O rapaz moreno de camisa cinza sentia seu corpo aos frangalhos, mas não tinha sequer algum arranhão, afinal, estava morto, assim como todos naquele lugar. Seu orgulho havia sido ferido, mas não iria parar por causa daquele ocorrido, iria encontrar um meio para adentrar aquele lugar nem que aquela fosse a ultima coisa que ele fizesse. Enquanto ela atendia a portaria, foi em busca de alguma brecha e circundava o local. Nenhuma porta, nenhuma janela, nada além de uma bela parede branca perfeitamente Liza e tão impossivelmente alta que se perdia no céu da manhã, sendo impossível de se escalar.

Então finalmente, ele a encontra. Uma pequena catraca abandonada e vazia sem qualquer segurança o guardando, o chamando. Sem pestanejar, ele adentra no jardim sem árvores e imediatamente a garota que mantinha sua face fria de sempre ergue sua cabeça, sentindo que seu território havia sido invadido novamente. Sua sobrancelha se contrai juntamente com seus lábios róseos demonstrando seu desgosto e após dar outro dos objetos brilhantes para seu “cliente”, ela confere quantos ainda lhe restavam. Apenas três em sua mão.

Aquele era um local sagrado e Katherine gostava que apenas pessoas puras adentrassem o lugar, sempre impedindo que baderneiros perturbassem a paz. O jardim era um vale de imensurável beleza e grandeza, mas aquele não era o paraíso, mas as portas que guiavam a alma para a paz e a tranqüilidade. Belas emoções e pensamentos ligavam mais facilmente as almas para chegarem com maior facilidade ao criador.

Só havia um modo de se encontrar com Deus e não bastava passar pela catraca. Não bastava estar no jardim. Era preciso ter engolido a pílula do bem. Aquela energia boa e benéfica que fazia com que todos que a engolissem se sentissem tão bem, que os transportariam instantaneamente para junto Dele.

Ele de nada sabia...e logo se perderia na imensidão do jardim sagrado.

– Tsc. Que problemático.