Emilly contou com a ajuda da prima para conseguir sair despercebida. Chegou ao jardim, e esperou pelo rapaz .

Enquanto olhava ansiosa por ele, acabou não percebendo a presença de alguém que acabara de se posicionar atrás dela.

De repente, sentiu uma respiração indo direto em seu pescoço. Pensando que era Zack, querendo surpreendê-la mais uma vez, ela sorriu e se virou para cumprimenta-lo.

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- Feliz em me ver? [Disse Joe]

Nesse instante, a doce  Emilly transformou-se em pedra. Seu sangue se congelou.

- Joe...[Ela dizia sem acreditar no que via. O medo a corroía ,inspirado no último encontro que os outros tiveram]

- Aposto que não esperava me ver.

Ela não conseguia dizer nada. Joe aproveitava do seu medo para atormentá-la ainda mais. Começou a dar voltas ao redor dela.

- Bem, acho que não me resta mais nada a fazer...[ Ele dizia ainda dando voltas]

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- O que quer dizer?

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- Quer dizer que o seu lindo e romântico encontro vai ser cancelado.

E de uma maneira brusca e súbita, Joe segurou pelo braço da garota. Ela até tentou relutar, o que fez sua pulseira cair no chão, mas ele conseguiu leva-la mesmo assim.

[...]

Pouco tempo depois, Emilly despertou no meio de uma estrada. Como era noite, tudo estava muito escuro, nem a luz da lua sequer surtia enfeito sobre toda aquela escuridão e neblina.

- Onde...O que..O que fez comigo?[Ela falava de modo nervoso e confuso]

- Ué, você não parava de falar, gritar e bla bla bla!

Ela ainda estava no chão. Ele foi até ela e se agachou. Era capaz de se ouvir a respiração ofegante da garota.

- Por favor, não...! [Ela disse, ao vê-lo erguer sua mão contra o rosto dela]

Mas então, ele alisou seu rosto.

- Como não pude notar..?[ Ele parecia percorrer , com os olhos, cada canto do rosto dela.]

Emilly não dizia nada, afinal não entendia o que estava acontecendo e o medo que ele lhe provocava impedia que sua boca pronunciasse qualquer coisa.

- É claro que não são cópias uma da outra, mas olhando bem, tem tanta coisa em comum!

Ele tentou alisar seu rosto mais uma vez, mas ela o impediu dando um tapa na mão dele.

- Do que você está falando?

Ele se levantou rapidamente do chão. Seu rosto, que anteriormente transparecia deslumbre por ela, agora tomava formas de alguém altamente rancoroso.

- Diga-me, Emilly... Não tem notado nada de “diferente” na sua vida atualmente?

A garota desviou o olhar. Inclinou a cabeça para o lado oposto.

- Vejo que isso é um sim.

Ela continuava na mesma posição. Não o encarava.

- Por acaso, notou que essas coisas aconteceram exatamente após conhecer o seu lindo namorado?

Agora, ela o encarou. Sabia que tudo o que ele estava dizendo fazia sentido.

- Vamos...Esse jogo de silêncio está me cansando! [Ele foi até ela novamente e apertou sua bochecha]

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Era difícil para Emilly continuar contendo as lágrimas.

- Sim...

- Muito bem...Agora estamos progredindo! Pois bem, deixe-me contar uma pequena história. Há muito tempo , na Espanha, existia uma linda garota. Seus belos cabelos castanhos, pele alva, levemente roseada  e olhos encantadores chamavam bastante atenção. Vinha de uma família de camponeses, não eram lá grande coisa...Um dia, um jovem de uma das famílias fundadoras e ,consequentemente, ricas acabou se encantando por ela. Não demorou muito para ela se apaixonar perdidamente por ele, mas ela não sabia duas coisas : uma era que ele não tinha lá uma reputação muito agradável na cidade, por alguma razão , que eu desconheço, as moças caíam aos seus pés e ele sabia tirar proveito disso. A outra, e mais importante, é que ele era um BRUXO. Sim...Isso mesmo! É claro que a família dele jamais aceitaria um absurdo daqueles! Um sangue impuro na família? JAMAIS! Mas o galante rapaz tinha sorte, porque contava com a ajuda de um fiel amigo, o qual os encobria de todos para que pudessem se encontrar.

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Emilly ouvia atentamente a história.

- Bem, continuando...Um belo dia, ele decidiu revelar para a sua doce amada o que realmente era. O que não é nada demais, desde que não haja exposição aberta da família. Advinha o que aconteceu? Exatamente isso. Assim, o nobre rapaz pediu para que seu amigo entregasse um bilhete seu para a garota. Mal sabia ele que, naquele exato momento, todos os camponeses estavam caçando todo aquele considerado bruxo. Agora corta pra parte em que esse pobre amigo é capturado, e abandonado por aquele que se dizia ser seu amigo, enquanto este e a sua família tratava de sair da cidade.

- É mentira!

Joe ficou indignado com ela. Então, a levantou rapidamente do chão e a trouxe para bem perto de si. Não contendo sua raiva, ele apertou com tremenda força o maxilar da garota,a fazendo derramar algumas lágrimas.

- Você acha que é brincadeira? Eu deveria fazer com você todas as coisas que aqueles malditos vermes fizeram comigo! Ah...Queria ver esse seu rostinho lindo aguentar...

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- Hran...[Era o som que ela emitia ao sentir a força com que ,agora, ele segurava seu pescoço]

- Zack não é esse monstro que você descreveu...[ Ela dizia com dificuldade, já que mal conseguia respirar]

- Ah é? Você acha que o conhece? Han? Acha mesmo isso? Será que você conhece realmente esse cara com quem está namorando? Será que sabe o real motivo pelo qual ele se interessou por você?

- E esse seria...[O rosto dela já começava a ficar vermelho]

- Você é descendente dela! Meu Deus, será que não ouviu uma palavra sequer do que eu disse? Até a Original descobriu que ele não prestava, não foi atoa que ela o expôs! Até a família dela sabia que ele não prestava. A sua própria mãe a proibiu de namorar com ele! E advinha qual era o nome dela? Han? [Ele apertou ainda mais o seu pescoço]

Então, sem precisar sequer tocar no colar, o objeto começou a flutuar ainda preso no pescoço da garota.

- Pois é...”Emilly”. Você herdou o nome da mãe dela...[Ela a soltou abruptamente ]E eu aposto qualquer coisa que o espírito dela está tentando falar com você. Até  já deve ter percebido isso!

- Nada disso é possível...[ Ela tossia em meio as palavras] E os meus pais, meus avôs, toda a minha família , todos são americanos.

- Talvez deva refletir um pouco mais sobre algumas coisas, inclusive o seu parentesco.

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Então, de repente ele começou a sentir que alguém se aproximava. Era alguém que ele conhecia...Assim, resolveu sair dali.

Emilly se sentia atordoada. Mal conseguia manter os olhos abertos. Logo, desmaiou.

Por sorte, era Zack quem se aproximava. Ele havia ido a casa dela, mas não encontrou nada além da sua pulseira no chão. Portanto, rapidamente foi a sua procura.

Ao vê-la caída no chão, ele se desesperou.

- Ah não...! Emilly! [Ele a pegou no colo]

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