?

JaYeon ficou sem graça com a resposta do rapaz.

Caminharam mais um tempo em silêncio até que ela decidiu quebrá-lo.

–Estamos muito longe?

–Não... Temos que pegar um ônibus.

Caminharam até o ponto. Não demorou muito para pegarem o ônibus.

Chang Sun estava sentado ao lado da janela. E JaYeon ao lado do corredor.

–Me dê seu celular.–ele disse quebrando o silêncio.

A garota o pegou. E entregou para ele.

–Por quê? – ele não respondeu apenas o abriu retirando o seu chip- Oque está fazendo?!-ela perguntou surpresa e irritada ao mesmo tempo.

Chang Sun atirou o chip do celular para fora do ônibus.

–Eles podem ter grampeado ele. Podem achar você com ele.

Logo se livro do chip de seu celular.

–Por que jogou o seu?

–Me viram com você na porta do seu trabalho?

–Como?! Eu não vi ninguém!

–Primeira lei de um assassino: Aprenda a observar os detalhes. Segunda lei: Não seja distraído.

Chang Sun não estava seguindo a segunda lei. Pois era o que mais estava fazendo. Sendo distraído. Diante a presença de JaYeon, era a única coisa que ele era... Distraído.

–Como eu não vi?-ela perguntou inconformada.

Chang Sun riu da expressão divertida e indignada do rosto da menina.

–Estava distraída falando com alguém no celular. –ele respondeu rindo.

O ônibus seguiu seu percurso.

Os dois permaneceram em silêncio.

Chang Sun deu graças a Deus por JaYeon não ler pensamentos. E não sabia como ela não podia ouvir as batidas aceleradas com coração do rapaz.

–Estamos longe?- ela quebrou o silêncio.

Chang Sun colocou a mão no peito. A sensação de susto, alegria e desconforto ao ouvir a voz da garota que tanto amava, tão perto de si, mas não podia fazer nada.

–Algum problema?-ela perguntou se aproximando ainda mais do rosto do rapaz. Milímetros separavam seus lábios.

Pro incrível que pareça Chang Sun se afastou da garota.

–Não. E não estamos longe. Vamos descer agora.

Os dois levantaram-se.

Saíram do ônibus.

Caminhavam por uma rua deserta. Estava frio, o céu ameaçava chuva.

–Isso é tão sinistro... –ela disse mostrando medo.

–Tudo bem. Eu estou aqui.

Chang Sun segurou a mão da garota. Um arrepio intenso percorreu a espinha do rapaz.

A garota não se livrou da mão do rapaz, apenas a segurou mais forte.

–Estou com medo. –ela parou de andar.

Chang Sun se virou para ela.

–Tudo bem. Eu já disse que não vou deixar nada de ruim te acontecer. Eu vou te proteger JaYeon.

Ela sorriu amarelo.

–Você não acredita em mim não é?- Chang Sun perguntou triste, mas antes que JaYeon pudesse responder ele a interrompeu. –Corre JaYeon!

Os dois saíram correndo. Motivo?

O mesmo carro que a seguia ainda a tarde passou ao lado dos dois.

Um homem saiu do carro e começou a correr atrás dele.

Chang Sun corria o mais rápido possível ainda de mãos dadas com JaYeon.

Não podia deixar que matassem sua JaYeon.

Parou de correr quando ouviu um barulho ensurdecedor. E JaYeon caiu ajoelhada no chão.

Olhou para ela. Seu braço estava ensangüentado.

Olhou para frente e viu um “colega de trabalho” com a arma apontada em direção aos dois. E assim que viu Chang Sun o olhando saiu correndo.


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Notas finais do capítulo

Desculpem os erros. Prometo que o próximo capitulo vai ser melhor, e maior. Eu escrevi ele na madrugada de ontem.
Reviews Para uma autora depressiva?



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