Für Immer Jetzt. escrita por losundlauf


Capítulo 12
Capítulo 11 - Ein Weiterer Besuch.


Notas iniciais do capítulo

A MÚSICA DESSE CAPÍTULO É DA DIVA LANA DEL REY "THIS IS WHAT MAKES US GIRLS" (acho muito a cara da Mya kk)
E como uma fênix eu renasci das cinzas KKKKKK (não posso dizer isso com um capítulo tão fail) peço que desculpem pela demora xD e também pelas notas que serão gigantes dessa vez :~ tenho quatro coisas que quero dizer x_x e vou dividir entre as notas iniciais/finais.
1. Eu deveria ter postado esse capítulo no fim de semana que voltei de viagem, mas no sábado (25.02) fui ao cinema com meu namorado lindo e assistimos A Mulher de Preto com uns amigos (estou tendo pesadelos até hoje, pq sou uma fraca-medrosa-chorona) e quando voltei para casa me mandaram dormir na com minha avó (SOZINHA COM A MINHA AVÓ QUE MORA NO PRÉDIO DO LADO, ISSO MESMO FUI CAMINHANDO ATÉ A CASA DELA SOZINHA MEIA NOITE!) Claro que estava morrendo de medo e levei o netbook p passar a noite acordada com ele lá, mas o negócio enlouqueceu x_x Chegava a ligar, mas quando eu colocava a senha dava uns estalos e desligava (assustador). Passei a noite acordada e sozinha no quarto de hóspedes, morrendo de medo e sem pregar o olho por nem um segundo pq não queria sonhar com a velha do filme :X Deu 5:30 da manhã de domingo e eu voltei para casa, onde finalmente pude dormir até as 11h KKK Com o net "quebrado" eu perdi o capítulo inteiro e a inspiração para reescreve-lo não vinha DE JEITO NENHUM.
2. Como "presente" de desculpas vou indicar umas fanfictions boas que li desde que voltei de viagem (durante esse período sem escrever nem uma palavra de FIJ). Todas as histórias são boas NA MINHA OPINIÃO.
Insanity (história interessante, daquelas que você fica se sentindo meio doido quando lê kkk além disso, as músicas escolhidas para trilha sonora são extremamente lindas ~viciei em dante's prayer~ e a autora é UMA FOFA!)
Friends with Bennefits (não concluída e kaulicest /prevejo polêmica), espero não perder nenhuma leitora por indicar uma história com esse tema, mas p quem curte o gênero achei divertidinha.
Have a Sex with Me (voltando para as fics héteros, one-shot muito... hm... se vocês lerem vão entender oq eu estou tentando dizer ~sem conseguir~ ) e se mesmo assim ainda tiverem dúvida do que eu senti... é só dar uma olhada no review que deixei x_x sou suspeita DEMAIS para falar da autora, né?
Espero que ngm fique chateada comigo por não indicar sua fic, mas pode ter certeza que se ela for boa e tiver uma quantidade de capítulos "interessante" alguma hora eu indico ela aqui, ok? :D Não quero indicar histórias com pouquíssimos caps, pq acho chato começar a ler uma história aparentemente boa e ficar na espera por capítulo e tal (e tbm assim no começo ngm pode julgar mt bem uma história, certo?)



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Na terça-feira Oestreisch só pegava duas aulas comigo, a do primeiro horário e a do último, sendo os dois de literatura com a profª Kershaw que passara a nos odiar assim que colocara os olhos em nós dois no início do ano letivo. Confesso que ainda assim entrei na sala de aula ansiosa para vê-lo, quase saltitando de alegria para contar todas as novidades do dia anterior, no entanto, nem um pouco preparada para encarar a cena em que o encontrei.

Ele e Janette. A maravilhosa e belíssima Jane, tecnicamente a personificação dos meus demônios, sentada ao lado de Oestreisch ocupando o assento que deveria ser meu. Chame de ciúme ou como quiser, mas o que borbulhava dentro de mim mesmo era aquela sensação de estar sendo terrivelmente injustiçada pelo destino. Afinal, por que, meu Deus, por que logo uma garota como Janette tinha que estar nos pensamentos dos Kaulitz? Dos dois, vale frizar.

Porque eu realmente não me importaria em tê-la sentada no meu lugar ao lado de Tom se ela também não estivesse, de certa forma, ocupando meu espaço no coração (ou seja lá onde for) de Bill. Se ao menos não fossemos completamente diferentes...

Os dois levantaram o olhar quando passei e Tom perguntou com a voz mais sacana que um garoto é capaz de usar dentro dessa galáxia;

– Não quer sentar aqui com a gente, Lenie?

A vontade de estapeá-lo brotou automaticamente.

Cretino!

Apenas balancei a cabeça recusando e ele soltou uma risadinha babaca que eu não soube interpretar. Eu senti tanta raiva ante uma bobagem como aquela que sequer me reconheci naquele instante.

Vai ver é TPM ou algo assim, pensei.

Contudo, vale lembrar que todo aquele ódio não surgira realmente por culpa de Janette e sua beleza que me enchia de inveja, e sim por ter tido meus planos de fofoca totalmente frustrados por conta de sua presença. Só que poderia ser qualquer um ali no lugar dela que me deixaria furiosa da mesma maneira, certo?

Errado. Eu realmente estava me mordendo de ciúme de Oestreisch e não queria admitir a mim mesma que ainda que não sentisse realmente nenhuma vontade de me envolver com ele da forma que Janette se envolveria, sentia-me ameaçada pela possibilidade de existir outra mulher na vida dele. Outra pessoa a quem ele fosse agir da maneira que agia quando estava comigo.

O que eu realmente temia era que Janette, ou qualquer um, me roubasse a face de Oestreisch que ele só deixava transparecer quando estava comigo.

Suspirei alto sem me importar em chamar atenção e larguei minha mochila em qualquer canto. As três aulas subsequentes seriam - E foram - extremamente tediosas, a ponto de me fazer cochilar nos últimos 30 minutos que antecederam o intervalo e perder o toque.

Lembro de abaixar a cabeça, fechar os olhos e encontrar, quase que imediatamente, o sorriso de Bill entre meus pensamentos. Os olhos semicerrados, as maçãs do rosto coradas, adornadas pelo cabelo extremamente bem cuidado.

Como eu queria tocá-lo...

Quando finalmente pude ouvir sua voz chamando meu nome tive a certeza de que estava enloquecendo e me envergonhei por perder a razão tão facilmente diante de um motivo tão banal quanto aquele.

Uma paixonite.

Leeeeniee, chamou novamente, ainda deixando-me crente de que não passava de mais de um dos meus devaneios. Só depois de sentir o toque delicado de seus dedos em meu ombro é que me dei conta de que Bill estava realmente ali tentando despertar-me daquele cochilo.

Ardendo em meio a tanta vergonha, fiz um esforço descomunal para não parecer sobressaltada demais ao levantar a cabeça. Arrumei o cabelo como pude e pedi a Deus que meu rosto não estivesse horripilantemente inchado.

Maldito cochilo.

– Bill? - Perguntei, fingindo uma surpresa muitíssimo inferior a que realmente sentia. Por baixo da máscara oscilante de discrição estouravam fogos de artifício e eu gritava O que diabos está fazendo aqui?

Enquanto uma parte de mim dizia para continuar agindo com cautela para que não se repetisse o incidente "Andreas" do dia anterior, a outra não queria saber de coisa alguma que não fosse a felicidade que sentia, mas ainda entre essas duas sensações existia uma terceira. Seria mesmo possível que a vida fosse ainda mais traiçoeira do que já estava sendo comigo? Quer dizer, aquilo tudo estava acontecendo mesmo? Despois de eu ter finalmente decidido deixá-lo de lado o cara aparece todo fofo e bonitinho me chamando pelo apelido?

Porra!

Que necessidade é essa que a vida tem de esfregar na nossa cara algo que tanto desejamos exatamente quando tentamos esquecê-las?

Suspirei tentando ignorar toda aquela revolta.

– Está tudo bem com você? - Perguntei novamente. Quer dizer, algo deveria estar errado o suficiente para trazê-lo até mim, certo? Mas ele apenas soltou uma risadinha que só pude classificar como adorável diante da minha pergunta. Um misto de compreensão e vergonha, como se já tivesse entendido o porquê da minha reação.

– Está sim... - Respondeu ainda mais envergonhado. Talvez fosse vergonha alheia da minha cara amassada. Merda.

– Tom está bem? - Soltei sem pensar e logo em seguida tapei o rosto com uma das mãos, demonstrando que tinha total consciência de que acabara de falar uma merda enorme.

Fechei os olhos e sussurrei um "Foi mal" ainda de cabeça baixa. Sei lá, acho que fiquei tocada demais com aquela segunda visita para pensar em outra coisa que não fosse alguma trajédia. Talvez Oestreisch tivesse se distraído tanto com a bunda ou os seios de Janette que tropeçou na escada e acabou rolando três lances abaixo. Ou Talvez os dois tivessem combinado de cabular as aulas seguintes e, novamente distraído, ele tivesse sido atropelado por um ônibus... Um carro, uma moto ou até mesmo uma bicicleta enquanto atravessava a rua. Eu sei o quão ridículas soam as possibilidades que passaram na minha cabeça naquele momento, mas convenhamos, são pouquíssimas as pessoas que conseguem pensar algo que preste quando estão nervosas. E ninguém, absolutamente ninguém, pode dizer que eu não estava nervosa o suficiente para pensar a besteira que quisesse com Bill parado bem ali na minha frente por livre e espontânea vontade.

Contrariando todas as minhas expectativas, ele apenas pigarreou e puxou uma cadeira para se sentar de frente para mim. Não me olhou estranho, não estalou a língua, sequer ergueu as sobrancelhas e eu, que esperava no mínimo que ele balançasse a cabeça em reprovação, quase fiquei decepcionada.

Graças a Deus.

Só que nunca, nunquinha mesmo comemore antes da hora, porque toda vez que você faz isso as forças divinas se voltam contra você e resolvem te castigar mandando uma merda dos diabos de presente. É impressionante.

– Na verdade era sobre ele mesmo que eu queria falar com você... - Recomeçou timidamente. Meu coração teria ficado gelado e eu ainda mais nervosa se fosse possível, mas apenas gesticulei para que ele continuasse sem abrir a boca para falar uma palavra sequer. Algo dentro de mim começou a dizer naquele exato instante que o que viria em seguida não seria agradável de ouvir.

– Bem, eu espero que não me entenda mal...

Era exatamente como eu estava entendendo.

– Não pense que estive bisbilhotando...

Automaticamente lembrei da forma como ele me olhava na festa de Louise quando seu irmão dançava perto de mim. Era como se meus sentimentos por ele tivessem sido desligados por uns minutos e eu estivesse pensando de forma totalmente racional, pouco importando se ele estava completamente adorável corando daquele jeito somente por estar me dirigindo a palavra.

Era de Oestreisch que estávamos falando, e eu odiava quando alguém vinha falar dele para mim.

Quase pude ouvir Bill falando para si mesmo algo como "pare de enrolação, ela não vai te morder" quando ele suspirou e voltou a me olhar seriamente.

– Certo, eu vim aqui pedir... Não, te avisar sobre Oestreisch.

– Avisar o que?

– Não quero que se aproxime dele.

E quem diabos você pensa que é para querer alguma coisa?, pensei e quase perguntei em voz alta. Quase.

– Você o que? - Perguntei grosseira.

– Desculpe, é que estou nervoso! - Tentou se redimir. - O que quis dizer foi que meu irmão não é essa boa pessoa que você pensa. Ele não tem princípios, não entende de honestidade ou fidelidade e você vai acabar se magoando, Helene.

Mas de que merda ele estava falando? Quase ofegante, eu me segurei para não começar a dar um chilique ali mesmo. Tudo bem que eu estava completamente apaixonadinha por Bill, mas que direito ele pensava que tinha para chegar daquele modo me dizendo o que eu deveria ou não fazer? Porque até onde eu sabia, ele não sabia dos meus sentimentos. Ele não era meu namorado, ficante ou sequer amigo. Não éramos nada, a certo? Então porque diabos ele precisava se meter nas minhas amizades? Eu por acaso pulava na frente dele para dizer que Andreas era um grosso e ignorante, babaca que me dera um fora sem que eu ao menos quisesse algo com ele? Olha, Bill, não me entenda mal... Mas o seu melhor amigo é ainda muito mais retardado mental. Talvez quem esteja precisando rever as amizades não seja eu, ein...

Suspirei. Ele merecia uma resposta e a minha cara deveria estar uma beleza, já que eu não me dera o trabalho de tentar disfarçar minhas emoções desde que ele começara a falar do irmão.

– Eu agradeço a preocupação, - Comecei séria e assim me mantive. - mas seu irmão tem sido uma pessoa muito boa para mim sim. Muito melhor até do que as amizades que temos compartilhado. E apesar de não estarmos mantendo a relação que você acha que mantemos ele tem se mostrado bastante honesto e fiel, mas obrigada mesmo por ter vindo aqui me dar esse "alerta".

Por baixo da máscara oscilante de discrição agora quem estourava era eu.

De raiva. E esperava que com aquela breve encenação quase formal ele entendesse a mensagem que nada mais era do que Está na hora de se mandar, eu não quero mais ouvir o que você tem a dizer.

Finalmente parecendo quase ofendido, ele deu de ombros e murmurou;

– É você quem sabe, eu só achei que deveria te avisar porque querendo ou não nós nos reaproximamos um pouco desde aquele lance na casa de Cathy e eu tenho o costume de tentar proteger as pessoas que gosto.

Mas depois disso a minha máscara caiu e toda a raiva se foi, lá estava a Helene boba e apaixonada novamente. Como ele podia ser tão idiota e fofo ao mesmo tempo? Eu não podia culpá-lo por nada do que estava acontecendo, pelo menos não diretamente. Não era culpa dele o fato de Catherine ser uma desequilibrada, ou Oestreisch um mentiroso hábil demais para a própria segurança e muito menos por eu não conseguir manter minha palavra. Para à merda com todo aquele discurso sobre orgulho próprio, em momentos como aquele eu não me importava nem um pouco em me rebaixar se fosse necessário para ficar com Bill e de forma alguma era aquilo que ele estava me pedindo. Ele só estava sendo adorável como sempre, me dizendo para tomar cuidado com o irmão "cafajeste" que ele tinha.

Quase afogada em vergonha e arrependimento desfiz aquela cara feia que passara a sustentar desde que ele mencionara a falta de princípios de Oestreisch e sorri levemente para ele.

– Obrigada, Bill...

Ele descruzou os braços e sorriu também. Fofo.

– Eu que agradeço por não ter jogado as pedras em mim, mas admito que por alguns instantes fiquei assustado.

Rimos e eu tentei controlar meu coração ao relembrar, novamente, a cena desagradável com Andreas, porque não havia nada ali além de uma possível amizade brotando. Eu não queria mais ficar dando uma de Mya e ver ambiguidades onde elas não existiam, queria apenas que as coisas entre a gente pudessem rolar mesmo que culminassem apenas em amizade.

Quer dizer, eu só precisava manter a cautela.

Depois da nossa quase discussão, conversamos por mais alguns minutos até que o intervalo acabasse e ele se oferecesse para me acompanhar até minha outra sala. Gentileza que eu tive que recusar, já que a minha sala continuaria sendo exatamente aquela em que estávamos até o término do dia. E Bill se despediu, para variar, de uma forma extremamente fofa.

Abraçando-me.



Mya



Fazia mais ou menos cinco anos que Helene havia entrado na minha vida e eu não lembrava de nenhuma outra briga que nos tivesse feito passar mais de 24h sem falar uma com a outra.

Já passava das quarenta e oito dessa vez e ela nem olhava na minha cara quando passava por mim no corredor. Talvez eu tivesse mesmo exagerado em contar para as garotas que ela estava gostando de Bill, mas por favor! Eu só estava pedindo ajuda para juntá-los. Estava estampado na cara daquele garoto que mesmo tendo certeza do que ela queria, ele não moveria nem um dedo para conquistá-la.

Ao meu ver, Bill era inseguro e tímido demais para Helene. Eles nunca formariam um casal perfeito como Heinz e eu. Lenie era agitada, criativa e vaidosa demais para ter um garoto daquele nível ao seu lado. Não que ele fosse feio ou pobre, mas Bill era esquisito e tímido e nenhuma mulher como ela mereceria um garoto sem sal daqueles.

Mas mesmo discordando das preferências dela, eu já sentia uma saudade agoniante da minha amiga e a única saída que me restava era pedir desculpas na cara dura. O que só provava a minha teoria de que o orgulho impenetrável de Helene era bem mais compatível com o perfil de Oestreisch, o gêmeo infinitamente mais bonito, interessante e gostoso. Eles sim, formariam um casal que eu adoraria ajudar, mas enfim.

Revirei os olhos desistindo da minha tentativa frustrada de me distrair para não correr atrás dela e decidi finalmente deixar o meu orgulho de lado. Larguei o docinho que enrolava para não comer e voltei apressada para os aposentos da Spraschaff Institut. Segui da mesma forma pelos corredores e quase cheguei morta ao terceiro andar onde ficava a sala em que minha amiga tinha a maioria de suas aulas.

Antes de entrar na sala, dei uma olhada entre os espaços vagos da cortina e pude ver os cabelos loiros de Helene envoltos pelos braços do moreno magricela e ver o quanto eles eram capazes de se entender sem a minha ajuda me ofendeu. A falta de consideração de Helene também, porque era óbvio que ela já contara todas as novidades à chatolóide intrometida Alina e não achara que me contar o que começara a rolar entre ela e o pseudo-gay-Kaulitz fosse importante. Irritada com os pombinhos e toda aquela teia de falsidade e mentiras, dei meia volta e desisti da idéia ridícula de pedir desculpas a quem quer que fosse.



Helene


Depois daquele intervalo todas as aulas foram ótimas. O céu estava mais azul, o ar mais fresco, o sol mais bonito e todas as pessoas ao meu redor mais agradáveis. Quando Oestreisch finalmente sentou ao meu lado no último horário e sussurrou um E aí gata? na tentativa de me assustar novamente, eu realmente fui pêga de surpresa, mas não por causa do vocativo idiota e sim pela hora que passara de uma forma assustadoramente rápida, incapacitando-me de acompanhá-la.

– Da onde foi que você surgiu? - Sussurrei de volta.

– Já é hora de voltar para casa e essa é geralmente a hora que estou com você. - Ele piscou.

– E cadê a sua namoradinha? - Perguntei referindo-me ironicamente a Janette.

– Ficou com ciúme?

– Você sabe que sim.

– Hm, e porque começou a falar a verdade de uma hora pra outra? Ela preferiu perder a última aula. - Ele realmente estava erguendo apenas uma das sobrancelhas para mim? Era uma careta extremamente fofa, mas ainda assim não chegava nem aos pés dos sorrisos do irmão dele.

– Seu irmão apareceu para conversar comigo.

Nos sentamos corretamente e abrimos os cadernos para começar uma nova encenação. Dessa vez, não de namoradinhos na balada, mas de alunos exemplares tomando nota de cada palavra que saía da boca da Sra. Kershaw.

– Sobre? - Eu sabia que por trás daquele tom calculado de indiferença ardia curiosidade.

– Você. - Soltei uma risadinha e a megera olhou para a gente.

– Escreva, por favor, e não esqueça dos detalhes. - Ele me passou discretamente uma folha em branco arrancada do próprio caderno.

Resumi os acontecimentos da manhã e do dia anterior, incluindo o sorriso que agora quase parecia um detalhe bobo, pois eu ganhara um abraço para a minha coleção. Estendi o braço sobre a mesa lentamente como se fosse pegar algo dentro do meu estojo e coloquei o papel cuidadosamente dobrado entre seus dedos. Ele o agarrou quase desesperado e leu como eu nunca o vira ler antes, fazendo-me sentir vontade de soltar outra risadinha, mas acabei limitando-me a sussurrar;

– Você está parecendo uma garotinha curiosa.

E recebi como resposta;

– E você está parecendo comigo. Só que falta a beleza.

Oestreisch voltou a ler e parou de me dar atenção. Quando levantou o olhar para mim novamente murmurou quase indignado.

– Eu aqui tentando descolar uma gata para o cara e é assim que ele me agradece? - Revirou os olhos. - Denegrindo minha imagem de bom moço por aí... Esse mundo está perdido mesmo, ninguém lembra mais do significado da palavra gratidão.

Quando ele terminou de falar eu fiquei na dúvida se o que identifiquei em sua voz fora mágoa ou ironia pura. Mas não tive coragem para perguntar a ele, porque Bill ainda era o único assunto entre nós que eu classificaria como delicado.

– E você... Lembrou de "agradecer" a Janette? - Perguntei maliciosa, sem esquecer de simbolizar as aspas com os dedos.

Ele riu, o sorriso era o debochado de sempre.


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Notas finais do capítulo

3. (DEPOIS TENHO QUE FALAR MAIS SOBRE ESSA NOTICIA FDP) Recebi uma notícia que me deixou MUITO triste e contribuiu p essa "pausa" relativamente curta em FIJ. Lembram quando eu disse que baseava meus personagens dessa fic nos meus melhores amigos? Então, realmente existe um Oestreisch e há alguns dias ele me disse que vai morar em Campina Grande D: ele passou em direito numa faculdade de lá e isso me deixou arrasada, fiquei o fim de semana inteiro choramingando tanto que nem meu namorado sabia o que fazer.
Claro que fiquei extremamente feliz por "Oestreisch", mas não sei lidar com essa coisa de distância e imaginava um futuro completamente diferente p gente (cuidado com a interpretação que vcs vão fazer dessa frase ein KKKKK sem duplo sentido, porfa). Ele prometeu que não vamos nos afastar e no final das contas ainda me mandou deixar de ser fresca que ele estava indo estudar e não pra guerra :~~ Mas essa notícia me incomodou tanto que até pensei em mudar o final da história x_x mas veremos, nada está decidido ainda (como diz bill sobre toda e qualquer pergunta que os aliens fazem sobre o album novo no BTK).
4. Ainda sob influência da notícia, resolvi começar uma nova história. Como disse para a minha querida e maravilhosa amiga Anne Lander "Para libertar toda essa tensão sexual que existe entre meus personagens de FIJ e não pode existir" (aí vocês DEVEM ver todo o duplo sentido que quiserem, mas entre os PERSONAGENS, gente, só o personagens kkkkkkkk)
Bom, a história provavelmente se chamará Brennen e terá uma "colaboração" (por falta de uma expressão melhor) da mesma querida e maravilhosa amiga Anne.
Deverá ser uma mini-fic em que tom será o narrador, mas chega de fofocas, depois conto mais sobre ela para vocês :~~
Hmm, acho que disse tudo KK mas e aí, gostaram desse capítulo?