As provas chegaram mais rápido do que eu esperava, Bridge e Phelipe me ajudavam a estudar, mas não era como antes, na verdade eles estavam muito estranhos ultimamente, sempre com um livro estranho que não me deixavam ver. No quadribol, ganhamos o jogo contra a Lufa-lufa, mas eu ainda acho que Hugo me deixou marcar alguns pontos. Não fizemos nenhum progresso quanto a revolução, e quanto mais o tempo passava mais vezes eu começava a crer que a melhor opção era contar tudo ara a prof. Minerva.

Hoje tinha jogo contra a Grifinória, se eu ainda tinha esperanças de a Corvinal ganhar a taça, tudo dependia deste jogo, tinha que me concentrar, não seria nada fácil, até por que a sorte não estava ao meu favor.

Na manhã do jogo recebi um bilhete da minha mãe:

“ Acontecerá à meia-noite de hoje”

Quatro palavras e eu já sabia do que se tratava, eles conseguiram, juntaram forças e agora estavam prontos para tomar o poder, tudo isso bem debaixo do nariz do Ministério, eu sabendo de tudo e não contando nada. Todos estão em risco, meus primos e amigos em Hogwarts, meus tios e eu pai que com certeza vão lutar pelo mundo bruxo, Todos!!

Eu tinha que fazer alguma coisa, na verdade pela primeira vez eu tinha um plano, esse bilhete me mostrou que minha mãe estava segura esse tempo todo, pelo menos tão segura quanto ela poderia estar nas mãos daquele crápula, por que ele apenas suspeitava de mim, mas agora se eu contar algo ele vai saber de uma forma ou de outra do bilhete, por isso tenho que esperar até o último minuto para contar, vou esperar, fazer ele achar que ninguém mais saiba, e quando estiver faltando uma ou duas horas para a meia-noite eu vou falar com a prof. Minerva, isso pelo menos vai dar tempo para o mundo bruxo se defender e não ser pego de surpresa.

Não contei para ninguém sobre o bilhete, nem mesmo para Dylan, tenho certeza que todos surtariam com o perigo, tinha que agir normalmente, o que não seria fácil. Desci para o café, e depois segui para o vestiário sem falar com ninguém, esperando que os meus amigos interpretassem isso como nervosismo pré-jogo. Me arrumei silenciosa, estávamos esperando para entra no jogo, quando as portas se abriram um único pensamento me veio a cabeça:

“ Espero estar fazendo a coisa certa”

~*~

Parecia que o mundo estava se acabando em chuva, eu não conseguia enxergar um palmo na minha frente, quanto mais a goles ou um dos aros! Em menos de cinco segundos dentro do campo eu já estava ensopada e agora depois de vinte minutos de jogo imagine como eu estou, minhas vestes já estão pesando de tão molhadas, mas tinha que fazer o meu melhor.

O jogo seguiu, eu já tinha marcado três pontos malmente, e do jeito que estava o tempo essa partida vai durar muito, por que se eu não enxergo a goles, Lily nunca vai achar o pomo, e o apanhador da corvinal tinha que usar óculos? Maldito Chole Chang! Por que ele não podia ter olhos bons como o irmão gêmeo Oliver? Afinal, eles são gêmeos!!

Já estava me cansando, e a preocupação aumentando pois quanto mais tempo eu passar nesse jogo, mais tempo eu perco contra a revolução. Como será que está a minha mãe? Será que mandar aquele bilhete foi um risco? Será que ELE descobriu? Era para eu estar concentrada no jogo, mas não, eu fiquei pensando em tudo isso que cai da vassoura e perdi os sentidos.

~*~

Quando eu acordei meia dúzia de rostos estavam em cima de mim, como era de se esperar:

– Olha, finalmente acordou a bela adormecida, achamos que a poção que a enfermeira te deu ia durar até o século que vem – falou Alvo.

– E o jogo? – perguntei

– Depois que você caiu, eles tiveram o bom senso de cancelar o jogo por causa do tempo – explicou Rose.

– Achei isso uma babaquice, vocês são feitos de açúcar por acaso? – perguntou Scorp.

– Ah cala boca Malfoy, você só está falando isso por que a derrota da Grifinória faria vocês campeões, mas quero ver se você aguentaria – disse Fred

– Espera, por quanto tempo eu dormi? – ah não, agora que eu percebi que já estava escuro lá fora.

– Doze horas – disse Lily

– O que? Que horas são? - com um salto me sentei.

– Dez para meia – noite – falou Bridge.

– Ah, não, não, não, não – levantei da cama, mas estava tonta, se James não me segurasse eu teria caído. Peguei uma daquelas cadeira de rodas da Ala hospitalar que você controla com a varinha e sai o mais rápido que pude para a sala da prof. Minerva, os outros confusos me seguiram.

– Alvo Dumbledore!! Alvo Dumbledore!! Droga, a senha mudou?!! – gritei ara a gárgula, os outros agora estavam chegando esbaforidos.

– A senha...muda...toda...semana...Severo..Snape – falou Rose ofegante.

Mal esperei a gárgula abrir a passagem e já parti gritando.

– Professora Mcgonagall, Professora Mcgonagall - entrei na sala.

– Calma Cindy, Calma, seu amigo Dylan já me contou tudo – falou ela.

– Dylan, mas como? – perguntei confusa.