Love You Like A Love Song escrita por JoyceSantana


Capítulo 5
recaída, epifania, rejeição


Notas iniciais do capítulo

MEU ANIVERSÁRIO TÁ CHEGANDOOOOOOOOOOOOOOOOOOO! O QUE VCS VÃO ME DAR? LOL



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Do mesmo jeito que chegou em casa e jogou-se no sofá, ficou. Sem se mexer. Claro que algumas garrafas de bebida fizeram-lhe companhia, mas isso era algo normal, considerando o fato de que ele sempre usava líquidos dopadores de cérebro para auto-consolação. Porém, desta vez, era diferente. Ele poderia tomar todas as garrafas existentes no planeta, o sentimento de repulsa e humilhação não iria embora. Foi como se a ficha finalmente caído. Ele tinha sido um estúpido. E o castigo para isso?

Apaixonar-se louca e completamente por Shiloh Fernandez.

– Por que o Senhor simplesmente não me deu uma doença ou quebrou meu pé? Doeria menos! - gritou sem se importar se alguém estivesse ouvindo-o.

Aquilo era horrível. Como ele pôde ter sido tão mesquinho, tão fútil? Era como se outra pessoa estivesse agindo naquela época, não Justin.

Mas ele tinha orgulho. E este era dificilmente quebrado, ou superado, ou vencido.

Mas convenhamos, quem liga para orgulho quando uma epifania o toma no meio da sala, depois de um porre?

– Preciso me desculpar. Preciso de você, Shiloh. - disse como um robô, sem ao menos piscar, enquanto segurava sua garrafa quase vazia - Eu vou te ter de volta.

Depois de sua conclusão um tanto possessiva, ouviu a porta abrir e fechar novamente. Não se preocupou em ver quem era, só poderia ser uma pessoa. Ou duas, no caso.

– E aí, velho. - a voz de Ryan ecoou pelo cômodo vizinho e foi até a sala - Tudo bem?

– Se com "bem" você quer dizer "solitário, carente e com repulsa de si mesmo", - deu mais um gole no líquido transparente - então estou ótimo.

– Não se esqueça do "bêbado"! - gritou Chaz da cozinha, intrigando Justin.

– Onde ele está?

– Geladeira. - disse Ryan jogando-se ao lado do amigo e acompanhando-o na bebedeira - Larga de ser besta e para com essa viadagem de depressão, você mereceu isso.

– Belo melhor amigo, você. - Justin disse ironicamente tomando a garrafa do amigo - Devia estar me apoiando e dizendo o quanto ela é vadia por fazer isso comigo.

– Mas a Shiloh não é vadia! - disse Ryan estapeando-o na cabeça - E você mereceu mesmo tudo isso. Justin, você terminou com ela no baile de despedida dos alunos. Será que você iria gostar se alguma menina pegasse o microfone no palco e te desse um pé na bunda mesmo depois de dizer que te amava?

– Mas eu estava bêbado! - disse ele tentando se defender, o que era algo inútil.

– Quer, por favor, admitir pelo menos uma vez que está errado?!

Justin paralisou no mesmo segundo, deixando a casa completamente silenciosa e a mercê dos gritos de Ryan. O manifesto do amigo foi tão escandaloso que fez Chaz, que estava muito bem enfurnado na geladeira, parar seus movimentos e ver o que estava acontecendo.

– Sério, tá parecendo discussão de relação. Seus gays, abaixem o volume.

Justin riu fraco com a fala do amigo e logo voltou para o estado depressivo.

– Eu errei. - desabafou com a voz miada - Mas estou disposto a me redimir, Ryan! Mas quem diz que aquela idiota me escuta? Só fica jogando tudo que fiz na minha cara e o quanto é feliz com o tal do Timmy!

– Ele parece legal. - Chaz disse dando os ombros - Ouvi dizer que ele tem uma Ferrari. Eu casava!

Justin e Ryan viraram as cabeças incrédulos com o que tinham acabado de ouvir. Chaz, totalmente alienado, só foi perceber o que tinha saído de sua boca depois de engolir seu último pedaço de Kit Kat.

– Eu disse isso em voz alta?

– Toma. Vai melhorar sua idiotice. - Ryan estendeu a garrafa de vodca para o amigo que não hesitou em pegar - Vai, Justin, continua.

– Então. - ele prosseguiu - E sabe o que mais? Eu acho que ela está tendo alguma coisa com o professor de música.

Ryan e Chaz entortaram seus semblantes em confusão.

– Tá falando daquele velho horroroso que trabalha na tua escola e come papel? - Chaz disse com a boca cheia de Doritos parcialmente digeridos - Porque, Justin...

– Cala a boca, Chaz! - ele gritou irritado - Aquele leciona violino. Tô falando do meu professor de canto, aquele bonitão... Não me olhem assim, não é nesse sentido. - disse rapidamente ao verem a expressão de deboche dos amigos - Aquele bonitão que tem vinte anos e um sorriso mais branco do que o do Obama.

Ryan segurou o riso com a definição pronta do professor problema do amigo e tentou formar alguma frase positiva.

– Acha mesmo que ele tem alguma chance com a Shiloh, Justin? Quer dizer... O cara é mais velho.

– Só três anos. Ela gosta de homens mais velhos, diz que são mais maduros. O que uma puta bobagem, eu sou da idade dela e muito maduro. - disse ele antes de dar um gole grande em sua bebida e sentir a queimação insana em sua garganta, que o fez apertar os olhos em consequência.

– Acho que tua maturidade tá bem escondida debaixo das bebedeiras e viadagens tipo depressão e epifanias. - Ryan comentou indiferente fazendo Chaz gargalhar. Justin apenas lançou-lhe um olhar mortal - Tô brincando, velho.

– Ele gosta dela, dá para ver no jeito que ele a olha.

– Você repara até nisso? - Chaz perguntou intrometendo-se na conversa pela primeira vez - Caramba, pensei que você só percebia o físico e tal...

– Ela te mudou, cara. - Ryan concordou com o amigo - E você fez muita coisa errada. Tem que sofrer um pouco, é o carma.

– Eu não preciso de macumba para me desculpar, Ryan! - Justin disse num tom nervoso e impaciente - Preciso impedir que aquele metido a besta faça alguma coisa com ela.

– Eu não acredito que você está sequer cogitando a ideia de Shiloh talvez se envolver com o seu professor de canto.

– Olha, eu posso até estar enlouquecendo... - disse ele largando a garrafa e arrumando a postura - Mas eu vou conseguir ela de volta para mim. E vou precisar da ajuda de vocês.

Foi algo completamente instintivo e involuntário. Ryan e Chaz afastaram-se do amigo no mesmo segundo e procuraram a porta a fim de fugir de mais um plano de Justin. A verdade era: Justin era uma porcaria com planos. Sempre se ferrava no final, de um jeito ou de outro. Ainda mais se tratando de garotas, já que ele não tinha experiência alguma, nunca precisou correr atrás de nenhuma!

– Wow, não me mete nisso não. - Ryan avisou já perto da cozinha, com Chaz no seu encalço.

– Teus problemas, tu resolve. - disse o outro recebendo palmas do amigo pela frase um tanto... Normal, considerando seu cérebro mal desenvolvido. Era a única explicação.

Justin bufou de raiva, como os amigos eram inconvenientes! Será que não podiam simplesmente calar as bocas e concordarem em ajudá-lo? Era uma causa nobre, pelo amor de Deus!

– Vocês irão me ajudar. - concluiu cansado de tanta negação - Agora dêem o fora daqui.

Ryan e Chaz ficaram confusos ao ver o amigo empurrando-os até a porta mesmo envolto em alguns desequilíbrios por causa da bebida.

– Como assim, velho? Acabamos de chegar! - Chaz disse já do lado de fora do apartamento.

– Nossa, é por isso que eu adoro ajudar você, Justin. Tão prestativo... - Ryan ironizou indiferente.

– Eu já estou entrando na ressaca e tenho que dormir. Senão eu chego atrasado na aula de canto... E isso não é algo que queremos, é?!

Justin estava sendo irônico, o que era impressionante, considerando o fato que estava mais alto que nunca. Ryan entendeu o que ele quis dizer e até riu fazendo um toque desengonçado de mãos. Mas tinha o outro. E ironia era algo que exigia mais do que seu cérebro podia oferecer.

– Eu não entendi. - Chaz disse depois de massacrar seus neurônios e não conseguir nada.

Justin e Ryan reviraram os olhos.

– Shiloh, rapá! - Ryan começou com um tapa na cabeça - Shiloh está na aula de canto. O idiota aqui tá caindo de tanta pinga por causa da Shiloh que está na aula de canto!

– Não precisa falar tanto o nome dela assim, dude. - Justin alertou sentindo uma dor horrível na cabeça.

– É o único jeito dele entender! Então Chaz, pegou? - Ryan perguntou esperançoso.

– Peguei, idiota. - disse ele bravo - Vamos logo.

Justin riu ao ver os amigos se afastarem e fechou a porta, já sentindo a bebida finalmente fazer efeito em sua cabeça... E no estômago.

***

O barulho do despertador nunca foi tão perturbador como o daquele dia. Justin mal conseguia abrir os olhos, quanto mais se mexer. Era como se um caminhão tivesse passado por cima dele. As juntas dos braços e pernas pareciam ter sido tiradas do lugar e mal colocadas de volta. Uma sensação totalmente horrível. Situação perfeita para ficar em casa. Mas tinha um porém.

– Shiloh! – gritou seu motivo se desenrolando dos lençóis enquanto procurava a bendita porta do banheiro.

O efeito e as conseqüências da bebida o atingiram como uma tijolada na cabeça. Se ele não se segurasse na cômoda mais próxima, provavelmente cairia no chão e ficaria ali até ser encontrado por outro alguém. Já mais norteado de seus movimentos, foi com calma até o banheiro, onde até se afastou ao ver o reflexo no espelho médio.

Ele parecia... Um panda. O que era intrigante, já que esta denominação se dá a mulheres, em sua maioria, que acordam cheias de maquiagem no rosto. O caso de Justin era diferente. Suas maquiagens eram... As olheiras. Elas estavam presentes numa tonalidade roxa um tanto escura, o que poderia sugerir que ele levou um soco bem dado. Porém, pela voz rouca e o corpo mole, ficaria claro que foi mais uma noite de bebedeira depressiva. Depois de suas análises, foi para o banho.

– Droga! – murmurou ao lembrar que sua voz havia acordado horrível.

Mais uma vez, ele não havia pensado no que aquilo poderia prejudicar suas ações posteriores. Uma característica normal para um impulsivo de primeira como ele.

– Que se dane. Nem que eu tenha que ficar calado. Eu não falto nesta aula.

Depois de impor seu objetivo de ver Shiloh de qualquer jeito, rumou para seu guarda roupa para escolher o que iria vestir. Sem paciência para ver o que ficaria melhor, pegou uma camisa qualquer junto com uma calça e vestiu. Ficou satisfeito com o novo reflexo, estava bem mais apresentável.

Depois de passar litros de perfume, comeu algo rápido e voou para a garagem de seu prédio.

– Ande logo, senhora Cooper! – disse ele enquanto esperava uma velhinha cri-cri de seu andar tirar a carcaça com rodas de sua frente – Eu estou atrasado!

– Cale a boca, garoto! Não está vendo que já estou saindo? Se estiver tão incomodado, passe por cima, ora bolas! – rebateu a velhinha no ato.

“Passe por cima, ora bolas!” – repetiu ele num tom infantil. Até acelerou o motor apenas para assustá-la, e riu alto ao ver que havia conseguido. Logo sua passagem já estava livre – Valeu, senhora Cooper! Eu te amo!

Não esperou a reação da vizinha e estacionou o pé no acelerador, agradecendo aos santos por conseguir praticamente todos os sinais verdes em seu percurso. Aquilo só poderia significar uma coisa: As coisas iriam ser boas naquele dia. Certo?

Depois de estacionar seu carro no estacionamento da escola, fechou a cara ao ver Jason, o professor problema, saindo de seu veículo também. Não pode recuar ao vê-lo cumprimentar, precisava se controlar.

– Justin! Chegando cedo, que milagre! – disse o professor impressionado – Você nunca chega ao mesmo horário que eu!

– Resolvi obedecer ao despertador desta vez. – Justin respondeu olhando para todos os lados, discretamente procurando o carro de Marie – Então... Professor probl... – parou abruptamente ao perceber o que sairia de sua boca. “Droga, Ryan!” – Quer dizer, Jason! – o homem sorriu e pediu para o menino prosseguir – O que achou da Shiloh?

Aquela resposta era importante. Seria o parâmetro para o alívio de ter a menina só para ele ou o pânico de talvez perdê-la para aquele metido a modelo de praia.

– Shiloh é... – Jason tentou falar algo, mas nenhum adjetivo vinha a seus lábios – Eu nunca vi alguém como ela.

– Em relação ao talento, certo? – a voz de Justin beirava ao desespero, mas podia ser disfarçada – Ao talento, sua capacidade de cantar bem... Né?

– Mas é claro! – o menino respirou aliviado – Mas ela tem algo a mais.

Jason não entendeu a mudança brusca de expressão do aluno ao seu lado. Ele parecia bravo. Mesmo assim, não contestou nem pediu explicações. Era claro que Justin sentia algo por Shiloh. O que era estupidamente normal, levando em conta o quanto aquela menina era... Perfeita.

– O quê, exatamente? – Justin pediu sem se importar em disfarçar suas reações. Ele teria que ser cego, surdo, mudo e burro para não perceber a segunda intenção na pergunta.

– Olha, Justin, eu não sei. Mas... Ela é diferente. – concluiu Jason rapidamente – Vamos começar a aula?

Só então o menino percebeu que eles já estavam na porta da sala. Justin entrou rapidamente e sorriu fraco ao ver Shiloh sentada no mesmo lugar que ocupou na aula passada, encolhida como se estivesse morrendo de frio. Como estava linda.

“Como está linda!”, pensou uma mente diferente da usual. Aquela seria uma bela ameaça para Justin.

– Muito bem! – Jason afastou os pensamentos paralelos e chamou a atenção dos alunos, que pararam para ouvir as orientações do professor – Hoje vamos trabalhar as vozes em dupla! – burburinhos alegres encheram a sala – Mas não adianta formarem duplinhas rotineiras, caros navegantes. Hoje, eu vou formar as duplas!

Muxoxos tomaram os lugares dos burburinhos felizes e Justin rezou para que aquele professor fosse mesmo inteligente como seu currículo e diplomas mostravam.

– Paul com Shelly! – Jason anunciou orientando a dupla a sentar-se no espaço indicado – China com Patrick! – os alunos fizeram o mesmo – Marie com Johnny! – Marie trocou um toque discreto com Caitlin e Shiloh, que fez Justin rir – Caitlin e Mark! – Caitlin saiu um tanto decepcionada para perto do garoto.

Enquanto as duplas iam se formando, Justin começava a morder as unhas. Shiloh estava sobrando, e aquilo era bom, já que ele estava sobrando também. Mas também poderia ser ruim, Sarah também estava sobrando, vai que o idiota do professor problema quisesse ensinar particularmente a Shiloh e fazer ele cantar com ela? Pela expressão em seu rosto e as palavras no estacionamento, aquilo era algo para se temer.

Porém, ao ouvir as palavras seguintes do professor, respirou aliviado e ignorou o olhar de desprezo da amada.

– Sarah e eu e Shiloh... Acho que você terá que ir com o Justin.

Jason riu com a felicidade um tanto exagerada do aluno e juntou-se a Sarah, que não gostou nada da separação de duplas. Principalmente da última.

– Bom, as duplas estão formadas. Espero que estejam satisfeitos! – falou debochado olhando para Justin, que o acompanhou nas risadas – Agora eu quero o casal ternurin... Opa, quero dizer, Justin e Shiloh, que venham até a frente da sala, vocês serão os primeiros.

Shiloh só queria enfiar-se debaixo de sua cama, qualquer coisa para fugir daquela tortura que era obrigada a agüentar com o desgraçado do ex-namorado.

– Bom, eu quero testar as vozes dos dois, então vocês irão cantar Into Your Arms, do The Maine. Acho que fiz uma boa escolha, né Shiloh?! - Jason comentou ao ver a reação da aluna quanto a sua escolha.

"Puta que pariu, joguei pedra na cruz, só pode.", pensava ela enquanto aproximava-se de Justin e seu sorriso malicioso estúpido. Seus olhos brilhavam mais do que nunca, e ela não entendeu isso. Logo lembrou-se de um pequeno detalhe.

– Mas professor... Esta música é para um menino cantar. Eu sou uma menina, sabe? - disse ela como se fosse óbvio. Jason riu.

– Sempre com um argumento na ponta da língua. Gosto disso. - Justin enrijeceu os músculos e olhou estranho para o professor, sendo acompanhado por Shiloh - Você pode cantar o refrão, apenas. É unissex.

A sala riu e Shiloh apenas assentiu, desconfortável. Colocou-se ao lado de Justin, que entregou-lhe o microfone tremendo como um idiota. E então a melodia calma de Into Your Arms começou conforme os dedos de Jason dançavam nas teclas do piano. Shiloh respirou fundo e tento apenas esperar sua vez de começar a cantar. Mas a voz de Justin era simplesmente hipnotizante, e aquela letra só piorava cada vez mais a situação. "Porcaria."

There was a new girl in town, she had it all figured out. I'll state something rash, she has the most amazing... Smile.– Justin sorriu ao ver Shiloh se escondendo atrás dos grandes fios de seu cabelo - I bet she didn't expect that, she made me change my ways.

"E como!", pensava Justin enquanto traduzia mentalmente a letra e derretia com as oscilações emocionais de Shiloh. Enquanto cantava, analisava-a como sempre. Suas bochechas estavam vermelhas e ela vacilava alguns sorrisos, era claro que não queria sorrir mas não conseguia segurar. Aquilo só podia significar uma coisa.

Ela estava gostando.

Logo era a hora dela juntar-se a ele na cantoria. Shiloh limpou a garganta levemente e começou a cantar o refrão, tentando de todo jeito não se prender ao significado da letra.

Mas estava difícil não perceber. Ainda mais com aqueles olhos numa imensidão mel irritantes.

– I'm falling in love, but it's falling apart. I need to find my way back to the start. When we were in love, things were better than they are. Let me back into... Into your arms... Into your arms...

"Droga, afasta, sai daqui!", pensava ela enquanto via Justin insistir em uma aproximação. Ela não se importava com o resto da sala olhando-a (talvez só um pouquinho), mas ela não queria que aquilo acontecesse. Não podia acontecer. Não agora.

Justin continuou, parando de andar em sua direção.

– She made her way to the bar. I tried to talk to her but she seemed so far. Out of my league. I had to find a way to get her back to meeee...

"Puta verdade!", Justin pensava ao lembrar-se das rejeições e negações e recuos. Shiloh estava sendo muito difícil com ele. Mas uma coisa estava ficando clara.

Ela estava cedendo. Para sua alegria e tristeza de outros.

Desta vez, ele foi rápido o bastante para agarrar a mão da menina ao passarem por mais um refrão juntos. Shiloh tentou recuar, como sempre, mas decidiu deixar as mãos ali. Elas nunca ficaram tão confortáveis.

"Má ideia, má ideia, má ideia! O quê, eles pensam que estão na Broadway?", pensava Jason ao ver uma legítima cena de novela acontecendo em sua sala, em plena quarta-feira. Não podia ter escolhido aquela música.

– She's slipping way. I always freeze when I'm thinking of words to say. All the things she does make it seem like love. And if it's just a game,– Justin juntou seus corpos sem se importar com a possível advertência que levaria. Shiloh parou de respirar - I like the way that we play.

Justin não prosseguiu, deixando a melodia correr pela sala, sem voz alguma. Shiloh ainda não respirava, o que começava a deixá-la pálida. Justin riu baixo e roçou seus nariz no dela antes de se afastar, respirando fundo ao ver a cor de sua pele voltando ao normal. Resolveu parar por ali, então apenas deixou o microfone na mesa do professor e sentou-se, deparando com olhares raivosos de Marie e Caitlin. "Dane-se!"

– Shiloh, tudo bem? - a voz do professor era distante e baixa, mas foi o bastante para fazê-la acordar.

– Estou bem. - respondeu sentando-se em seu lugar sem olhar para Justin.

– Muito bem, foi uma ótima apresentação. Muito verdadeira. - comentou o professor num tom um tanto... Ciumento. Justin riu fraco ao perceber isso - Próxima dupla: China e Patrick!

***

– Obrigado pela bela apresentação, queridos! - Jason brincou ao ver Caitlin e Mark sentar-se em seus assentos - Bom, já que terminamos as duplas, vamos aos individuais de sempre. Não consigo fugir da rotina! - os alunos riram - Shiloh, você primeiro.

"Relaxa. Fria como o outro lado do travesseiro, vamos lá.", pensou ao ir até a frente da sala novamente com a música que cantaria já escolhida.

– Qual música? - pediu ele.

– Take a Bow.

Justin sentiu o sorriso permanente murchar no mesmo segundo ao ouvir a escolha de Shiloh. Take a Bow? Sério?

– Só pode ser brincadeira. - murmurou achando que ninguém ouviria.

– Não, é sério. - rebateu ela sem ao menos perceber. Justin semicerrou os olhos e apenas esperou. Shiloh deu de ombros - Pode começar.

"Seria muito mais fácil ela falar estas coisas para mim, mas nãããããããããõ, tem que apelar para as indiretas!". Aquilo era ridículo. Logo quando ele pensava que estava indo bem, Shiloh colocava tudo de volta a estaca zero. Pelo jeito, as únicas coisas boas do dia foram mesmo os sinais verdes do semáforo.


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Notas finais do capítulo

Músicas: Into Your Arms, The Maine (lindus)
Take a Bow, Rihanna (vale a pena ver a tradução)
OI GENTE
DEMOREI DEMAIS
MAS TÁ TODO MUNDO USANDO A INTERNET AQUI ENTÃO... TRÊS PESSOAS PRA UM PC É DURO
MAS EU VOU TENTAR VOLTAR PRA ROTINA DE POSTAR CERTINHO
MEU ANIVERSÁRIO TÁ CHEGANDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO IHUL
PUTZ, O JUSTIN TÁ LINDO DEMAIS
Me digam o que acharam gatinhas, eu amo vocês demais!
ps: Depois do meu aniversário, se Deus quiser, eu vou postar a hora que vocês quiserem, sério. ~dica~



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