Um Amor De Infância escrita por Anah


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Deesculpa se eu demorei muito ç----ç
eu estou muito ocupada esses dias, mas eu voltei o//



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Dessa vez, Alistair passara dos limites. Só podia ter enlouquecido. Inu Yasha caminhava de um lado para o outro em frente à lareira.

— Sim, eu quero a aliança com os Macgillivray, mas não me casarei com a filha dele.

Alistair Davidson acomodara em sua poltrona favorita e batia os dedos no braço de madeira entalhada. Sua expressão era indecifrável, mas Inu Yasha sabia muito bem em que seu tio pensava. Kikyo, sentada ao lado oposto do marido, lançou-lhe um olhar de desaprovação.

— Sente-se, meu filho — pediu Alistair, ciente da impaciência do sobrinho.

— Por que a trouxe para cá, tio? — perguntou ele, continuando a andar. — Você sabia que eu não aceitaria me casar com ela.

Kikyo sorriu para Alistair.

— Seu tio imaginou que você poderia concordar com o casamento se visse a jovem.

Inu Yasha resmungou algo.

— Ora, meu camarada, a beleza dela não é o mais importante. O fato é que Macgillivray ofereceu a filha e, se você realmente quer essa aliança, é melhor aceitar a união. — Alistair levou a mão ao bolso e tirou um pergaminho enrolado. — Aqui está o contrato de casamento, que é bastante generoso. Ele ofereceu terras, duas propriedades pequenas e ouro.

— Quer mesmo se livrar da filha, não? — Sempre andando, Inu Yasha descartou a idéia com um aceno de mão.

Kikyo franziu a testa.

— Não vou admitir que fale assim da jovem Elizabeth. Apesar da pouca idade, ela é viúva. É uma moça muito bonita. O que pode fazer se chamou a atenção de um ou dois guerreiros?

— Um ou dois? Ela esteve na cama da maioria dos chefes dos clãs, pelo que me consta. — Inu Yasha foi até a janela e olhou para o pequeno e delicado jardim entre a parte de trás da casa e a muralha que rodeava a propriedade.

O que viu não o surpreendeu. Sesshoumaru caminhava de braço dado com Elizabeth Macgillivray através das ervas e flores de verão que tinham brotado dias depois da forte chuva.

— Olhe para aqueles dois — comentou ele, pensando nas inúmeras conquistas do irmão. — Não demorou muito para se entrosarem, não é mesmo?

— Como? — Alistair se aproximou do sobrinho.

— A filha de Macgillivray, a pura viúva, e meu irmão, sempre em busca de uma nova conquista.

— Ora…

Inu Yasha voltou para perto da lareira e levou um banco de madeira para o lado de onde a tia estava. Então esperou que seu tio se acomodasse e sentou-se também.

— Está bem, o que devemos fazer?

 Kikyo colocou a mão no braço do sobrinho.

— Inu Yasha, conte-nos sobre Kagome.

Ele se lembrou de como Kagome se afastara quando vira Elizabeth Macgillivray olhando-o como a rainha sanguinária de Sheba de cima de seu cavalo. Primeiro, o susto, depois a dor no semblante dela quando a jovem foi apresentada como sua noiva.

Ah, quando encontrasse Sesshoumaru… Ele podia ter apenas dezoito anos, mas saberia enfrentar a fúria do irmão. Inu Yasha pressionou os dedos contra as têmporas e gemeu.

Quando Kagome saiu em direção ao estábulo, Inu Yasha a deteve, obrigando-a a se virar. E o que viu não o agradou nem um pouco: os olhos verdes marejados de lágrimas. A angústia daquela mulher que tanto o encantava foi como uma facada em seu peito.

Ela se soltou dele e atravessou o grupo de guerreiros montados que se agrupavam ao redor da entrada do estábulo. Quando conseguiu pedir licença aos tios e à convidada, Inu Yasha foi atrás de Kagome, mas não a encontrou em nenhum lugar.

— Droga!

— Você a ama — afirmou Kikyo.

— O quê?

— E ela o ama, meu querido sobrinho.

— Eu não sei o que…

 Kikyo afagou-lhe o braço.

— Está tão evidente…

— Tenho de concordar com sua tia, filho.

Inu Yasha olhou de um para o outro.

— Por Deus, nem sei direito quem é essa mulher!

 Os dois arregalaram os olhos. Inu Yasha se levantou e recomeçou a andar, enquanto contava aos tios como encontrara Kagome no bosque e a resgatara dos Grant. Quando comentou sobre seu encontro com Reynold e sua intenção de barganhar pela jovem, Kikyo ficou ainda mais aturdida.

— Inu Yasha, você precisa saber…

— Kikyo, já chega! — interrompeu-a Alistair. — Não vamos mais tocar nesse assunto!

— Mas…

— Queria que já tivesse terminado.

— O que ainda não terminou meus tios?

— Filho, quando seu pai morreu…

— Foi assassinado.

— Bem, desde o dia em que seu pai foi assassinado, eu o criei como meu próprio filho e o vi transformar-se em um belo guerreiro, um líder, um lorde.

Inu Yasha olhava o tio com atenção.

— Sim, e você é chefe de um clã, os Taisho, e recuperará o que é seu por direito. Tanto os Macgillivray quanto os MacBain têm a intenção de se aliar a nós, mas precisa estar disposto a ceder um pouco.

— Alistair, Macgillivray é meu primo de primeiro grau. É uma boa ligação, para nós e para Inu Yasha. Com ou sem casamento.

— Eu sei só que a ligação seria bem mais forte se Inu Yasha se casasse com a filha dele.

— Não é necessário — insistiu Kikyo.

Inu Yasha leu o contrato de casamento assinado por Macgillivray. Depois o dobrou e o guardou no bolso de sua manta escocesa.

— E MacBain? Sesshoumaru decerto lhe contou sobre seu encontro com ele, não?

— Sim. Nós o tínhamos visto alguns dias antes, e ele deixou bem claro que não pretendia se aliar a ninguém. Pelo menos por ora. MacBain não é um homem que se une com facilidade aos outros.

— Não, não é. — Inu Yasha se lembrava da relutância de MacBain em juntar-se à aliança que seu pai denominara clã Chattan.

"Existem homens aqui que enfiariam um punhal em suas costas logo depois de o terem chamado de amigo." As palavras de MacBain tinham sido um prenuncio dos acontecimentos daquela noite terrível. Inu Yasha afastou o pensamento.

— E você se lembra do acordo com a irmã dele.

— Sim, lembro.

A irmã de MacBain fora prometida a Souta Grant.

— Teria sido uma excelente aliança.

— Com a morte de Souta, MacBain viu-se obrigado a casar a irmã com um chefe menos poderoso. Apesar de seu pai ter sido morto, Inu Yasha, MacBain culpa os Taisho por não ser tão rico.

— MacBain se unirá a nós. Tenho algo que o convencerá a enxergar os fatos. — Sem perceber, Inu Yasha levou a mão à bolsa de couro em sua cintura e tirou a pequena mecha de cabelos. Era eterna, poderosa, bem como sua promessa.

A garota deveria ter se tornado uma linda mulher. Será que ainda guardava a adaga incrustada de pedras? E, se por algum milagre divino o tivesse feito, será que ele a encontraria, será que a reconheceria? Sorriu diante da recordação do rosto angelical sujo de barro e dos cabelos emaranhados. Era uma menina corajosa, teimosa e…

De repente ele visualizou Kagome em cima do garanhão preto, Destino. Por Deus, era loucura! Inu Yasha se levantou para sair e o tio o acompanhou até a porta.

— Tem certeza de que quer lutar contra os Grant? Não é necessário, filho. Você sempre terá seu lar aqui conosco.

Inu Yasha estudando o rosto envelhecido do tio.

— Eu sei, e sempre lhe serei grato. Mas preciso fazer isso. Por meu pai e por meu clã. Por Sesshoumaru e Conall. — Apertou o laço de amantes em sua mão. — E também por mim.

Da janela de seu quarto, Kagome observava os garotos cuidando dos cavalos recém-chegados. Todo seu corpo tremia, e ela lutava contra as lágrimas que insistiam em marejar-lhe os olhos. Tentando fazer com que suas mãos ficassem firmes, fechou-as, apertando-as firme, enfiando as unhas nas palmas para que a dor aplacasse sua angústia.

Uma noiva. A noiva de Inu Yasha!

Ao escutar as palavras de Sesshoumaru, Kagome sentiu a cor sumir de seu rosto. Temendo que Inu Yasha ou as outras pessoas ali reunidas notassem sua reação, saiu correndo na direção do estábulo, respirando fundo para que o pranto não rolasse. Quando alcançou a parte dos fundos da casa, subiu para seu quarto pela pequena escada da cozinha e se trancou lá dentro.

Tanto Sango quanto Kaede tinham tentado convencê-la a descer para o almoço, porém ela se recusou. Não podia ir. Inu Yasha viera duas vezes até ali, mas Kagome não o deixara entrar, recusando-se a falar com ele.

Ah, como fora tola! Achara mesmo que um homem como Inu Yasha Taisho poderia amá-la? Sim, achara, e sua ingenuidade a irritava. O desejo dele estivera bem claro, mas não havia mais nenhum tipo de sentimento por trás. Puro desejo. E ela quase se entregara, como qualquer prostituta.

Saiu da janela e encostou-se na parede gelada. O frio seria bom para acalmar o incêndio que se formara dentro dela.

Inu Yasha já deveria saber sobre Elizabeth Macgillivray. Ele até tentara lhe dizer algo naquela manhã, sobre o que acontecera, sobre não ter sido correto. Sim, fora mesmo um erro. "Não quero que você pense que…" O quê? Será que significara algo para aquele homem? Por que significaria? Era filha do responsável de um estábulo, e Inu Yasha, o chefe de um clã. Kagome sabia que não passava de uma serviçal. E isso ficara evidente com a chegada de Elizabeth Macgillivray.

Ela escutara as conversas no pátio do estábulo sobre como o casamento de Inu Yasha com a filha de Macgillivray traria força aos Taisho. Sem contar as terras, a riqueza, tudo que Inu Yasha queria como ele mesmo lhe dissera um dia.

E então, onde se encaixava?

O que Inu Yasha lhe dissera quando eram crianças? "Você poderá buscar minhas flechas, cuidar de meu cavalo de guerra…" E também de suas outras necessidades, compreendeu cada vez mais aborrecida.

Kagome sentou-se na cama e começou a brincar com a barra de seu vestido, alisando o tecido confortável entre os dedos. Sango insistira para que se trocasse. Kagome concordara tamanho fora seu choque com a chegada da noiva de Inu Yasha. Deixou que a criada lhe tirasse as roupas sujas e colocasse o vestido limpo, e também penteasse seus cabelos.

Examinou suas mãos calejadas de tantos anos de trabalho. Trabalho que tanto adorava, aliás. Respirou fundo, sabendo que nenhum vestido em toda a Escócia a deixaria tão elegante e feminina quanto Elizabeth Macgillivray.

Além de bonita, a jovem era rica. Uma noiva perfeita para Inu Yasha. Uma mulher que lhe traria o exército que ele tanto precisava para desafiar Reynold Grant e recuperar o Castelo Findhorn.

Inu Yasha necessitava daquela aliança. Sem os Macgillivray ele não teria a menor chance de vencer. Entretanto, Kagome tinha uma certeza: ele desafiaria Reynold Grant com ou sem a ajuda dos Macgillivray.

Inconsolável com seu destino cerrou as pálpebras diante das lágrimas e disse a si mesma para ser forte. Inu Yasha se casaria com Elizabeth Macgillivray e teria a tão sonhada aliança. Kagome, por sua vez, voltaria para seu clã e se casaria com Reynold Grant. Era a única solução plausível.

Como esposa de Reynold e senhora do Castelo Glenmore, teria como influenciar algumas decisões do marido. Talvez conseguisse persuadi-lo a desistir do Castelo Findhorn e devolvê-lo aos Taisho. Se Inu Yasha ganhasse apoio de todos os membros do clã Chattan, suas forças seriam páreo para os Grant.

Lembrou-se da brutalidade estampada como uma chama nos olhos de Reynold. Não, Reynold Grant não abriria mão de nada que fosse de valor, muito menos da propriedade de seu maior inimigo.

E Inu Yasha não se contentaria até que o sangue escorresse de sua espada. "Não descansarei até que todos eles estejam mortos." Palavras duras para um garoto de doze anos, mas Kagome sabia que ele cumpriria o juramento. E havia alternativa?

Tentou buscar conforto no fato de que seus pais estariam protegidos com seu casamento. Respirou fundo e exalou devagar, tentando acalmar as emoções conflitantes que tanto a atormentavam.

— Seja forte, Kagome Todd. Há muito mais em jogo do que seu coração.

Sabia o que precisava fazer. Tinha de sair de Braedün Lodge o mais depressa possível. Mas como?

Todos os guerreiros se encontravam na fortaleza, Taisho e Davidson. Conseguiria escapar de qualquer um se estivesse em cima de um cavalo, mas não queria criar uma situação de perseguição.

Não, teria de ser uma partida furtiva, de preferência à noite, enquanto todos estivessem dormindo. Apesar das sentinelas que guardavam a propriedade, Kagome encontraria uma maneira de fugir. Tinha de encontrar.

Uma suave batida na porta interrompeu-lhe as conjecturas. Não era o toque insistente e brusco de Inu Yasha.

— Quem está aí?

— Kikyo Davidson. Podemos conversar um instante, minha jovem?

Kagome hesitou por um segundo, então tirou a tranca da porta. Ao abrir, Kagome deparou com Kikyo Davidson, à senhora de Braedün Lodge, parada no corredor segurando uma pilha de roupas.

Kagome abriu mais a porta e deu passagem para Kikyo, que deixou as peças em cima da banqueta da penteadeira.

— Kagome, minha querida, deixe-me olhar para você — disse ela, sorrindo.

Tomada por uma grande saudade de sua mãe, Kagome se emocionou.

Kikyo a estudou por alguns instantes, parecendo reconhecê-la, o que incomodou Kagome.

— Você é muito bonita, e o vestido de Ellen lhe caiu muito bem.

Envergonhada, ela alisou o tecido.

— Ah, eu não… Kaede e Sango insistiram tanto que…

— As duas estavam certas. E Inu Yasha também. — Kikyo apontou para a pilha de roupas. — Aqui há outras peças que eram de Ellen. Achei que você pudesse gostar. São trajes bonitos, para serem usados por alguém com a sua graça e elegância.

— Obrigada, lady Kikyo, mas não posso aceitar. Talvez a… A noiva de Inu Yasha… as queira.

— Elizabeth tem vestidos suficientes para vestir toda a Escócia.

Kagome se lembrou dos inúmeros cavalos carregados de baús que vinham atrás de lady Elizabeth e do padre Ambrose.

— Não tenho a menor dúvida.

— Além disso, imagino que Elizabeth Taisho não ficará tão feliz quanto outra pessoa. Ellen era muito querida por nós todos. Eu não gostaria de ver seus pertences amassados no fundo de um baú.

— São roupas muito bonitas e muito caras para mim.

— Que bobagem, Kagome! Olhe só que lindo isto. — Kikyo desdobrou uma camisola de seda fina, com mangas compridas e translúcidas, toda rendada.

- É maravilhosa!

As pupilas de Kikyo brilharam.

— Ellen a usou em sua noite de núpcias. Ah, mas que casamento lindo… Colum Taisho e Ellen foram muito felizes. Éramos como irmãs, mas ela nunca mais foi a mesma após o marido… Depois da morte dele.

Kikyo fez uma pausa e passou a camisola para Kagome.

— Foi usada apenas uma vez, e não por muito tempo. — Sorriu com malícia.

Kagome também sorriu, enrubescendo. Conhecia muito pouco o assunto em questão. Se não tivesse sido interrompida na véspera, teria feito muito mais descobertas.

— Essa peça trará muitas alegrias e filhos para a jovem que a usar. Fique com ela, minha querida.

— Ah, não, eu…

Kikyo forçou as mãos de Kagome a se fecharem, refreando seus protestos, pondo-se a observar com curiosidade o vestido amarelo dobrado dentro do baú.

— Pensei em me mudar para o estábulo, para ceder o quarto para lady Elizabeth. Há poucos aposentos para hóspedes na casa, e como é a noiva de Inu Yasha…

— Para o estábulo?

— Sim.

— Soube das maravilhas que você realizou com nossos cavalos. Saiba que admiro muito as mulheres habilidosas. E mais ainda quando elas enfrentam os homens. Cuidar da casa e costurar não é para todas.

Ao olhar para os olhos azuis de Kikyo, Kagome sentiu um grande conforto, como se aquela senhora desconhecida a compreendesse. E o melhor: aprovasse sua maneira de ser.

— Você pode ser muito boa com os cavalos, porém, não admitirei que durma no estábulo. É um grande absurdo. E não sairá deste quarto. Elizabeth foi instalada em um quarto menor, no andar de baixo. É o suficiente.

— Mas…

— Além do mais, quero que fique perto de nós… De Inu Yasha. Meu sobrinho me contou como a encontrou na floresta.

— Sim, foi muita sorte minha Inu Yasha ter me encontrado naquele momento tão difícil.

— Sorte dele também.

Kagome pensou em algo para mudar o assunto, pois não queria ficar falando de si ou de Inu Yasha.

— Seu sotaque é diferente, milady.

— Nasci Macgillivray, nas montanhas, mas cresci na fronteira, com o povo de minha mãe. Quando me casei com Alistair, vim para cá.

Kagome assentiu. Uma Macgillivray. Kikyo devia ter alguma influência no casamento de Inu Yasha com um membro de seu clã. Entretanto, por mais estranho que parecesse, ela parecia não aprovar a jovem.

— Você também não tem um sotaque comum.

— Não. Minha mãe é francesa e…

"Por Deus, se entregaria com tanta facilidade?" Não fazia diferença. Kikyo Macgillivray Davidson era uma mulher bem-nascida e não tinha como conhecer Naraku e Madeleine Todd, responsáveis pelo estábulo do clã dos Grant.

— Está explicado. Sentimos sua falta durante o almoço. Faço questão de sua presença no salão para o jantar. — Era uma ordem, não um pedido.

Como teria forças para sentar-se à mesa com Inu Yasha e sua noiva sem trair seus sentimentos? Kagome tentou formular uma desculpa, mas não conseguiu pensar em nada que não criasse suspeitas. Resignada, forçou as palavras a saírem de sua boca:

— Será uma honra, milady.

— Pode me chamar de Kikyo. — Foi até Kagome e afagou-lhe o rosto.

Seria possível que Kikyo a conhecesse?

Como? Será que Miouga lhe contara algo? Não, ele lhe dera sua palavra, e Kagome confiava no bom amigo.

Padre Ambrose? O sacerdote devia tê-la reconhecido e não se preocupara em esconder o fato. Sendo assim, dentro em breve todos saberiam que ela era uma Grant. Não, isso não explicava o fato de Kikyo tê-la reconhecido. Como, então?

— O padre Ambrose estará conosco hoje à noite?

— Sim. Como não costumamos vê-lo muito, é uma grande honra ter a presença de um homem tão sábio entre nós.

De repente, Kagome compreendeu o verdadeiro motivo de o padre estar ali. Sua garganta secou no mesmo instante, e seu coração disparou.

— Ele veio para celebrar o casamento?

 Kikyo não respondeu.

— Sim. Faz sentido aproveitar a presença de um padre em nosso clã, não acha?

Mais uma vez, Kagome sentiu as lágrimas arderem em seus olhos.

— Então Inu Yasha… pretende se casar?

— A julgar por tudo o que testemunhei hoje, parece que meu sobrinho está muito disposto a se casar. E rápido.

Kagome cerrou os dentes.

— Entretanto, minha jovem, há uma pergunta sem resposta: quem será a noiva?


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Notas finais do capítulo

goostaram ? çç



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