O Estripador De Rastov escrita por Mel Fonseca
Notas iniciais do capítulo
dessa vez o chapter é maior mesmo -QQ espero que gostem. não está betada, eu tive uma preguicinha maior perdoem.
“Me encontre na Regent Street 119 – SH”
O celular de John Watson apitou. Ao ler a mensagem que o amigo lhe deixara apressou-se a tomar um taxi rumo a Regent Street.
Sherlock estava parado de pé no batente do sobrado, esperando por John, com as mãos enterradas no casaco de seu famoso sobretudo. Watson desceu do carro e foi ao encontro de Holmes.
– O que fazemos aqui? – John perguntou analisando o simples sobrado da Regent Street com o cenho franzido.
– Viemos interrogar o marido da Srta. Hogan...
– Sabe Sherlock, você não devia esconder informações da polícia...
– Aquela mulher não devia fumar, mas o faz, aquela criança não devia jogar o papel no chão, mas também o faz, assassinos não deviam matar, mas matam John – Sherlock respondeu lançando um olhar penetrante a Watson.
– Ok, já entendi – John tornou – Mas mesmo assim, devia colocar a policia a par de tudo...
– Colocarei na hora certa John, mas não posso permitir que Lestrade prenda o homem errado! Ele tem certeza de que foi o marido da mulher – Holmes explicou articulando.
– Você não acha que foi o marido? – John perguntou cruzando os braços.
– É o que vou descobrir agora – Holmes respondeu alcançando o batente da porta anunciando sua presença. Ouviram-se passos do lado de dentro da casa e finalmente a porta foi aberta.
Um homem alto e de aparência desleixada os recebeu:
– Posso ajudar? – Perguntou com a voz embargada.
– Sr. Hogan, sou Sherlock Holmes, esse é John Watson... Somos amigos de Mary – Sherlock falou num tom de lamento pateticamente falso aos olhos de John, mas o Sr. Hogan parecia estar acreditando.
– Por favor... Entrem – Ele deu passagem aos dois. Holmes deu uma piscadela a John, que balançou a cabeça negativamente escondendo um sorriso inconveniente – Queiram perdoar, eu estava preparando o jantar, estão convidados para ficarem...
– Não, obrigado, acho que uma xícara de chá será o suficiente – Sherlock falou. Analisando o lugar. Era uma casa simples, porém arrumada. Sobre a lareira havia uma cabeça de alce – O senhor caça?
Sr. Hogan virou-se para Holmes, e ao ver para onde ele olhava entendeu:
– Ah, sim... Quando eu era mais novo... Era uma paixão partilhada com meu pai – O homem falou. Holmes com as mãos cruzadas nas costas, ergueu as sobrancelhas – Receio não ter tempo de tomar o chá junto a vocês, minha filha vem pro jantar
John e Holmes trocaram um olhar confuso.
– Sua filha? Pensei que Mary não tivesse filhos – Holmes comentou franzindo o cenho.
– Sr. Hogan meu pêsames por sua perda – John sentiu.
– É de outro casamento – Sr. Hogan respondeu – Obrigado, Mary era muito importante para todos nós... Não acreditei quando me disseram. Ela saiu para comprar algumas coisas para a casa... E não voltou mais... Não deu tempo de ligar para a policia, eles haviam batido em minha porta dando-me a notícia...
– Realmente é sempre muito difícil – John falou percebendo o quão entediado Sherlock estava, ele odiava enrolações, gostava de histórias breves.
– Onde exatamente ela comprava as coisas? – Holmes perguntou. Sr. Hogan franziu o cenho pra pergunta.
– Bem... Vários lugares... uma mulher tão boa... – Ele cortou a carne sobre a pia desajeitadamente – gostava tanto de flores, principalmente da flor de jades, seus olhos brilhavam ao ver um ramo daquelas flores...
A porta da sala bateu.
– Olá papai, cheguei! – A jovem parou olhando para Sherlock e John observando-os com olhos cerrados – Quem são esses?
– Olá filha – o homem beijou-lhe a testa – Sr. Holmes e o Sr. Watson, amigos de Mary
– Ah, queiram perdoar, pensei que fossem policiais... – A jovem respondeu erguendo os olhos para a panela que seu pai tinha no fogo.
– Essa, senhores, é minha filha Elena Hogan – O homem apresentou a jovem.
– Um prazer conhecê-la, não é mesmo John? - Sherlock voltou-se para o amigo, parado de pé ao seu lado. As pupilas dilatadas e a boca entreaberta. Holmes revirou os olhos.
– Definitivamente um prazer – John engoliu em seco observando a jovem fixamente.
– Porque pensou que fossemos policiais Srta. Hogan? – Sherlock perguntou soando amigável.
– Porque os detetives acham que foi meu pai quem matou Mary, o que não é verdade, ele não poderia fazer isso... Não é papai? – O homem assentiu com olhos marejados – Só porque foi o último a vê-la... Isso é o que dizem não é... Se fosse assim, médicos e enfermeiras seriam culpados por muitas mortes! - Sherlock concordou parecendo radiante de mais. Alguém concordara com ele – E também, nunca se sabe com quem ela poderia estar...
– Elena! – O pai da jovem a repreendeu.
– Desculpe papai.
– Bom já esta tarde... Perdoem não esperar pelo chá, precisamos ir, ainda temos um compromisso – Sherlock disse antes de sair andando rumo a porta.
– Obrigada – John murmurou rápido antes de ir atrás do amigo.
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e ai, mereço reviews pra me motivar a escrever essa coisa linda? :3