Für Immer Jetzt. escrita por losundlauf


Capítulo 9
Capítulo O8 - Punsch.


Notas iniciais do capítulo

estou postando correndo pq preciso dormir p acordar 5:30 amanhã, vcs fiquem ligadas aí e me avisem se encontrarem algum erro grave :~~ menos o que for exemplo de linguagem oral aí já que a narração é feita por uma adolescente né, obg (e geralmente os adolescentes não falam coisas como ofereço-me, é me ofereço e ponto final kk)



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Foi angustiante ver Bill nos dar as costas e simplesmente sair andando para se enfurnar no meio do pessoal, principalmente depois de ter passado uma tarde inteira com ele.

Era aquela coisa de tão perto e tão longe que as pessoas falam. Acredito que incomodaria menos se a situação não passasse de uma fantasia na minha cabeça. Era como se depois daquela tarde eu soubesse o quão maravilhosa a vida poderia ser se ele fosse meu e estivesse comigo o tempo inteiro, e a idéia de ficar, talvez por uma noite inteira, habitando a mesma casa sem que mantessemos espécie alguma de contato parecia absurda agora. Eu precisava dele.

Parte de mim sabia que eu deveria deixar de ser pelo menos um pouco egoísta e dar a Ellen a atenção que ela merecia, mas a outra parte não conseguia e se recusava a tirar o foco dos meus dramas particulares. E assim, eu que sempre critiquei as adolescentes que faziam de suas relações amorosas o centro de suas vidas agora fazia o mesmo, talvez pior.

Sabia que vocês são mais frouxas que eu? - Ela perguntou logo depois de suspirar e forçar um sorriso. A maioria de nós sorriu para sem entender bem o que aquilo significava.

Então, como vai ser... Vocês vão comigo lá para dentro mostrar ao Paul que ele não é homem o bastante para acabar com a minha noite ou vão ficar plantadas aí?

Antes que qualquer uma de nós pudesse responder ela já fazia o caminho de volta para a parte mais animada da festa fazendo com que, além de nós, os olhares alheios a acompanhassem.

 

Uma vez na sala de Louise, procurei, em vão, entre seus convidados o rosto que maquiara na casa de Cathy e, por isso, acabei sendo deixada para trás pelas meninas. A fim de cortar caminho e chegar o mais rápido possível na área externa dos fundos, onde ficava a piscina, me esgueirei entre os corpos que se balançavam de acordo com a batida eletrônica quase hipnotizante.

Péssima idéia.

Mal tinha dado três passos dentro da multidão dançante quando uma mão agarrou meu pulso firmemente. E ao mesmo tempo que torcia para que fosse uma das garotas que resolvera voltar para me procurar e não qualquer desconhecido bêbado querendo um beijo, preparava uma lista relativamente longa de xingamentos para despejar na cara de quem quer que fosse, caso a realidade tivesse optado pela segunda opção.

E aí gatinha? - Ouvi antes mesmo de virar para ver quem me segurava e automaticamente bateu aquele desânimo que antecede o trabalho de dar um fora no tipo de cara que fala coisas como "e aí gatinha". Minha vontade era de nem olhar e sair andando, mas o aperto em meu pulso continuava firme.

Com o "vai à merda" na ponta da língua, me virei e dei de cara com aquele sorriso que já conhecia tão bem.

— Oestreeeisch! - Gritei de alegria e pulei em seu pescoço, abraçando-o. - Ainda bem que é você e não um doido qualquer!! - Comemorei depois de soltá-lo. Ele sorria tanto que seus olhos estavam quase fechados. Era principalmente um alivio encontrar uma cara conhecida no meio daquele pessoal que a vontade de apertar as bochechas dele era quase incontrolável.

— Essa alegria toda era saudade? - Perguntou enquanto levantava minha mão e me fazia dar um giro na tentativa de me fazer dançar com ele, completamente fora do ritmo e do estilo da música que tocava, diga-se de passagem.

— Geeeorg! - Gritei novamente ao ver meu outro amigo, que acompanhado de Gustav, se encontrava um pouco atrás de Tom, ainda que estivessem todos juntos.

— É, acho que não... - Tom revirou os olhos quando gritei para Georg da mesma forma que gritara de alegria ao vê-lo. - Pelo visto você está gritando bastante hoje...

— Não é como se pudéssemos sussurrar e sermos ouvidos, certo? - Rebati enquanto abraçava os outros dois.

— Hey Lenie... - Gustav me cumprimentou rapidamente e logo deu o jeito de dar o fora com a desculpa de ir buscar algo para beber na cozinha.

— Ge, precisamos marcar aquele estudo de física... - Lembrei para fazê-lo rir com a pergunta que sempre fazia quando nos encontrávamos. Funcionou.

— Você já sabe que eu sempre estou livre às quintas... - Ele também repetiu a resposta de sempre. Nós sorrimos um pro outro.

— Falar de estudo agora não, né Helene? Como é que vocês dois conseguem ser tão nerds, ein? - Tom reclamou.

— Eu? Nerd?

— Ah, é... Eu quase esqueci que você é uma esquisitona. - Zombou.

— E eu que você é um babaca. - Rebati já um pouco irritada com nossa criancice, mas mantendo o sorriso. Georg balançou a cabeça, também sorrindo, numa negativa muda, como se reprovasse nosso comportamento e se afastou de nós, indo na direção de uma morena que nitidamente dava mole para ele enquanto dançava.

— Você está assim estressadinha por que mesmo? - Ele se aproximou do meu ouvido por causa da música alta. - Realmente levou um fora de Bill?

Suspirei para afastar a vontade de lhe meter um murro na cara e evitar a briga que ele procurava.

— Bom, sobre esse assunto... Até que tenho umas novidades para te contar depois, - Falei e nós nos aproximamos ainda mais, minha cabeça quase encostava no peito dele. - Mas a verdade é que eu nunca tive chance... E ele deu um jeito de desaparecer depois que a ellen...

Ele me interrompeu.

— É, já estou sabendo, assisti a agressão de camarote. - Completou enquanto olhava para alguém atrás de mim, e eu sorriso era... Cruel, digamos assim.

— Bom, mas depois a gente conversa melhor de qualquer forma... Aconteceram umas coisas que você não vai imaginar... - Tagalerei no melhor estilo Mya.

— Do tipo? - Ele tocou meu ombro de uma forma estranha e sorriu do jeito fofo de novo.

— Do tipo seu irmão vendo as meninas me depilarem.

— Que? - Ele fingiu espanto de uma forma um pouco exagerada e tocou no meu cabelo. - Seu cabelo ficou bonito assim, tá um pouco estranho, mas é um estranho bonito.

Abaixei a cabeça para poder rir sem que ele pudesse ver que apesar de estranhar seu comportamente eu havia ficado envergonhada. Tom deu uma risada no meu ouvido que eu definiria como sexy e não ousei levantar o olhar antes de entender o que ele pretendia com aquilo.

Sua mão deslizou do meu ombro para o queixo e levantou meu rosto delicadamente. Que porra era aquela? Eu estava surpresa demais para esboçar qualquer reação. Ele se aproximou e deu um beijo no canto da minha bochecha, no canto, perto demais da boca.

— Quer dizer que se eu quisesse te beijar eu podia? - Perguntou me fazendo corar violentamente.

— Toom, o que é isso? - Sussurei com os olhos arregalados de tão nervosa que estava, sem me importar se falara alto o suficiente para que ele ouvisse.

— Relaxa que eu sei o que estou fazendo. - Ele me abraçou e tentou fazer com que dançassemos assim.

— É, já percebi que você sabe bem o que tá fazendo. - Gaguejei sem saber por que tinha ficado tão balançada com aquilo. - Você bebeu?

— Não... - Riu. - É que meu irmão está olhando bem feio para cá, fica quieta.

— Porque está fazendo isso? - Gritei tentando me afastar dele no mesmo instante, empurrando-o sem nenhum sucesso. - Não quero que ele fique com raiva de mim! - Balbuciei ingenuamente.

Tentei esmurrar seu peito, mas ele estava decidido em não me soltar. Quando olhei rapidamente para seu rosto deu para ver de relance que ele sorria para Bill daquele mesmo jeito que eu havia definido como cruel.

— Tooooom! - Insisti, parecendo uma criança birrenta, e ele me soltou com raiva.

— Por que você não deixa de ser tão ingrata? Porra... Eu só estava tentando ajudar você! - Fiquei olhando para ele com cara de idiota.

Aquilo estava mesmo acontecendo? O cara que segundos antes estava prestes a me beijar agora me xingava de ingrata?

— E deu certo. - Completou ainda encarando o irmão antes de se afastar.

Sequer me dei o trabalho de ir atrás dele para me desculpar ou fazer qualquer coisa, estava mais preocupada em olhar para Bill discretamente. Entretando, me deparei com seus orbes castanhos que já me fitavam sem nenhuma preocupação de disfarçar. Ele parecia chateado enquanto respondia qualquer coisa a Andreas que, graças aos céus, estava de costas para mim da mesma forma que eu estivera para eles durante a conversa com Oestreisch.

Mantivemos um contato visual que eu não soube dizer o que significava por alguns instantes até que decidi continuar meu caminho até a piscina. Seu olhar desviou do meu um segundo antes que eu me virasse para ir embora.

Mais alguns passos e dei de cara com Ellen que enfiava a língua de maneira bem vulgar na garganta de um qualquer. Reconheci o garoto como sendo Sean, um intercambista dois anos mais velho que a gente e senti uma espécie de pena da minha amiga, já que estava na cara que ela só fazia questão de agarrá-lo ali na frente de todos para que Paul os visse. Achei meio ridículo, um comportamento tão infantil quanto o meu na presença de Oestreisch, mas no fundo não a culpava, pois também não entendia o tamanho da dor que Ellen sentia por ter sido traída pelo garoto que namorava há... Quantos anos mesmo?

Quatro... Cinco?

Parecia uma eternidade para mim que tivera como relacionamento mais duradouro um namorico de três meses.

Segui para piscina e quando finalmente encontrei Alina, Mya, Louise, Marie e Cathy fofocando sentadas numa mesa senti um alívio tão grande que arrisquei uma corridinha pela gramado naquele salto gigantesco para chegar até elas.

— Lenieeeeee! - Mya comemorou minha chegada como sempre.

— Onde você estava? - Louise perguntou rindo.

— É, onde você estaaava? - Marie cantarolou cheia de uma malícia na fala que não compreendi.

Alina continuou calada e Cathy me olhou feio.

— Estava falando com os meninos, por que estão me olhando desse jeito?

— Nós já sabemos de tudo, nem adianta negar. - Marie soltou.

— Seu eu soubesse que ele ficaria para cima e para baixo sem desgrudar de Georg nem teria convidado, perdi a oportunidade de ficar com ele por causa desse amigo de Helene... - Louise comentou e continuou dando suas risadinhas que começavam a me irritar.

— Negar o que?

Catherine revirou os olhos suspirando impaciente e não sorriu em nenhum momento.

— Lenie, nós somos suas amigas, você não precisa esconder nada da gente... - Mya explicou como se fosse minha mãe ou irmã mais velha que já passara por aquela situação. - Só acho que deveria ter concordado comigo naquele dia na sua casa quando eu disse que você pegaria qualquer um dos dois... - Comentou já relembrando algo que eu não fazia idéia que ela havia dito.

— Queeee? - Resmunguei enquanto sentava.

Falem de uma vez!

— Vocês são muito amigos, Helene? - Marie perguntou num tom de voz de velha desesperada por uma fofoca que me impressionou.

— É exatamente isso que a Mya falou. - Cathy se pronunciou pela primeira vez. E me surpreendeu pela reação exagerada. - Eu só acho que você precisa se decidir, já que você sabe muito bem que os gêmeos não se gostam e parar com essa sua mania de querer tudo para si. Pare de agir como criança, Helene, você não tem mais doze anos! - Ela bateu na mesa com o punho fechado e tive medo de que a próxima coisa que fosse levar uma porrada fosse eu. Ela continuou.

A Mya nos contou todo esse lance de você gostar do Bill e é claro que eu estou disposta a te ajudar. - Esbravejou e eu lancei um olhar significativo para Mya que deu de ombros como se não tivesse culpa por ter aquela boca enorme. - Mas desde que você se comprometa em não magoar o Bill, que é um garoto maravilhoso, sensível e um pouco inseguro, sim! Todo mundo sabe disso e todo mundo magoa ele, Helene. Eu não vou deixar que você faça isso também.

Sem saber o que dizer, cheguei a sentir uma pontada de ciúme da forma como ela se preocupou com Bill e mostrou conhecer ele mais do que eu. Mas afinal, do que elas estavam falando?

— Agora alguém pode me explicar o que está acontecendo?

— Ai, Helene, que porra! A gente viu você pegando o Oestreisch! - Catherine reclamou já com as mãos na cabeça e com os olhos fechados, tentando se controlar.

— QUE? - Me exaltei ao ponto de levantar da cadeira, fazendo com que Catherine se levantasse também. As outras covardes não tinham coragem de se meter na briga que se desenrolaria.

— Quando eu percebi que você não estava atrás de Alina, fiz todo mundo voltar para te procurar e encontramos você nos braços do cara, Helene, a gente viu tudo! Não mente na nossa cara! - Visivelmente descontrolada, Cathy quase gritava aos quatro ventos.

— Mas eu não peguei ninguém, pelo amor de Deus!

— Mentirosa!

— Mentirosa uma porra!

Inesperadamente, ela meteu um murro na minha cara tão bom quanto o tapa que Ellen havia acertado em Paul.

E eu fiquei em choque.

Não revidei.

Não toquei no lugar em que ela havia batido.

Não disse nenhuma palavra.

Para mim simplesmente havia chegado a hora de ir para casa. Duas brigas por noite eram o suficiente.


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Notas finais do capítulo

boa noite, garotas ZzZzZzZzZzZz



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