Für Immer Jetzt. escrita por losundlauf


Capítulo 5
Capítulo O4 - Unerwartet.


Notas iniciais do capítulo

mais uma leitora! *0* weeeee
ei garotas, quando eu falei que contaria uma coisa e esperava que vcs não passassem a odiar o Bill... acho que me expressei mal :~ não fiquem criando expectativas kkkk
é uma besteirinha!
eu gostei um pouquinho desse capítulo... fiquei animada com a aparição das meninas, espero conseguir terminar o quinto hoje e postar mais dois ou três até domingo, pq depois disso a coisa fica feia pra mim :x (minhas aulas voltam segunda e vai ficar difícil p escrever)
ah, outra coisa... como eu sei o que vai acontecer com os personagens, as vezes não consigo disfarçar o quanto não gosto de alguns, vcs acham que ta ficando muito na cara?



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Acabou que na manhã seguinte eu agradeci mentalmente a Mya inúmeras vezes por ter me forçado a escolher a roupa que usaria na festa com uma semana de atencedência, pois a minha manhã ensolarada de sábado se resumiu basicamente na busca de um salão de beleza para hidratar o cabelo. Isso sem falar no sofrimento que passei para não encontrar uma depiladora.

 

— Schönheitssalon Rose Dortmund, Guten Tag, em que posso ajudar?

— Bom dia, eu gostaria de fazer uma hidr...

— Nome, por favor?

— Helene Landmeier.

— Seu nome não está na lista.

— Ah... É que eu não marquei horário. - Arrisquei ainda inexperiente naquele negócio.

— Desculpe, não temos nenhum profissional disponível no momento.

 

Depois de várias tentativas e incontáveis "ninguém disponível" decidir ir pessoalmente mendigar minha hidratação.

 

— Hallo, eu gostaria de confirmar o horário da minha hidratação. Deve estar no nome de Helene Landmeier. - Menti cheia de esperança.

Depois de alguns segundos fitando o computador, os olhos da recepcionista viraram duas poças de pânico e ela estava toda receosa quando me contou o óbvio.

— Não conta nenhuma marcação com esse nome, Senhorita.

— Que absurdo! Eu liguei duas semanas atrás para marcar essa hidratação! - Insisti.

— Sinto muito pelo transtorno, eu gostaria poder tentar um encaixe, mas estamos completamente lotados. Não temos nenhum horário livre antes da terça-feira.

 

Maldito Brennecke Studio.

Depois de muitas tentativas resolveram me atender, sendo que antes daquela manhã eu nem fazia idéia de que existiam tantos salões assim em Magdeburg. Quando finalmente sentei no lavatório para que aplicassem a maldita hidratação é que pude relaxar. Por que eu também não fazia idéia de que já passava das onze, é claro.

Aproximadamente uma hora depois, lá estava eu saindo do Kosmetikstudio com um sorriso nos lábios grande demais para quem acabara de gastar quarenta e cinco euros numa hidratação simples. Sorriso que se desfez em dois segundos assim que lembrei das minhas pernas e axilas peludas.

Porra.

Redisquei todos os números que tinha contatado mais cedo e descobri que encontrar horário para depilação é ainda mais difícil que hidratar o cabelo. Voltei no salão que me salvara instantes antes e nem mesmo a atendente boazinha pôde me ajudar. Sentindo-me derrotada, cheguei a cogitar a possibilidade de dar fim naquele suplício com uma lâmina de barbear. Porém entre pernas e axilas de gorila por uma noite e pernas e axilas ásperas por uma vida inteira preferi optar pela primeira opção. Automaticamente, como se Deus me recompensasse por resistir à tentação de me raspar com uma gilete, lembrei que poderia comprar folhetos descartáveis de cera fria no supermercado e fazer minha própria depilação com ajuda das garotas.

Valeu, Deus.

Ainda de jejum, apareci porta de Cathy pontualmente às quatro da tarde.

— Caramba, você trouxe a sua casa inteira ou é só impressão minha? - Ela riu ao se deparar com todas aquelas sacolas amontoadas em meus braços. - Eu realmente adoraria te ajudar, mas Ellen acabou de pintar minhas unhas. - Cathy levantou as mãos abertas para que eu visse seu esmalte azul escuro brilhante e recém-pintado. - Pode vir atrás de mim que estamos lá no meu quarto. - Quando ela deu um chute leve na porta para que esta se fechasse, eu havia acabado de colocar os pés no apartamento que as irmãs Wunsch dividiam.

 

Assim que pus os olhos dentro do cômodo, tomei um dos maiores sustos da minha vida.

— O que ele está fazendo aqui? - Guinchei, com a voz mais aguda que poderia sair da minha garganta, no mesmo momento em que reconheci a figura diante de um espelho, que mostrava uma porção de sombras escuras a Alina, e deixei todas as sacolas e bolsas caírem no chão.

O que diabos Bill fazia na casa de Catherine, ainda mais naquela hora?

Depois do que me pareceram alguns segundos imersa no completo silêncio mais constrangedor que já vivenciara, Mya apareceu no quarto segurando uma escova de cabelo numa mão e o secador na outra.

— Pessoal? Está tudo bem? Eu ouvi um grit... - Tagarelou, com a falta de tato que lhe era característica.

Sua voz pareceu despertar todos no cômodo, mesmo assim, ninguém sabia ainda o que deveria dizer.

— Bom, a Cathy me convidou, por isso, achei que minha presença não seria um problema... - Bill começou a se explicar completamente sem graça.

— Não, Bill... Eu, me desculpe, quis dizer que... - Enquanto me embolava nas palavras torcia para que Ellen e sua mania irritante de atropelar a fala dos outros mergulhassem do mar de vergonha em que eu me afogava e me salvasse.

— Eu só não esperava encontrar você aqui, mas não tem absolutamente nenhum problema. É ótimo na verdade...

É claro que dessa vez, enquanto minhas bochechas ardiam, Ellen não fez nem um piu.

— Ah, tudo bem... - Ele voltou sua atenção a Alina outra vez e todo mundo pareceu sair do transe definitivamente.

Ellen voltou a pintar as unhas dos próprios pés com o mesmo esmalte que usara em Cathy, que buscava algo em seu guarda-roupa e eu que arrumei minhas sacolas cuidadosamente ao lado de uma das camas, tentando não chamar mais atenção.

— Ninguém vai me dizer o que está rolando? - Mya insistiu.

— Nada não, vem me mostrar onde fica o banheiro. - Balbuciei e a arrastei para fora do quarto antes que tivesse tempo de dizer alguma merda.

Só depois que expliquei todo o ocorrido, Mya se acalmou e voltou a secar o próprio cabelo até que ficasse liso e escorrido como de costume.

— Esquece isso, agora que a besteira já está feita você precisa estar deslumbrante hoje a noite. Trouxe tudo o que separamos naquele dia?

— Tudo.

— Tudo mesmo? O vestido, os dois saltos que vamos por em votação? A bolsa, o brinco, o colar e aquela pulseira de coração que você roubou de mim?

— Tudo nas sacolas, também trouxe a bolsa que você pediu emprestada e aquela saia preta de renda.

Ela nem me deu atenção, saiu do banheiro apressada e foi remexer minhas sacolas.

Estendeu o vestido na cama de Cathy e arrumou os acessórios do lado. Abriu minha nécessaire, despejou todo seu conteúdo no chão e soltou um muxoxo ao não encontrar o que procurava.

— Cadê seus produtos do cabelo? - Ralhou.

— Eu trouxe, está tudo aí! - Me defendi.

— Não acredito que você esqueceu o prendedor! Helene, você ia ficar tão bonita!

Ninguém deu atenção a Mya e todos continuaram o que faziam antes, menos Alina que apareceu do meu lado antes que eu percebesse, me dando outro susto. Eu não ousei levantar o olhar para procurar Bill. E Mya continuava agachada no chão, reclamando.

— Oi, nem falei com você. - A ruiva sussurrou próximo ao meu ouvido. - Está tudo bem? - Pela entonação que usou na pergunta percebi que se referia ao incidente envolvendo Bill.

— Vou sobreviver. - Resmunguei discretamente.

— Por que Mya está dando um show?

— Esqueci um prendedor de cabelo que ela ia usar para fazer meu penteado. - Revirei os olhos rezando para que ninguém, além de Alina, visse.

— Eu tenho alguns na minha bolsa, querem dar uma olhada? - Ela perguntou mais alto para que Mya também ouvisse.

— Graças a Deus alguém por aqui tem um cérebro. - Mya estendeu os braços para que nós a ajudássemos a se levantar. Nós ajudamos. - E onde está essa bolsa mágica?

Alie nos guiou até outro cômodo que deveria ser o quarto da irmã mais velha de Cathy e indicou a bolsa verde em cima da cama para que Mya atacasse. Dito e feito. Enquanto minha melhor amiga se distraía com os prendedores brilhantes, nós ficamos encostadas na porta esperando e eu tomei coragem para contar o que ela e Oestreisch já sabiam a Alina.

— Alie... - Suspirei, estava ainda mais nervosa do que das outras duas vezes.

— Hm? - Murmurou sem me olhar, prestando atenção no prendendor que Mya mostrava a ela.

— Eu gosto muito de Bill. - Falei baixinho.

— Arrã, legal. - Ela apontou para o segundo prendedor que Mya segurava. - Eu também.

— Muito, muito. - Repeti na esperança que ela entendesse sem que eu precisasse ser mais clara.

— Já entendi - Ela riu. - Ele é mais legal do que eu pensava.

— Muito mesmo.

— Helene, eu já entendi que voc... - Ela interrompeu e própria fala e virou o rosto na minha direção com os olhos arregalados. - Você está me dizendo que gosta dele? Tipo gosta... Gosta dele?

Assenti com a cabeça, abaixando o olhar.

— Mas ele não é gay? - Perguntou completamente incrédula.

— Nãao! - Desferi um tapa em seu braço por reflexo. - Só por que um cara usa maquiagem não quer dizer que ele é gay!

— Ele não só usa maquiagem, como sabe pra caralho como fazer isso. - Ela massageava o local onde eu havia batido e me olhava com cara feia. - Você viu quando ele estava me mostrando aquelas sombras? O cara começou a falar tanta coisa que eu tive que dizer a ele que o meu conhecimento sobre o assunto não passava de base, rímel e blush...

Ela suspirou e voltou a olhar para Mya que sorria para nós.

— Pra ela você conta né? Só eu que tenho que ficar brincando de detetive... - Acusou.


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Notas finais do capítulo

Os salões de beleza citados foram encontrados no Google, me corrijam se algo estiver errado. O mesmo vale para todo o resto da história, inclusive os títulos dos capítulos (já que ~como diz Alina~ o meu conhecimento sobre o assunto não passa de "Hallo/Bitte/Liebe/Danke").
curtiram? cara, está MUITO difícil achar a foto da Louise que eu queria mostrar pra vocês :/ mas continuarei minha busca kkk e prometo que até domingo possto ela.