Os meus olhos abrem-se vagarosamente, vejo que me encontro num local simples mas bem ornamentado com tons de vermelho, branco e preto. Que lugar é este? Pensando bem, havia uma pergunta que precisava de ser respondida com mais urgência………. Quem sou eu???? Esta pergunta ecoava, fortemente, na minha cabeça, porém uma voz rouca e gentil tira-me de tais reflexões.    

    
- Finalmente vejo que acordas-te. Estás bem? – O homem portador daquela voz angelical era alto, os seus cabelos era prateados e tinha uns olhos lilases e também profundos. Podia não me lembrar de nada da minha vida passada, contudo este homem deveria ser dos mais belos que tinha visto.

- Quem és tu? Mais importante, quem sou eu? – Disse eu com a esperança que este homem soube-se algo sobre a minha vida.

- Estou a ver, deves ter perdido a memória – afirmou, todavia não disse o que eu queria ouvir.
- Mas quem és tu? E sabes que sou eu – proferi quase gritando.

  
- O meu nome é Zero Kiryuu, e da tua vida sei tanto como tu. Há alguns dias atrás encontrei-te inanimada na floresta de Solar e não podia deixar uma rapariga indefesa como tu, naquele lugar perigoso.

- Obrigado – disse eu espantada, aquele homem tinha salvado a minha vida, sem saber nada sobre mim – Se aquele lugar é perigoso, o que fazias lá?

- Eu posso te contar a história, porém ela é bem grande.

- Talvez consiga lembra-me de algo se a contares.

- Ok – disse ele – Há 10 mil anos atrás, dois reinos foram criados, estes eram o reino de Astel e de Solar. Os reis da lua confiaram a estes 12 talismãs, mais precisamente os 12 talismãs da lua. O primeiro amuleto era um colar de prata, e na sua extremidade encontrava-se uma lindíssima safira vermelha, este fora confiado ao reino de Astel. O segundo talismã, também ele um colar, era feito de ouro e tinha uma pequena cruz, com um diamante no seu centro, este amuleto foi dado ao reino de Solar. O terceiro talismã era diferente dos outros referidos, este era uma ágata estonteante, que possuía uma cor azul-marinha e fora esperançado ao reino de Astel. O quarto amuleto era um anel muito especial, este mudava de cor consoante a estado de espírito do seu utilizador, por exemplo, se o anel mostra-se a cor castanha, o seu utilizador sentia medo, já este foi dado ao reino de Solar. O quinto talismã era uma chave de platina que foi entregue ao reino de Astel. O sexto amuleto era uma pulseira de prata, onde se encontrava cravado um trevo de quatro folhas, este foi confiado a Solar. O sétimo talismã era espada, onde pode-se ver gravado a palavra sanguis, que é latim para sangue, este fora dado ao reino de Astel. O oitavo talismã era um belo frasco de cristal e no seu interior encontrava-se o sangue da família real da lua, este fora esperançado ao reino Solar. O nono talismã era uma pendente com um coração suspenso, este fora oferecido ao reino de Astel. O décimo talismã era uma concha de tons rosados, já este fora dado a Solar. O décimo primeiro amuleto era um diamante em bruto, que fora confiado a Solar. O décimo segundo talismã, também o último, era uma esfera inquebrável, era esta que concedia a eternidade àqueles dois reinos, ou seja o poder de serem vampiros, este amuleto fora oferecido ao reino de Astel.

O Reino de Solar não achara uma divisão justa, pois aquele último talismã era para estar em sua posse, e não no reino vizinho. Naquela mesma noite, o reino de Solar ataca o reino de Astel, para reivindicar o que era deles por direito. E foi assim que começo esta guerra.

Eu sou o melhor soldado do reino de Solar, e a rainha do reino de Astel fugiu da prisão e fora avista a dirige-se para aquela floresta. Eu e outros guardas fomos atrás dela, e foi ai que te encontrei desanimada, junto a uma árvore.

- Então foi assim que encontras-te a minha pessoa, obrigado.

-Sempre às ordens

- Mas como é que sabes que eu não sou tua inimiga e estou a fingir a amnésia – Dizia enquanto tentava desabotoar a camisola.

- Se tivesses a fingir, conseguias desabotoar a tua camisola, e eu sinto que tu não és minha inimiga, mas sim uma aliada – disse ele, enquanto desapertava a minha camisola. Eu comecei a ficar corada, depois isso deu-me uma toalha e alguma roupa.

- O banheiro fica ali – Disse ele, apontado para uma porta.

- Ok.

- Descansa bem, porque amanhã começa o teu treino.

- Que treino?!

- Tu precisas de aprender a defender-te.

- Não sei nada da minha vida e ainda tenho de aprender a lutar.

- Sim e não reclames.

- Okidoki

Dirigi-me ao banheiro e tomei o banho rápido. Depois foi até ao quarto, onde o Zero tinha preparado uma cama para mim. Ao colocar a minha cabeça na almofada e fechar os olhos, aquela pergunta voltou a ecoar na minha cabeça. Quem sou eu?????